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QUESTIONÁRIO COMPLETO DE PROCESSO CIVIL

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1- O que é despacho ? 
É um ato processual praticado pelo juiz, onde este pode indeferir (negar) ou deferir 
(aprovar) determinado pedido, processo, solicitação, etc. 
 
2- Qual a diferença entre despacho e decisão? 
Decisões interlocutórias – As decisões são atos pelos quais o juiz resolve questões que 
surgem durante o processo, mas não são o julgamento dele por meio de sentença. Essas 
questões que precisam ser decididas no curso do processo são denominadas de questões 
incidentes ou questões incidentais. São exemplos de decisões interlocutórias a nomeação 
de determinado profissional como perito, aceitação ou não de um parecer e intimação ou 
não de certa testemunha indicada pelas partes no curso do processo. 
Despachos – O CPC define como despachos todos os demais pronunciamentos do juiz 
praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Isso quer dizer que, nos 
despachos, o objetivo não é solucionar o processo, mas determinar medidas necessárias 
para o julgamento da ação em curso. Tratam-se, portanto, de meras movimentações 
administrativas – por exemplo, a citação de um réu, designação de audiência, determinação 
de intimação às partes e determinação de juntada de documentos, entre outros. 
 
3- O servidor do poder judiciário pode despachar sem ordem do juiz? 
O artigo 156 do novo CPC reconhece pela primeira vez em legislação federal a figura do 
assessor judicial, que atua nos gabinetes. A função só existe hoje expressamente em 
algumas leis estaduais e em portarias do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal 
de Justiça. Segundo o parágrafo único, “o servidor poderá, mediante delegação do juiz e 
respeitadas as atribuições do cargo, proferir despachos”. 
 
4- O juiz pode delegar ao servidor a prática de despacho? 
Pelo NCPC (art. 152, inciso VI e §1º – autorizando-se o juiz titular a editar ato a fim de 
regulamentar essa atribuição do escrivão ou chefe de secretaria). 
Nesse sentido, o próprio STJ já utilizou o termo delegação para se referir à prática de atos 
pelos serventuários da justiça: “(…) 3. Não há falar em nulidade da delegação aos 
serventuários de justiça da prática de atos ordinatórios ou de mero expediente, no caso em 
tela, a intimação das partes para complementação do preparo recursal. (…)”. (STJ, AgRg no 
AREsp 480.543/RJ, 4ª T., j. 06.09.2016, rel. Min. Marco Buzzi, DJe 14.09.2016). 
 
5- o despacho é rígido pelo princípio inquisitivo ou dispositivo? 
Princípio dispositivo no Processo Civil brasileiro. Dispõe o Novo CPC, no art. 2º: “Art. 2º O 
processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei”. § 2º O princípio dispositivo informa a condução do processo 
pelo juiz, bem como a própria atuação das partes. 
 
6- O despacho é recorrível? 
Como já se afirmou, os despachos serão sempre proferidos pelo juiz e, por isso, abrigarão 
um conteúdo decisório mínimo, ainda que irrelevante e inapto a causar prejuízo para as 
partes. O conteúdo decisório relevante, portanto, perfaz a linha divisória entre os despachos 
e as decisões interlocutórias (cujo conceito é residual em relação à sentença – art. 203, 
§2º). Ainda que haja divergência na doutrina e jurisprudência acerca desse conteúdo 
decisório mínimo (ou essencial) nos despachos, há unanimidade em se afirmar que são 
irrecorríveis, até mesmo diante da expressa dicção do art. 1.001 do Novo Código. 
 
7) O que é decisão interlocutória? 
 
 É um dos atos processuais praticados pelo juiz no processo, que, conforme art. 203, § 2º 
do novo Código de Processo Civil, decide uma questão incidente sem resolução do mérito, 
isto é, sem dar uma solução final à lide proposta em juízo (característica esta da sentença). 
A questão incidente é uma pendência que deve ser examinada como pressuposto para o 
que o pedido (questão principal) seja concedido. 
 
8) A decisão interlocutória é recorrível? 
O recurso cabível contra as decisões interlocutórias no direito processual civil brasileiro é 
o agravo de instrumento que em seus incisos elencam as possibilidades de cabimento, 
sendo a priori, um rol taxativo e possuindo 15 dias de prazo para sua interposição. 
 
9) A decisão interlocutória que não se enquadra no art. 1.015 do CPC se sujeita à 
preclusão? 
Não. As decisões que não comportam o recurso de agravo de instrumento não estarão 
sujeitas à preclusão, podendo a parte renovar esta discussão em preliminar do recurso de 
apelação ou contrarrazões de apelação, conforme art. 1.009, § 1º do CPC/15. 
 
10) Qual a diferença entre decisão interlocutória propriamente dita e decisão 
interlocutória de mérito? 
A decisão interlocutória tem um conteúdo específico. Corresponde ao Ato pelo qual o juiz, 
no curso do processo, resolve questão incidente. Para se tornar sentença teria que haver 
fim à fase cognitiva com fundamento nos Art. 485 (decisão sem mérito) e 487 (decisão com 
mérito) e extinguir a ação, o que não é o caso da interlocutória, pois, esta milita na região 
onde esses dois requisitos não estejam presentes. 
 
11) É cabível apelação das decisões interlocutórias de mérito? E ação rescisória? 
Sim. Caberá agravo de instrumento, conforme art. 1015 do código de processo civil das 
ações interlocutória de mérito. E de acordo com o art. 966 agora fala que a ação rescisória 
é cabível em face de “decisão de mérito” e o art. 356, por sua vez, prevê expressamente as 
decisões interlocutórias de mérito. Assim, é perfeitamente cabível a ação rescisória em face 
destas decisões interlocutórias de mérito. 
12) Qual o recurso cabível contra sentença? 
Conforme artigo 1009, da sentença cabe apelação que deverá ser interposta no prazo de 15 
dias no juízo a quo. 
 
13) Qual a diferença entre sentença e decisão interlocutória? 
Assim, a sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução. Isso significa que, por meio da 
sentença, o juiz decide a questão trazida ao seu conhecimento, pondo fim ao processo na 
primeira instância. 
Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz decide questão incidental com o processo 
ainda em curso. Note-se que a decisão interlocutória não põe fim ao processo, diferente da 
sentença. 
 
14) Qual o recurso cabível contra decisão monocrática do relator? 
O recurso cabível contra decisão monocrática do relator é o Agravo Interno, nos termos do 
art. 1.01 do Novo CPC. Vejamos: 
Novo CPC, Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o 
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento 
interno do tribunal. 
 
15) O que é acórdão e quais os possíveis recursos para impugná-lo? 
Acórdão é uma decisão final ou sentença que, quando atribuída por uma instância superior, 
vale como um modelo para resolver casos ou situações análogas. 
Embargos Infringentes - do acórdão não unânime que: 
a) houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito 
B) ou houver julgado procedente ação rescisória 
 
16) Qual a diferença entre acórdão final e acórdão interlocutório? 
Uma decisão final assim, quando atribuída por uma instância superior, serve de 
modelo para resolver casos parecidos e fundamentar a sentença do juíz de primeiro 
grau. Mas quando um magistrado toma uma decisão que não põe fim ao processo, como a 
decisão de não intimar uma testemunha, de nomear fulano como perito, de não aceitar o 
parecer apresentado por Cicrano etc, ele está tomando uma decisão interlocutória. 
 
17) Quais as duas formas de jurisdição revisiva? 
A jurisdição contenciosa é conhecida como o modelo tradicional e verdadeiro de função 
estatal, enquanto a “jurisdição voluntária”trata de questões da administração pública de 
direitos privados. De acordo com a maioria dos especialistas no assunto, a jurisdição 
voluntária não pode ser considerada de fato uma jurisdição, devido a ausência de alguma 
das características essenciais deste poder, como a definitividade de uma decisão, por 
exemplo. 
18) O que é recurso e quais as suas características? 
Os recursos são remédios processuais que buscam corrigir e suprir erros cometidos em 
decisões proferidas pelos juízes, dando o direito a rediscussão da matéria impugnada à 
parte recorrente e garantindo a segurança jurídica, idoneidade e imparcialidade do julgador. 
Suas características são voluntariedade, taxatividade e endoprocessual. 
 
19. Quanto à extensão, como se classificam os recursos? 
Assim, podemos classificar o recurso, quanto à extensão da matéria, em recurso total e 
recurso parcial. 
Recurso parcial é aquele que, em virtude de limitação voluntária, não compreende a 
totalidade do conteúdo impugnável da decisão. O recorrente decide ou não impugnar todos 
os capítulos recorríveis da decisão ou impugnar apenas uma parcela de um capítulo 
decisório. O capítulo não impugnado fica acobertado pela preclusão, e se for um capítulo de 
mérito, ficará imutável por força da coisa julgada material, restando somente como opção a 
ação rescisória. 
Quando o recurso abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida é chamado de 
recurso total. Se o recorrente não especificar a parte em que impugna a decisão, entende-
se que o recurso é total. 
 
20.e quanto ao prazo? 
O Novo CPC houve a unificação dos prazos para recursos, ou seja, o prazo é de quinze 
dias a contar da data da publicação, com exceção aos Embargos de declaração que 
permaneceu o prazo de oposição de cinco dias. 
 
21.e quanto à fundamentação? 
Recurso de fundamentação livre é aquele em que o recorrente está livre para, nas razões 
do seu recurso, deduzir qualquer tipo de crítica em relação à decisão, sem que isso tenha 
qualquer influência na sua admissibilidade. A causa de pedir recursal não está delimitada 
pela lei, podendo o recorrente impugnar a decisão alegando qualquer vício. 
São exemplos de recurso de fundamentação livre a apelação, o agravo, o recurso ordinário 
e os embargos infringentes. Por outro lado, nos recurso de fundamentação vinculada, o 
recorrente deve alegar um dos vícios típicos para que o seu recurso seja admissível. São 
exemplos de recurso de fundamentação vinculada os embargos de declaração, o recurso 
especial e o recurso extraordinário. 
 
22.e quanto à finalidade? 
 É o pedido de reexame de uma decisão para reformá-la, invalidá-la, esclarecê-la ou 
integrá-la. É dirigido para o tribunal decidir a questão, obedecendo ao princípio do duplo 
grau de jurisdição. Em regra, o recurso é dirigido a outro grau de jurisdição, mas pode ser 
dirigido ao mesmo órgão quando se tratar de embargos de declaração e embargos 
infringentes da Lei 6.830/80. 
 
23. Quais os recursos ordinários e quais são os recursos excepcionais ou 
extraordinários? 
Recurso ordinário é o meio impugnativo de motivação livre que serve para atacar 
resoluções judiciais heterogêneas, acórdãos denegatórios de writs constitucionais tais como 
habeas corpus e mandado de segurança e sentenças proferidas nas causas constitucionais, 
bem como decisões interlocutórias originárias dessas causas cujo julgamento compete, no 
Brasil, ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça. 
Recursos excepcionais que visam uniformizar o direito infraconstitucional e cabem 
exclusivamente ao STJ (art. 105, 1, II, da CF) 
Embargos de divergência em recursos especiais ou em recursos extraordinários. 
 
 
24.o que e principio do duplo grau de jurisdição? 
Duplo grau de jurisdição é um princípio do direito processual que garante, a todos os 
cidadãos jurisdicionados, a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente 
por uma instância superior. Também, é o princípio segundo o qual as decisões judiciais 
podem conter erros, e sua revisão por uma instância superior colegiada diminui as chances 
de erros judiciários, garantindo, aos cidadãos, uma Justiça mais próxima do ideal. 
 
25) Quais suas exceções? 
Há exceções na aplicabilidade em, embargos de declaração, visto que é o próprio juiz 
monocrático da sentença que irá apreciar, nos juizados especiais cíveis ja que os recursos 
das decisões são julgados pela turma recursal, por três juízes vitalícios, e quando a 
competrncia originaria do STF como as que estão elencadas no art.102 CF/88. 
 
26) O tribunal pode suprimir um grau de jurisdição? 
 
Sim, se o tribunal já está examinando a causa e o processo reúne todos os elementos 
instrutórios para a solução do mérito, não é razoável remeto- lo novamente ao primeiro grau 
apenas para esse sentenciar e em seguida havendo recurso retornar de novo ao tribunal, é 
preferível que desde ja do tribunal resolva o mérito. O art. 1013 c/c prevê também deverá 
desde logo julgar o merito se constatar que a sentença proferida em primeiro grau foi infra 
(citra) ou extra petita, e o processo já estiver suficiente instruído e com o contraditório 
plenamente desenvolvido .Ademais o tribunal também estará autorizado a julgar desde logo 
o mérito quando decretar a nulidade da sentença por falta de fundamentação, e o processo 
estiver em condições de julgamento imediato. 
 
 
27) O que é o principio da colegialidade? 
É um principio segundo o qual a competência atribuída a órgão colegiado não pode ser 
exercida individualmente pelo seus membros. 
 
28) O que é o principio da taxatividade? 
O principio se caracteriza pela exigência de que a relação dos recurso seja taxativamente 
prevista em lei isto é, só poderá ser afirmado se algo é um recurso o mesmo estiver previsto 
em lei. 
 
29) O que é o principio da unirrecorribilidade? 
É aquele de acordo com qual não se admite a interposição de mais de um recurso sobre 
uma mesma decisão salvo se existir previsão expressa. Significa que para cada ato judicial 
recorrível, há um unico recurso previsto pelo ordenamento. A exceção a esse principio é a 
interposição simultânea do recurso extraordinário ao STF e do recurso especial ao STJ. 
 
30) O que é o principio da dialeticidade? 
È uma exigencia decorrente do princípio do contraditório no direito processual civil, é um 
direito de toda parte contrapor os argumentos daquele que a demanda. O principio 
da dialeticidade, então refere-se não apenas ao direito de argumentação, mas ao dever, 
também de fundamentar os argumentos nas oportunidades de manifestação. 
 
31) Quais as exceções ao princípio da proibição da “reformatio in pejus”? 
poderá ser excepcionado, em sendo o caso, quanto a matérias de ordem pública, 
que o órgão “ad quem” possa conhecer de ofício; 
 
32) O que é o princípio da fungibilidade? Quais seus requisitos? 
O princípio recursal da fungibilidade consiste na possibilidade de admissão de um 
recurso interposto por outro, que seria o cabível, na hipótese de existir dúvida 
objetiva sobre a modalidade de recurso adequada. Para tanto, faz-se necessário 
que três requisitos estejam presentes: dúvida objetiva quanto à natureza jurídica da 
decisão a ser recorrida (divergência doutrinária ou jurisprudencial); Inexistência de 
erro grosseiro por parte do advogado, o qual não poderá interpor recurso pelo meio 
diverso da forma que a lei explicitamente determina; Interposição do recurso 
equivocado dentro do prazo do recurso correto para que seja atendido o 
pressuposto recursal da tempestividade 
33) O que é o princípio da complementariedade? 
No momento da interposição do recurso tempestivo (dentro do prazo legal) expostas 
as razões do inconformismo, ocorre a preclusão consumativa, de modo que, ao 
recorrente,não é mais permitido praticar ato processual de fundamentar tal recurso. 
De acordo com o princípio da complementaridade, o recorrente terá o direito de 
complementar a fundamentação de seu recurso anteriormente interposto, caso 
tenha havido alteração ou integração da decisão que originou sua insatisfação, em 
virtude de acolhimento de embargos de declaração. Contudo, a alteração ou 
integração da decisão não permite a interposição de novo recurso, apenas no caso 
de a decisão ser de ordem modificativa ou integrativa, que o efeito altere a natureza 
jurídica da sentença judicial. 
 
34) O recorrente pode aditar o recurso? 
Sim. …remeter o processo ao Supremo Tribunal Federal após juízo positivo de 
admissibilidade quando entender versar o recurso especial sobre matéria 
constitucional, dando vista ao recorrente pelo prazo de quinze dias para que 
demonstre a existência de repercussão geral e manifeste-se sobre a questão 
constitucional, bem como vista à parte adversa para, por igual prazo, apresentar 
contrarrazões." Assim, o prazo é de quinze dias, para ambas as partes, tanto para 
aditamento ao recurso especial, pelo recorrente, como para contrarrazões a tal aditamento, 
pelo recorrido. 
 
35) O que é o princípio da consumação? 
]Significa que, no momento da interposição do recurso, ele deve estar perfeito e 
acabado. O que é esse princípio? A preclusão consumativa. Não se podem praticar 
atos processuais depois que o recurso é interposto. É diferente da aplicação no 
Processo Penal. Nele, um recurso pode ser apresentado num dia e as razões em 
outro. 
 
36) O recurso é interposto perante o órgão “a quo” ou “ad quem”? 
Normalmente o recurso é interposto perante o órgão responsável pela prolação da decisão 
recorrida (juízo a quo), e posteriormente é repassada ao órgão responsável pela análise do 
mérito recursal (juízo ad quem). Assim, o juízo de admissibilidade, às vezes, é feito perante 
esses dois juízos. 
 
37) Qual a diferença entre admitir o recurso e prover o recurso? 
Na admissão do recurso se analisar e o mesmo preenche todos os requisitos legais para 
sua admissibilidade, como legitimidade, interesse de agir e preparo, caso o mesmo 
preencha todos os requisitos ele é admitido. Já no provimento do recurso se analise o juízo 
de mérito para que que nada mais é do que a possibilidade de prover o recurso. 
Conhecido o recurso (análise preliminar ao mérito), passa-se à análise do juízo de mérito – 
que é efetivamente a análise da impugnação realizada pelo recorrente (momento em que se 
aponta o error in procedendo – erro no processamento – e/ou o error in judicando – erro no 
julgamento). Após ser conhecido, poderá o recurso ser provido ou desprovido. 
 
38) O que são pressupostos recursais de admissibilidade? 
Disciplinados nos art. 997, § 2º[11] c/c art. 1.028[12], ambos do CPC/15, os requisitos são 
tidos como condição essencial para que, analisados em conjunto, possa ser admissível a 
análise de mérito na via recursal. Como: i) intrínsecos (cabimento, legitimidade, interesse de 
recorrer, inexistência de fato impeditivo ou extintivo); e ii) extrínsecos (tempestividade, 
preparo e regularidade formal). 
Tem-se por requisitos intrínsecos, aqueles ligados a essência das partes, devem ser 
analisados no caso concreto para que se aufira ser cabível o recurso contra a decisão que 
se pretende impugnar, atestar que a parte possui legitimidade recursal, interesse nas 
modalidades adequação, necessidade e utilidade de interpor o recurso e inexistência de 
fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. 
Requisitos Extrínsecos São requisitos intimamente ligados ao modo de exercer o recurso, 
podendo-se dividi-los em: tempestividade, preparo e regularidade formal. 
 
39) Qual a diferença entre os pressupostos intrínsecos e extrínsecos? 
A doutrina majoritária classifica os requisitos de admissibilidade em intrínsecos 
(concernentes à própria existência do poder de recorrer) e extrínsecos (relativos ao modo 
de exercê-lo). 
Em geral, entende-se que os pressupostos genéricos são: a) intrínsecos(condições 
recursais): cabimento (possibilidade recursal), interesse recursal e legitimidade para 
recorrer; que faz parte de ou que constitui a essência, a natureza de algo; que é próprio de 
algo; inerente. 
b) extrínsecos: preparo, tempestividade e regularidade formal. Que não faz parte do 
conteúdo essencial de alguma coisa; que se encontra no exterior 
 
40) Qual a diferença entre os pressupostos objetivos e subjetivos? 
Os pressupostos de existência subdividem-se em subjetivos e em objetivos. Os primeiros 
são compostos de: um órgão jurisdicional e da capacidade de ser parte (aptidão de ser 
sujeito processual). O pressuposto processual de existência objetivo é a própria demanda 
(ato que instaura um processo, ato de provocação). 
Os pressupostos processuais subjetivos dizem respeito aos sujeitos do processo, ou seja, 
às partes e ao juiz. Com relação ao juiz, os pressupostos processuais subjetivos são: 
investidura e imparcialidade.Os pressupostos processuais objetivos são as condições do 
processo que não envolvem os sujeitos do processo. Eles se dividem em: extrínsecos e 
intrínsecos 
41) O que é extinção anômala ou prematura do recurso? 
A extinção natural do recurso ocorre pelo seu julgamento pelo tribunal ad quem, já a 
extinção anômala (estranha, anormal) do recurso pode ocorre antes mesmo do seu exame 
pelo tribunal, quando a deserção; desistência; ou a renúncia, que gera a extinção prematura 
do recurso. 
 
42) Quem analisa os pressupostos de admissibilidade? 
O juízo a quo. 
 
43. O órgão “ quo “ pode indeferi o recurso intempestivo? 
R: Não, pois o novo cpc acabou com o duplo juízo de admissibilidade, mas precisamente 
com o controle de admissibilidade que era realizado na origem pelo juízo “ a quo”, o Juizo 
prolator da decisão a ser combatida não tem mais a possibilidade de se manifestar a cerca 
dos requisitos necessários ao conhecimento de recurso , cabendo tal mister 
exclusivamente a ad quem. 
 
44. Qual a medida cabível contra a decisão do órgão “ a quo” que indefere o 
processamento do recursos. 
R: Agravo Interno 
 
45. Explique o cabimento recursal. 
 
R: É o pressuposto inerente ao direito de recorrer, pois sem ele e considerado inexistente, 
decorrente do princípio da taxatividade, afirma- se que o recurso deve ser cabível, isto é só 
será aceito o recurso que tenha previsão legal na lei. 
 
46- Quais os atos judiciais irrecorríveis? 
R: Dentre os pronunciamentos judiciais encontra-se os despachos que são irrecorríveis em 
razão de não ter cunho decisório, tratando-se de mera providência para o andamento 
processual. Salvo nas hipóteses de Embargos de Declaração 
 
47- Quem tem legitimidade para recorrer? 
R: Possuem legitimidade para recorrer: a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério Público. 
Malgrado o tratamento dispensado pelo Código de Processo Civil, a legitimação para 
recorrer difere do interesse em recorrer. 
 
48- O assistente simples pode recorrer? 
R: Sim, vide Art. 121 NCPC: O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, 
exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente 
será considerado seu substituto processual. 
 
Questão : 49 o juiz pode Recorrer? 
Sim,porém o juiz não figura no polo processual,apenas sujeito do processo,más ocorre 
quando algumas das partes arguir a suspeição do magistrado,caso ele se recuse a 
redistribuir o processo,a parte impetrante no incidente processual que será a parte ativa,já o 
magistrado passiva passando a ter o contraditório no processo de incidentesprocessuais. 
 
Questão 50 : O advogado pode Recorrer? 
E regra o advogado não pode recorrer em nome próprio,más há exceção conforme o código 
de processo,o advogado é detentor do direito de percepção dos honorários fixados 
judicialmente,e nos honorários de sucumbência tal sujeito poderá recorrer para garantir o 
seu direito,figurando então como terceiros prejudicado. 
 
Questão 51 : O Perito pode Recorrer? 
Os peritos integram como terceiros assistentes tanto como simples,tanto como 
litisconsorcial na relação do processo,e possuem sim legitimidade para recorrer em nome 
de ambas as partes,precisam ser interposto no momento da decisão 
impugnada,obedecendo a admissibilidade dos recursos extraordinários e especial. 
 
Questão 52 : Em que hipótese o MP pode Recorrer? 
Nas hipótese que sejam partes no processo,bem como em que oficiou como fiscal da 
lei,mesmo quando a parte em que representa não possue interesse,visando sempre o 
interesse social. 
 
Questão 53 : Explique o interesse Recursal. 
Conforme impõe o código de processo,o autor da ação precisa ter interesse no processo,a 
necessidade do provimento do recurso,para se integrar nos efeitos da admissibilidade do 
recurso nos termos do artigo 499 cpc. 
 
Questão 54 : Explique a sucumbência formal e Material. 
Sucumbência Formal ocorre quando a parte não conseguiu tudo o que poderia ter 
conseguido com o seu pedido.Já na Sucumbência Material refere-se ao aspecto material do 
processo,ocorre sempre quando a parte deixar de obter no mundo dos fatos a totalidade do 
que poderia ter conseguido com o processo. 
 
55) O que é sucumbência recíproca? 
R= Sucumbência Recíproca. É aquela atribuída tanto à parte vencida como a parte 
vencedora em um processo judicial. Caberá à cada litigante recíproca e proporcionalmente 
distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas decorrentes. 
 
56) O autor pode recorrer quando a sentença for totalmente procedente? 
R= Não, Se os autores requereram indenização a ser fixada pelo juízo de primeiro grau, e o 
juízo fixa o valor que acredita adequado, dando procedência integral ao pedido, não pode o 
autor apelar pleiteando valor superior, diante da inocorrência de sucumbência sua. Trata-se 
de aplicação do que a doutrina denomina eqüidade integrativa. Improvimento do primeiro 
apelo e desconhecimento do segundo. 
 
57) O réu pode recorrer da sentença que extingue o processo sem resolução do 
mérito? 
R= O réu que em regra não tem direito de ação, mas terá direito ao recurso, art. 997, incio 
1º do NCPC 
 
58) É possível recorrer para alterar a fundamentação? 
R= É perfeitamente possível, portanto, que se interponham embargos de declaração para 
se discutir somente a fundamentação, sem que eventual acolhimento implique qualquer 
alteração na conclusão da decisão impugnada. O interesse recursal, nestes casos, existe 
tanto para a parte sucumbente quanto para a que se sagrou vitoriosa. 
 
59) Quais os dois fatos extintivos do direito de recorrer? 
R= A renúncia ao direito de recorrer é a manifestação da parte vencida no sentido de não 
interpor o recurso; caso ela venha a ser feita por procurador, este deve ter poderes 
especiais para renunciar. Pode ser expressa, quando a parte declara que abre mão do 
direito de impugná-la, após a decisão que lhe é desfavorável; ou tácita, quando deixa o 
prazo do recurso se exaurir. 
A desistência do recurso pressupõe recurso já interposto e pode se fazer sem a anuência da 
parte adversária. Em caso de litisconsorte unitário, a desistência só será eficaz se todos os 
litisconsortes desistirem. Esta manifestação de vontade pode ser expressa por escrito ou 
oralmente até a prolação da decisão. Não precisa ser ratificada por termo nos autos nem 
depende de homologação judicial. 
60) O que é preclusão? 
R= É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de 
praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma 
prevista. É a perda de uma faculdade processual, isto é, no tocante à prática de 
determinado ato processual. 
A preclusão refere-se também aos atos judiciais, e não só aos das partes. Para as partes, a 
preclusão pode se dar quando o ato não for praticado dentro do prazo estipulado (preclusão 
temporal); quando houver incompatibilidade com um ato anteriormente praticado (preclusão 
lógica); ou quando o direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente 
(preclusão consumativa). 
 
61) O que é preclusão temporal? 
A preclusão temporal é a perda do poder processual em decorrência da perda do prazo 
para o seu exercício. Escoado o prazo para a prática de determinado ato, extingue-se o 
direito de praticá-lo (art. 183 do CPC). 
 
62) O que é preclusão consumativa? 
A preclusão consumativa é a perda do poder processual, em razão de já ter sido exercido. 
Se o ato pretendido já foi praticado, não é permitido alterá-lo ou repetí-lo. 
 
63) O que é preclusão lógica? 
A preclusão lógica é perda do poder processual em razão da prática de ato incompatível 
com seu exercício. Nas lições de Ovídio Baptista, trata-se da “impossibilidade em que se 
encontra a parte de praticar determinado ato ou postular certa providência judicial em razão 
da incompatibilidade existente entre aquilo que agora a parte pretende e sua própria 
conduta processual anterior. Ocorre preclusão lógica, por exemplo, quando a parte aceita, 
de forma expressa ou tácita, a decisão, e, em seguida, tenta impugná-la por meio de 
recurso. 
 
64) Explique a renúncia ao direito de recorrer. 
Já a renuncia é diferente. Ela ocorrerá antes da interposição do recurso. Nesse caso a parte 
vencida previamente abre mão do direito de recorrer. Também não depende da 
manifestação da parte contrária, conforme determina o art. 999 do nCPC: Art. 999. A 
renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
65) Explique a aquiescência recursal. 
A despeito da aquiescência, superficialmente, entende-se como uma manifestação de 
vontade de conformação com a decisão, ou seja, aceita-se o julgado e não recorre-se 
deste. A parte pode conformar-se coma decisão, ou porque se convenceu do acerto do 
decisum, ou até por razões de conveniência, para abreviar o término do procedimento. É 
irrelevante, portanto, indagar-se sobre o motivo que teria levado a aquiescer ao 
pronunciamento judicial. 
 
66) Explique a tempestividade. 
Exigência legal de que o recurso seja apresentado dentro do lapso temporal previsto em lei. 
Como assim? Os atos processuais serão praticados dentro de um prazo, que dizem 
respeito às partes, sob pena de não mais poder praticá-los. O juiz também tem seu prazo 
para praticar seus atos, mas impróprio, sem sanção associada. 
 
67. Qual a diferença entre prazo próprio e impróprio? 
Prazos próprios são aqueles direcionados às partes, ao MP quando este atua como parte e 
terceiros, onde, se não praticados em tempo, acarretam na preclusão, ou seja, o 
perecimento do exercício do direito; ao passo que os prazos impróprios são aqueles 
exercidos pelo juiz, MP quando atual como fiscal da lei e auxiliares da justiça e, quando não 
praticados, não geram a preclusão, mas sim, sanções administrativas. Assim, o que 
diferencia o prazo impróprio do prazo próprio é a preclusão temporal. 
68. O que é prazo peremptório? 
São os prazos indicados por lei, que não podem ser modificados pela vontade das partes ou 
por determinação judicial. Somente poderá haver modificação do prazo peremptório nos 
casos excepcionais de dificuldade de transporte, para comarcas localizadas em local de 
difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade pública. 
 
69. Qual a diferença de suspensão e interrupçãodos prazos? 
A diferença é que na suspensão quando o curso do prazo se reestabelecer somente se leva 
em consideração o tempo faltante para o cumprimento do prazo. Já a interrupção que é 
mais excepcional, ela congela o prazo e quando a contagem é reiniciada se estabelecera do 
zero. 
 
70. Quais as hipóteses de interrupção do prazo recursal? 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez. 
I por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a 
promover no prazo e na forma da lei processual; 
II por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III por protesto cambial; 
IV pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de 
credores; V por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do 
direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a 
interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. 
 
71. Hipóteses de suspenção? 
Estão previstas nos artigos 197 a 199, do Código Civil Brasileiro. 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I contra os incapazes de que trata o art. 3º; 
II contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; 
III contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
I pendendo condição suspensiva; 
II não estando vencido o prazo; 
III pendendo ação de evicção. 
 
72. Qual a diferença entre impedimento e suspenção? 
As causas impeditivas e suspensivas da prescrição são as mesmas, a diferença se 
encontra no momento da sua realização, se esta hipótese for anterior ao início a contagem 
do prazo será o caso do impedimento, agora se a hipótese for depois de iniciado o prazo 
será o caso da suspenção. 
 
73 - Por que o prazo recursal é um prazo legal? 
R- O prazo para interposição de recurso foi objeto de um dispositivo especial – o art. 242 –, 
que manda contá-lo da data em que os advogados forem intimados da decisão, da 
sentença ou do acórdão. A regra acha-se reiterada no art. 506, com mais detalhes. 
 
74- Na contagem dos prazos computam-se todos os dias? 
R- o Novo CPC estabelece que na contagem dos prazos fixados em dias computar-se-ão 
apenas os dias úteis, isto é, ficam excluídos da contagem os sábados, domingos e feriados 
(Novo CPC, art. 219). 
 
75- Qual o prazo para recorrer? 
R -se diz que "o recurso deve ser interposto dentro do prazo fixado em lei sendo certo que o 
novo CPC unificou os prazos recursais em 15 dias, exceto quanto aos embargos de 
declaração, que na forma do artigo 1.003 §5 do CPC permanecem com prazo de 5 dias. 
 
76- Quem tem prazo diferenciado? 
 R- O Ministério Público, a Defensoria Pública e a Fazenda Pública tem prazos 
diferenciados. Os prazos devem ser contados em dobro quando uma das partes for a 
Fazenda Pública, o Ministério Público ou estiver representada pela Defensoria Pública ou 
entidades conveniadas, bem como quando se tratar de litisconsortes que tiverem diferentes 
procuradores, de escritórios de advocacia distintos – nesta última hipótese, somente se os 
autos forem físicos (arts. 180, 183, 186 e 229). 
 
77- Os litisconsortes sempre têm prazos diferenciados? 
R- Não. Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, é oferecida 
defesa por apenas um deles (art. 229, § 1º do CPC 2015). 
 
78- Como se conta o prazo recursal? 
 
R- Os prazos processuais e sua respectiva forma de contagem estão elencados no artigo 
218 e seguintes do Código de Processo Civil. O Novo CPC dispõe que, além da contagem 
de prazos em dias úteis, os prazos também ficam suspensos entre os dias 20 de dezembro 
e 20 de janeiro. Além disso, segundo o artigo 224, os prazos serão contados excluindo o dia 
do começo e incluindo o dia do vencimento, salvo disposição em contrário. Ainda de acordo 
com o artigo 224, se os dias do começo e do vencimento coincidirem com um final de 
semana ou feriado, eles serão prolongados até o próximo dia útil. A mesma regra vale caso 
os prazos caiam em um dia no qual o expediente forense seja encerrado antes ou iniciado 
depois do horário normal ou ainda se houver indisponibilidade de comunicação eletrônica. 
Outro detalhe importante é que se considera como data de publicação o primeiro dia útil 
seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. Soma-se 
também a este fato que a contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da 
publicação. 
79) A intimação é pessoal? 
Em suma, não há descrição em regra jurídica constante do Código de Processo Civil de um 
único modo ou forma substancial para que determinado ato de intimação seja qualificado de 
“pessoal”. 
Em outras palavras, o núcleo compreensivo do instituto é claramente identificado nesta 
assertiva: realiza-se meio de comunicação processual hábil a dar conhecimento inequívoco 
ao destinatário. 
 
80). Como é a intimação das decisões e sentenças prolatadas em audiência? 
Embora a intimação possa ocorrer em audiência, a contagem dos prazos para o membro 
somente terá início posteriormente, com a remessa ou carga dos autos. Assim, “a intimação 
não se confunde com a contagem do prazo, embora, em regra, o início do prazo para a 
prática de atos processuais se dê com a intimação” 
 
81). Quando começa a correr o prazo recursal na intimação eletrônica? 
 O advogado acessa o processo judicial eletrônico para ser intimado. Por isso que temos 
a regra dos 10 dias para acesso à informação! Nesse caso, após a determinação da 
intimação pelo processo judicial eletrônico (não pelo DJE), a parte tem 10 dias para 
consultar o teor da informação. 
 Caso consulte a informação dentro do prazo de 10 dias, temos o começo do prazo (será 
considerado publicado no dia da consulta). Assim, no dia seguinte, conta-se o primeiro dia 
do prazo. 
 Caso não consulte nos 10 dias previstos, o dia útil seguinte será considerado como data 
da publicação, independentemente de consulta. Ato contínuo o dia seguinte ao da 
publicação temos o início da contagem do prazo processual. 
 
82). Em autos eletrônicos, até que momento pode ser interposto o recurso? 
O prazo para apresentar recurso em processo eletrônico começa a correr a partir do 
momento no qual o advogado da parte consulta a intimação no PJe. Com base no parágrafo 
3º do artigo 5º da Lei 11.419/06. 
 
83) E em autos em papel? 
No Novo CPC houve a unificação dos prazos para recursos, ou seja, o prazo é de 15 
(quinze) dias a contar da data da publicação, com exceção aos Embargos de declaração 
que permaneceu o prazo de oposição de 5 (cinco) dias. 
No entanto houve importante alteração no novo CPC que trata da contagem dos prazos, 
serão computados apenas os dias úteis. (Art. 219 do CPC). 
 
84). É possível recorrer pelo correio? Nesse caso, o que prevalece, a data da 
postagem ou a data a chegada do recurso? 
Sim, segundo Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os 
advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o 
Ministério Público são intimados da decisão. § 4º Para aferição da tempestividade do 
recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de 
postagem. 
 
85) O que é recurso prematuro?É possível? 
R: entende-se por recurso prematuro o recurso interposto antes da publicação da decisão 
recorrida, ou seja, antes mesmo da parte ser intimada da decisão a ser recorrida ele 
interpõe o recurso. 
É POSSIVEL. O art. 218, parágrafo 4° ressalva que será considerado tempestivo o ato 
praticado antes do termo inicial do prazo. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao 
julgar agravo regimental no Agravo de Instrumento 703269, na sessão de 05 de março de 
2015, modificou seu entendimento e concluiu, por unanimidade (nove votos, ausente o Min. 
Celso de Mello), que o recurso interposto antes do início do prazo é tempestivo. 
Recorda-se que a tempestividade é um pressuposto recursal objetivo, consistente na 
interposição do recurso no prazo previsto em lei. 
 
86) O que é preparo e qual a sua abrangência? 
R: O preparo é o pagamento das despesas processuais relativas a interposição de 
determinado recurso no tempo oportuno. Em outras palavras, preparo é o adiantamento das 
despesas relativas ao processamento do recurso. É uma causa objetiva de 
inadmissibilidade e independente de qualquer indagação quanto a vontade do omisso. O 
valor do preparo é a soma da taxa judiciaria mais o porte de remessa e de retorno dos 
autos. 
 
87) O recurso em autos eletrônicos tem custas por porte de remessa e de retorno? 
R: De acordo com a RESOLUÇÃO STJ/GP N. 1 DE 18 DE FEVEREIRO DE 2016. Art. 4º 
É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno dos autos em processos 
eletrônicos. 
 
88) Em que momento se deve comprovar o preparo? Há exceções? 
R: Art. 1.007. NCPC. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando 
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, sob pena de deserção.Vale ressalvar que a falta do preparo oportuno gera a 
sanção da deserção, ou seja, não se deve reconhecer a imediata deserção, pois a ausência 
do preparo constitui vicio sanável. Antes de se aplicar a pena de deserção o recorrente 
deve ser intimado para, no prazo fixado, efetuar o preparo. São dispensados de preparo os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e 
respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal (beneficiário da justiça gratuita). 
Não podemos nos esquecer do enunciado de súmula n. 178 do STJ: "O INSS não goza de 
isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de benefícios 
propostas na Justiça Estadual". 
89) O que é deserção? 
R: É o abandono do recurso pelo recorrente, caracterizado pela falta de preparo no prazo 
legal. Equivale a uma pena, também chamada de deserção, que tem por efeito julgar 
deserto o recurso, isto é, não ter seguimento. Ocorrendo justo impedimento, o juiz, ao 
relevar a pena de deserção, restituirá ao apelante o prazo para efetuar o preparo. Esta 
decisão será irrecorrível. O tribunal, todavia, apreciará a legitimidade. 
Em outras palavras, É o efeito produzido sobre o recurso pelo não cumprimento do requisito 
do preparo no prazo devido, ou seja, sem o pagamento das custas devidas, o recurso torna-
se descabido, provocando a coisa julgada sobre a sentença apelada. 
 
90) A deserção é automática? 
R: De acordo com o CPC, a deserção deixou de ser uma consequência automática do não 
recolhimento do preparo e do porte de remessa e retorno. O sistema confere à parte uma 
segunda chance para evitar a deserção. 
Impossibilidade de complementação, na segunda chance conferida pelo CPCpara o 
recolhimento do preparo, a parte é apenada não se com o recolhimento em dobro do valor 
correspondente, como também devera necessariamente recolher o valor correto. Nesta 
oportunidade, a insuficiência da quantia recolhida também acarreta a deserção, não 
sendo possível aplicar o previsto no art. 2º desse artigo. Não tendo sido possível efetuar 
regularmente o preparo, o recorrente deverá demonstrar a existência de justo 
impedimento, se quiser ver relevada a pena de deserção. Demonstrando o justo 
impedimento, o juiz devolvera ao recorrente a oportunidade para efetuar o preparo. Esta 
previsão, antes restrita ao processamento da apelação, agora expressamente estendida a 
todos os recursos. 
 
91. O que acontece se o preparo for insuficiente? 
CPC, art. 1007, § 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier 
a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
92. O recorrente que não fez o preparo pode fazer depois? 
CPC, art. 1007, § 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa 
de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
 
93. É possível relevar a pena de deserção? 
 
Sim, é possível, segundo o artigo 1007 do CPC, § 6º Provando o recorrente justo 
impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe 
prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
 
94. Qual o recurso cabível dessa decisão que releva a pena de deserção? 
A decisão é irrecorrível segundo o artigo 1007 do CPC, § 6º. 
 
95. Quais as hipóteses em que se dispensa o preparo? 
Art. 1007, § 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos 
Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. 
 
96. Quais as formalidades mínimas exigidas para qualquer recurso? 
Pressupostos de admissibilidade 
 Pressupostos intrínsecos: 
- Cabimento 
- Legitimidade 
- Interesse 
Os três acima são referentes às partes, aos interessados e o MP. 996 CPC. 
- Inexistência de fato extintivo do direito de recorrer – art. 999 e 1000 CPC 
Pressupostos Extrínsecos: 
- Tempestividade 
- Preparo – Custas 
- Regularidade Procedimental 
- Inexistência de fato impeditivo do direito de recorrer – 998 (desistência) 
Multas – 1021 §4° e 1026 §2°. A multa deve ser paga antes da protocolização do recurso 
OBS. Se for protocolizado sem recolher as custas, no futuro este pagamento terá que ser 
feito em dobro. 
 
97- É Possível recurso oral? 
Sim, o artigo 397 do CPC elenca situações em que a sustentação oral será cabível. Sendo 
cabível a sustentação oral o advogado poderá por meio desta sustentar as razões de seu 
recurso. 
 
98- A falta de assinatura do recorrente é um vicio sanável? 
Segundo a jurisprudência a falta de assinatura do recorrente é sim um vício sanável, 
podendo ser concedido prazo razoável para o suprimento da irregularidade, sem que ocorra 
nulidade da petição, mantendo o entendimento do Art. 932 paragrafo único do Código de 
Processo Civil . 
 
99- Quais os fatos impeditivos do direito de recorrer? 
Se trata de um requisito intrínseco. Os fatos impeditivos são aqueles que impedem que o 
recurso prossiga, sendo eles: a renúncia do direito, independente da aceitação da outra 
parte ou a desistência em qualquer tempo. 
 
100- O que é desistência? Quais suas formas? É possível ate que momento? É um ato 
unilateral? Admite retratação? 
A desistência é um instituto puramente processual e que, até o mometo da prolação da 
sentença (§5°, art.485 NCPC), permite a extinção sem resolução do mérito. Portanto é um 
ato unilateral. Rigorosamente, não se pede, nem se requer desistência. Desiste-se, apenas. 
O que se deve requerer é a homologação da desistência. Enquanto não houver 
homologação do pedido de desistência é possivel a retratação. 
 
101-O MP pode desistir de recurso? 
Sim.o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes, desistir do recurso. 
 
102-A desistência do recurso especial ou extraordinário repetitivos impede a analise 
da tese jurídica? 
Conforme expresso no artigo 998 do CPC, parágrafo único, a desistência do recurso não 
impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela 
objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. 
 
103) A desistência do recurso extraordinário impede a análise da repercussão geral? 
Art. 998 CPC. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos. 
 
104) Quais as duas multas impeditivas do direito de recorrer? Explique. 
 
 
 
105) Os embargos de declaração são cabíveis apenas contra sentença e acórdão? É 
recurso? 
Segundo o Novo Código de Processo Civil, sim é um recurso, uma vez que estão incluídos 
no rol de recursos no Novo CPC, em seu artigo 994. O art. 1.022, Novo CPC, portanto, 
insere duas novas hipóteses: a correção de erro material e a abrangência de toda decisão 
judicial. O artigo 523, CPC/1973, restringia a aplicação do recurso, como se observa, à 
sentença ou ao acórdão. Em função disso, Didier afirma que o Novo Código de Processo 
Civil adota “a ampla embargabilidade, na medida em que permite a apresentação de 
embargos de declaração contra qualquer decisão”. 
 
106) Quais os vícios que legitimam a sua interposição? 
Obscuridade, contradição, omissão e erro material. 
 
107) É correto dizer que a decisão omissa é apenas a que não aprecia alegações ou 
pedidos formulados pelas partes? 
A decisão será, então,omissa quando alguma proposição faltante tiver nela inserida, e 
portanto, tiver que ser reaberto o julgamento, a fim que seja preenchida a lacuna nela 
existente. Segundo o jurista Freddy Didier Jr considera-se omissa a decisão: 
“Que não se manifestar-se sobre a) Um pedido;b) sobre argumentos relevantes lançados 
pela parte( para o acolhimento do pedido, não é necessário o enfretamento de todos os 
argumentos deduzidos pela parte, mas para o não acolhimento, sim, sob pena de ofensa a 
garantia do contraditório) c) sobre questões de ordem pública, que não são apreciáveis de 
oficio, pelo magistrado, tenham ou não tenham sidos suscitadas pela parte.” 
 
108) A sentença de procedência deve apreciar todas as alegações das partes? E a 
sentença de improcedência? 
 
 
109) O juiz tem que apreciar todos os pedidos do autor? Há exceções? 
R: O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, 
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. Sim, umas das 
exceções é a prescrição uma causa de extinção do processo que, sendo reconhecida, faz 
com que o julgador não examine o pedido. 
 
110) Matéria não alegada pelas partes pode ser objeto de embargos de declaração? 
R: A matéria não alegada pelas partes, não podem ser objeto de embargos de declaração, 
uma vez que o art. 1022 do CPC é taxativo ao elencar apenas alguns momentos, ou seja: - 
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão sobre o 
qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; corrigir erro material. 
 
111) Cabe embargos de declaração quando o juiz deixar de manifestar sobre algum 
acordão? 
Não cabe embargos de declaração quando o juiz manifestar sobre acordão, uma vez que o 
art. Pois não esta elencado no rol do art. 1022. 
 
112) O erro material só pode ser arguido através de embargos de declaração? 
 Não, o erro material poderá ser arguido a qualquer momento por simples petição, e até 
mesmo pelo juiz de oficio, como dispõe o art. 494 do CPC. 
 
113) Os embargos de declaração têm função explicativa ou integrativa? 
R: Os embargos de declaração possuem função integrativa, ou declaratório da decisão. 
 
114) O erro na tipificação do vício compromete os embargos de declaração? 
R: o erro na tipificação do vício compromete sim os embargos de declaração, uma vez que 
o não apontamento correto do vício faz com que o embargos de declaração seja ineficaz, 
assim não entrando no mérito de reaver a decisão atacada. O erro na tipificação do vício 
compromete os embargos de declaração? 
 
115) A dúvida pode ser suscitada em embargos de declaração? 
O novo código esclarece a duvida que chegou a existir a luz do CPC/1973 e diz claramente 
serem cabíveis embargos de declaração contra todo e qualquer pronunciamento do juiz seja 
decisão interlocutória sentença decisão de relator de órgão colegiado etc pode-se afirmar 
ser recurso interponivel ate mesmo de pronunciamento desprovido de conteúdo 
relevantemente decisório. O legislador de 2015 assim, corrigiu imperfeição do artigo 535 l 
CPC/1973 que se referia tao somente a sentença e ao acordao como pronunciamentos 
suscetíveis de serem impugnados por meio dos embargos de declaração. 
 
116) Qual a diferença entre dúvida e obscuridade? 
 
Dúvida: 
Incerteza sobre algo. Dificuldade de compreensão, hesitação para tomar uma decisão. 
Obscuridade: 
Vício de linguagem que consiste em construir a frase de tal modo que o sentido se torne 
obscuro, embaraçado, ininteligível. Em um texto, as principais causas da obscuridade são: 
o abuso do arcaísmo e o neologismo, o provincianismo, o estrangeirismo, a elipse, a 
sínquise (hipérbato vicioso), o parêntese extenso, o acúmulo de orações intercaladas (ou 
incidentes) as circunlocuções, a extensão exagerada da frase, as palavras rebuscadas, as 
construções intrincadas e a má pontuação. 
 
117) Qual o prazo para interposição dos embargos de declaração? 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao 
juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a 
preparo. 
 
 
118) Quem pode interpô-lo? 
A expressão embargos de declaração ou embargos declaratórios (sempre usada no plural) 
refere-se a um instrumento jurídico(recurso) pelo qual uma das partes de um processo 
judicial pede ao juiz (ou tribunal) que esclareça determinado(s) aspecto(s) de uma decisão 
proferida quando há alguma dúvida, omissão, contradição ou ... 
 
119) Pode ser interposto oralmente? 
Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a 
palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao 
membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada 
um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final 
do caput do art. 1.021: 
I – no recurso de apelação; 
II – no recurso ordinário; 
III – no recurso especial; 
IV – no recurso extraordinário; 
V – nos embargos de divergência; 
VI – na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; 
VII – (VETADO); 
VIII – no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre 
tutelas provisórias de urgência ou da evidência; 
IX – em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. 
 
120) É um recurso de forma livre? 
Já esta classificação, como bem diz seu nome, tem como critério a fundamentação dos 
recursos. Considera-se um recurso de fundamentação vinculada quando a lei exige a 
presença de determinados tipos de vícios na decisão, para que então tenha cabimento. No 
nosso sistema atual, são eles os recursos: especial, extraordinário e embargos de 
declaração. No caso do recurso especial, por exemplo, aexistência tão somente de um 
acórdão não é suficiente, é imprescindível também violação à lei federal; enquanto nos 
embargos de declaração, por sua vez, deve haver omissão, obscuridade ou contradição na 
decisão impugnada Consequentemente, o recurso de fundamentação livre não se prende a 
diretamente a determinado defeito ou vício da decisão. Para que o recurso seja admissível 
basta que o vício existente, independentemente de qual, seja alegado e fundamentado pelo 
recorrente e que haja uma decisão. São os recursos de fundamentação livre: a apelação, o 
agravo, os embargos infringentes, o recurso ordinário e os embargos de divergência. 
121) Nos embargos de declaração, vigora o princípio da identidade física do 
magistrado? 
Como se sabe, a nova lei de ritos extirpou do ordenamento processual civil o princípio da 
identidade física do juiz (não há dispositivo correlato ao art. 132 do CPC/73). Logo, o juiz 
que concluir a audiência não precisará, necessariamente, julgar a lide. 
 
122) Os embargos de declaração suspendem ou interrompem os prazos para os 
demais recursos? 
Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, 
por qualquer das partes. A interrupção se difere da suspensão do prazo porque a parte terá 
de volta o prazo inicial para a interposição de qualquer outro recurso. 
 
123) O que acontece se os embargos de declaração forem manifestamente 
protelatórios? 
Art. 1026 § 3º do CPC: Na reiteração de embargos de declaração manifestamente 
protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e 
a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, 
à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão 
ao final. 
 
124) A reiteração de embargos manifestamente protelatórios gera três sanções. 
Explique. 
Art. 538 CPC: Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de 
outros recursos, por qualquer das partes. 
Parágrafo único - Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, 
declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não 
excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos 
protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a 
interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. 
 
125) Providos os embargos de declaração, a parte que havia apelado ou interposto 
outro recurso pode complementar o recurso? 
Sim pode, de acordo com art. 1024 § 4º: Caso o acolhimento dos embargos de declaração 
implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro 
recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, 
nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da 
decisão dos embargos de declaração. 
 
126) Rejeitados os embargos de declaração, o recurso interposto pela outra parte, 
para ser conhecido, precisa ser reiterado ou ratificado? 
De acordo com art. 1024 § 5º: Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não 
alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da 
publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado 
independentemente de ratificação. 
 
127) O que diz a súmula 418 do STJ? Este entendimento ainda é válido? 
Súmula 418, dizia: “É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do 
acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.” 
Esta súmula não é mais válida pois era contrária a dois dispositivos do novo CPC . Ao art. 
1.024, § 5º que fala expressamente da desnecessidade de ratificação do recurso nesses 
casos: “§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão 
do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do 
julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de 
ratificação.” 
E ao art. 218, que considera tempestivo o recurso interposto antes do prazo: “§ 4o Será 
considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
128) Os embargos de declaração têm contraditório? 
Em princípio, os embargos de declaração não têm contrarrazões, pois sua finalidade 
imediata não é modificar o julgado, mas apenas aperfeiçoá-lo ou integrá-lo, com supressão 
de uma omissão, esclarecimento de uma obscuridade ou eliminação de uma contradição, 
além da eliminação de um erro material. É possível, entretanto, que o órgão jurisdicional, ao 
sanar uma omissão, esclarecer uma obscuridade, eliminar uma contradição ou corrigir um 
erro material, termine, consequentemente, por modificar a decisão. Nessa hipótese, deverá 
ser assegurado o contraditório, com intimação da parte contrária para que tenha 
oportunidade de apresentar suas contrarrazões. 
 
129) Quem decide os embargos de declaração? 
Os Embargos de Declaração ou Embargos Declaratórios são uma modalidade de recurso 
que tem por objetivo fazer com que o magistrado possa rever alguns aspectos de sua 
decisão, desta forma quem decide os embargos é o magistrado. 
 
130) Qual o prazo para se julgar os embargos de declaração? 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
 
131)Qual a diferença entre embargos de declaração típicos e atípicos? 
Os objetivos típicos dos embargos são: 
A) esclarecer obscuridade; 
B) eliminar contradição; 
C) suprir omissão; 
D) corrigir erro material. 
Embargos de declaração atípicos assumem uma função distinta daquela para a qual foram 
originariamente programados gerando a reforma ou a anulação da decisão impugnada. 
 
132) O que são embargos de declaração com efeito infringente? 
Embargos de declaração com efeitos infringentes 
Completamente atípico: 
Cabimento – decisões teratológicas geradas por vícios absurdos, referentes ao seu 
conteúdo ou gerados pela falsa percepção da realidade pelo órgão prolator da decisão 
impugnada (erro manifesto de contagem do prazo, ausência de intimação de uma das 
partes, revelia decretada em razão de a contestação estar perdida no cartório e não ter sido 
juntada aos autos, etc.). 
Pedido – reforma ou anulação. 
Provimento – reforma ou anulação. 
*Justificativa 
Necessidade de conceder às partes instrumentos aptos a extirpar o absurdo jurídico do 
processo de forma mais rápida, barata e simples possível, o que se mostra benéfico ao 
sistema jurídico. 
*Os tribunais superiores têm contido o abuso, existindo inúmeras decisões de inadmissão 
de embargos de declaração com efeito infringente. 
 
133) Explique os embargos de declaração para efeito de prequestionamento? 
A exigência do prequestionamento decorre da circunstância de que os recursos especial e 
extraordinário são recursos de revisão. Revisa-se o que já se decidiu. Trata-se na verdade, 
de recursos que reformam as decisões impugnadas, em princípio, com base no que consta 
das próprias decisões impugnadas.” 
 
134) Os embargos de declaração têm efeito suspensivo? E efeito translativo? 
Art. 1.025 cpc-Não possuem efeitos suspensivos. 
O efeito translativo é a capacidade do Tribunal de julgar matérias que não tenham sido 
abrangidas pelo recurso, por serem elas de ordem pública, indo além da vontade do 
particular. 
 
135) Explique a conversão dos embargos de declaração em agravo interno? 
§ 3º do art. 1.024 do CPC, se órgão julgador conhecer oss embargos de declaração como 
agravo interno, se entender ser este o recurso cabível, deverá, antes, determinar a intimação 
do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo 
a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, isto é, impugnando todos os fundamentos dadecisão a ser agravada. 
 
136) Quando é cabível o agravo de instrumento? 
Art. 1015 cpc- Agravo de instrumento é o recurso interposto, em regra, contra decisões 
interlocutórias. Só caberá agravo de instrumento, "quando se tratar de decisão susceptível 
de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da 
apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida". 
 
137) As decisões interlocutórias de primeiro grau que não comportam o agravo de 
instrumento podem 
Ser impugnadas de outra forma? 
Art 1009- todas as outras decisões não elencadas nos incisos do 'caput' deste artigo, ou 
seja, que não podem ser impugnadas mediante recurso de agravo de instrumento, poderão 
ser suscitadas como preliminares do recurso de apelação ou nas contrarrazões, sem que a 
questão fique preclusa. 
 
138) O que é o pedido de reconsideração? 
Pedido de reconsideração é aquele destinado ao juiz, em que se pede o reexame de uma 
questão já resolvida, para que se dê uma outra solução. 
 
139) O que é agravo retido? 
 Agravo retido é o recurso interposto contra a decisão interlocutória de primeira instância, 
cujo exame não será feito de imediato, mas relegado a uma fase posterior, quando da 
remessa dos autos à instância superior, para o exame de recurso de apelação, interposto 
por qualquer das partes. 
 
140) Qual a razão da nomenclatura agravo de instrumento? 
 O vocábulo agravo deriva do latim agravara, significando o recurso apto a impugnar as 
decisões interlocutórias que tenham causado gravame ou prejuízo a alguma das partes do 
processo. 
Sublinha José Carlos Barbosa Moreira que o agravo é da tradição do direito brasileiro tendo 
aparecido inicialmente nas Ordenações Afonsinas, donde se originou a denominação de 
agravo de instrumento. E como recurso fora mantido nas Ordenações Manuelinas e, 
repetido nas Filipinas. 
 
141) Quais as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento? O rol é taxativo? 
Admite analogia? 
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário. 
 Conforme destaca Fredie Didier[5], o rol de hipóteses de cabimento do agravo de 
instrumento é taxativo, mas admite a interpretação extensiva, como ocorre com outras 
enumerações taxativas legais, a exemplo das hipóteses de cabimento do recurso em 
sentido estrito, no âmbito do processo penal. Confira-se: 
“As hipóteses de agravo de instrumento estão previstas em rol taxativo. A taxatividade não 
é, porém, incompatível com a interpretação extensiva. Embora taxativas as hipóteses de 
decisões agraváveis, é possível interpretação extensiva de cada um dos seus tipos. 
 
142) Quais as peças obrigatórias no AI? 
Por meio de uma simples leitura do artigo 1.017, inciso I, verifica-se que as peças 
obrigatórias e que devem instruir o Agravo de Instrumento, quando da sua interposição, 
passarão a ser 6, quando da vigência do novo diploma processual, sendo elas cópias da: 
Petição inicial 
Contestação 
Petição que ensejou a decisão agravada 
Própria decisão agravada 
Certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade 
Procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado 
 
143) O que acontece se o agravante não juntar as peças obrigatórias no AI? 
 O §3º do artigo 1.017 da legislação, estabelece que na falta da cópia de qualquer peça, ou 
no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do Agravo de Instrumento, 
a parte agravante deverá ser intimada para sanar o vício ou complementar a documentação 
exigível em 5 (cinco) dias 
 
144) O agravo de instrumento tem preparo? 
O art. 1.007 do novo Código, assim como no art. 511 do Código anterior, prevê a 
necessidade de recolhimento do preparo, “sempre compreendido como custas e porte de 
remessa e retorno dos autos” (BUENO, 2015, 644), no ato da interposição do recurso, sob 
pena de deserção. 
Porém, além de permitir a complementação do recolhimento em cinco dias (§2º), como 
antes, também permite a intimação para comprovação posterior. Havendo justo 
impedimento releva-se a pena de deserção abrindo-se o prazo de cinco dias para 
comprovação do recolhimento (§6º) e, se não houver justificativa plausível para a falta, o 
pagamento deve ser feito em dobro (§4º). 
 
145- O que são peças facultativas no AI? 
Nas peças facultativas, conforme preceitua o artigo 1.017, II, NCPC, esta facultada ao 
agravante juntar apenas as peças que entender úteis a sua pretensão no recurso, ou seja, 
que auxiliem. 
 
146- Nos autos eletrônicos as peças obrigatórias devem ser juntadas? 
De acordo com o artigo 1.017, paragrafo 5, NCPC, as peças obrigatórias será dispensada, 
facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a 
compreensão da controvérsia. 
 
147- O agravo de instrumento tem que ser comunicado ao juízo de primeiro grau? Há 
exceção? 
Sim. Nos termos do artigo 1.018, paragrafo 2 do NCPC, se o agravante não comunicar no 
prazo de três dias, ao juízo de primeiro grau, a interposição do agravo de instrumento, 
requerendo a juntada, aos autos do processo, de copia da petição do agravo de instrumento 
e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que 
instruíram o recurso. Todavia , consoante, ainda, a referida regra processual, para que a 
inadmissibilidade do recurso ocorra, é necessária á arguição e comprovação desta inércia 
pela parte agravada. 
 
148- E se não houver essa comunicação? 
Se não houver a comunicação ao juízo de primeiro grau, o agravo não deve ser admitido. 
 
149- o agravo de instrumento e interposto em qual prazo? 
O prazo para interposição do recurso de agravo de instrumento é de 15 dias (contados em 
dias úteis). 
 
150- É interposto em primeiro grau ou em segundo grau? 
O agravo de instrumento é o recurso cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra 
especificas decisões interlocutórias prevista em lei. 
 
151: A petição do agravo de instrumento, além do protocolo, pode ser apresentada de 
outras formas? 
Resposta: Sim, segundo o art. 1.017 do CPC. Pois este traz formas de interpor a petição do 
agravo de instrumento. Podendo ser interposto, protocolo realizado diretamente no tribunal 
competente para julga – ló, protocolo realizado na própria Comarca, Seção ou Subseção 
judiciárias, postagem sobre registro, com aviso de recebimento, transmissão de dados tipo 
fac-símile, nos termos da Lei e outras formas previstas em Lei. 
 
152: Quando o relator não conhecerá o agravo de instrumento? 
Resposta: De acordo com o art. 932, III do CPC, incube ao relator não conhecer de recurso 
inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente aos fundamentos 
da decisão recorrida. 
 
153: Quando o relator negará provimento em decisão monocrática ao agravo de 
instrumento? 
 
Resposta: Segundo o art. 932, IV do CPC, incube ao relator negar provimento a recurso que 
for contrário à súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
própriotribunal. Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos. Entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. 
 
154: O relator pode dar provimento ao agravo de instrumento em decisão 
monocrática? 
Resposta: Sim, quando versar sobre matéria a qual exista entendimento consolidada em 
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
Tribunal. Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em Julgamento de recursos repetitivos. Entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência (art. 932, V do CPC) 
 
155: O agravo de instrumento tem efeito suspensivo? 
 
Resposta: O relator a luz do caso concreto, poderá conceder o efeito suspensivo, desde 
que haja pedido da parte recorrente e estejam preenchidos os pressuposto autorizadores da 
medida (art. 1.019, I do CPC). 
 
156: Este efeito pode concedido de ofício? 
Resposta: Não pode o relator conferir de ofício, efeito suspensivo ao agravo de instrumento, 
sendo necessário o requerimento do recorrente (art. 1.019, I, do CPC). 
 
157) É cabível mandado de segurança para dar efeito suspensivo ao agravo? 
TJ-SP - Mandado de Segurança: MS 02132093820128260000 SP 0213209-
38.2012.8.26.0000 
Ementa 
Mandado de Segurança. Efeito suspensivo ao agravo em execução interposto. Cabimento. 
Comprovação do fumus boni iuris e do periculum in mora. Concessão. É viável a concessão 
de efeito suspensivo ao agravo em execução por meio de mandado de segurança, uma vez 
que não há previsão em lei deste efeito. Há direito líquido e certo a ser protegido e 
comprovação do fumus boni iuris e do periculum in mora. 
 
1 ) O que é o efeito ativo no ? possíve ? 
Efeito ativo do agravo de instrumento significa que o relator não tem só o poder de 
suspender a decisão agravada (efeito suspensivo), mas tem tambem o poder de ele próprio 
conceder a medida urgente que foi negada pelo juiz. Porém esta forma de raciocínio pode 
ser substituída pelo agravo de instrumento com pedido de antecipação de tutela. 
Embasamento legal, artigo 527, I e III e art 557 do CPC. 
 
1 ) Quem é intimado para apresentar as contrarra ões o agravo ou o seu 
advogado? 
Exige- se informações ao juízo de primeiro grau 
A intimação é feita na pessoa do Advogado e não é necessário dar informações ao juízo de 
primeiro grau sobre a apresentação das contrarrazões , apenas no agravo 
 
160) O MP atua no agravo de instrumento? 
O Ministério Público pode atuar em um processo tanto na qualidade de parte como de fiscal 
da lei – custos legis -, podendo em ambos os casos apresentar recurso, conforme previsão 
do art. 499 do CPC. 
Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo 
Ministério Público. 
 
161) O agravo de instrumento admite sustentação ora ? 
Conforme o inciso VIII do Art 937 do CPC o agravo de instrumento admite sustentação oral 
contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou 
evidência 
 
16 ) e sobrevier ape ação e o agravo não ouver sido ju gado o que acontece? 
Tratando a decisão interlocutória de outra matéria que não a tutela de urgência, não há 
dúvidas na doutrina de que, com a superveniência de sentença, e contra esta sobrevier 
apelação, o agravo de instrumento ainda pendente de julgamento em nada será afetado. 
 
163) Quando é cabível o agravo interno? 
O art. 1.021 do CPC estabelece que o agravo interno é cabível contra decisão proferida 
pelo relator do respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as 
regras do regimento interno do tribunal. 
 
164) Qual o prazo para a sua interposição? 
Art. 1.070. É de 15 (quinze) dias o prazo para a interposição de qualquer agravo, previsto 
em lei ou em regimento interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão 
unipessoal proferida em tribunal. 
 
165) O agravo interno é dirigido a quem? 
Art. 1021 do NCPC: O recurso será dirigido para o relator, que deverá abrir espaço à parte 
contrária para manifestar-se no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
166) O que deve ser impugnado especificamente no agravo interno? 
Exige o art. 1.021, § 1º, que na petição de agravo interno, o recorrente impugne 
especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 
 
167) O relator pode se retratar no agravo interno? 
Sim. Interposto o agravo interno, deverá ser aberta vista dos autos ao agravado, que terá o 
prazo de quinze dias para se manifestar, conforme estabelece o art. 1.021, § 2º, do CPC. 
Findo o prazo, tenham ou não sido oferecidas contrarrazões, os autos deverão ir à 
conclusão, para que o relator decida se mantém a decisão ou se se retrata. 
 
168) Qual o efeito da retratação? 
É o efeito que permite ao próprio juiz prolator da decisão impugnada rever sua decisão. 
Sempre que for aberto um juízo de retratação ao órgão prolator da decisão, pode-se falar 
em efeito regressivo. O efeito regressivo é a regra em alguns recursos, como no caso do 
agravo 
 
169) O agravo interno tem que ser incluído em pauta? 
 
Sim, o relator intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levará o agravo interno a 
julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta, (paragrafo 2º do artigo,1.021 do 
CPC). 
 
170) O relator pode se limitar a reproduzir o conteúdo da decisão agravada para negar 
provimento ao agravo interno? 
Não, é vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão 
agravada para julgar improcedente o agravo interno, (paragrafo 3º do artigo 1.021 do CPC). 
 
171) O relator pode julgar sozinho o agravo interno? 
 Não, o relator só poderá dar ou negar provimento ao recurso quando versar sobre 
matéria sobre a qual exista entendimento consolidado em súmula do STF, do STJ ou do 
próprio Tribunal; acórdãos do STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos; ou 
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção 
de competência (art. 932, IV e V). 
 
172) Quais as consequências do agravo interno manifestamente inadmissível ou 
improcedente por votação unânime? 
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, 
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do 
valor atualizado da causa (paragrafo 4º do artigo 1.021 do CPC) 
 
173) O agravo interno tem sustentação oral? 
 Sim, nos processos de competência originária (ação rescisória, mandado de 
segurança e reclamação), caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra 
decisão de relator que o extinga (Paragrafo 3º do artigo 937 do CPC) 
 
174) Quais as hipóteses de cabimento do recurso adesivo? 
 
Segundo as disposições o paragrafo 2º, inciso I, II, II do artigo 997 do Novo CPC O 
recurso adesivo cabe: 
 Quando há sucumbência recíproca (necessária para que ambas as partes tenham 
interesse em recorrer da decisão judicial); 
 Desde que haja recurso independente interposto pela outra parte (de forma que, se 
nenhuma das partes apresentar recurso, não é possível interpor recurso adesivo); 
 Somente no caso de apelação, recurso extraordinário e recurso especial; 
 Se for interposto dentro do prazo para apresentação das contrarrazões ao recurso 
independente, que é de quinze dias – ainda que os dois atos sejam feitos em 
momentos diferentes dentro desse prazo. 
 
175) Qual o prazo para a sua interposição agravo interno? 
R= É de quinze dias, art. 1.070 que diz que é de 15 dias o prazo para a interposição

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