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Texto Unidade 3 - Legislação da Educação


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FACON 
FACULDADE DE 
CONCHAS 
 
 
 
 
 
Conteudista Prof(a) Me: Maria Ângela Paié Rodella 
Innocente 
 
 
Disciplina: Legislação da Educação 
 
 
 
 
 
 
 
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Material Didático 
Conteudista Prof(a) Me: Maria Ângela Paié 
Rodella Innocente 
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/8189933030125592 
Ementa: 
- Histórico e Contexto da Política Educacional Brasileira. 
- Fundamentos Legais da Educação Infantil. 
- Reformas da Educação Brasileira. 
- Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. 
- Sistemas educacionais. 
- Legislação Educacional, (LDBs). 
- Constituição. 
- FUNDEB. 
- Estatuto da Criança e do Adolescente. 
- Regimento Escolar. 
- Currículo. 
- Planos de Ensino. 
- Projeto Político Pedagógico 
- Plano Nacional de Educação. 
- Plano Municipal de Educação. 
- Políticas de Financiamento Nacional e Internacional da Educação Brasileira. 
- Legislação Educacional Nacional para a Educação Inclusiva. 
 
Objetivo: 
A disciplina Legislação da Educação tem o objetivo de apresentar ao aluno os dispositivos legais 
para que adquira habilidades e competências no uso da legislação educacional em seu fazer 
pedagógico e gestor, propiciando-lhe relacionar as políticas educacionais aos mecanismos legais 
para sua implementação e como esses dispositivos se materializam nas escolas brasileiras. 
Como documento principal será conhecida e analisada a LDB – Lei 9394/96, suas alterações e as 
legislações dela decorrentes serão abordadas conforme o dispositivo legal a ser analisado. 
O percurso histórico percorrido até chegarmos à legislação educacional atual também será 
abordado. 
 
Bibliografia Básica: 
BRANDÃO, Carlos R. O que é Educação. São Paulo. Brasiliense. 
NISKIER, A. LDB – a nova lei da educação – tudo sobre a lei de diretrizes e bases da educação 
nacional; uma visão crítica. 6a ed. Teresópolis: Consultar, 1997. 
SAVIANI, Demerval. A Nova Lei da Educação: LDB - Trajetória, Limites e Perspectivas. 2. ed. 
Campinas, São Paulo: Autores Associados, 1997. 
 
Bibliografia Complementar: 
AFONSO, Almerindo Janela. Avaliação Educacional: Regulação e Emancipação. Para uma 
sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2000.151 p. 
______. Reforma do Estado e políticas educacionais: entre a crise do Estado-nação e a emergência 
da regulação supranacional. Educação e Sociedade, v. 22, n. 75, p. 15-32, ago/2001. 
AGUILAR VILLANUEVA, L.F. La hechura de las políticas – Antologias de Política Pública. México: 
Editorial Porrúa, 1996. 
_______. La implementación de las Políticas – Antologias de Política Pública. México: Editorial 
Porrúa, 1996. 
 
 
 
 
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ANDERSON, Perry. Balanço do neoliberalismo. In: SADER, E.; GENTILI, P. (Org.). Pós-neoliberalismo – 
as políticas sociais e o Estado democrático. São Paulo: Paz e Terra, 1995. 205p. p. 9-28 
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do 
trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas: Ed. da UNICAMP, 1995. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 
2003. 
_______. Lei 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Diário Oficial da República Federativa 
do Brasil, n.248, 23 dez 1996. 
______. Lei 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da Criança e do Adolescente e dá 
outras providências. Brasília. 
______. Plano Decenal de Educação para todos 1993-2003. Brasília: MEC, 1993. 
______. Lei 4.024/61. Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: 20 de Dezembro de 
1961. 
______. Lei 5.692/71. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: 11 de Agosto de 
1971. 
______. Plano Nacional de Educação - Proposta da Sociedade Brasileira. II CONED, Belo 
Horizonte/MG, 09/11/1997 (PL nº 4155/98, Câmara Federal). 
______. Plano Nacional de Educação: Proposta do Executivo ao Congresso Nacional. Brasília/DF: 
MEC/INEP,1998. 
______. Lei 10172 de 09/01/2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. 
Disponível em http://www.planalto.gov.br/civil/leis/leis.2001. Acesso em 20 set 2004. 
______. Lei 3024/61 e Lei 5692/71. Disponível em www.presidencia.gov.br/leg.htm. Acesso em 24 
maio 2006. 
______. Decreto 6094/07, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas 
Compromisso Todos pela Educação, pela União federal, em regime de colaboração com Municípios, 
Distrito federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e 
ações de assistência técnica e financeira, visando à mobilização social pela melhoria da qualidade da 
educação básica. Disponível em www.mec.gov.br. Acesso em 28 jun 2007. 
______. Portaria Ministerial 438/98 de 28 de maio de 1998. Institui e Normatiza o ENEM. Disponível 
em www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria 8/07 de junho de 2007 – Estabelece a Sistemática de aplicação do ENEM em 2007. 
DOU de 7/2/07, seção I, p. 5-7. Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Medida Provisória 213/04 de 10 de setembro de 2004. Lei 11096 de 13/1/2005. Programa 
Universidade Para Todos. Disponível em www.mec.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria 25 de 15/5/07 – Estipula período de inscrição para o ENEM. DOU 16/3/07. 
Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria Nº 931, de 21 de Março de 2005 - Institui o Sistema de Avaliação da Educação Básica 
- SAEB, que será composto por dois processos de avaliação: a Avaliação Nacional da Educação Básica 
- ANEB, e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar - ANRESC. DOU de 22/3/05. Disponível em 
www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria Nº 89, de 25 de maio de 2005. Estabelece a realização da Aneb, em 2005. DOU de 
27/5/05. Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria Nº 69, de 4 de maio de 2005. Estabelece a realização da Anresc, em 2005. DOU de 
5/5/05. Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 abr 2007. 
______. Portaria Normativa 5, de 20 de março de 2007. Indica quais cursos superiores serão 
avaliados e a data da realização do ENADE em 2007. Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 
abr 2007. 
______. Portaria Normativa nº 10. Institui a Avaliação de Alfabetização Provinha Brasil. Disponível 
em www.mec.gov.br. Acesso em 28 jun 2007. 
______. Lei 10281, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação 
Superior e dá outras providências. DOU de 15/4/04. Disponível em www.inep.gov.br. Acesso em 17 
abr 2007. 
______. Planejamento Político-Estratégico 1995-1998. Ministério da Educação. Brasília, DF. 1995. 42 
p. 
______. Estatísticas dos Professores no Brasil. MEC/INEP. Brasília, DF. Outubro/2003. 49 p. 
 
 
 
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______. PARECER CNE/CEB 7/2010. Disponível em http://pt.slideshare.net/vaschaino/ldb-939496-
15576600. Acesso em 01 jul 2015. 
_______. PARECER CNE/CEB Nº 8/2010. Disponível em 
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=866&id=15519&option=com_content&view=article. 
Acesso em 19 jun 2015. 
CONFERÊNCIA DE CÚPULA DE NOVA DELHI. (Nova Delhi, Índia, 13 a 16 de dezembro de 1993), 
UNESCO, UNFPA e UNICEF. Brasília: MEC, 1994. 40 p. 
CONFERÊNCIA IBERO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO, Governabilidade democrática edos sistemas 
educacionais. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.100, p.121-148, jan. 1997. 
CONSELHO ESTADUAL DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO. Parecer CEE 67/98, de 20 de março de 1998: 
Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais. 
CORAGGIO, José Luis. Propostas do Banco Mundial para a Educação. In: Tommasi, Livia De; Mirian 
Jorge Warde; Sérgio Haddad (Orgs). O banco mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez 
Editora, 1996. p.75-123. 
COSTA, V. (Org.) Gestão educacional e descentralização: novos padrões. São Paulo: Cortez, 2002. 
DEMO, Pedro. Ciência, ideologia e poder: uma sátira às ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1988. 109 
p. 
DOWBOR, Ladislau. Educação, tecnologia e desenvolvimento. In: Lúcia Bruno (Org.). Educação e 
trabalho no capitalismo contemporâneo. São Paulo: Atlas, 1996. p.17-40. 
FERNANDES, Luís. Neoliberalismo e reestruturação capitalista. In: SADER, E. ; 
GADELHA, Regina Maria A. F. Globalização e crise estrutural. In: _______ (Org.). Globalização, 
metropolização e políticas neoliberais. São Paulo: EDUC, 1997. p.51-72. 
GATTI, B. Conferência de Abetura do X Simpósio do LAGE, 2015. Disponível em 
www.fe.unicamp.br/simplage Acesso 30 jun 2015. 
GENTILI, P. (Org.). Pós-neoliberalismo – as políticas sociais e o Estado democrático. São Paulo: Paz e 
Terra, 1995. 205p. p.54-61 
DRAIBE, Sônia Miriam. As políticas sociais e o neoliberalismo: Reflexões suscitadas pelas experiências 
latino-americanas. Revista da USP, (2001). p.86 – 101. 
______. Uma nova institucionalidade das Políticas Sociais? Reflexões a propósito da experiência 
latino-americana recente de reformas e programas sociais. São Paulo em Perspectiva. v. 11, n.4, p. 3 
– 15, 1997. 
INNOCENTE, M.A.P.R. Participação e Avaliação: Relações e Possibilidades. Uma Análise sobre a 
atuação do Conselho de Escola no Projeto Pedagógico e a Avaliação de Sistemas. São Paulo: Scortecci, 
2011. 
_______. Educação na Contemporaneidade e Temas Afins: Artigos, Resenhas, Resumos e Textos. São 
Paulo: Scortecci, 2012. 
MANTOAN, M. T. (2014) Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/maria-teresa-
egler-mantoan-424431.shtml Acesso em 16 jul 2015. 
SABATIER, Paul. A.; MAZMANIAN, Daniel. La implementación de la política pública: un marco de 
análisis. In: La implementación de las Políticas: Antologias de Política Pública. México: Editorial 
Porrúa, 1996. p. 323 - 372. 
SAVIANI, Dermeval. Da nova LDB ao Novo Plano Nacional de Educação: Por Uma Outra Política 
Educacional. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 1998. 164 p. 
______. Política e educação no Brasil:o papel do Congresso Nacional na legislação de ensino. 5. ed. 
Campinas, São Paulo:Autores Associados, 2002.158 p. 
______. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 2010. 
(Memória da educação). 
SÃO PAULO. Comunicado SE de 22 de março de 1995: Diretrizes educacionais para o Estado de São 
Paulo, no período de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 1998. SEE, 1995. 
______. Resolução SE 27, de 29 de março de 1996. Dispõe sobre o Sistema de Avaliação de 
Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. SEE, 1996. 
______. Constituição Estadual do Estado de São Paulo, de 05 de outubro de 1989. Disponível em: 
<http://www.adusp.org.br/arquivo/ConsEst/Default.htm.> Acesso em 20 nov 2004. 
______. A Organização do Ensino na Rede Estadual - Orientação para as Escolas. SEESP, 1998. 
 
 
 
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______ Plano Estadual de Educação - Proposta da Sociedade Paulista. São Paulo, 14 de outubro de 
2003. Projeto de Lei nº 1074/03. Disponível em: <http://www.adusp.org.br/arquivo/ 
ConsEst/Default.htm.> Acesso em 12 out 2004. 
______. Sumário Executivo Saresp 2004. SEE, 2004. 
______. Decreto nº 48781, de 7 de julho de 2004. Institui o Programa Escola da Família – 
desenvolvimento de uma cultura de paz no Estado de São Paulo e dá providências correlatas. 
______. Manual do Saresp 2005: Orientações Gerais. SEE, 2005. 
______. Decreto 22036/53, de 05 de fevereiro de 1953. Dispõe sobre as Congregações dos 
Estabelecimentos de ensino secundário e normal do Estado de São Paulo. Diário Oficial do estado de 
São Paulo, publicado em 06/02/1953. 
______. Decreto 45195A, de 19 de agosto de 1965. Aprova o Regimento Interno dos 
estabelecimentos de ensino secundário e normal do estado de São Paulo. Diário Oficial do estado de 
São Paulo, publicado em 31/08/1962. 
______. Decreto 10623, de 26 de outubro de 1977. Aprova o Regimento Comum das Escolas 
Estaduais de 1º grau e dá providências correlatas. Legislação de Ensino de 1º e 2º Graus. São Paulo, 
v. VI, p. 804-821, 1977. 
______. Decreto 11625, de 23 de maio de 1978. Aprova o Regimento Comum das Escolas Estaduais 
de 2º grau. Legislação de Ensino de 1º e 2º Graus (Atualização). São Paulo, v. V, p. 153-179, 1978. 
______. Decreto nº 12983, de 15 de dezembro de 1978. Estabelece o Estatuto Padrão das 
Associações de Pais e mestres. 
______ . Decreto nº 39902, de 1º de janeiro de 1995. Altera os Decretos nºs. 7510, de 29/01/1976 e 
17329, de 14/07/1981, reorganiza os órgãos regionais e dá providências correlatas. 
______. Indicação CEE 9/97, aprovada em 30 de julho de 1997, publicada no DOE de 01/08/97, seção 
1, p. 10. 
______. Decreto nº 47404, de 19 de dezembro de 1966. Aprova as normas regimentais dos estaduais 
de ensino secundário e normal. Legislação de ensino de 1º e 2º graus. São Paulo: SE/CENP, v. 3, 1976. 
______. Decreto 46167/01, de 9 de outubro de 2001. Regulamenta e define critérios para concessão 
do bônus aos integrantes do Quadro do Magistério e dá providências correlatas. 
______. Lei Complementar nº 444/85 de 27 de dezembro de 1985. Dispõe sobre o Estatuto do 
Magistério Paulista. Legislação de Ensino de 1º e 2º Graus. (Atualização). São Paulo, v. XX, p. 92-123, 
1985. 
______. Lei Complementar nº 890/00 de 28 de dezembro de 2000. Institui o Bônus Gestão, São 
Paulo. 
______. Deliberação CEE 9/97, aprovada em 30 de julho de 1997, publicada no DOE de 01/08/97, 
seção 1, p. 10. 
______. Deliberação CEE 10/97, publicada no DOE de 01/08/97, seção 1, p. 10. 
______. Parecer CEE 67/98 - CEF/CEM - aprovado em 18 de março de 1998, publicado no DOE de 
20/3/98, seção 1, p. 13. 
______. Relatório-Síntese de Resultados do Estado de São Paulo – Prova Brasil 2005. SEE, 2007. 
SILVA JUNIOR, Celestino Alves da. A Escola Pública como local de trabalho. 2. ed. SP: Cortez, 1993. 
159 p. 
______. Sobre Ética, Educação e Cidadania: Alguns apontamentos. In: Anais do VI Simpósio do 
Laboratório de Gestão Educacional. FE/UNICAMP. Campinas, SP. 2007. p. 104-110. 
SILVA JUNIOR, João dos Reis. Reforma do Estado e da Educação no Brasil de FHC. SP: Xamã, 2002. 
136 p. 
TOMMASI, L. de; WARDE, M. J; HADDAD, S. (Org.). O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. 2. 
ed. São Paulo: Cortez, 1996. 279 p. 
VEIGA, Ilma P. A. (org.). As dimensões do projeto político-pedagógico. Campinas. 4. ed. SP: Papirus, 
2001. 
______ . Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível. 2. ed. São Paulo: Papirus, 
1996. 192 p. 
______. Projeto Político-Pedagógico: Novas trilhas para a escola. In. VEIGA, Ilma Passos A.; FONSECA, 
Marília (Orgs.). As dimensões do projeto político-pedagógico: Novos desafios para a escola. 
Campinas, SP: Papirus, 2001. 256 p. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). 
VILLANUEVA, Luis F. Aguilar. La hechura de las políticas: Antologias de Política Pública. México: 
Editorial Porrúa, 1996. p. 15-84, 119 – 200. 
 
 
 
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______. La implementación de lasPolíticas: Antologias de Política Pública. México: Editorial 
Porrúa, 1996. p. 97 – 184, 281 – 372. 
PRAIS, M. L. de. Administração Colegiada na Escola Pública. São Paulo: Papirus, 1992. 
 
 
 
UNIDADE 3 Importantes Aspectos relacionados à Educação: Financiamento da Educação – FUNDEB 
e Estatuto da Criança e do Adolescentes/ECA e Educação 
 
Objetivo: 
- Identificar como se faz o financiamento da educação pública, diferenciando FUNDEF e FUNDEB, 
bem como de onde provém os recursos e em que despesas podem ser aplicados; 
- Conhecer o Estatuto da Criança e do Adolescentes/ECA – Lei 8990/90 – em especial os artigos que 
tratam da educação e como utilizá-los nas práticas escolares. 
 
Metodologia: 
A Unidade 3 está dividida em duas partes, sendo que a primeira aborda como se realiza o 
financiamento em educação, de onde provem os recursos para que os objetivos e metas do PNE e 
todas as legislações educacionais possam se materializar. 
Apresenta também uma rápida diferenciação entre FUNDEF – Fundo de Manutenção do Ensino 
Fundamental e FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. 
A segunda parte da unidade aborda o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/1990, 
quanto ao histórico de sua elaboração e promulgação, dando ênfase, num segundo momento, à sua 
relação com a educação, visto que a garantia à educação inclui-se entre os direitos sociais na 
Constituição Federal/1988, na LDB/1996 e também no ECA. 
 
Parte 1: Financiamento da Educação - FUNDEB 
A Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996 regulamentou o FUNDEF - Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – Dispõe sobre o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, na forma 
prevista no artigo 60, § 7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá providências, 
cujos recursos deveriam atender o Ensino Fundamental, sendo 60% para manutenção e 
desenvolvimento da educação e remuneração dos profissionais da educação, formado por vários 
percentuais de impostos, foi substituído pelo FUNDEB, abordado abaixo. 
O FUNDEF alterou a estrutura de financiamento do Ensino Fundamental no País (1ª a 8ª séries do 
antigo 1º grau), subvinculando uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à Educação 
a esse nível de ensino. A Constituição Federal de 1988 vincula 25% das receitas dos Estados e 
Municípios à Educação. A Emenda Constitucional nº 14/96, vincula 60% desses recursos (15% da 
arrecadação global de Estados e Municípios) ao Ensino Fundamental. Introduz também critérios de 
 
 
 
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distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de Estados e Municípios, partilhando 
recursos entre Governo Estadual e municípios, de acordo com o número de alunos de cada rede de 
ensino. 
A definição de fundo é a vinculação de receitas específicas à realização de determinados objetivos. 
O FUNDEF é um fundo de natureza contábil, com tratamento idêntico ao Fundo de Participação dos 
Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), pois o repasse de seus recursos aos 
Estados e Municípios é feito de forma automática. Receitas e despesas deverão estar previstas no 
orçamento, e a execução contabilizada de forma específica. 
Posteriormente, nessa unidade, faremos um breve comparativo entre os dois fundos. 
A Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, também conhecida como Lei do FUNDEB, “Regulamenta o 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação (FUNDEB), de que trata o art. 6º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera 
a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de 
dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras 
providências”. 
“Os recursos dos fundos destinam-se a manutenção e ao desenvolvimento da educação básica 
pública e à valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna remuneração e, na 
forma prevista no art. 212 da Constituição Federal e no inciso VI do caput e parágrafo único do art. 
10 e no inciso I do caput do art. 11 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, serão provenientes 
de: 
I – pelo menos cinco por cento do montante dos impostos e transferências, que compõem a cesta 
de recursos do FUNDEB, a que se referem os incisos I a IX do caput e o § 1o do art. 3o desta lei, de 
modo que os recursos previstos no art. 3o desta lei somados aos referidos neste inciso garantam a 
aplicação do mínimo de vinte e cinco por cento desses impostos e transferências em favor da 
manutenção e desenvolvimento do ensino; II – pelo menos vinte e cinco por cento dos demais 
impostos e transferências”. 
O artigo 3º da lei trata da composição dos fundos, com vinte por cento das seguintes fontes de 
receita: 
“I – imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos previsto no 
inciso I do caput do art. 155 da Constituição Federal; II – imposto sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestadual e 
intermunicipal e de comunicação previsto no inciso II do caput do art. 155 combinado com o inciso 
IV do caput do art. 158 da Constituição Federal; III – imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores previsto no inciso III do caput do art. 155 combinado com o inciso III do caput do art. 
158 da Constituição Federal; IV – parcela do produto da arrecadação do imposto que a União 
eventualmente instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo inciso I do caput do art. 
154 da Constituição Federal prevista no inciso II do caput do art. 157 da Constituição Federal; V – 
parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural, relativamente 
 
 
 
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a imóveis situados nos municípios, prevista no inciso II do caput do art. 158 da Constituição Federal; 
VI – parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e 
do imposto sobre produtos industrializados devida ao Fundo de Participação dos Estados e do 
Distrito Federal (FPE) e prevista na Legislação Brasileira sobre Educação alínea a do inciso I do caput 
do art. 159 da Constituição Federal e no Sistema Tributário Nacional de que trata a Lei no 5.172, de 
25 de outubro de 1966; VII – parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados devida ao Fundo de Participação 
dos Municípios (FPM) e prevista na alínea b do inciso I do caput do art. 159 da Constituição Federal 
e no Sistema Tributário Nacional de que trata a Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966; VIII – parcela 
do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados devida aos estados e ao 
Distrito Federal e prevista no inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal e na Lei 
Complementar no 61, de 26 de dezembro de 1989; e IX – receitas da dívida ativa tributária relativa 
aos impostos previstos neste artigo, bem como juros e multas eventualmente incidentes [...]”. 
Se raciocinarmos sobre os recursos, verificaremos que são de grande monta, porém, não se 
vinculam, como algumas correntes políticas desejam, a percentual do PIB. 
Conforme artigo 4º da Lei haverá complementação da União se o valormédio ponderado 
por aluno, não alcançar o mínimo definido nacionalmente, constituído em valor de referência 
relativo aos anos iniciais do ensino fundamental e será determinado contabilmente em função da 
complementação da União, aplicando-se o disposto no caput do art. 160 da Constituição Federal. Os 
artigos subsequentes tratam da fonte de recursos e sua aplicação/distribuição/destinação. 
O artigo 10 salienta a distribuição proporcional de recursos dos fundos considerando as 
diferenças entre etapas, modalidades e tipos de estabelecimento, como creches, educação infantil, 
anos iniciais, anos finais, ensino médio, educação especial, tempo parcial ou integral, escola urbana 
ou rural, etc. 
Haverá comissão intergovernamental de financiamento para Educação Básica de Qualidade para 
especificar as ponderações do custo de cada etapa, modalidade e tipo de ensino da educação básica 
e a parcela de complementação da União. 
Os recursos serão repassados a contas únicas em instituições financeiras públicas. 
Salienta o artigo 22, a respeito da remuneração dos profissionais da educação: “Pelo menos 
sessenta por cento dos recursos anuais totais dos fundos serão destinados ao pagamento da 
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede 
pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se: I – 
remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em 
decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou 
tabela de servidores do estado, Distrito Federal ou município, conforme o caso, inclusive os encargos 
sociais incidentes; II – profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem 
suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, 
planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica; III – efetivo 
 
 
 
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exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II deste 
parágrafo associada a sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente 
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos 
temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da 
relação jurídica existente”. 
A Lei indica em que é vedada a utilização dos recursos do Fundo, no artigo 23. 
Haverá acompanhamento e controle social, comprovação e fiscalização dos recursos, por meio de 
conselhos, cuja composição é definida no artigo 24 da lei. 
Haverá também controle e fiscalização por meio dos Tribunais de Contas e Ministério Público. 
Sendo o Fundo de natureza contábil, a Lei também indica valores mínimos de repasse por aluno, bem 
como a distribuição por nível e modalidade de ensino e sua complexidade, conforme já citado acima. 
As disposições finais retomam e definem algumas situações, como, por exemplo, no artigo 
38: “A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão assegurar no financiamento da 
educação básica, previsto no art. 212 da Constituição Federal, a melhoria da qualidade do ensino, de 
forma a garantir padrão mínimo de qualidade definido nacionalmente. Parágrafo único. É 
assegurada a participação popular e da comunidade educacional no processo de definição do padrão 
nacional de qualidade referido no caput deste artigo”. 
As políticas de estímulo às iniciativas de melhoria de qualidade do ensino, acesso e 
permanência na escola, serão apoiadas pela União. 
Os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão implantar planos de carreira e 
remuneração dos profissionais da educação básica, que assegurem sua remuneração condigna, 
integração com a proposta pedagógica da escola e melhoria do ensino e aprendizagem. 
O artigo 48 define a vigência dos fundos, que será até 31 de dezembro de 2020. 
Ao final, a Lei apresenta uma nota explicativa de como são feitos os cálculos de distribuição por 
aluno, a qual não apresentaremos aqui. 
 
Retomando: 
1) Financiamento da educação - Constituição Federal de 1988 / LDB Art. 69: União deve aplicar pelo 
menos 18% e os Estados, DF e Municípios, 25% da receita de impostos em Educação; 
2) Os Recursos públicos (Art. 77) - serão destinados às escolas públicas, podem ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas; 
3) LDB define o que é gasto com educação (Art. 70) - Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal; 
Manutenção e construção dos equipamentos; Realização de atividades-meio; Compra de material 
didático-escolar; Bolsas de estudo; Transporte escolar; 
4) LDB define o que NÃO é gasto com educação (Art. 71): Pesquisa não vinculada à educação; 
Subvenção a instituições assistenciais; Programas suplementares de alimentação, assistência 
médica, psicológica, etc.; Obras de infraestrutura da cidade; Trabalhadores em educação em desvio 
de função; 
 
 
 
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5) Comparação entre FUNDEF – EC 14/96, Lei 9424/96 e FUNDEB - EC 53/06, lei 11494/07: 
a) ambos são de natureza contábil; 
b) com prazo de 10 / 14 anos de funcionamento; 
c) Distribuição dos recursos: Número de alunos matriculados no Ensino Fundamental regular 
presencial / na Educação Básica; 
d) Utilização: MDE e valorização do magistério - (60% para pagamento de salário de professores); 
e) Acompanhamento e Controle Social: Conselhos. 
 
Comparando: 
 
 
 
 
 
Fonte: http://pt.slideshare.net/vaschaino/ldb-939496-15576600 Acesso 14 jul 2015. 
 
 
 
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Parte 2: Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei 8069/90 e Educação 
 
Histórico das Políticas para a infância e juventude no Brasil 
 
Para tratar do tema, usaremos a periodização proposta na Fonte indicada abaixo. 
 
Até 1900 – Final do Império e início da República – inexistência de políticas sociais Até o início do 
século XX, não se verificam políticas sociais para a infância e juventude no Brasil. As populações 
carentes eram cuidadas pela Igreja Católica por meio de algumas instituições, entre elas as Santas 
Casas de Misericórdia. A primeira Santa Casa brasileira foi fundada no ano de 1543, na Capitania de 
São Vicente (Vila de Santos). Tais instituições atuavam com os doentes e com os órfãos e 
desprovidos, inclusive por meio da Roda das Santas Casas, oriunda da Europa no século XIX, para 
amparar as crianças abandonadas e recolher donativos. 
A Roda privilegiava o anonimato das mães, que não podiam assumir a condição de mães 
solteiras. O sistema das Rodas foi proibido em 1927 pelo Código de Menores, que também obrigava 
o registro da criança. 
Quanto ao ensino obrigatório foi regulamentado em 1854, porém não garantido ao escravo, 
e o acesso negado aos com moléstias contagiosas e aos não vacinados, ou seja, prejudicando os que 
não tinham pleno acesso ao sistema de saúde. 
Em 1891, o Decreto nº 1.313 que estipulou em 12 anos a idade mínima para se trabalhar, 
determinação que não valia na prática. 
 
1900 a 1930 – A República - Lutas sociais - No início do século XX surgiram as lutas sociais do 
proletariado nascente, dentre elas o Comitê de Defesa Proletária, criadona greve geral de 1917, 
que reivindicava a proibição do trabalho de menores de 14 anos e a abolição do trabalho noturno 
de mulheres e de menores de 18 anos. 
Em 1923, foi criado o Juizado de Menores; em 1927, foi promulgado o primeiro Código de 
Menores, endereçado às crianças em situação irregular, definindo em seu artigo 1º: “O menor, de 
um ou outro sexo, abandonado ou delinquente, que tiver menos de 18 anos de idade, será submetido 
pela autoridade competente ás medidas de assistência e proteção contidas neste Código." (grafia 
original) Código de Menores - Decreto N. 17.943 A – de 12 de outubro de 1927”. 
 
1930 a 1945 – Estado Novo - Programas assistencialistas - A revolução de 30 derrubou as 
oligarquias rurais do poder político. Surgiu um Estado autoritário com características corporativas, 
em que as políticas sociais serviam para incorporar as populações trabalhadoras urbanas ao projeto 
nacional do período. 
 
 
 
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Este período, conhecido como Estado Novo - 1937 e 1945 teve a instalação do aparato 
executor das políticas sociais no país, como a legislação trabalhista, a obrigatoriedade do ensino e a 
previdência social, numa cidadania regulada, ou seja, restrita aos que tinham carteira assinada. 
Instalou-se também o sufrágio universal, incluindo as mulheres. 
Em 1942, período considerado especialmente autoritário do Estado Novo, foi criado o 
Serviço de Assistência ao Menor - SAM. Tratava-se de um órgão do Ministério da Justiça e que 
funcionava como um equivalente do sistema Penitenciário para a população menor de idade. Sua 
orientação era correcional-repressiva. 
Algumas entidades federais de atenção à criança e ao adolescente ligadas à figura da 
primeira dama foram criadas, numa prática assistencialista, como a LBA, a Casa do Pequeno 
Jornaleiro, a Casa do Pequeno Lavrador, a Casa do Pequeno trabalhador e a Casa das Meninas. 
 
1945 a 1964 – Redemocratização - Abertura política e organização social 
Deposto o governo Vargas, em 1945, uma nova constituição é promulgada em 1946, de caráter 
liberal, retornando as instituições democráticas, com a independência entre os 3 Poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário), o pluripartidarismo, a eleição direta para presidente, a liberdade sindical, o 
direito de greve, o fim da censura e da pena de morte. 
“Em 1950, foi instalado o primeiro escritório do UNICEF no Brasil, em João Pessoa, na Paraíba”, 
destinando projetos “às iniciativas de proteção à saúde da criança e da gestante em alguns estados 
do nordeste do país”. 
O período entre 45 e 64 foi marcado pelo aprofundamento das conquistas sociais da 
população de baixa renda, uma sociedade civil mais organizada, a guerra fria. 
 
1964 a 1979 – Regime Militar - FUNABEM e Código de 79 - Com o golpe militar de 1964 o Brasil 
entra em linha com os países capitalistas; interrompe-se mais de 20 anos de avanço da democracia 
no país. Em 1967, elaborou-se uma nova Constituição, com a presença autoritária do Estado, 
restrição à liberdade de opinião e expressão; recuos no campo dos direitos sociais e instituição dos 
Atos Institucionais. 
Quanto à área da infância, houve a Lei que criou a Fundação Nacional do Bem-Estar do 
Menor - FUNABEM (Lei 4.513 de 1/12/64) e o Código de Menores de 79 (Lei 6697 de 10/10/79). 
A primeira herdou do SAM prédio, pessoal e toda cultura organizacional, cuja linha de ação tinha na 
internação seu principal foco. 
O Código de Menores de 1979 apenas revisou o Código de Menores de 27, colocando como 
crianças em "perigo" e infância "perigosa”, como objeto potencial da administração da Justiça de 
Menores. 
Década de 1980 – Abertura Política e nova Redemocratização - Bases para o Estatuto 
Com a abertura democrática, foi promulgada, em 1988, da Constituição Federal, também chama 
Constituição Cidadã. 
 
 
 
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A década de 1980 representou importantes conquistas, porém com dois grupos com opiniões 
diferentes para as políticas de atendimento às crianças, sendo eles os menoristas, que defendiam a 
manutenção do Código de Menores e os estatutistas, que defendiam uma grande mudança no 
código, com amplos direitos às crianças e aos adolescentes, como sujeitos de direitos e uma 
Política de Proteção Integral. 
Com a Constituição Brasileira/1988 introduz-se novo modelo de gestão das políticas 
sociais, com a participação dos conselhos deliberativos e consultivos. 
Houve em sua formulação um grupo de trabalho comprometido com o tema da criança e do 
adolescente, resultando no artigo 227, com Doutrina de Proteção Integral da Organização das 
Nações Unidas, para a população infanto-juvenil brasileira, garantindo às crianças e adolescentes os 
direitos fundamentais de sobrevivência, desenvolvimento pessoal, social, integridade física, 
psicológica e moral, e proteção contra negligência, maus tratos, violência, exploração, crueldade e 
opressão, sendo as bases do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Muitas entidades de defesa da população infantil surgiram na década de 80, como o Movimento 
Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) e a Pastoral da Criança, criada em 1983, em 
nome da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 
Década de 1990 – Consolidando a Democracia - ECA e realidade 
a promulgação do ECA (Lei 8.069/90) ocorreu em 13 de Julho de 1990, trazendo direitos humanos 
em respeito aos direitos da população infanto-juvenil, trazendo, por exemplo, a restrição que o ECA 
impõe à medida de internação, como último recurso, nos casos de ato infracional. 
A implementação integral do ECA é um desafio para que haja total garantia dos direitos da população 
infanto-juvenil, embora avanços importantes tenham ocorrido, numa luta pelos direitos humanos 
no Brasil que ainda está em processo. 
Fonte: http://www.promenino.org.br/noticias/arquivo/uma-breve-historia-dos-direitos-da-crianca-
e-do-adolescente-no-brasil Acesso 15 jul 2015. 
 
A Lei 8069/1990 - ECA 
Sobre a Lei 8069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do 
Adolescente e dá outras providências, nos ateremos à discussão apenas do que trata 
especificamente à educação, que se inicia no Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao 
Esporte e ao Lazer. Tal tema está evidenciado nos artigos 53 a 59 do ECA. 
O artigo 53 assegura à criança e ao adolescente o direito à educação, para o pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. 
Os incisos do artigo reforçam a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
direito de ser respeitado por seus educadores; direito de contestar critérios avaliativos, podendo 
recorrer às instâncias escolares superiores (quantos docentes admitem esse procedimento?); direito 
de organização e participação em entidades estudantis (como também está no regimento das escolas 
da rede estadual de educação de São Paulo – Parecer CEE 67/98); acesso à escola pública e gratuita 
 
 
 
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próxima de sua residência e dá o direito dos pais ou responsáveis terem ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Reportando-os à gestão 
democrática da escola pública, preceito legal,em quantas os pais participam dessa discussão? 
O artigo 54 preceitua o dever do Estado em assegurar à criança e ao adolescente o ensino 
fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria 
(vide a EJA); progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; atendimento 
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de 
ensino (vide a inclusão); atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade 
(alteração – 5 anos); acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
adolescente trabalhador; atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares 
de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Nos parágrafos do artigo 
54, reforçam-se os direitos à educação: o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público 
subjetivo; o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular 
importa responsabilidade da autoridade competente; compete ao poder público recensear os 
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela 
frequência à escola; os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na 
rede regular de ensino. 
Constam no artigo 56 obrigações dos dirigentes de estabelecimentos de ensino 
fundamental, como comunicação ao Conselho Tutelar dos casos de maus-tratos envolvendo seus 
alunos; reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; 
elevados níveis de repetência. 
O artigo 57 indica a responsabilidade do poder público em estimular pesquisas, experiências 
e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com 
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. 
O artigo 58 indica a obrigatoriedade de respeito aos valores culturais, artísticos e históricos próprios 
do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o 
acesso às fontes de cultura, no processo educacional, enquanto que no artigo 59, os municípios, com 
apoio dos estados e da União, deverão estimular e facilitar a destinação de recursos e espaços para 
programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude, buscando 
ocupar-lhes no tempo ocioso com atividades formativas. 
O Capítulo V, artigos 60 a 69, tratam do “Direito à Profissionalização e à Proteção no 
Trabalho”, o que se relaciona à educação tanto pela aprendizagem técnico-profissional, como pela 
obrigatoriedade de garantir a educação, ou seja, que a mesma não seja prejudicada pelo trabalho, 
bem como a possibilidade de menor aprendiz e do estágio, vinculado ao projeto político-pedagógico 
da escola. 
No artigo 62, “considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada 
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor”. 
 
 
 
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Já a educação técnico-profissional deverá obedecer a alguns princípios, conforme expressam os 
incisos do artigo 63: garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; atividade 
compatível com o desenvolvimento do adolescente; horário especial para o exercício das atividades, 
ou seja, em idade escolar, a ocupação da criança ou do jovem é ser estudante. 
O adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, 
assistido em entidade governamental ou não governamental, não pode exercer trabalho noturno, 
penoso, insalubre ou perigoso, em locais que prejudiquem sua formação e desenvolvimento, nem 
tampouco que inviabilizem sua frequência à escola. 
O artigo 69 trata do direito do adolescente à profissionalização e à proteção no trabalho, 
com respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; capacitação profissional adequada 
ao mercado de trabalho. 
A segunda parte da unidade buscou retomar o contexto histórico da elaboração do ECA, 
bem como discutir os artigos em que o mesmo, embasado em legislação supra, trata da educação e 
o direito que crianças e adolescentes têm à mesma. Tratou-se ainda, brevemente, dos direitos ao 
trabalho relacionados à educação.