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Objetivos do administrador financeiro

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Objetivos estratégicos do administrador financeiro 
Com as informações reunidas até aqui, já pudemos observar que as funções do administrador financeiro de uma organização estão reunidas em algumas atividades básicas, quais sejam: 
• análise e planejamento de todas as informações de cunho financeiro, que possam se relacionar, direta ou indiretamente, com as operações da organização, com a expansão do negócio frente às oportunidades e mesmo com ameaças derivadas do ambiente externo, isto é, do macroambiente e, sobretudo, do ambiente setorial, no processo de administração estratégica do empreendimento; 
• administração da estrutura dos Ativos da empresa e de que forma tais Ativos implicam a obtenção de recursos financeiros para a sua aquisição e operacionalização, coerentemente com as possibilidades de geração de caixa desses Ativos; 
• administração da estrutura financeira da empresa, aí incluídos os aspectos relacionados com a composição mais adequada de financiamentos em curto, médio e longo prazos, dadas as suas implicações com a liquidez e rentabilidade do negócio, e também com a própria determinação das melhores fontes de financiamento em curto, médio e longo prazos para suprimento das necessidades de capital de giro e recursos financeiros destinados à composição do Ativo fixo da empresa. 
Essas funções são desempenhadas com um primordial objetivo: a maximização do Patrimônio Líquido da organização. Isto significa a ampliação da riqueza dos proprietários do empreendimento. Este é o fundamento de todos aqueles que investem seu capital em um empreendimento considerado de risco. Risco porque envolve a possibilidade de perda total ou parcial desses recursos. Assim, o risco é inerente a todos os empreendimentos e aplicações, podendo ser eficientemente avaliado, calculado, suportado ou mesmo eliminado, com base nas condições do macroambiente e ambiente setorial e, sobretudo, nas competências e habilidades desenvolvidas e aplicadas pelos gestores do empreendimento no planejamento, operacionalização, controle e condução do negócio.
Existem várias formas para a medição do valor de um empreendimento. Vão desde o valor dos Ativos, o valor da marca, o valor do Patrimônio Líquido e outros Ativos tangíveis (Ativo Permanente) e intangíveis (marcas e patentes, licenças de produção etc.). Mas, o que melhor reflete o valor de um empreendimento é a capacidade de geração de caixa deste. Ou seja, a capacidade de gerar lucros, mediante o uso de seus Ativos, o emprego de determinada tecnologia, sua competência gerencial e o seu próprio conceito junto a fornecedores, clientes e credores em geral. É sobre tais aspectos que deve se concentrar a atuação dos gestores do empreendimento, porque daí deriva o valor do negócio. Maximização da riqueza dos acionistas não significa necessariamente maximização dos lucros. Enquanto este último resulta de ações imediatas, por vezes inconstantes e esporádicas e de curto efeito no tempo, a maximização do valor das ações ou cotas dos acionistas ou proprietários é fruto de uma perspectiva de longo prazo, com investimentos que visem, além de outros aspectos, à perpetuidade do empreendimento. Também é preciso atentar para o valor do dinheiro no tempo, que implica uma análise de valor presente líquido dos retornos anuais esperados para o negócio, descontados a uma determinada taxa de atratividade para os investimentos que serão cotejados com outras aplicações financeiras. Em se tratando de uma empresa que possui ações no mercado de capitais, a valorização dessas ações também é de extrema importância para a fundamentação da maximização da riqueza do acionista, bem como os dividendos proporcionados por essa fração do capital. Neste particular aspecto, a periodicidade dos recebimentos de dividendos pode ser um interessante apelo para a atração de investidores. Dentre eles, aqueles que preferem receber dividendos de uma forma regular, independentemente das flutuações dos lucros. Desta forma, a empresa estará minimizando os efeitos negativos que possam afetar as cotações das ações. Além disso, há que se considerar a relação entre risco e retorno do investimento. Sabidamente, quanto maior o risco, maior a exigência de retorno do investimento por aqueles que irão disponibilizar os recursos.

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