ALESSANDRA DA SILVA ELIAS - FJ CONSTITUCIONALISMO E NEOCONSTITUCIONALISMO

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Texto: Direito Positivo e Justiça Social: Conciliações e distanciamentos entre 
Constitucionalismo e Neoconstitucionalismo no Brasil. 
Aluna : Alessandra da Silva Elias RA: 0120171238 Turma: 3º Período Matutino 
Disciplina: Filosofia Jurídica – Professor Me: Marcelo Rodrigues 
 
 
 
Para compreendermos o artigo que será exposto, antes devemos fazer uma breve contextualização da 
matéria a ser tratada. 
O Constitucionalismo Moderno, e uma movimento jurídico é politico que tem o intuito de limitar o papel 
do Estado fixando direitos à população através de uma Constituição escrita que tange uma extensa 
legislação, e que segundo o jurista Português Jose Gomes Canotilho, define-se por ser uma “técnica 
especifica de limitação de poder com fins garantísticos” ( 2003, p.51), alocado como direito público, por 
se tratar diretamente da organização e funcionamento do Estado bem como das normas estruturais e 
fundamentais hierarquizadas, onde se usa exclusivamente a aplicação da letra da lei. Já o 
Neoconstitucionalismo, parte da compreensão da Constituição como norma jurídica fundamental e a 
hierarquia entre as normas não são apenas formais, mas também axiológica(conceito de valor 
predominante na sociedade), buscando dentro desta realidade não mais ligar o constitucionalismo a 
ideia de limitação do poder, mas assegurando a eficácia da Constituição deixando de ter apenas caráter 
retórico (comunicação de forma clara) passando a ser mais efetivo no que diz respeito a concretização 
dos direitos fundamentais na aplicação da lei de forma a interpretar a norma mais para o bem da 
sociedade do que a lei simples, nua e crua. 
No Brasil, a modernização e a transformação do direito constitucional, ocorreu em razão da discussão 
prévia, convocação, elaboração e promulgação da Constituição Federal em 05/10/1988, onde, após um 
longo período de ditadura militar (de 1964 a 1985), marcado pela censura e pela restrição de direitos 
fundamentais, o Brasil veio a se democratizar e a se reconstitucionalizar, criando uma nova forma de 
governança e organização politica-jurídica, conhecida como Estado Democrático de Direito. 
Existe uma divisão quando fala-se de Constitucionalismo e Neoconstitucionalismo, o primeiro trata da 
preponderância com enfoque da norma, movimento jurídico e político, fixando direitos a população 
através de uma Constituição escrita que invade todos os ramos do direito, onde a extensa legislação 
encontra fundamentos nesta, que acaba ditando as regras, já o Neoconstitucionalismo parte da norma 
vista a luz do caso concreto, dando uma abertura à argumentação jurídica à moral, recebendo destaque 
o papel judiciário na atividade para que se concretize os direitos fundamentais ante a lei engessada e a 
morosidade da justiça. 
Portanto os operadores de direito no Brasil hoje são desafiados diariamente, ao menos aqueles que 
buscam a aplicação da justiça de forma a respeitar a dignidade do ser humano que vai de encontro a 
oposição de ideias do direito positivo confrontado com a justiça social. O direito positivo , é fruto da 
vontade soberana da sociedade, que impõe aos cidadãos normas a fim de assegurar a ordem, as 
relações interpessoais e a construção de uma sociedade justa, contribuindo para efetivação da justiça. 
Será que de fato esta justiça e feita? Vendo que segundo Kelsen justiça nada mais é do que o juízo 
de valor sobre a qualidade da conduta humana especifica, que será justa se corresponder a uma norma 
que prescreva tal conduta, e injusta se contrariar essa norma.( Kelsen, 1998,p.04? 
A justiça social age para o bem da sociedade, importando-se mais como a lei vai ser interpretada, do 
que a letra da mesma, é ancorada em princípios morais e políticos fundamentada nas idéias de igualdade 
e solidariedade de modo que todas as pessoas que compõem a sociedade tenham os mesmos direitos, 
 
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igualdade de oportunidades , garantia das liberdades fundamentais para todos e manutenção de 
desigualdades apenas para favorecer os mais desfavorecidos, direitos estes defendidos pelo filósofo 
John Rawls. 
Conclui-se que este novo modelo de Constituição denominado Neoconstitucionalismo, é um fenômeno 
mundial que tomou forma influenciando todo o ordenamento jurídico que deposita no judiciário grande 
confiança como guardião de direitos prometidos nos textos constitucionais e de grande importância por 
aproximar o direito da justiça , diferentemente do constitucionalismo na visão clássica do positivismo de 
Hans Kelsen, na obra “Teoria Pura do Direito” (Ed.Martins Fintes 1999) que visa aplicar a lei sem 
influência de ideias políticos de caráter subjetivo, separando moral, política e direito. Em contrapartida a 
visão do neoconstitucionalismo quanto a aproximação do direito da justiça gera uma insegurança 
jurídica, podendo ser interpretada como quiser, tal judicialização de questões de princípios 
Constitucionais em casos concretos vem sofrendo contestações pelo seu aparente caráter 
antidemocrático, pois o juízes ao contrario dos legisladores e chefes do Poder Executivo não são 
democraticamente eleitos. 
 
Bibliografia. 
OAB Esquematizado - 2 Edição - 2017 - Editora Saraiva - Pedro Lenza 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15906 
http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-
content/uploads/2017/09/neoconstitucionalismo_e_constitucionalizacao_do_direito_pt.pdf 
http://www.arcos.org.br/monografias/introducao-critica-ao-direito/a-natureza-do-direito/7-direito-positivoembora-o-direito-
natural-seja-o-de-mais-alta-hierarquia-ele-e-composto-por-normas-de-natureza-muito-generica-que-precisam-ser-
concretizadas-em-cada-momento-historico-os-conceitos-de-justica-e-igualdade-por-exemplo-mudam-com-o-processo-hi 
https://m.migalhas.com.br/depeso/271756/a-influencia-do-neoconstitucionalismo-na-constituicao-federal-de-1988