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SUMÁRIO
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42	DESENVOLVIMENTO	�
103	CONCLUSÃO	�
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INTRODUÇÃO
Devido as novas políticas de comercialização, adotadas pelo governo atual, a empresa TecBrasil teve que conhecer um novo país para comercializar suas mercadorias. Sabemos que o estudo detalhado do cenário internacional é de suma importância para o sucesso de um novo empreendimento, deve haver uma boa gestão de projetos e um amplo conhecimento sobre negócios internacionais.
Nesse relatório irei solucionar as questões problemáticas envolvendo a nova situação da empresa, e para isso, trarei os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer do semestre do curso de administração.
DESENVOLVIMENTO
Almejar o negócio para além das fronteiras brasileiras não deve ser visto como um sonho distante, mas sim como um objetivo real para a crescimento constante e estruturada da empresa. Afinal, o comércio exterior possibilita uma série de vantagens, como a diminuição dos riscos advindos da instabilidade do mercado nacional, a conquista de novos clientes e o estabelecimento de novas parcerias estratégicas com fornecedores.
As relações comerciais entre as empresas vão muito além do desejo único de vender bens e serviços. O comércio exterior existe como uma relação de troca, onde se vendem e se compram produtos, sejam eles para serem utilizados em processos produtivos, para serem revendidos ou até mesmo para serem utilizados como meio de produção de produtos que serão comercializados posteriormente.
Para difundir-se no comercio internacional, no entanto, é preciso adotar estratégias de gestão eficazes, contar com ferramentas que forneçam diferenciais competitivos e, antes de tudo, conhecer a realidade do mercado exterior, bem como suas tendências.
Após uma rica análise feita pelos empreendedores da TecBrasil, levando em consideração os aspectos de concorrência, custos e clientes, a empresa escolheu fazer negócios com a Índia. 
Com US$ 681 bilhões em vendas online em 2016, a China é o maior mercado de e-commerce mundial, seguido pelos EUA. O mais rápido em crescimento é a Índia. O mundo parece observar atentamente a Índia enquanto ela se torna um grande player no comércio eletrônico. Há muito para jogar e apostar nessa indústria.
Após um levantamento feito pelas ONU em julho de 2016, a Índia possuía uma população com mais de 1,3 bilhões de habitantes, sendo o segundo país mais populoso do mundo. Estima-se que até o final de 2017 existam mais de 500 milhões de habitantes online.
A Índia está vivendo uma revolução no comércio eletrônico. Embora o e-commerce já esteja no país há mais de uma década, apenas nos últimos anos é que teve um desenvolvimento significativo.
Fatores como investimento potente, aumento no acesso à internet, aumentaram o crescimento desta indústria e, com esse cenário atual, a Índia está em rota para se tornar o mercado de comércio eletrônico com o crescimento mais rápido da história.
O país possui cultura e hábitos extremamente peculiares, como a sua culinária, a personalidade de seu povo e o seu vestuário. Entretanto, o comportamento online se assemelha muito à cultura do e-commerce de países emergentes como o Brasil.
Por esses motivos, acreditamos que exista um enorme potencial para a empresa expandir suas atividades na Índia. No entanto, não estaremos livres de desafios, sejam operacionais, legais ou digitais.
Silva refuta a importância da logística como ferramenta de gestão:
A logística é uma das ferramentas de gestão moderna que no contexto atual de globalização pode assegurar a competitividade das corporações frente ao processo de abertura de mercado, que é marcada pela rapidez que transitam as informações tornando o ambiente empresarial cada vez mais incerto e inseguro. A logística como ferramenta managerial busca garantir a competitividade de um novo modelo de gestão que acompanhe o paradigma pós-industrial, em que os fluxos materiais tendem a se movimentar mais rápido. (2011,17) 
Toda empresa que vende produtos para o exterior precisa planejar adequadamente a logística de modo que seus produtos cheguem ao destino em perfeito estado e dentro do prazo. A escolha do transporte para exportação, obviamente, tem papel fundamental nesse processo.
O transporte para exportação pode acontecer por terra, água, ferrovia ou rodovia. Após análise criteriosa, decidimos escolher pelo transporte marítimo.
Aproximadamente 90% das cargas são transportadas por esse método devido a seus custos mais baixos. Esses custos variam de acordo com as particularidades da carga e são influenciados por fatores como peso, fragilidade, distância e localização dos portos. As despesas do frete se baseiam no peso ou volume.
O transporte marítimo é o tipo mais comum para exportação, principalmente por causa do custo, que é o mais em conta. O frete marítimo também é considerado um dos mais seguros e confiáveis. Pode ser feito, por exemplo, usando hidrovias internas, navegação de longo curso (entre portos internacionais) ou transporte entre portos brasileiros (cabotagem), contudo o transporte para exportação será dividido em três pontos: interno, internacional e interno no local de destino. O frete interno acontecerá da empresa até o último ponto no território nacional, ou seja, até o porto, onde acontece o desembaraço aduaneiro da carga, posteriormente será do porto até o porto do país de destino e por último do porto de destino até o local final.
International Commercial Terms (Incoterms) são padrões internacionais criados pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), em 1936. São utilizados em contratos de compra e venda no setor de transporte e logística para processos de importação e exportação. Entre os fatores que as normas tratam, estão: informar quem é o responsável pelo frete; qual o ponto de coleta da mercadoria; a cargo de quem ficará o seguro.
O Incoterms utilizado para a exportação será a Categoria C (carriage), significando que o transporte será pago pelo exportador. Os Incoterms são representados pelas siglas CFR, CIF, CPT e CIP. O exportador contrata e paga pelo frete internacional, mas é o importador que assume a responsabilidade dos riscos e danos durante o transporte internacional.
A Holanda é referência mundial em seu trabalho logístico, esse fator posiciona o país entre um dos mais desenvolvidos nesse tipo de infraestrutura, é um dos poucos países que fazem funcionar os vários tipos de modais de transporte, os principais são: Rodoviário, Dutoviário e Aeroviário. O Aeroviário conta com aeroporto de Schiphol que é o principal aeroporto do país. Em 2012 mais de 50 milhões de passageiros e cerca de um milhão e meio de toneladas de carga passaram por esse aeroporto que é um dos quatro maiores da Europa, além de ter sido considerado em 2013 o melhor aeroporto do continente Europeu e o terceiro melhor do mundo, segundo apontou pesquisas.
A África do Sul tem infraestruturas de transportes modernas e evoluídas. As estradas são de nível mundial. As redes aéreas e de caminho de ferro são as maiores do continente. E os portos de mar do pais fornecem uma escala natural de navios de e para a Europa, as Américas, Ásia, e ambas as costas africanas. O país conta com variados modais de transporte, tais como: Portos e navegação, Estradas, Caminho de ferro, Ligação Ferroviária Rápida Gautrain e Aeroportos e linhas aéreas.
No contexto empresarial, o risco faz parte de toda atividade. Em muitos casos, ele pode ser previsto com base na experiência e no gerenciamento de processos que devem ajudar na tomada de decisões lá na frente.
Toda atividade tem chances de falhar e o erro pode custar caro. Prevenir é melhor que ser surpreendido. A gestão de riscos atua no progresso contínuo de um produto ou serviço. De forma geral, a qualidade passa a ser obrigatória e a empresa começa a buscar propostas de valor para aumentaro seu ganho. A gestão do risco aparece como forma de blindar perdas financeiras e danos à imagem. (Clarice Marinho 2013).
Fazer negócios com o exterior e vender produtos para fora do território nacional é uma ótima oportunidade de fazer negócios excelentes para a empresa. Contudo, antes de começar a fazer comércio exterior, é importante sempre levar em conta alguns fatores que interferem diretamente sobre os negócios internacionais.
Os principais riscos relacionados à exportação são: Legais e Regulatórios, Continuidade do Negócio, Colaboradores, Crédito e Proteção do Negócio e Político, Responsabilidades diversas e os Globais.
De uma forma geral, e atendendo à especificidade do negócio, países de acolhimento ou de destino, entre outros, os riscos podem ser diversos e serem foco de maior ou menor preocupação precisamente pelas particularidades já referidas. No entanto pode-se destacar os 5 riscos que são transversais e preocupam unanimemente as empresas, e que são: A Responsabilidade Civil dos administradores, diretores e gerentes; A Responsabilidade Civil Exploração da empresa e dos seus produtos e eventual retirada do produto; Colaboradores; Riscos de Crédito e Proteção do Negócio e Político; Risco do Transporte de Mercadorias
A Responsabilidade Civil de Exploração da empresa e dos seus produtos e eventual retirada do produto em consequência de produto imperfeito. Nesta medida existe uma grande preocupação por dolo civil legal da empresa, que possa vim a ser imputada, decorrente do exercício da sua atividade comercial e ou industrial nos países de acolhimento ou de destino, das suas operações e instalações, e ou dos seus produtos, e ou trabalhos prestados no mercado nacional ou internacional.
No âmbito da exportação e ou internacionalização o risco inerente ao defeito de produto e ao prejuízo que o mesmo possa causar tanto a terceiros, como ao nível reputacional da empresa, representa uma preocupação substancialmente maior por parte do gestor e da empresa. Numa situação como esta os custos inerentes à reparação e substituição do produto defeituoso e reputação, e atendendo ao fato de se tratarem de economias internacionais com legislações e regulamentos muito próprios, podem ser francamente onerosos e complexos de resolver.
A estratégia de resposta utilizada nesse caso seria o seguro de responsabilidade civil produtos, cujo objetivo deste seguro é ressarcir o segurado dos valores que ele for condenado a pagar em função de danos a terceiros, causados por produtos fabricados ou distribuídos por ele.
Riscos Comerciais, Políticos e Extraordinários, Considera-se como risco comercial a possibilidade de ocorrência de atos ou fatos relacionados com o devedor estrangeiro ou seu garantidor. Este risco ficará caracterizado quando ocorrer uma das seguintes situações: protesto, cobrança judicial ou extrajudicial, por falta de pagamento de títulos ou outros instrumentos de crédito vinculados ao contrato de exportação; e falência, concordata ou liquidação extrajudicial. Os Riscos Políticos e Extraordinários nada mais é que a possibilidade de ocorrência de atos, fatos ou situações, geralmente alheios à previsão normal dos contratantes: de origem político-governamental, decorrentes de fenômenos sociais ou da natureza, de natureza econômica, financeira e cambial.
Como exemplos de riscos políticos e extraordinários podem ser citados os seguintes: guerras internas ou externas, revoluções, catástrofes naturais (ciclones, inundações, terremotos, erupções vulcânicas, maremotos), embargos de importação e exportação, restrições à transferência de divisas, intervenções governamentais que impeçam o cumprimento do contrato, moratória governamental.
A estratégia de resposta para esses riscos primeiramente será um bom planejamento, pois o gestor deve evitar que o risco ocorra, e para isso deve se fazer uma pesquisa minuciosa sobre o país ao qual se deseja fazer negócio, principalmente a respeito dos riscos políticos e extraordinários, os já acontecem em alguns países do mundo. No que se refere ao Risco Comercial a empresa pode optar pelo seguro.
O Seguro de crédito ou comercial é uma modalidade de seguro que protege o negócio contra o risco de inadimplência ou atrasos das vendas de produtos ou serviços, por um prazo de 12 ou 24 meses. O Seguro de Crédito proporciona liquidez contra perdas inesperadas, reduzindo necessidades de provisões e capital, haverá um controle de reservas e provisões com maior precisão.
Ao nível dos Riscos Globais: o risco do Transporte de Mercadorias é claramente uma preocupação das empresas quando estas se encontram, no processo de exportação. Á medida que as mercadorias atravessam fronteiras pela via marítima, terrestre ou aérea, o controlo torna-se cada vez mais difícil. A globalização fez com que o comércio com países, menos desenvolvidos com infraestruturas logísticas fiquem mais frágeis e tenha se tornado uma realidade do cotidiano, constatando-se que o risco de roubo e ou desvio das mercadorias em trânsito continue a aumentar expressivamente.
Por outro lado, o avanço tecnológico em que os mercados se encontram expostos, há a expectativa, por parte dos clientes, para que o recebimento das mercadorias seja cada vez mais rápido. O atraso na entrega dos produtos, constitui um provável dano ao negócio e que pode passar, para além do impacto financeiro (perda de mercado, diminuição de vendas, interrupção de cash-flow e aumento de custos administrativos) importantes impactos operacionais na empresa, tais como, a interrupção da cadeia de fornecimento, danos na reputação dentro da indústria e, não menos importante, com os clientes.
Uma má gestão da cadeia do transporte de mercadorias pode, facilmente, colocar em risco todo o investimento e recursos investidos ao negócio doméstico e internacional. Nesta medida, a forma como se segura o transporte, os danos que daí possam advir e a capacidade para gerir o sinistro em território internacional é fulcral para o sucesso da operação.
Uma forma de amenizar esse risco é através dos Incoterms, pois eles trarão a melhor solução para o risco em questão, seja de atraso, roubo, dano ou desvio da mercadoria.
CONCLUSÃO
Encerro esse relatório de forma satisfatória, pois consegui abordar e absorver os temas aqui propostos.
Pude constatar que a boa gestão de negócios internacionais tem trazido crescimento para a economia, proporcionando a internacionalização de empresas nacionais e a instalação de empresas estrangeiras no país, que geram empregos e trazem investimentos. A importância da logística vai muito além da simples movimentação de mercadorias. Suas funções são fundamentais para o gerenciamento de estoques, o desenvolvimento de serviços para suprir os requisitos de mercado e a satisfação dos clientes.
A estratégia empresarial baseada na metodologia da gestão de risco permite a empresa, antecipar-se aos fatores riscos, não eliminando, mas visando oferecer melhor qualidade na tomada de decisão. Esse trabalho demonstrou a importância da gestão de riscos em uma empresa de grande porte e, mais precisamente, a gama de informações existentes no ambiente externo a empresa.
REFERÊNCIAS
CABRAL, Alexandre de Azevedo. REGIOLI, Fábio Rogério. FAVERO, Leonardo Satori. Negócios Internacionais. 1ed. São Paulo: Pearson. 2013.
CORTEZ, Denise. Workshop de Exportação. Sorocaba. 2012.
GONÇALVES, Claudio Luiz de Souza. A teoria geral do comercio exterior – aspectos jurídicos e operacionais. 1 ed. Belo Horizonte: Líder. 2003.
MARINHO, Clarice. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Goiás. 2013.
OS RISCOS associados a internacionalização e a exportação. Câmara de Comércio, 2014. Disponível em: < https://www.ccip.pt/pt/newsletter-internacional/169-os-riscos-associados-a-internacionalizacao-e-a-exportacao>. Acesso em 08 de maio de 2019.
SILVA, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no comércio exterior. 2. ed. São Paulo Aduaneiras, 2011.
SILVA, Mônica Maria. Operações Logísticas. 1ed. São Paulo:Pearson. 2009.
STANLEY, Morgan. Relatório de Gerenciamento de Riscos. São Paulo. 2017.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ADMINISTRAÇÃO
Raisa Barros Zanchi
Novas Tendências para o Comércio Internacional Brasileiro
Brasília de Minas - MG
2019
Raisa Barros Zanchi
Novas Tendências para o Comércio Internacional Brasileiro
Trabalho de Empreendedorismo, Gestão de Projetos, Negócios Internacionais, Administração da Produção e Logística, Seminário Interdisciplinar: Tópicos Especiais I apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para composição da nota semestral.
Orientador: Prof. Alessandra Petrechi de Oliveira
							 Indiara Beltrame
							 Marcia Lopes de Moraes Sella
							 Marilza Aparecida Pavesi
Brasília de Minas – MG
2019

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