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DIREITO DO TRABALHO I
AULA 9: SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
 
Professor Luís Cinéas
1
Direito do Trabalho I
 
Salário 
1
Espécies 
3
AULA 10
Remuneração
2
GORJETAS
4
EQUIPARAÇÃO
5
AULA 9: SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
2
3
1) REMUNERAÇÃO  abrange o salário e todos seus componentes mais as gorjetas que são pagas por terceiros (Art.457).
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
2) SALÁRIO  é a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado em virtude da relação de emprego (Art. 457, §1º CLT)
Art. 457,§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
2.1) ELEMENTOS CARACTERIZADORES
a) habitualidade: elemento básico para identificar uma verba salarial. O contrato de trabalho é configurado por ser um ajuste de execução continuada em que a prestação de serviços prolonga-se no tempo (sucessividade) 	
b) periodicidade: salário não deve ser estipulado por prazo superior a um mês, salvo exceções legais. (art. 459 CLT). Obedece, assim à:
	
c) essencialidade: o contrato de trabalho é necessariamente oneroso (art. 3º, CLT), pois, imprescindível à manutenção do obreiro.
	
d) quantificado: ajustado previamente, quantificado e identificado individualmente (art. 29 da CLT), anotado na CTPS, qualquer que seja sua forma de pagamento, não podendo existir de forma alguma o salário complessivo. ( Súm. 91 TST)
e) Reciprocidade: está relacionada com a natureza sinalagmática da relação de emprego, em que se encontram presentes direitos e obrigações para ambas as partes
 
4
a) Por unidade de tempo: é fixado em função da duração do trabalho
b) Por produção: paga em função da quantidade de trabalho realizado/quantidade de mercadoria produzida.
c) Por tarefa: é uma forma mista. Une em seu conceito a capacidade de se produzir o maior numero de peças possíveis na menor unidade de tempo, dentro dos padrões regidos pela empresa.
d) Salário variável: comissões e percentagens, garantido o salário mínimo no mês em que não se atingir tal montante.
e) Complessivo: Súm. 91 TST. ‘Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador’. Cuidado
2.2) FORMAS DE PAGAMENTO 
5
a) Salário Mínimo (Art. 7º, inc. IV da CF): capaz de atender as necessidades vitais e básicas do trabalhador e sua família. 
b) Salário Profissional: geralmente fixada por lei ou sentença arbitral (para determinada profissão). 
c) Piso Salarial: proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. Art. 7º inc. V da CF. Para determinada categoria profissional.
d) Salário normativo: fixado por meio de sentença normativa.
e) Salário de função: ACT/CCT/SN para determinada função.
 	
2.3) ESTIPULAÇÃO DO VALOR
6
7
.
.
8
3) PERIODICIDADE
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. ( Mediante Contra Recibo)
4) ESTIPULAÇÃO DO SALÁRIO 
Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.
5.1) INALTERABILIDADE DA FORMA DE PAGAMENTO
 O art. 468 da CLT proíbe qualquer forma de alteração salarial in pejus.
 Pagamento em Dinheiro e/ou In Natura (Art. 458, CLT)
5.2) IRREDUTIBILIDADE SALARIAL
 Art. 7º, VI, CF + art. 503, CLT
Força Maior / Dificuldade Econômicas + ACT e CCT 
Art. 503. É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25%, respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo.
Parágrafo único. Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido o restabelecimento dos salários reduzidos.
5) PROTEÇÃO AO SALÁRIO
33
5) PROTEÇÃO AO SALÁRIO
10
5.3) PROVAS DO PAGAMENTO
Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.
5.4) PAGAMENTO DAS PARTES INCONTROVERSAS
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento.
OBS.: Não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, e às suas autarquias e fundações públicas.
11
5.5) VEDAÇÃO AO SISTEMA DO “TRUNK SYSTEM “ 
 
Art. 462. § 2º. É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 
Art. 462, § 3º. Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazém ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. 
Art. 462, § 4º. Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.
5.6) VEDAÇÃO DE PAGAMENTO EM DROGAS NOCIVAS
Art. 458. (...) Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
12
5.7) VEDAÇÃO A DESCONTOS
 
Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou convenção coletiva.
§ 1º. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. 
Súm. 342. 
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
OJ 251. 
Descontos. Frentista. Cheques sem Fundos. É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. 
13
5.8) INTANGIBILIDADE SALARIAL 
 
Art. 449. Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa.
§ 1º Na falência, constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito.
§ 2ºHavendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno.
5.9) IMPENHORABILIDADE SALARIAL (inciso IV do art. 833 do CPC)
 
Art. 833. São impenhoráveis:
 IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;
Obs.: Não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia ou importâncias excedentes a 50 salários-mínimos mensais 
14
5.10) SALARIO EM SUBSTITUIÇÃO 
 
Súm 159. Substituição de caráter não eventual e vacância do cargo. 
I – Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. 
II – Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo
não tem direito a salário igual ao do antecessor.
CLT 
Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior
6) MEIOS DE PAGAMENTO
a) Salário em Dinheiro
Pagamento em dinheiro (Art. 463, CLT).
Pagamento em cheque ou Deposito em conta (Art. 465, CLT)
Trabalhador for analfabeto  somente poderá ser pago em dinheiro. 
Art. 463. A prestação em espécie do salário será paga em moeda corrente do país.
 
Parágrafo único. O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.
15
16
b) Salário em Utilidades
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreendem-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. (...) 
Critérios: Habitualidade e Gratuidade de sua entrega.
 Teoria da Finalidade: Súm. 367 do TST
I – a habitação, energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não tem natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
17
Limitações: (§ 3º do Art. 458 c/c p.ú. do art. 82 da CLT)
a) habitação: desconto máximo de 25%
b) alimentação: desconto máximo de 20%
 Obs.: salário utilidade será no máximo 70% do salário contratual.
Art. 458, CLT, § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;
II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V - seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI - previdência privada;
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
7) ESPÉCIES
18
Abonos
Adiantamento salarial em dinheiro. 
Se instituído por lei, ainda que de forma não habitual, constitui salário.
Ex.: 1/3 Constitucional de Férias.
Se pago de forma voluntária, não constitui salário (§2º, Art. 457, CLT)
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
19
b) Adicionais: 
Horas extras (Art. 59, CLT)
Noturno (Art. 73, CLT)
Insalubridade (Art. 189 e 192, CLT) + Portaria nº 3.214/78 (NR)
Periculosidade (Art. 193, § 1º, CLT) + Sum. 364 + OJ 345 SDI-1, TST
Transferência (Art. 469, § 3º da CLT) 
Penosidade (Ainda não regulamentado por lei) 
Obs.: Pela ótica da CLT os adicionais de insalubridade e periculosidade necessitam de perícia e não são acumuláveis. 
20
b.1) Adicional de Horas Extras
Art. 7º CF. XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
Art. 59. CLT. § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
Insere-se no cálculo de indenização por antiguidade o salário relativo a serviço extraordinário, desde que habitualmente prestado (TST – Súmula 24).
A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei n. 4.090/62 (TST – Súmula 45).
O valor das horas extras habituais integra a remuneração do trabalhador para o cálculo das gratificações semestrais (TST – Súmula 115).
Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas (TST –Súmula 172).
21
b.1) Adicional de Horas Extras
TST – Súmula 291. Horas extras. Habitualidade. Supressão. Indenização. A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:         
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.                    
III - os empregados em regime de teletrabalho. 
 Obs.: Mãe Social 
Empregados que não recebem Adicional de Horas Extras
22
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2º. Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
OBS  O Empregado Rural é diferente 
b.2) Adicional Noturno
Pecuária  das 20 as 4 horas
Lavoura  das 21 as 5 horas
+25%
Tempo de Hora: 60’
23
Súmula 265. A transferência para o turno diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
Súmula 140. Ao vigia, sujeito ao trabalho noturno, é assegurado o direito ao adicional respectivo.
Súm. Nº 60 - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO. 
 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.
 II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.
OJ 388 388. Jornada 12x36. Jornada Mista que Compreenda a Totalidade do Período Noturno. Adicional Noturno. Devido. O empregadosubmetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã.
24
Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo
Nº 47 - INSALUBRIDADE
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Nº 139 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. 
Nº 248 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. 
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.
Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
b.3) Adicional de Insalubridade
25
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
 
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
 
Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
Nº 80 – INSALUBRIDADE. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
Nº 289 - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
Nº 448 - ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/1978. INALAÇÕES SANITÁRIAS. 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/1978 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
OJ 173. Adicional de Insalubridade. Atividade a Céu Aberto. Exposição ao Sol e ao Calor. 
I - Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria nº 3214/1978 do MTE).
II - Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria nº 3214/1978 do MTE.
b.4) Adicional de Periculosidade
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 
§ 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
§ 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
§ 4o  São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta 
Radiação ionizante
OJ 345. Adicional de Periculosidade. Radiação Ionizante ou Substância Radioativa. Devido. A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade (...)
Nº 361 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE
O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985 não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento.
Exposição Intermitente
Nº 364 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE. 
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. 
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, § 1º, da CLT).
Nº 39 - PERICULOSIDADE
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade 
Nº 132 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO. 
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras.
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas.
Nº 447 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO.
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE.
OJ 259. Adicional noturno. Base de cálculo. Adicional de periculosidade. Integração. O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco.
Nº 191 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO 
I - O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais.
30
CUMULAÇÃO DE 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE e INSALUBRIDADE 
Convenção 155 OIT
Art. 11. [...]
b) a determinação das operações e processos que serão proibidos, limitados ou sujeitos à autorização ou ao controle da autoridade ou autoridades competentes, assim como a determinação das substâncias e agentes aos quais estará proibida a exposição no trabalho, ou bem limitada ou sujeita à autorização ou ao controle da autoridade ou autoridades competentes; deverão ser levados em consideração os riscos para a saúde decorrentes da exposição simultânea a diversas substânciasou agentes;
No TST – A FAVOR – RR 611700-64.2009.5.12.0028, Relator: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 26/06/2013, 3ª Turma.
No TST – CONTRA - E-RR - 1072-72.2011.5.02.0384, Relator: Ministro Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 13/10/2016, SDI-1 
b.5) Adicional de Transferência 
O adicional de transferência, que é parcela integrante do salário, está previsto no art. 469 da CLT e é devido enquanto durar a alteração de domicílio do empregado, sendo seu valor, no mínimo, 25% do montante das parcelas de natureza salarial.
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio 
    
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. 
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.
OJ 113. Adicional de Transferência. Cargo de Confiança ou Previsão Contratual de Transferência. Devido. Desde que a Transferência Seja Provisória. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.
Sum. nº 29 - TRANSFERÊNCIA
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA – Devido apenas quando ocorre a transferência em caráter provisório. O adicional de transferência, no percentual de 25% dos salários do empregado, previsto no § 3º, do art. 469, da CLT, somente é devido em se tratando de transferência provisória, e não definitiva. Inteligência da OJ 113 da SDI-1/TST. Embora o legislador não tenha definido o que se considera transferência provisória, também não fixando o prazo de sua duração, a doutrina e jurisprudência têm lançado mão da analogia para considerar provisória a transferência que dure até um ano, com fundamento no § 1º, do art. 478, da CLT. In casu, o autor prestou serviços, na localidade para onde foi transferido, por aproximadamente 19 meses, o que faz incidir o entendimento de que a transferência se deu de modo definitivo, e não provisório. (TRT 03ª R. – RO 01663.2002.112.03.00.3 – 5ª T. – Relª Juíza Maria Cristina Diniz Caixeta – DJMG 11.10.2003) 
c) Gratificação
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 Se habitual integram-se ao salário (Art.457, §1º, CLT).
§ 1o  Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
 
 Ajustadas, expressa ou tacitamente (Súm. 152, TST)
Súmula nº 152 do TST GRATIFICAÇÃO. AJUSTE TÁCITO. O fato de constar do recibo de pagamento de gratificação o caráter de liberalidade não basta, por si só, para excluir a existência de ajuste tácito
OBS.: 
 Gratificação de Função (Súm. 102, 109, 247 TST – Bancários) (Súm. 372, TST); 
 Gratificações Semestrais (Súm. 115, 253, TST)
 Gratificações por Tempo de Serviço e Produtividade (Súm. 202, 203, 225, 226, 240, TST); 	
d) 13º Salário: “Gratificação Natalina”
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 Valor do 13° Salário: (Lei 4090/62. Art. 1º, §1º) 
	A gratificação corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
 Fração de mês para compor o 13º Salário 
 (Lei 4090/62, Art. 1º, §2º)
 - Fração igual ou superior a 15 dias
 
 Recebimento do proporcional 
 (Lei 4090/62, Art. 1º, §3º)
I - na extinção dos contratos a prazo, e
II - aposentadoria 
 
 Extinção do contrato de trabalho sem justa causa:
 - Recebimento do o 13º Salário (integral e proporcional)
 Período de pagamento: (Lei 4749/65, Art. 1º e 2º)
 - Até o dia 20 de dezembro de cada ano
- Compensada o valor do adiantamento (entre fevereiro e novembro de cada ano)
Valor do Adiantamento: metade do salário
 Acidente de trabalho e o 13° Salário (Súmula 46 do TST) 
O empregado receberá um abono anual, equivalente ao 13º salário, pago pelo INSS, da seguinte forma: 
 
 a) a empresa efetuará pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado anterior e posterior ao afastamento;
 b) a Previdência Social efetuará pagamento proporcional ao período de afastamento, a contar do 16º dia até a data de retorno ao trabalho, com denominação de "Abono Anual“;
 c) a empresa deverá verificar o valor pago pela Previdência Social e somá-lo ao valor pago por ela. Se o valor recebido pelo empregado no total for inferior ao que perceberia se houvesse trabalhado durante todo o ano, a empresa deverá efetuar o cálculo comparativo, cabendo a ela efetuar o pagamento desta diferença como "complementação de 13º salário".
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e) Prêmios
Natureza jurídica de indenização (após a Reforma Trabalhista).
Não pode ser a única forma de recebimento de retribuição.
Depende de atitudes do empregado
Regulamentações expostas para a aferição do prêmio
	
Art. 457, §4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. 
Art. 457, §2o  As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.  
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e) Gorjetas: §§ 3º a 11 do art. 457 da CLT
Classificação:
PRÓPRIA: dado diretamente pelo cliente
IMPROPRIA: as que são incluídas em contas de serviços e repassadas ao empregado pelo empregador.
Repercussão: FGTS, 13º Salário, Férias e indenizações.
Não servem de base de cálculo para: Aviso Prévio, DSR, Horas Extra, Adicional Noturno. 
TST, Súm. Nº 354 - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
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f) Gueltas
Retribuição ofertada por terceiro estranho à relação empregatícia com o objetivo de incentivar as vendas de seus produtos ou serviços. 
São pagas geralmente por fabricantes e fornecedores de medicamentos, com o fim de estimular as vendas desses produtos.
São equiparadas às gorjetas (têm natureza remuneratória, mas não salarial). 
Integram a remuneração para incidência da contribuição previdenciária e pagamento de FGTS , 13º salário, férias com 1/3, aviso prévio trabalhado. 
Aplicação analógica da Súmula 354 do TST  não compõem a base de cálculo do aviso prévio indenizado, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
SALÁRIO – "GUELTAS" – INCORPORAÇÃO – CABIMENTO – "'Gueltas'. Integração ao salário. As gueltas, como forma de estímulo ao empregado, remuneram a realização das vendas efetuadas durante a jornada de trabalho sob o comando empresarial. Desse modo, constituem verdadeiras comissões e, como tais, devem ser consideradas parte integrante da remuneração para efeito das incidências pleiteadas." (TRT 03ª R. – Proc. 00870-2010-077-03-00-8 – 5ª T.– Relª Juíza Conv. Maria Cristina D. Caixeta – DJe 14.03.2011) 
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g) Sobreaviso e Regime de Prontidão 
de sobreaviso o empregado efetivo que permanece em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas. As horas de “sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal; (Art. 244 § 2°, CLT)
de prontidão o empregado que fica nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de alimentação, as doze horas de prontidão poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço. (Art. 244 § 3°, CLT)
 Súm. 229. SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS. Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.
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h) Comissões e percentagens 
É componentes do salário
Modalidade salarial variável
Constituem tipicamente forma de remuneração por unidade de obra ou serviço
Não se leva em conta o tempo gasto, e sim a produção alcançada pelo empregado.
Podem ser pagas tanto por meio de porcentagens quanto em unidades.
Ex.: Lei 3.207/57  atividades dos vendedores, viajantes ou pracistas
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem.
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.
CLT
Lei 4.886/65 - Representação comercial autônomo 
Art. 43 - Vedação da inclusão de cláusulas “star del credere”.
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL – CLÁUSULA DEL CREDERE – DESCONTOS REALIZADOS NAS COMISSÕES DO REPRESENTANTE – IMPOSSIBILIDADE. De acordo com o art. 43 da Lei n. 4.886/65, “é vedada no contrato de representação comercial a inclusão de cláusulas del credere”. Ou seja: há vedação legal para que se transfira os riscos do empreendimento ao representante, o qual não responde por eventual inadimplemento do cliente. Incontroversa a existência de tais descontos, justamente sob a justificativa inválida de que os clientes não honraram com o pagamento, devida a restituição. Assim, tendo as rés reconhecido, em defesa, que os descontos alegados na inicial realmente foram procedidos, não se mostra possível, neste momento processual, pretender mudar sua tese, alegando que a informação constante em defesa se deu por equívoco. S entença mantida (TRT 9ª R. – RO 224-2011-91-9-0-5 – Rel. Des. S ueli Gil El-Rafihi – 6ª T. – DEJT 04.05.2012).
i) Ajuda de custo e diárias para viagem: Art. 457, § 2º, CLT 
Súmula 101 TST foi superada pela Reforma Trabalhista.
Ajuda de custo, auxílio-alimentação, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário
 
j) Participação nos lucros e resultados (PLR) 
Art. 7º, inciso XI, CF e Lei 10.101, de 19/12/2000
Não tem natureza salarial
 
l) Vale-Transporte: Lei 7.418 de 16/12/1985.
Não tem natureza salarial
O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico.
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m) Stock options
 Configuram um sistema de mercado destinado à compra ou subscrição de ações da empresa em que trabalha o empregado.
 Não representam complemento salarial
 É um meio de estimular o empregado a fazer coincidir seus interesses com os dos acionistas.
 Caráter mercantil (não possui natureza salarial) 
"STOCK OPTIONS" – NATUREZA JURÍDICA – Não se tratando de parcela destinada a contraprestação pelos serviços prestados, os Planos de Opção de Compra de Ações (Stock Option Plan) não ostentam natureza salarial, não integrando a remuneração do empregado nos termos definidos pelos arts. 457 e 458 da CLT. (TRT 15ª R. – RO 2125-2007-109-15-00-2 – (80161/08) – 1ª C. – Rel. Luiz Antonio Lazarim – DOE 05.12.2008 – p. 54)
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8) Equiparação Salarial
8.1) Isonomia: Art.12, “a”, Lei 6.019/74
8.2) Equiparação: Art.461,CLT e Súm. 6, TST 
8.3) Requisitos Positivos:
a) trabalho para o mesmo empregador; 
b) no mesmo estabelecimento empresarial; 
c) entre empregados da mesma função; 
d) diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos; 
e) que exerçam o trabalho com a mesma produtividade; 
f) que tenham a mesma perfeição técnica.
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Art. 461, § 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.467, de 13.07.2017) 
Vide: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Paradigma-remoto-restricao.htm 
Art. 461, § 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 13.467, de 13.07.2017)
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8.4) Requisitos Negativos: 
Quadro Organizado de Carreira OU
Plano de Cargos e Salários (norma interna da empresa ou de negociação coletiva)
Dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.
Art. 461, § 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.
Art. 461, § 3º. “...promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.”
Direito do Trabalho I
Referências:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 13ª. ed. São Paulo: Método, 2017.
CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa; JORGE NETO, Francisco Ferreira. Manual de Direito do Trabalho. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2017.
CAIRO JR, José. Curso de Direito do Trabalho. 14ª ed. São Paulo: JusPodium, 2018.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17ª ed. São Paulo: LTr, 2017.
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Direito do Trabalho I
CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA
 
Jornada de Trabalho;
Jornadas Especiais;
Trabalho Extraordinário; 
Trabalho Noturno.
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