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Trajetória histórica da educação de jovens e adultos no Brasil

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Trajetória histórica da educação de jovens e adultos no Brasil 
SECÇAO 1.1
1. Conforme pontua Ribeiro (1997, p. 19-20): “Com o final da ditadura de Vargas em 1945, o país vivia a efervescência política da redemocratização. A Segunda Guerra Mundial recém terminara e a ONU - Organização das Nações Unidas - alertava para a urgência de integrar os povos visando a paz e a democracia. Tudo isso contribuiu para que a educação de adultos ganhasse destaque dentro da preocupação geral com a educação elementar comum. Era urgente a necessidade de aumentar as bases eleitorais para a sustentação do governo central, integrar as massas populacionais de imigração recente e também incrementar a produção”. (RIBEIRO, 1997) Diante da afirmação exposta, verificamos que no período de 1947 a 1963 foram lançadas, no Brasil, três campanhas de alfabetização de massa. Em se tratando das referidas campanhas, está correto afirmar que: a) Na Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) os analfabetos eram compreendidos como competentes e vítimas de um sistema social desigual. b) A Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) estava fundamentada nas ideias de Paulo Freire. c) A Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) previa ações centradas somente na saúde dos camponeses. d) A Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) foi planejada como um projeto para alfabetizar todas as crianças de 0 a 12 anos do Brasil, prevenindo, assim, o não domínio do código escrito quando adultas. e) A Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) foi planejada pelos técnicos do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), inicialmente como um projeto experimental, a ser implementando em um município. 26 U1 - Educação de jovens e adultos no Brasil 2. De acordo com Carvalho (2009, p. 36): “[...] em 1963, as três campanhas de alfabetização de adultos (CEAA, CNER e CNEA), que já não correspondiam à nova maneira de compreender o fenômeno do analfabetismo e às preocupações políticas do período, foram extintas. [...].” (CARVALHO, 2009). Com base na informação apresentada, está correto afirmar que: a) No governo de João Goulart (1961 a 1964) a educação de jovens e adultos é extinta. b) Com o golpe militar, em 1964, o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL - é extinto, por estar fundamentado nos ideais de Paulo Freire. c) O Plano Nacional de Alfabetização apenas para a região Sudeste, no governo de João Goulart (1951 a 1954), foi inspirado nas ideias freireanas. d) Paulo Freire defendia uma educação conscientizadora e libertadora, envolvendo aspectos sociais, políticos e culturais. e) Paulo Freire defendia uma educação para a conversação da relação opressor e oprimido.
 3. A trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos no Brasil é marcada por inúmeras ações, entre elas, campanhas, programas, planos, movimentos, que trazem diversos desafios para o processo de ensino e aprendizagem desse público. Diante dessa realidade, é correto afirmar que: a) A Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) surge no final do século XIX e visa alfabetizar apenas as mulheres entre 35 e 55 anos. b) A Fundação Educar surge no governo de José Sarney e é finalizada no governo de Fernando Collor. c) O Programa Alfabetização Solidária (PAS), lançado na década de 1990, visava alfabetizar crianças de 7 a 9 anos, para que não se tornassem adultos analfabetos. d) O Programa Brasil Alfabetizado foi criado no governo de Fernando Henrique Cardoso, no ano de 1996. e) Criado na década de 1990, o Programa Alfabetização Solidária (PAS) foi lançado em parceria com o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBR
2ºcomo trabalhar os conteúdos na Educação de Jovens e Adultos
Refletindo sobre o ensino da leitura e da escrita na Educação de Jovens e Adultos, Vóvio (2004) pontua que a alfabetização terá sentido para esse público se os educandos puderem aprender algo além de juntar as letras, visto que precisam desenvolver novas habilidades, criar novas motivações para transformarem a si próprios, manifestar interesses por questões que
afetam a todos e, ainda, intervir na realidade da qual fazem parte de forma simultânea à aprendizagem do código escrito.  O aluno que frequenta a Educação de Jovens e Adultos deverá, no processo de ensino e aprendizagem do código escrito, aprendê-lo e utilizá-lo nas diversas situações cotidianas que se fazem necessárias.
Vóvio (2004, p. 24) pontua ser "[...] preciso garantir oportunidades de continuidade de estudo em níveis mais elevados ou em programas educativos nos quais as pessoas possam continuar aprendendo ao longo de toda a vida."
É necessário que seja superada a ideia de que a educação se desenvolve por práticas uniformes, organizadas de maneira que independem das capacidades e das expectativas dos educandos. Em se tratando especificamente da alfabetização, Vóvio (2004) revela que isso implica aportar situações de comunicação como aquelas nas quais as pessoas leem, escrevem e falam no mundo social.
Trata-se, assim, de práticas que sejam dependentes de situações de uso da escrita, conectadas a projetos e necessidades dos grupos atendidos e que respondem às exigências apresentadas pela sociedade.
Dessa forma, os educandos precisam vivenciar situações de uso da leitura e da escrita que façam sentido a eles e que favoreçam suas aprendizagens.
A autora finaliza suas reflexões afirmando que é preciso atenção à organização de ambientes propícios para que os projetos referentes à alfabetização possam ser empreendidos, com o intuito de que as pessoas criem uma identidade coletiva e desenvolvam atitudes de mobilização e de participação.
1ºCompetências na educação
O sociólogo suíço Perrenoud (2000, p. 15), em seus estudos, apresenta reflexões sobre competências para ensinar, pontuando que "a noção de competência designará aqui uma capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação [...]". Para ele, a definição de competência apresentada consiste em quatro
A autora também destaca a necessidade de reconhecer que os alunos dessa modalidade de ensino possuem cultura e que esta é diversa, estando relacionada às suas biografias e aos seus contextos de vida, entre outros aspectos.

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