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RESUMO P2 MATERNO INFANTIL – DIABETES MELITO NA GESTAÇÃO Diabetes Melito (DM) → grupo de desordens metabólicas caracterizado pela hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina, ação desta ou ambos → elevação dos níveis plasmáticos de glicose Diabetes Melito Tipo 1: • Destruição das células beta-pancreáticas – def. absoluta de insulina – • imunomediado: ação auto-imune por meio de anticorpos (infecção viral, substâncias tóxicas, outras doenças) • idiopática • Sintomas: perda de peso inesperada, poliúria, polifagia e polidipsia • Cetoacidose: de Glicose – lipólise – de corpos cetônicos – cetoacidose – coma e óbito Diabetes Melito Tipo 2 → Caracteriza-se por resistência insulínica ( sensibilidade) e deficiência relativa de insulina Diabetes gestacional → algum grau de intolerância à glicose com início ou reconhecimento na gestação, podendo ou não persistir após o parto. (APÓS 20 SEM) Aspectos fisiológicos do DMG, possíveis causas: • Redução na secreção pancreática de insulina; • Alteração dos receptores de insulina – aumento na resistência periférica à insulina (diminuição da sensibilidade à insulina) • Alteração na secreção de glucagon; • Desequilíbrio dos hormônios contrainsulínicos – aumento dos níveis plasmáticos de estrogênio, progesterona e lactogênio placentário humano (ações opostas à insulina). • 1ª metade da gestação: tendência ao ANABOLISMO - ↑ dos níveis plasmáticos de insulina → favorecimento da gliconeogênese e lipogênese • Final do 2º trimestre: tendência ao CATABOLISMO - atendimento às necessidades fetais - Hiperglicemia pós-prandial fisiológica → visa suportar o aporte nutricional fetal • Hiperinsulinismo + insensibilidade tecidual à insulina = estado diabetogênico Diabetes descontrolada (hiperglicemia) = transferência exagerada de glicose para o feto → hipertrofia das células beta pancreáticas fetais e hiperinsulinismo → ↑ do tecido adiposo do feto → macrossomia* *RNs macrossômicos → órgãos aumentados de volume, porém imaturos (pulmão) Repercussões maternas: SHG, polidramnia, ITU, candidíase, hipoglicemia, cetoacidose, parto prematuro, parto cirúrgico, desenvolvimento de DM 2 posterior à gestação, lesões vasculares (rins e retina). Repercussões sobre o concepto: macrossomia, RCIU, asfixia, sofrimento fetal, prematuridade, óbito fetal, complicações respiratórias, distúrbios metabólicos, malformações congênitas; sequelas tardias (obesidade) Diagnóstico do DMG Rastrear presença de sinais e sintomas clássicos: poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso. Tratamento do DM na gestação Objetivo: manter a normoglicemia, favorecendo o nascimento do concepto a termo, vivo, com peso adequado, com menor risco de distúrbios respiratórios e malformações congênitas. Recomendações do MS: • Controle metabólico; • Atividade física sob orientação; • Suspensão do fumo; • Insulinoterapia (caso necessário – DM 1, DM 2 ou não correção com dieta) Hipoglicemiantes orais = PROIBIDOS podem apresentar efeito teratogênico e hiperbilirrubinemia neonatal Cuidado Nutricional Avaliação antropométrica e cálculo do ganho de peso recomendado - mesmas recomendações das gestantes não-diabéticas Avaliação dietética - Rotina + uso excessivo de produtos dietético e não-dietéticos Avaliação clínica Avaliação funcional – entrevista padronizada da XN Avaliação sociodemográfica e obstétrica Avaliação dos exames complementares Exames laboratoriais (sangue, urina), Doppler, ultra Corpos cetônicos na urina → sugestivo de ingestão calórica ou glicídica deficiente. Recomendações de macronutrientes: • Carboidratos – 40 a 55% do VET • 20 a 35g/dia de fibras solúveis e insolúveis – controle da glicemia e lipemia e prevenção da constipação intestinal • Proteínas – 15 a 20% do VET • Lipídios – 30 a 40% do VET Vitaminas e minerais: similar a recomendação de gestantes sem DM: • Ácido fólico: pré-concepção até 12 sem - ↓ risco de defeito no fechamento do tubo neural • Suplementação: apenas em caso de deficiências nutricionais • Na – não deve ser restrito • Suplementação de ferro – mesma recomendação das não-diabéticas • Estímulo de alimentos fontes em vitaminas A, C, E, selênio e beta- caroteno Demais recomendações: • Cafeína = menos de 300 mg/dia • Fracionamento: 6 refeições – evitar hiper/hipoglicemia) • Avaliação do índice glicêmico – porcentagem de aumento da glicemia após a ingestão de 25g do alimento comparado com a ingestão de 25g de glicose. Alimentos que devem ser evitados: • Alimentos ricos em gordura saturada e ácidos graxos trans • Sacarose – pode ser utilizada dentro do contexto da dieta saudável; substituição por adoçantes não-calóricos Edulcorantes proibidos • Frutose – pode elevar a glicemia e elevação de triglicerídeos. • Sorbitol – não é proibido, porém aumenta a excreção de minerais como o cálcio. • Ciclamato – efeito transplacentário = pode provocar anomalias cromossômicas. • Esteviosídio – falta de dados sobre sua segurança. Em casos de náuseas e vômitos → monitoramento para prevenção de hipoglicemia e cetonúria. Pós-parto: • Flutuação da glicemia – orientação para a realização de lanche antes ou durante a amamentação. • Prevenção contra o DM 2 entre filhos de mães com DG
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