Prévia do material em texto
Embalagem, Esterilização e armazenagem Profa. Karina M de L Assis 2014 Controle da transmissão e infecção dos M.O. Conceitos: Esporos: são células reprodutoras capazes de germinar, dando origem ao m.o.. São altamente resistentes aos agentes químicos e altas temperaturas. Esterilização: processo físico ou químico utilizado para eliminar todas as formas de vida inclusive os esporos. Desinfecção: É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos. Níveis de desinfecção: Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos. Indicação: área hospitalar preferencialmente. Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso. Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025% Indicação:nutrição. Principais vias de disseminação de m.o.: Contato direto com m.o. em lesões e/ou secreções durante atos operatórios; Contato indireto com m.o. através de instrumentais e equipamentos contaminados; Inalação de m.o. quando da produção de aerossóis (alta rotação, seringa tríplice em spray e ultrassom). Classificação dos materiais Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos, pus, saliva ou tecidos livres de microorganismos Ex: instrumental Esterilização Material semi-crítico entra em contato com mucosa ou pele não íntegra, saliva sem rompimento de tecidos. Ex: espelho bucal Esterilização ou Desinfecção de alto nível Material não crítico entra em contato com pele íntegra. Ex aparelho de raio x Limpeza ou desinfeção de nível intermediário VÍRUS MÉDIOS OU LIPÍDICOS BACTÉRIAS VEGETATIVAS Pseudomonas aeruginosa FUNGOS Candida spp VÍRUS PEQUENOS OU NÃO LIPÍDICOS poliovírus MICOBACTÉRIAS ESPOROS BACTERIANOS Bacillus subtillis MAIOR RESISTÊNCIA aldeídos e ácido peracético Alto Nível álcool, hipoclorito de sódio a 1%, cloro orgânico, fenol sintético Nível Intermediário quaternário de amônio e hipoclorito de sódio 0,2% Baixo Nível MENOR RESISTÊNCIA Desinfecção química RADIAÇÃO IONIZANTE CALOR ÚMIDO (AUTOCLAVE) SECO (ESTUFA) Processos de Esterilização INCINERAÇÃO FLAMBAGEM AGENTES QUÍMICOS Radiações ionizantes: Destrói microorganismos presentes em produtos médico-odontológico e previne sua reprodução. Requer equipamentos e instalações especiais. Produtos são esterilizados já na embalagem final, ex: lâminas de bisturi; Penetração da radiação assegura esterilização de todo o volume do produto, seja na forma de sólido, líquido ou gel; Processo é contínuo e não requer tratamento posterior para a retirada de gás residual; Emprego de embalagem impermeável a gases, assegura esterilização por tempo ilimitado. Calor Seco Flambagem: aquece-se o material, principalmente fios de platina e pinças, na chama do bico de gás, aquecendo-os até ao rubro. Este método elimina apenas as formas vegetativas dos microrganismos. Não indicado para a odontologia. Incineração: é um método destrutivo para os materiais, é eficiente na destruição de matéria orgânica e lixo contaminado. Fornos potentes. Raios infravermelhos: utiliza-se de lâmpadas que emitem radiação infravermelha, essa radiação aquece a superfície exposta a uma temperatura de cerca de 180O C. Estufa de ar quente: constitui-se no uso de estufas elétricas. É o método mais utilizado dentre os de esterilização por calor seco. Estufa ou forno de Pasteur Processo muito dispendioso; Termômetro externo é imprescindível ( o interno afere somente a temperatura de sua base); Tempo correto: 1 hora a 170 graus ou 2 horas a 160 graus, sem interrupção (estufa fechada o tempo todo), medidos pelo termômetro externo; Calibrar a estufa: Após colocar instrumental e fechar aguarde a temperatura retornar à 170 e comece a marcar tempo, Terminado o ciclo, desligue e aguarde a temperatura chegar entre 70 e 60 graus para retirar o material. Tempo total de ciclo: no mínimo 2 horas; Estufa ou forno de Pasteur Recomenda-se ligar a estufa a um regulador de voltagem; Não encher demais a estufa: deve haver espaço para circular o ar; Não se recomenda esterilizar campos, algodão, gaze, etc; Ao término do processo de esterilização , desligar a estufa e deixá-la esfriar; Retirar as caixas metálicas, lacrar com fita crepe, anotar data da esterilização. Validade: 7 dias. O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor úmido, requer o uso de temperaturas muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este método de esterilização só deve ser utilizado quando o contato com vapor é inadequado. O uso de temperaturas muito elevadas pode interferir na estabilidade de alguns materiais, como por exemplo o aço quando submetido a temperaturas muito elevadas perde a têmpera; para outros materiais como borracha e tecidos além da temperatura empregada ser altamente destrutiva, o poder de penetração do calor seco é baixo, sendo assim a esterilização por este método inadequada. Os materiais indicados são instrumentos de ponta ou de corte, que podem ser oxidados pelo vapor, vidrarias, óleos e pomadas. Equipamento: Termômetro que mostra temperatura do interior da câmara; Um termostato, onde se programa a temperatura desejada; Uma lâmpada que mostra a situação de aquecimento ou a estabilização da temperatura interna da câmara; Pode ter um ventilador para promover a circulação do ar, garantindo um aquecimento rápido e uniforme na câmara (estufas de convecção mecânica). Não há um controlador de tempo, este controle é feito pelo operador do aparelho. Estufa de convecção por gravidade Possui uma resistência elétrica na parte inferior da câmara e um orifício na parte superior onde ocorre a drenagem do ar frio que é empurrado pelo ar quente à medida que o ar esquenta dentro da câmara. Neste processo qualquer obstáculo que esteja no caminho dificulta a circulação do ar, interferindo na uniformidade da temperatura na câmara. Estufa de Convecção Mecânica Possui um dispositivo que produz movimento do ar quente, favorecendo a circulação do ar uniformemente e limitando a variação da temperatura nos vários pontos da câmara em 1o C. Este tipo de estufa reduz o tempo necessário para que se atinja a temperatura ideal para a esterilização. Mecanismo de ação Causa a destruição dos microrganismos por um processo de oxidação, ocorrendo uma desidratação progressiva do núcleo das células. Tempo de esterilização Temperatura (oC) Tempo de Exposição 180 30 minutos 170 1 hora 160 2 horas 150 2 horas e 30 minutos 140 3 horas 121 6 horas Temperatura 170°C 160°C Observações Material Tempo de exposição Materialde aço ou outro tipo de material 120 min. Acondicionado em caixametálica fechada AgulhasOcas 120 min. Tubos de vidro com tampa de algodão Agulhas para sutura 120 min. Caixa metálica fechada Seringas de vidro 120 min. Montadas e embrulhadas em lâmina de alumínio acondicionadas em caixa metálica Lâminas de corte, tesouras e serras 120 min. Embrulhadas em lâmina de alumínio acondicionadas em caixa metálica Frascos,balões de vidro, tubos de ensaio 120 min. Tampados com bucha de algodão e colocados em caixas metálicas Vaselina líquida e óleos em geral (emcamadas com 0,5 cm de altura) 60 min. 120 min. Colocados em frascos de vidro ou caixas metálicas fechadas Gazevaselinada(grupo de 10 gazes) 150 min. Acondicionadas em caixas metálicas. Cuidados para a eficiência do processo Higienizar convenientemente os artigos a serem esterilizados; Aquecer previamente a estufa; Utilizar embalagensadequadas; Não colocar na estufa artigos muito pesados e volumes muito grandes para não interferir na circulação do ar, as caixas não devem conter mais de 50 peças; Evitar sobrepor artigos; Marcar o início do tempo de exposição quando o termômetro marcar a temperatura escolhida; Evitar que o termômetro toque em algum dos artigos dentro da câmara; Não abrir a estufa durante a esterilização. Falhas no processo Distribuir os artigos no interior da câmara, não deixar que toquem as paredes do interior do equipamento, deixar também um espaço entre os materiais, para favorecer a circulação do ar; Invólucro deve ser adequado para este tipo de esterilização e para o material a ser esterilizado. As embalagens mais utilizadas são as caixas metálicas, papel alumínio e frascos de vidro refratário; Os artigos a serem esterilizados devem possuir boa condutividade térmica. Materiais não termorresistentes não devem ser esterilizados por este método, como os tecidos, borrachas e papéis; Equipamento deve ser calibrado e validado. O fabricante precisa informar qual o ponto mais frio da câmara. A esterilização é eficiente quando neste ponto a temperatura é atingida, é necessário portanto que os testes com os indicadores biológicos sejam realizados neste local. PONTO FRIO T ºC 1 2 3 4 5 6 RECOMENDAÇÕES : NÃO UTILIZAR O CENTRO ESTUFA Autoclave Tipos: Por gravidade; Alto vácuo; Alto vácuo com ciclo pulsátil. Temperatura: Entre 115° e 132°C Pressão: Entre 1, 1,5 e 2,2 atm Tempo: Entre 3 e 30 min. Ciclo da autoclave Autoclave Gravitacional: Drenagem do ar; Admissão do vapor; Exposição dos artigos Tempo de penetração; Tempo de esterilização; Intervalo de confiança. Exaustão do vapor Secagem Ciclo Autoclave com pré-vácuo, alto vácuo, e ciclos pulsáteis: Evacuação mecânica do ar; Aquecimento; Esterilização Secagem. Autoclave (calor úmido): Utiliza calor úmido sob pressão; É o mais seguro dos processos; Ciclos mais comuns em odontologia: 121 graus, 1 atm pressão por 30min 132 graus, 1 atm pressão por 15 min 132 graus, 2 atm pressão, por 4 min Seguir manual do fabricante Exigem água destilada; Possuem ciclo de secagem; Não exceder 80% da capacidade; Medir correta quantidade de água destilada. Autoclave Vapor Saturado sob Pressão Nas autoclaves, os microorganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade, que promovem a termocoagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular. SOLUÇÃO: glutaraldeído 2% GASOSO Óxido de etileno - ETO Plasma de peróxido de hidrogênio - Sterrad Autoclave de formaldeído QUÍMICOS Métodos de Esterilização Esterilização química Glutaraldeido à 2% Imersão por 10 horas em recipiente fechado; Indicado somente para artigos críticos ou semi-críticos termossensíveis; Terminado o tempo, retirar com pinça estéril, lavar com soro ou água destilada estéril, enxugar em compressas estéreis e usar imediatamente; Não permite armazenagem. Óxido de etileno Processo complexo; Material exposto várias vezes; Longa duração dos pacotes estéreis; Eficiente em artigos de látex; Necessita de grande área de ventilação; Altamente tóxico; Não indicado para consultório odontológico. Autoclave de peróxido de hidrogênio - STERRAD® Métodos de Esterilização Autoclave de Formaldeído Métodos de Esterilização Testar a eficácia do equipamento na instalação e após manutenção Verificar a eficácia após qualquer modificação proposta no processo de esterilização Estabelecer a eficácia como rotina diária Esterilização Monitoramento do processo Vantagens e desvantagens dos processos de esterilização Calor seco (estufa) Única vantagem: não provoca corrosão dos instrumentos e brocas de aço carbono e causa menor perda do fio dos instrumentos. Desvantagens: ciclo muito longo, não indicado para tecidos (gases e algodão), ciclo fácil de ser interrompido ou violado. Calor úmido (autoclave) Vantagens: ciclo rápido, permite esterilização de tecidos, processo difícil de ser interrompido ou violado Desvantagens: oxidação dos metais, perda do fio dos instrumentos e brocas, custo elevado, processo mais dispendioso (embalagens, água destilada, seladora) Monitoração da esterilização Controle físico: Estufa: feito pelo termômetro externo e pelo termostato Autoclave : feito pelo termômetro e monovacuômetro Controle químico: reagentes químicos na forma líquida ou impregnada em papel ou fita adesiva que mudam de cor Controle biológico: único que comprova a esterilização Estufa: Bacillus subtillis Autoclave: Bacillus stearothermophilus Obs.: deve ser feito semanalmente (de acordo com a ANVISA) ou de acordo com Vigilância Sanitária Municipal Indicadores Químicos Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura. usados externamente em todos os pacotes evidenciam a passagem do material pelo processo Indicadores Químicos Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Classe 2: verifica a eficiência da bomba de vácuo espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo menos a cada 24 horas caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do equipamento Teste OK Falha no teste Indicadores Químicos Indicador de parâmetro único Classe 3: controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida utilizados no centro dos pacotes Indicador multiparamétrico Classe 4: controla a temperatura e o tempo necessários para o processo Indicadores Biológicos São preparações padronizadas de microorganismos, numa concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos para um particular processo de esterilização para demonstrar a efetividade do prcesso Primeira geração: tiras de papel com esporos microbianos, incubados em laboratório de microbiologia com leitura em 2-7 dias Indicadores Biológicos Segunda geração: auto-contidos com leitura em 24 a 48 horas Terceira geração: auto-contidos com leitura em 1 a 3 horas Sua essência consiste em promover materiais livres de contaminação para serem utilizados nos diversos procedimentos em pacientes internados no Hospital ou atendidos nas Unidades de Saúde. Neste serviço os materiais são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e distribuídos para todas as unidades. O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em equipe atuando com qualidade em todas as etapas do trabalho. Central de Esterilização: Fluxo Área suja: Recepção de artigos =>limpeza => lavagem =>separação. Área limpa: Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc...; Recepção de roupa limpa, separação e dobradura; Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga, acompanhamento do processo e desempenho do equipamento; Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo e validade; Distribuição: definir horários. Circulação de instrumentos Organização da área de circulação Separar objetos contaminados dos limpos ou esterilizados; Armazenar objetos estéreis até o uso; Facilitar a limpeza e desinfecção; Facilitar o fluxo dos procedimentos. Embalagem EMBALAGEM Proteção externa da mercadoria, para a sua apresentação no mercado. EMBALAR Acondicionar, empacotar, proteger o conteúdo. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa EMBALAGEM PARA ESTERILIZAÇÃO “Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e transportado, deverá ser acondicionado em embalagem criteriosamente selecionada, para a segurança do processo”. Por que usar? Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentosde saúde. - Campinas, SP - 2000. “Guia elaborado por enfermeiros brasileiros” visibilidade do conteúdo indicador químico selagem segura indicação para abertura lote de fabricação tamanhos variados registro MS Embalagem Ideal REUTILIZÁVEIS TIPOS DE EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO TECIDO DE ALGODÃO ESTOJO METÁLICO VIDRO REFRATÁRIO CONTAINER RÍGIDO DESCARTÁVEIS PAPEL GRAU CIRÚRGICO PAPEL CREPADO SMS TYVEK® Embalagem dos instrumentais e artigos: Para Autoclave: Instrumentais: agrupados de acordo com o uso e embalados com as seguintes opções : Papel grau cirúrgico, embalagem industrial de polipropileno selados com seladora; Papel crepado ou tecidos de algodão fechados com fita crepe de autoclave; Não tecido; Tyvek ; Containers rígidos; Papel kraft ?????? ALGODÃO CRU 100% ALGODÃO 33% + POLIESTER 67% ALGODÃO 50% + POLIESTER 50% TECIDO DE ALGODÃO Gramatura 200g/m2 56 fios/cm2 PERKINS, 1969 AVALIAR: TECIDO DE ALGODÃO Percentual de encolhimento Reprocessamentos Remendos, desgastes, cerzidos, furos e rasgos GOUVEIA, 1998 Recentemente lavadas Campo duplo ESTOJO METÁLICO Liga de alumínio ou aço inox Paredes finas 0,6 a 0,8mm Diversas medidas Calor seco Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. - Campinas, SP - 2000. VIDRO REFRATÁRIO Tem que ser refratário Diversos tamanhos e capacidade Vapor saturado Calor seco Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. - Campinas, SP - 2000. “Guia elaborado por enfermeiros brasileiros” CONTAINER RÍGIDO É um tipo de empacotamento para materiais a serem esterilizados. AORN, 1991 “É o sistema de empacotamento de escolha para os instrumentais cirúrgicos devido a organização, proteção efetiva e custo econômico vantajoso a longo prazo”. CONTAINER RÍGIDO Liga de alumínio Aço inox. Válvula ou filtro. Caixas de diversas medidas. TYVEK Não tecido versátil feito de fibras finas contínuas 100% polietileno de alta densidade. Lâmina de polietileno entrelaçado. Suporta altas temperaturas. Alta resistência a tração e perfuração. Barreira Microbiana. Altíssimo custo. NÃO TECIDO - SMS MANTA DE POLIPROPILENO – 100% SPUNBOND S M S MELTBLOWN SPUNBOND Três camadas: Spunbond Esta camada é formada por uma trama densa de microfibras que age como barreira microbiana. Esta camada é formada por fibras longas e contínuas que proporcionam resistência mecânica e maleabilidade Meltblown NÃO TECIDO - SMS Não tecido Gramatura: leve pesado super pesado Ser isenta de furos, rasgos ou orifícios; Ser isenta de manchas; Ser isenta de rugas em geral e na área de selagem; A selagem deve ser íntegra sem áreas queimadas; CARACTERÍSTICAS DAS EMBALAGENS DE PAPEL Ser própria para receber os variados tipos de impressão, utilizando-se tintas atóxicas e resistentes ao processo de esterilização; Ser isenta de odor estranho aos componentes da embalagem ou que prejudiquem a utilização do produto; Ser barreira microbiológica; CARACTERÍSTICAS DAS EMBALAGENS DE PAPEL Ser isenta de corpos estranhos; O polímero e o copolímero que compõe a embalagem não devem delaminar; A selagem deve ser resistente. CARACTERÍSTICAS DAS EMBALAGENS DE PAPEL “A embalagem deve ser manuseada de forma que não danifique sua estrutura e integridade”. NBR 13386: 1995 PAPEL GRAU CIRÚRGICO “Papel que apresenta características físicas, químicas e biológicas que permitem a esterilização e manutenção da esterilidade do produto. É próprio para embalagem de artigos odonto-médico-hospitalares a serem submetidos a processos de esterilização”. NBR 13386: 1995 POLÍMERO E COPOLÍMERO “Material laminado ou coextrudado, de duas ou mais camadas, atóxico que seja barreira microbiológica e que permita o fechamento adequado das embalagens odonto-médico-hospitalares”. NBR 13386: 1995 SELAGEM “Processo pelo qual as embalagens são hermeticamente fechadas, garantindo a sua esterilidade desde o momento da esterilização até o momento do uso”. NBR 13386: 1995 “A largura total da área de selagem não deverá ser inferior a 6mm”. APRESENTAÇÕES DAS EMBALAGENS DE PAPEL GRAU CIRÚRGICO FOLHAS BOBINAS ENVELOPES Grau cirúrgico ORIENTAÇÕES PARA USO DE EMBALAGENS PAPEL GRAU CIRÚRGICO Verificar dados de identificação, procedência, registro, lote; Verificar se a impressão em tinta está fora da área de contato com o artigo; Observar esta impressão após a esterilização; Observar se envelopes e bobinas contêm indicador de processo, texto de orientação da mudança de cor conforme exposição, tamanho da embalagem, indicação de abertura; ORIENTAÇÕES PARA USO DE EMBALAGENS PAPEL GRAU CIRÚRGICO Testar se o filme é laminado, flexível, transparente, resistente e isento de microfuros; Observar se há desprendimento de fibras na abertura; Solicitar do fabricante laudos e testes necessários à confiabilidade da embalagem; Remover o ar do interior das embalagens; Acondicionar em embalagens duplas itens de tamanho pequeno; ORIENTAÇÕES PARA USO DE EMBALAGENS PAPEL GRAU CIRÚRGICO Verificar, no acondicionamento duplo, que as embalagens estejam perfeitamente ajustadas, sem dobras e que as faces de papel estejam do mesmo lado; Observar gramatura mínima do papel 60g/m2 e do filme 54g/m2 (BS 6256/DIM 58953 - 1987); Identificar com tinta atóxica ou colocar etiquetas somente na face do filme; ou na parte inferior da embalagem - área externa; ORIENTAÇÕES PARA USO DE EMBALAGENS PAPEL GRAU CIRÚRGICO Proteger os materiais cortantes e pontiagudos; Realizar selagem dando margem de no mínimo, 3cm da borda para permitir abertura asséptica; Rejeitar a selagem com rugas, queimaduras e canais; Observar requisitos normativos. Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. - Campinas, SP - 2000. “Guia elaborado por enfermeiros brasileiros” PAPEL CREPADO “Composto de celulose tratada (polpa virgem de madeira branqueada) resistente a temperaturas até 150ºC por 1 hora”. APECIH: 1998 PAPEL CREPADO Atóxico. Flexível. Permeável a vapor e ETO. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PAPEL CREPADO Ser isento de furos, rasgos ou orifícios; Ser isento de manchas; Ser resistente a flúidos Ser barreira microbiológica; Ser atóxico; Ser flexível. TIPOS DE PAPEL CREPADO 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração (+) (-) BARREIRA (-) (+) RESISTÊNCIA 99% 97% 94% Material 100% celulose. 100% celulose reforçada com fibras sintéticas. Mistura de celulose e fibras sintéticas, reforçadas com fibras sintéticas externas. APRESENTAÇÕES DAS EMBALAGENS DE PAPEL CREPADO FOLHAS Vantagens e desvantagens das embalagens VANTAGENS DESVANTAGENS TECIDO DE ALGODÃO Vulnerabilidade à contaminação Difícil controle da forma e do no dos reprocessamentos (65 vezes segundo RODRIGUES, 2000) 79 VANTAGENS DESVANTAGENS PAPEL GRAU CIRÚRGICO Compatibilidade c/ vapor, TO,auto- clave de formal- deído e radiação Baixo custo IQ impregnado na embalagem Disponibilidade em várias formas e tamanhos Incompatível com calor seco e Sterrad 80 VANTAGENS DESVANTAGENS PAPEL CREPADO Eficiência de fil- tragem microbia- na (98-99%) Compatibilidade com vapor, ETO, gás de formaldeído, radiação. Flexível, baixa memória Menor resistência à tração, podendo furar ou rasgar com maior facilidade quando comparado com o tecido. 81 VANTAGENS DESVANTAGENS FILMES TRANSPARENTES (Compondo estruturas da embalagem: Polietileno, polipropileno, poliester, poliamida, PVC,poliestireno, acetado de celulose, EVA e outros) Visualização do conteúdo dos pacotes Alta capacidade de barreira e resistência Permeabilidade variada ao ar e aos agentes esterilizantes Propriedades diversificadas na selagem 82 VANTAGENS DESVANTAGENS TYVEK Compatível com todos os processos de este- rilização (- seco) Superiorresistência mecânica e à umidade Excelente barreira microbiana Não contém celulose Selagem resistente Disponível TYVEC / filme com indicador Custo elevado quando comparado à outros tipos de Embalagem. 83 VANTAGENS DESVANTAGENS TECIDO NÃOTECIDO (SMS) Eficiência de filtra- gem microbiana (aprox. 95%) Resistente Compatível com to- dos os processos gasosos e vapor Disponibilidade Difícil de amoldar-se ao artigo Não evidencia quebra de integridade 84 Papel Kraft 85 Permitir a esterilização do artigo; Assegurar a esterilidade e integridade dos artigos até o momento do uso; Favorecer a transferência do conteúdo esterilizado com técnica asséptica FINALIDADES DAS EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO COMO FAZER A MELHOR OPÇÃO Ser compatível com o método de esterilização e resistir às suas condições físicas; Permitir a penetração e remoção do agente esterilizante; Manter a integridade da selagem e ser à prova de violação; Resistir a gotículas de água, rasgos e perfurações; Proteger o conteúdo do pacote contra danos físicos; Ser isenta de furos; Ser livre de resíduos tóxicos (corantes, alvejantes e amido) Evitar a liberação de fibras ou partículas; Ser barreira microbiana; Ser compatível com as dimensões, peso e configuração do artigo; Apresentar relação de custo - benefício favorável. COMO FAZER A MELHOR OPÇÃO Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. - Campinas, SP - 2000. “Guia elaborado por enfermeiros brasileiros” Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso Produto Saída do Ar Entrada do Agente Esterilizante Melhor opção Embalagem Microrganismos 89 Armazenamento Garantir a integridade da embalagem Área seca, longe de umidade Armários com portas Não dobrar, amassar ou colocar elástico para segurar as embalagens Não superlotar gavetas e armários Cuidados com os Artigos Esterilizados Estocar em armários fechados com prateleiras; Prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material; Material estocado de acordo com a data de vencimento da esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no estoque; Estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos. Tempo de validade de esterilização de artigos A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso. Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e umidade). Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os fatores contaminantes do ambiente variam entre um serviço e outro. Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em características de estocagem é impossível recomendar tempos de estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente ARMAZENAGEM “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.” O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa Validação das embalagens Vida de prateleira depende dos eventos relacionados Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão? Foi “apalpado”? Foi aberto e fechado novamente? Foi carregado debaixo dos braços? Foi colocado elásticos, barbante? Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas? Ø Manual de rotina e procedimentos; Ø Padronização dos processos adotados, limpeza, desinfecção e esterilização; Ø Registro diário do processamento de artigos; Ø Programa de manutenção preventiva dos equipamentos; Ø Manual de funcionamento do equipamento; Ø Utilização de indicadores adequados ao processo empregado; Ø Bancada adequadas para o preparo do material; Ø Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado); Ø Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo contaminado e artigo limpo. Aspectos a serem observados: Ø Baldes plásticos para desinfecção, enxágüe. Ø Recipientes com as soluções ativadas rotulados. Ø Pias específicas para o material e lavagens das mãos com sabão liquido e papel toalha. Ø Local separado para o material de limpeza. Ø Pisos, paredes laváveis. Ø Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições de funcionamento (registro de manutenção e testes químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave vertical). Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão) Verificar a existência dos EPIs. Aspectos a serem observados: Desinfecção de Artigos de Prótese Desinfecção de Artigos de Prótese Desinfetante de eleição: Solução aquosa de Clorexidina à 4% Moldagem com Alginato ou com Pasta Lysanda Após moldagem: lavar abundantemente para remover saliva e/ou sangue e secar Borrifar solução aquosa de clorexidina à 4% e aguardar 5 min Lavar, secar e vazar o gesso. Artigos de acrílico (moldeira individual, chapas de prova com roletes de cera ou com montagem de dentes e próteses prontas): imersão na solução acima por 5 min, e lavar. Lixo Odontológico Deve-se ter 02 lixeiras com tampa e pedal: Lixo contaminado . Lixo comum Lixo contaminado: usar saco branco mais resistente ou 02 sacos comuns, com rótulo de contaminado. Resíduos de amálgama: colocar em frasco plástico de boca larga com tampa rosqueada contendo água: destinar para reciclagem. Pérfuro-cortantes: agulhas, lâminas e brocas colocar em frasco rígido e resistente com hipoclorito. Ao encher, lacrar bem e colocar no lixo contaminado ou usar os coletores Descarpak. Lixo Odontológico Revelador de RX: deve ser neutralizado com vinagre (100 ml para 1 L de revelador) e depois descartado; Fixador de RX: pode ser vendido para reciclagem; Produtos químicos vencidos: entregar na Vigilância Sanitária. “Existem dois jeitos de viver: acomodar-se ou ousar. Quando lutamos por idéias nas quais acreditamos nasce daí um sentimento de dignidade de ser alguém que faz a diferença”. Roberto Shinyashiki * * * * * * * * *