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As transformações técnico-científicas, econômicas e políticas. O avanço da ciência e tecnologia assume a força de trabalho, aumenta a produção, cresce o desemprego e diminui as ofertas de trabalho humano. Essa grande transformação, também chamada de revolução tecnológica, se baseia na tríade: microeletrônica, microbiológica e de energia termonuclear. Essa tríade aponta para caminhos de novos conhecimentos e de desenvolvimento humano. A energia termonuclear foi a que mais marcou a revolução tecnológica, pois foi a responsável pela conquista espacial e é uma fonte alternativa de energia. A microbiologia representa ao mesmo tempo avanços e perigos para humanidade, pois pode contribuir para eliminação de doenças e combater a desnutrição ou criar vírus mortais. Já a revolução microeletrônica é a mais percebida, pois está presente nos objetos e utensílios do nosso cotidiano (eletrônicos em geral), em serviços como em bancos e tem promovido alteração nos hábitos e costumes da sociedade, criando novas habilidades cognitivas e uma nova compreensão da realidade, a realidade virtual. A agricultura, o comercio e a indústria foram os que mais sofreram com a revolução microeletrônica. Com aumento das máquinas, diminuiu o uso da mão de obra e aumentou o desemprego nesses setores, no campo se agravou ainda mais. Na indústria o desemprego é estrutural, devido à informatização que exige uma maior qualificação. Já o setor de serviços esta em crescimento, muitos são os fatores, o aumento da contratação de serviços terceirizados, a redução de vagas de emprego em outros setores fazendo com que as pessoas abram seu próprio negócio, aumento da demanda nas áreas de lazer e educação, entre outros fatores. Temos também os avanços nas telecomunicações que tornam o mundo uma única terra globalizada. A internet conecta milhões de pessoas, no Brasil, apesar de constante desenvolvimento o acesso ainda é bem restrito e isso gera uma grande exclusão digital. Mesmo com essa alternância de acessos, algumas pessoas com maior acesso outras com menor ou nenhum, as tecnologias de informação e meios de comunicação estão presente na vida das pessoas e influenciam no modo de vida, costumes e em suas necessidades. As mídias sofrem impactos da revolução microeletrônica, como transmissões em tempo real, recebimento de informações no momento do acontecido, entre outros elementos. Algumas características da revolução informacional são: surgimento de uma nova linguagem na comunicação, com isso surgem também à realidade virtual, ciberespaço, hipermídias e diferentes meios de comunicação; comunicação, pesquisa e acesso a informação instantânea; facilidade de diversão e educação; aglomeração de informações e as inúmeras formas de armazenamento. A produção e tratamento da informação se tornou fundamental para a ampliação do poder e da competitividade no mundo, se tornou uma mercadoria. A Revolução informacional constitui então a base da nova divisão da sociedade e também exclusão social, onde encontramos de um lado aqueles que possuem o controle da informação e do outro os excluídos. As informações que circulam livremente são tratadas e midiatizadas, para entreter e doutrinar a massa, desta forma se tornam pobres em conteúdo. A palavra globalização é difícil de conceitualizar devido sua abrangência, mas ela tem sido usada para caracterizar vários aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais que expressam a fase de desenvolvimento em que o capitalismo se encontra neste momento. A globalização pode ser observada por meio de algumas evidências como: produtos e tecnologias sem identidade; a terceirização da produção; aumento no número de subemprego e desemprego; faz com que os produtos tenham maior qualidade e aumento da produtividade; exclusão e crise social; redução dos salários, do poder sindical, dos direitos trabalhistas e diminuição das políticas públicas. A globalização altera a geografia do mercado, pois as empresas começam a procurar locais que ofereçam melhores oportunidades para que possam se acomodar. O poder acaba concentrado nas mãos de grandes corporações. Alguns grupos de competência mundial como ONU, G8, Unesco e outros, também detém parte do poder e são responsáveis por tomarem decisões, respondem pelos interesses da burguesia. O capitalismo possui duas tendências que se alternam. A primeira (Reguladora) tem como característica livre concorrência, fortalecer a iniciativa privada, qualidade de serviços, formação de uma elite de intelectuais, seleção dos melhores baseado em critérios e aptidões naturais. A segunda (estabilizante) a preocupação central é a igualdade social, uma economia de mercado planejada e administrada pelo estado, politicas de bem estar social, desenvolvimento de aptidões e capacidades por meio da educação de forma igualitária. Mais visível após a 2ª Guerra Mundial. Após a 2ª Guerra Mundial houve a formação de sistemas de ensino e também a expansão do ensino. Acreditavam que por meio da educação as oportunidades seriam iguais e a seleção dos indivíduos ocorreria naturalmente. Devido às dificuldades que a educação pública enfrenta, o discurso neoliberal julga o estado como incompetente para gerir a educação, pois quer que ela fique a cargo da iniciativa privada, que busca por qualidade e eficiência. Todas as transformações devido o avanço das tecnologias levam a uma maior competição no mercado mundial, causa mudanças no processo de ensino aprendizagem, na disseminação do conhecimento e no nível dos recursos humanos, confiando uma responsabilidade a educação. O trabalhador atual não pode mais ser fragmentado, deve ser bem preparado com habilidades cognitivas e competências sociais desenvolvidas, além disso, ele também deve ser um consumidor exigente e competente. Surge uma nova configuração estrutural na educação, com novas exigências e desafios.
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