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III – REVESTIMENTO DE TETOS COM ARGAMASSA: Constituído pela aplicação de argamassas sobre as lajes com o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo eventuais irregularidades e conferindo uma melhor estética. O procedimento tradicional e técnico é constituído da execução de no mínimo três camadas superpostas – chapisco, emboço e reboco -, contínuas e uniformes, similar ao revestimento de parede, conforme visto anteriormente. COM GESSO: Constituído pela aplicação de gesso liso desempenado na face inferior da laje. COM FORROS 2.1 - CONCEITUAÇÃO: A função do forro é revestir os tetos das edificações de forma a deixá-los mais agradáveis e vistosos, auxiliando também no isolamento acústico e térmico, além de possibilitar esconder tubulações. Cada tipo de forro tem propriedades de aparência, durabilidade e desempenho diferentes. 2.2 - TIPOS MAIS USUAIS: Gesso, PVC, Madeira e Metálico. 2.3 - FORRO DE GESSO: O forro de gesso consiste na colocação de placas de formato 60 x 60 cm, com encaixe tipo macho-fêmea, penduradas com arame galvanizado e chumbadas com uma massa de pó de gesso, água e bucha de sisal; Podem ser executadas em qualquer tipo de laje, amarradas no madeiramento do telhado e até em coberturas metálicas. No caso de lajes, as placas são penduradas com uso de arame fixado em pinos de aço cravados a revólver. No caso de telhados os arames são fixados na estrutura de madeira ou metálica; O gesseiro e o ajudante conseguem executar de 20 a 30 m2 de forro liso em uma jornada diária de trabalho; Alguns cuidados devem ser observados quando da execução do forro: Apenas o contrapiso deve estar pronto, facilitando a movimentação dos cavaletes e evitando que o piso seja riscado; As paredes devem estar rebocadas, porém sem o revestimento de pintura. No caso de banheiros e cozinhas, é preferível que o serviço seja feito após o assentamento dos azulejos; Como o gesso apresenta movimentações higroscópicas (quando absorve ou perde umidade) as placas não poderão ser encunhadas nas paredes laterais, sendo necessário prever folgas, em todo o contorno do forro, capazes de absorver as movimentações do gesso ou da própria estrutura. Procedimentos para instalação: A instalação é iniciada com a marcação nas paredes, com auxílio de mangueira de nível, da altura exata do forro; Inserção no teto de pinos de aço colocados a cada 60 cm no máximo (tamanho normal da placa), colocados com um revólver especial. Um arame de aço ou cobre passa por um furo existente no pino e é preso no grampo de alumínio da placa ou em um furo feito na mesma na própria obra, torcendo-o bem para amarrar a peça; As primeiras placas são colocadas no encontro com as paredes apoiadas: Sobre corte no emboço; Sobre o revestimento cerâmico; Em pregos de aço fixados na parede. Uma massa feita de pó de gesso, água e bucha de sisal, de coco ou estopa, é colocada junto à parede para reforçar a fixação. As demais placas vão sendo encaixadas nas anteriores, encaixe macho e fêmea, e presas também com o arame de aço previamente fixado no teto. As juntas entre as placas também são vedadas, pela parte superior, com a mesma massa. 2.4 - FORRO DE GESSO ACARTONADO: O forro em gesso acartonado é hoje em dia o mais utilizado. Apesar de um custo mais alto que o anterior as vantagens que proporciona compensam, como por exemplo evita os problemas de trinca e amarelecimento muito comum no gesso convencional. Pode ser aplicado em qualquer área independente da dimensão. O forro em gesso acartonado pode ser ainda de dois tipos: Aramado (FGA) e Estruturado (FGE). Aramado (FGA): O mais utilizado. Consiste na utilização de painéis de gesso acartonado, 0,60 x 2,00m, fixados na laje de forma análoga ao anterior, ou seja, suspensos por arames fixados em pinos de aço cravados na laje com uso de revólver. Procedimentos para instalação: Pendurar as placas com o uso do arame galvanizado (02 pendurais por placa, exceto a primeira fiada de placas que terão 04 pendurais cada placa) e assentá-las no nível definido, observando o perfeito encaixe entre as placas e nivelamento do conjunto com o uso de régua de alumínio ou linha de nylon. Cuidar para que os pendurais em arame galvanizado fiquem aprumados a fim de se evitar a transmissão de esforços horizontais para o forro. Nos encontros entre o forro e as paredes e na face superior das juntas entre as placas, deverá ser executado um chumbamento com uso de pasta formada por gesso em pó e água, estruturada por fibra de coco ou de sisal. Estruturado (FGE): Geralmente utilizado em áreas onde não há laje e sim telhados. Consiste no aparafusamento de painéis em gesso acartonado em uma estrutura de aço galvanizado feita independente do telhado, própria para suportar seu peso e permitir seu trabalho mecânico (dilatação). Pode oferecer excelentes performances de isolamento termo acústico com a duplicação do número de painéis ou com a incorporação de lã mineral. Pode oferecer excelentes performances de isolamento térmico e acústico com a duplicação do número de painéis ou com a incorporação de lã mineral. 2.4 - FORRO DE PVC: O forro de PVC pode ser rígido ou flexível, ambos compostos por painéis lineares, que se encaixam entre si, pelo sistema macho e fêmea, não aparecendo emendas; O forro apresenta baixo peso e, consequentemente, facilidade de transporte e manuseio e aplicação simples e rápida com grampos ou parafusos sobre o tarugamento; O tarugamento pode ser executado em madeira, sarrafos de 5,0 X 2,50 cm, espaçados de 60 cm, e colocados transversalmente as réguas de PVC. Tais sarrafos podem estar apoiados em estrutura de madeira auxiliar, sarrafos de 10 X 2,5 cm; A estrutura de suporte também pode ser metálica, normalmente perfis metálicos, metalon, colocados transversalmente e com a mesma distância, sustentados por pendurais metálicos ajustáveis. O perfil de sustentação (estrutural) com seção 20x20mm, o perfil de amarração com seção 15x15mm e o pendural 13x13mm; Sequência de procedimentos: Encaixar os acabamentos tipo “U” ou “Moldura” em todos os lados do ambiente; Cortar a primeira lâmina de 0,5 a 1,0 cm menor no comprimento do que o vão livre entre o fundo dos acabamentos; Encaixar a 1ª lâmina com o lado aparente voltado para baixo e o engate macho e fêmea virado para o fundo, dentro do vão dos acabamentos na parte lateral empurrando-a até o seu encaixe total. Fixar a lâmina nos elementos de armação através da aba, com uso de prego 10x10, rebite pop ou grampo. Para colocação da última lâmina refile a mesma na largura entre o fundo do acabamento e o encaixa fêmea, se for necessário. O forro apresenta fácil manutenção, podendo a limpeza da face aparente ser realizada com água e sabão, ou detergente doméstico, ou álcool. FORRO DE MADEIRA: O forro de madeira possui instalação semelhante ao assentamento de um piso, portanto necessita de estrutura de sustentação em madeira; As réguas de madeira são dotadas de encaixe tipo macho e fêmea. Entre os tipos de madeira mais usuais estão o Ipê, o Jatobá e o Cedrinho; As réguas devem ter as faces inferiores aplainadas e aparelhadas, com molduras nos encontros com paredes e vigas. FORRO METÁLICO: Os forros metálicos, compostos por painéis ou bandejas, são mais utilizados aeroportos, hospitais, supermercados e postos de gasolina. Se for aplicada lã de vidro sob o painel, obtém-se uma melhoria na absorção acústica; Seu acabamento é executado com réguas de alumínio ou aço, obtidas pela perfilação de chapas, com padrões e dimensões variados; O comprimento das réguas varia de 1.274 mm a 4.000 mm. São encontradas nas cores bege, branca, bronze, ocre, preta ou prata, pintadas com tinta epóxi. Seus padrões são liso ou texturizado; Pode ser aplicado sob laje de concreto ou estrutura de telhado; A estrutura de sustentação, em aço ou alumínio, é composta penduraisreguláveis, cantoneiras e perfis de PVC; Oferece a vantagem de as réguas poderem ser retiradas a qualquer momento (para manutenção das instalações, por exemplo), por serem simplesmente encaixadas na estrutura de sustentação.