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AULA 04

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Escola Carioca 
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy, na época de sua 
construção, durante a década de 60 
Estrutura do museu - brise-solieis verticais 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Escola Carioca 
Affonso Eduardo Reidy - Pilares 
afastados da pele de vidro 
 
Estrutura de concreto aparente 
 
Laje intermediária sem contato 
com os pilares de concreto ficou 
atirantada, ou seja: pendurada 
por tirantes de aço à laje 
superior 
 
Um pavimento inteiro livre de 
pilares, com um teto que parece 
flutuar acima das cabeças dos 
visitantes 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Escola Carioca 
Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, de Affonso Eduardo Reidy, mais 
conhecido como “Pedregulho”. 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Escola Carioca 
PEDREGULHO – REIDY - forma dos seus volumes, por ser curvarem para se adaptar à 
topografia local, criaram uma plasticidade especial 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Vilanova Artigas, a Escola Paulista e Lina Bo Bardi 
O contraste desse peso com a fluidez do térreo, absolutamente aberto, sem qualquer barreira, torna-o 
quase uma extensão da calçada, convidando o transeunte a entrar e participar das atividades de reflexão 
e concentração que acontecem dentro daquela caixa tão simbólica. 
Edifício da FAU-USP (1966-
69), de Vilanova Artigas e 
Carlos Cascaldi 
O volume em concreto aparente, 
todo fechado, é suspenso, pesado 
em cima, mas quase flutuando, 
apoiado em delicados pilares em 
Forma de duas pirâmides em 
sentidos opostos, que se 
interseccionam de cima abaixo 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Vilanova Artigas, a Escola Paulista 
O volume em concreto aparente, todo fechado, é suspenso, pesado em cima, mas quase 
flutuando, Apoiado em delicados pilares em forma de duas pirâmides em sentidos opostos, 
que se interseccionam de cima abaixo 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Vilanova Artigas, a Escola Paulista 
O Átrio Central do edifício da FAU-USP, perfeita materialização da Ágora Moderna, onde as lutas sociais e 
assembleias participativas de docentes e discentes encontrariam espaço durante os duros anos da 
ditadura militar. 
humanista, socialista 
e extremamente 
envolvido na luta por 
 justiça social, igualdade 
de oportunidades e 
democracia 
Vilanova Artigas, a Escola Paulista e Lina Bo Bardi 
“Com toda essa carga simbólica deste espaço, a exemplo do 
edifício do MEC no Rio, é a partir do edifício da FAU USP que as 
linhas mestras da chamada Escola Paulista vão se solidificar. Suas 
características de introversão, continuidade espacial e iluminação 
zenital, se multiplicarão por São Paulo, bem como o uso de 
grandes vãos, que demandará a aplicação e desenvolvimento de 
técnicas construtivas mais elaboradas, como o concreto 
protendido. Mais do que uma pesquisa puramente estética, 
formal, isso vai representar um projeto político para o país, uma 
aposta na industrialização como saída para a condição de 
subdesenvolvimento.” 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Lina Bo Bardi 
Depois de trabalhar clandestinamente no partido 
comunista da Itália, a arquiteta foge do regime 
fascista e escolhe o Brasil como a terra ideal para 
a sua vida no exílio 
 
Ela se naturaliza brasileira em 1951, mesmo ano da 
construção de seu primeiro projeto, sua própria “casa de 
vidro” no novo bairro do Morumbi 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Lina Bo Bardi Casa de Vidro – 
A estrutura 
vertical se compõe 
por esbeltos tubos 
de aço, dispostos 
em um modulação 
de quatro 
módulos de 
largura por cinco 
de profundidade. 
Formam o pilotis 
da residência e 
avançam pela laje 
do piso superior 
até alcançarem a 
laje de coberta, 
ambas de 
concreto armado 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Lina Bo Bardi 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Casa de Vidro – 
conservou o perfil 
natural do 
terreno, muito 
inclinado, o que 
influiu para que a 
frente da casa 
fosse construída 
sobre pilotis, mas 
sem deixar de 
fazer referência a 
um dos cinco 
pontos da 
arquitetura 
propostos por Le 
Corbusier 
 
Lina Bo Bardi 
MASP – Museu de Artes de São Paulo, de Lina Bo Bardi, e a materialização de 
sua função social - extensão de mais de 70 metros entre os pilares gigantes nos 
extremos do terreno, o museu é um dos ícones mais populares da cidade 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Lina Bo Bardi 
MASP 
 
Lina Bo Bardi 
SESC Pompéia, de Lina Bo 
Bardi, construído entre 1977 e 
1986 
 
Antiga fábrica - as 
intervenções de Lina foram 
cirúrgicas, com recortes 
ameboides e passarelas 
assimétricas criando um ar 
mais lúdico aos austeros 
volumes de concreto e unindo 
os armazéns 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYER - o poeta do concreto armado 
 
 
 
 
 
 
PAVILHÃO DO BRASIL NA FEIRA MUNDIAL DE NOVA IORQUE, 1939 
 
Lucio Costa e Niemeyer rejeitam o conceito linear adotado por Mies em Barcelona. 
 
Graça, leveza, extroversão, exuberância e porosidade respondem ao desejo de transmitir 
atributos convencionalmente considerados apropriados para um pavilhão de feira. A teatralidade 
também convém a um tipo de construção que não deve durar mais que uma estação, como uma 
peça. 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Pavilhão de Nova York 1939 / Lucio Costa e Oscar Niemeyer 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
a tecnologia do concreto armado não apenas possibilita a arquitetura 
“reproduzível”, em série, que vinha sendo desenvolvida no exterior, mas também 
permite a criação de uma arquitetura mais delicada, única, local, curvilínea, com 
certo “gingado” brasileiro 
Pavilhão de Nova York 1939 / Lucio Costa e Oscar Niemeyer 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
Pavilhão de Nova York 1939 / Lucio Costa e Oscar Niemeyer 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
CONJUNTO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE, 1940 
 
Juscelino Kubitschek - convida para conceber um 
conjunto de edifícios ao redor do lago artificial da 
Pampulha, uma região da cidade que precisava se 
desenvolver. O programa incluía um cassino (hoje 
transformado em museu), um clube, uma igreja, 
um salão de baile e um hotel (o único edifício que 
não chegou a ser construído 
Burle Marx e Portinari 
História da Arte e Arquitetura IV 
Profa.: Andréa Dall’Olio 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
CONJUNTO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE, 1940 
 
Igreja de São Francisco de Assis 
(Igrejinha da Pampulha) com mosaicos 
de Portinari 
História da Arte e Arquitetura IV 
Profa.: Andréa Dall’Olio 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
Casa Canoas – 1950/54 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Profa.: Andréa Dall’Olio 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
Casa Canoas – 1950/54 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Profa.: Andréa Dall’Olio 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
Casa Canoas – 1950/54 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Profa.: Andréa Dall’Olio 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
CATEDRAL, BRASÍLIA, 1958 
 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
CATEDRAL, BRASÍLIA, 1958 
 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
CATEDRAL, BRASÍLIA, 1958 
 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYERCONGRESSO NACIONAL, BRASÍLIA, 1958 
 
Senado 
Câmara 
Hall de imprensa do Senado e 
 Hall de imprensa da Câmara 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
OSCAR NIEMEYER 
 
 
 
 
 
 
PALÁCIO DO PLANALTO, BRASÍLIA, 1958 
 
História da Arquitetura IV 
Profa.: ANDRÉA HILUY 
 
AULA 05 
 
 
 
Modernidade e Tradição na Obra de Louis Kahn 
Modernidade e tradição na obra de Louis Kahn 
 
 
 
Louis Kahn (1898-1976) 
 - Arquiteto nascido na Estônia, naturalizado americano; 
 
- Um dos mais importantes arquitetos do século XX; 
 
- arquitetura de Kahn abrange o período de final da década de 1930 
até meados da década de 1960 
 
- A partir de 1948, inicia transição da arquitetura do Movimento 
Moderno; 
 
- transição New Deal para a retomada da monumentalidade e da 
tradição arquitetônica, anterior à arquitetura modernista; 
 
- New Deal foi uma série de programas socioliberais criada pelo 
então presidente norteamericano Franklin Roosevelt em resposta à 
Grande Depressão econômica de 1929 - Redução, 
Recuperação e Reforma 
Louis Kahn (1898-1976) 
 
- Características: combinações geométricas puras, inspirações 
clássicas ou medievais; utilização dos materiais no estado 
bruto; estruturas maciças, mistura de técnicas construtivas de 
alta tecnologia com técnicas estruturais seculares; 
 
- Substitui o vidro por grandes panos de concreto ou tijolos 
cerâmicos; 
 
- Funcionalidade substituída pela monumentalidade; 
 
Expressionismo arquitetônico teve como aspecto capital a 
valorização do concreto como material de maior 
expressividade que o ferro e, portanto, de maiores 
possibilidades compositivas para forma arquitetônica 
 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Prof. Andréa Dall´Olio Hiluy 
Louis Kahn – Galeria de Arte da Universidade de Yale, EUA (1951 – 1953) 
 
Os grandes panos de alvenaria, harmonizando-se com as construções vizinhas, bem 
como a escala exterior amigável, contrapondo-se ao discurso do interior, marcado pelo 
grande pano horizontal composto de uma grelha de concreto triangular. 
Louis Kahn – Galeria de Arte da Universidade de Yale, EUA (1951 – 1953) 
 
- Lajes da estrutura composta por uma sucessão de tetraedros, fazendo a 
configuração de um entramado triangular. 
 
Louis Kahn 
 
- Valorizava o “histórico” sem ser um historicista; 
 
“Conservo o templo grego com a imagem mais insistente em 
minha mente, mas este constitui um ponto de partida, que 
pertence aos princípios” Louis Kahn 
 
- Porém, diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que tomavam esta 
inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá-la de forma mais abstrata e 
reflexiva, voltando-se para as técnicas construtivas e para os dramáticos efeitos de 
luz etc. 
 
- A ordem em um projeto se dá através de uma ordem estrutural, que por sua 
vez cria uma ordem ambiental e dos espaços, que por fim, nos põe em relação 
com o princípios de composição; 
 
 
 
Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA 
(1954) – Casa de Banhos 
 
- Malha reguladora de módulo quadrado, com edificações compostas por prismas puros e 
aparentemente maciços; 
- Criação de pátio interno - edificações renascentistas e clássicas; 
- O espaço vazio é a busca por um coração, um núcleo gerador – inspiração clássica; 
- Planta fechada e absolutamente simétrica, apareceu como um manifesto contra as práticas 
funcionalistas e abertas do Estilo Internacional, e legou a Louis Kahn uma posição de liderança 
de uma nova atitude projetual. 
 
 
 
 
Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA 
(1954) – Casa de Banhos 
 
- Simplicidade 
- Uso de alvenaria portante 
- Telhado de quatro águas 
Louis Kahn 
 
- Monumentalidade: 
 
 “ A monumentalidade em arquitetura pode-se definir 
com uma qualidade, uma qualidade espiritual inerente 
a uma determinada estrutura, capaz de transmitir a 
sensação de sua eternidade, (...) As estruturas 
monumentais do passado possuem essas características 
comuns de grandiosidade, nas quais os edifícios do 
nosso futuro, de uma maneira ou de outra, devem 
basear-se.” Louis Kahn 
Louis Kahn 
 
 
“Monumental para mim, não significa nada. Tem a ver 
simplesmente com algo ao qual não podemos 
acrescentar nem retirar nada. Isso é o verdadeiramente 
monumental. Creio que a Carta Magna é monumental. 
Um alfinete é monumental porque dele nada podemos 
retirar ou colocar . Mas a palavra monumental oprime 
porque só se pensa no grandioso ou no pretensioso, ou 
em uma coisa feita da mármore. E não é assim. É só a 
medida da vontade de fazer um esforço para criar algo 
que possa reunir as pessoas. Nada mais”. Louis Kahn 
Louis Kahn – Laboratório Richards, EUA (1957 - 1961) 
 
- Inspiração nas formas vernaculares medievais das cidades de colina italiana; 
- Peças pesadas de concreto pré-fabricadas; 
- Espaços serventes e espaços servidos – diferentes da organização linear 
do Estilo Internacional; 
 
Blocos de laboratórios 
e os shafts de 
ventilação e 
instalações (torres 
verticais) em espaços 
segregados e distintos 
de áreas de serviços 
e áreas assistidas, 
criando uma hierarquia 
que o Estilo 
Internacional 
modernista 
buscou demonstrar 
Louis Kahn – Laboratório Richards, EUA (1957 - 1961) 
 
- Inspiração nas formas vernaculares 
medievais das cidades de colina italiana; 
 
- Peças pesadas de concreto pré-fabricadas; 
 
- Espaços serventes e espaços servidos – 
diferentes da organização linear do Estilo 
Internacional; 
 
Louis Kahn – Laboratório Richards, EUA (1957 - 1961) 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Prof. Andréa Dall´Olio Hiluy 
Torres monolíticas de 
tijolos abrigam as 
instalações, ventilação e 
circulação vertical 
comum, se destacando 
notoriamente da 
translucidez dos 
ambientes de gabarito 
menor destinados a usos 
específicos 
Louis Kahn – Laboratório Richards, EUA (1957 - 1961) 
 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
Organizou todo um centro 
de pesquisa por meio de 
um único eixo que se 
estende por toda sua 
implantação até o mar, 
inspirando no olhar 
observador, como na 
Stonehenge 
 
O infinito, atingindo uma 
nota de valor eterno e 
atemporal, que se perdeu, 
boa parte, no funcionalismo 
moderno 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
. 
- Blocos laterais e o vazio central direcionado - Luis Barragán - paisagem minimalista que 
aponta para o Oceano Pacífico. 
- As grandes áreas laterais dos laboratórios são circundadas por circulações que levam aos 
escritórios, nas extremidades. 
- Concreto aparente, madeira e, como pavimento, pedra Recinto, um calcareo natural do 
México. 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
História da Arte e Arquitetura IV 
Prof. Andréa Dall´Olio Hiluy 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) 
 
“Kahn retomou a tradição pela abstração. Essa 
abstração, embora revisitasse as proporções 
clássicas, áurea e de simetria, ia além, para uma tradição 
mais antiga, de inclinação panteísta – cultura egípcia 
(mesopotâmica, persa), a qual admitia que a divindade 
estava nas coisas, em todas as coisas e, portanto, 
implicando que os objetos de arte e arquitetônicos 
deveriam se projetar e se desdobrar em espaços de 
maior monumentalidade, na crença de que estes 
objetos iriam os proteger.” 
Louis Kahn 
 
Técnicas construtivas milenares e a alta tecnologia de sua época - 
grandes painéis construídos totalmente em alvenaria e atirantados 
com concreto protendido. 
 
Paleta de materiais muitocomedida. 
 
Sempre o concreto armado como elemento estrutural. 
 
A alvenaria de tijolos cerâmicos tradicionais como elemento vedante 
externo será quase sempre presença constante. 
 
A madeira sempre aparecerá como contraponto, em divisórias, balcões, 
paramentos etc. À maneira dos seus contemporâneos brutalistas, nenhum 
material receberá revestimento, a não ser em algumas obras, na última 
fase. 
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
 
- O desenho dos blocos apresenta uma forte geometria, com espaços abertos e livres. 
- Uso de tijolos cerâmicos e técnicas construtivas ancestrais - aparência 
vernacular. 
- Aplicação de arco de tijolos atirantado com concreto protendido é utilizado à 
exaustão no conjunto. 
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
 
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
 
O trabalho de luz e sombra 
aqui conseguido, utilizando 
corredores, grandes 
aberturas e panos cegos, 
juntamente com implantação 
geral dos blocos, com 
edifícios afastados, 
possibilitando a ventilação 
natural, criam condições 
climáticas favoráveis e uma 
expressão dramática 
buscada por Kahn no 
dialogismo silêncio e luz. 
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) 
 - Utilizou arquétipos vernaculares e 
monumentais da região, os assimilou e, 
usando sua abstração, legou-lhes um grau 
de absoluta pureza, unindo ideias de muitas 
eras e civilizações - Influência da arquitetura 
medieval europeia 
 
No centro do edifício, de 30 metros de altura, 
situa-se o anfiteatro abobadado de 300 
lugares. 
 
Ao seu redor, oito volumes, que incluem 
uma biblioteca, uma mesquita, um 
restaurante e escritórios. 
 
Construído em concreto aparente moldado in 
loco, as paredes são incrustadas com faixas 
de mármore branco 
 
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) 
 
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) 
 
- Influência Neoclássica – formas geométricas ideais, círculos e quadrados, 
que se expressam como prismas 
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, 
Dacca (1962 - 1974) 
 
Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972) 
 
- Síntese da obra de Kahn. 
- As paredes externas, quase destacadas do conjunto, parecem materializar a 
sentença de seu autor: “O muro é um acontecimento”. 
- Construídas em alvenaria de tijolos cerâmicos, em uma técnica secular, 
conferem ao edifício uma expressão de massa contrária à formulações do 
Estilo Internacional. 
Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972) 
 - Internamente, grandes painéis de 
concreto, as vigas protendidas, criando 
um contraponto muitas vezes 
encontrado na sua obra. 
 
- Enquanto as alvenarias externas 
ligam o edifício ao mundo real, os 
grandes círculos, figuras 
geométricas abstratas 
desmaterializam a construção, 
levando-a para o mundo platônico 
das ideias. 
 
- As plantas repetem uma ideia 
recorrente de Kahn, dos espaços 
dentro dos espaços. Desta vez, 
entretanto, o centro é o vazio, em 
toda a sua grandiosidade. 
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) 
 
Apesar da aparente simplicidade, com 16 abóbadas de 
berço de 30 m de comprimento por 7 m de largura, e 6 
de altura, trata-se de um projeto sofisticado. 
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) 
 
As abóbadas são rasgadas na parte superior para permitir a 
iluminação natural nas galerias. Nos encontros das abóbadas, 
estão as instalações mecânicas e os dutos ar condicionado. 
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) 
 
- Espaços de serviços e espaços servidos; 
- Tentativa de alcançar a ”grandeza romana da abóbada” 
- Materiais utilizados: concreto moldado in loco, mármore 
travertino, carvalho e aço inox; 
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) 
 
“Meu pensamento está tão impregnado de 
grandeza romana e a ideia de abóbada 
romana encontra-se tão firmemente 
gravada em minha mente que mesmo 
quando não posso empregá-la está sempre 
presente e aparece pra mim como a forma 
mais adequada. E entendo que a 
luminosidade deve partir de um ponto 
elevado, que é onde a luz alcança seu 
apogeu” Louis Kahn 
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) 
 
Os espaços lembram a Roma antiga pelo monumentalismo, 
austeridade e acabamentos refinados, mas a escala e a noção geral 
de humanismo tornam os espaços adequados e flexíveis. 
Louis Kahn 
 
Kahn devolve ao arquiteto a sua expressão pessoal. 
 
À leveza e transparência da arquitetura do vidro, Kahn vai preferir os 
grandes panos cegos de concreto ou tijolos cerâmicos. 
 
Diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que tomavam esta 
inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá-la de forma mais 
abstrata e reflexiva, voltando-se para as técnicas construtivas e para os 
dramáticos efeitos de luz. 
 
A espacialidade funcionalista será substituída, na sua obra, pelos 
espaços monumentais; os seus “espaços servidos” ganharão uma 
importância que não tiveram nos últimos sessenta anos. 
 
Louis I. Kahn foi uma influência definitiva para as novas gerações. 
Bibliografia: 
 
 
MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno. 
Arquitetura da segunda metade do século XX. (pág. 62-69); 
 
CURTIS, William J.R. Arquitetura moderna desde 1900. (capítulo 28) 
 
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