Buscar

Resenha sobre gordura trans

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Disciplina: Bioquímica para Fonoaudiologia
Aluna: Jhéssica Naiara M. Conceição 
Resenha sobre artigo: O que é uma gordura 
O lipídio é um dos macronutrientes presentes nos alimentos, e a gordura e o óleo são os principais tipos de lipídeos, sendo que a diferença entre eles está no estado físico sob temperatura ambiente. E, apesar dessa diferença, ambos apresentam na sua composição triglicerois.
A molécula de triglicerol é diferenciada em função das cadeias carbônicas dos ácidos graxos da sua estrutura que, por sua vez, apresentam cadeia não ramificada e número par de átomos de carbono, podendo ser saturados ou insaturados. Quando insaturados, tem-se a possibilidade de ocorrência dos isômeros geométricos cis e trans, sendo isômeros cos termodinamicamente menos estáveis e formados, preferencialmente, na biossíntese de lipídeos. Já os ácidos graxos trans são encontrados em alguns vegetais, em alimentos obtidos por animais ruminantes, em algumas bactérias, podem também ser obtidos por hidrogenação parcial de óleos vegetais usados na produção de margarina e gordura hidrogenada.
Industrialmente, a hidrogenação ocorre a partir da mistura do óleo com hidrogênio e um catalisador, podendo ser feito de dois modos: total e parcial. No total tem-se a saturação total dos das ligações de carbono e na parcial há redução no teor de instaurações. Diante do papel dos ácidos graxos saturados no aumento do nível de colesterol no sangue, teve início de uma maior utilização doa produtos parcialmente hidrogenados. Além disso, paralelo a adição de hidrogênio, ocorrem reações de isomeração das ligações duplas remanescentes, podendo ser de dois tipos: conversão cis-trans e mudança da posição da reação carbônica. 
Essas reações de isomerações são conhecidas desde a década de 1950, porém, antes de se reconhecer os efeitos prejudiciais dos ácidos trans, sua formação era uma vantagem, pois como ácidos trans apresentam baixo ponto de fusão maior dos compostos cis, há um aumento de teor de sólidos nas gorduras hidrogenadas.
Os ácidos graxos trans sempre fizeram parte da alimentação humana, no entanto, com a produção de substitutos para manteiga e as gorduras animais por meio da hidrogenação parcial dos óleos vegetais, houve significativa elevação da presença dos ácidos graxos trans na dieta.
Um composto influenciado pelos ácidos graxos trans pelo colesterol (esteroide de ocorrência natural nos animais e que participa da biossíntese de substancias com funções importantes no organismo. A quantidade de colesterol no organismo é dada a partir do que foi produzido pelo próprio e pela parcela obtida pela alimentação, sendo encontrados nas liproteinas que podem ser de alta qualidade (HDL-colesterol) e de baixa (LDL-colesterol), que é conhecida como o “colesterol ruim”.
A partir de estudos foi constado que o consumosde ácidos graxos saturados elevam o nível de LDL-colesterol, enquanto ácidos graxos trans não só aumentam o nível desse composto, como também diminuem o nível de HDL-colesterol causando, assim, um efeito adverso a saúde mais acentuado. Vale-se ressaltar que os aumentos dos níveis de LDL aumentam os ricos de doenças cardiovasculares além de afetar negativamente a saúde materno-infantil.
O consumo de ácidos graxos trans é maior nos Estados Unidos, no Canadá e em países do norte da Europa do que no Japão e em países do Mediterrâneo. De forma semelhante, as incidências de doenças cardiovasculares são maiores naqueles países que apresentam um maior consumo desse tipo de lipídio.
Os percentuais de ingestão de ácidos graxos trans por meio da alimentação são, em média: 80 a 90% de alimentos obtidos por hidrogenação parcial; 2 a 8% de alimentos provenientes de animais ruminantes; e 1 a 1,5% de óleos refinados, sendo que sua reutilização, principalmente no preparo de alimentos fritos, pode tornar significativa a sua contribuição na ingestão diária de ácidos graxos trans. Os principais alimentos consumidos que possuem esses ácidos são: sorvetes, chocolates diet, barras achocolatadas, salgadinhos de pacote, bolos/tortas industrializados, biscoitos, bolachas com creme, frituras comerciais, molhos prontos para salada, massas folhadas, produtos de pastelaria, maionese, cobertura de açúcar cristalizado, pipoca de micro- ondas, sopas enlatadas, margarinas, cremes vegetais, gorduras vegetais hidrogenadas, pães e produtos de padarias e batatas fritas. Tais alimentos variam sua quantidade significativa, de ácidos graxos trans, a partir das condições de hidrogenação e ao tipo de matéria-prima utilizada.
A partir dos resultados de estudos relacionando à ingestão de ácidos graxos trans com alterações metabólicas no organismo, teve início um movimento mundial visando à redução de seu consumo, e a partir disso diversas nações alteraram sua legislação para incluir informações sobre a presença desses compostos nos rótulos de alimentos comercializados, inclusive no Brasil. Houveram também avanços na tecnologia na tecnologia de alimentos podem reduzir o conteúdo de ácidos graxos trans em alimentos, surgiu, também, a busca por alimentos isentos desse ácido.

Outros materiais