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Anestesia na paciente gestante - Pequenos animais

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Anestesia na paciente gestante 
Objetivo: Anestesia e analgesia com mínima alteração fetal (Manter a 
viabilidade) e cardiovascular 
Alterações fisiológicas – Cardiovasculares 
↑ DC: FC e VS 
- Anemia normocítica e normocrômica – Aumento do volume circulante 
↓ Resistência vascular periférica 
- Parto: Elevação 30mmHg 
- Respiratórias 
- Alterações mecânicas e hormonais 
- Compressão mecânica – Principalmente o diafragma 
- Gastrontestinais 
- Aumento do apetite 
- Compressão abdominal 
- Função renal e hepática 
- Redução da albumina 
- Elevação do DC e volume circulantes 
- Fluxo sanguíneo renal e aumento da TFG 
 
- ↓ Creatinina e Ureia 
Feto - Dependente da circulação uteroplacentária - Fluxo sanguíneo 
não autorregulável 
 
PERFUSAO UTERINA 
- Proporcional a PA materna 
- Inversamente proporcional a resistência vascular uterina 
(↑Vasoconstrição ↓ Perfusão) 
→Transporte placentário – difusão simples 
Influência para o feto 
 
PREPARO DA PACIENTE - EXAMES 
 
Hemograma – Anemia leve 
Bioquímico - Função hepática > FA com discreta elevação 
Renal > Creatinina e Ureia reduzidas 
VIABILIDADE FETAL: -Fetos viáveis – sem MPA; evitar tiopental e Cetamina* 
- Fetos inviáveis – poderá ser usada MPA 
 
Cuidados: 
- Jejum– normalmente reduzem alimentação 
- 12 horas alimentar e 2 horas hídrico 
- Desidratação – fluidoterapia pré-anestésica 
- Êmese 
- Limpeza da cavidade oral – intubação 
- Pré-oxigenação – se possível 
 
PROTOCOLOS ANESTÉSICOS 
FETOS VIÁVEIS 
MPA Dispensável - evitar depressão materna e fetal 
- Efeitos indiretos (feto): Acepromazina e xilazina reduzem a 
Perfusão uterina 
- Efeitos diretos (feto): Benzodiazepínicos e opioides = sedação 
- Partir direto para a Indução anestésica 
Depressão fetal prolongada: ausência de vocalização, apneia, 
hipotermia, letargia 
Metabolização: Em dias 
- Mãe sentirá dor? > Percepção dolorosa reduzida: Liberação de Beta- 
endorfina/ocitocina: proporciona analgesia 
- Após a retirada dos fetos: Administração de opioides 
 
FETOS INVIÁVEIS 
- Protocolo anestésico normal 
- Sem considerar feto 
- Fazer MPA: Uso de opioides e tranquilizantes 
- Exceção: Fêmea extremamente agressiva e fetos viáveis: usar MPA 
- Geralmente as gestantes são indiferentes a manipulação e dóceis 
 
Indução anestésica 
 
Propofol: 5 – 10 mg/Kg - Melhor escolha 
- Rápida distribuição e metabolização (mãe/feto) 
- Efeitos adversos dose dependentes 
- Hipotensão, apneia, hipoperfusão uterina 
- Qualidade superior a indução com tiopental,cetamina+midazolan 
- Fetos nascem com mais vitalidade (choram, se movimentam mais 
rápido) 
 
Tiopental: 8 – 12 mg/Kg - Efeitos adversos semelhantes ao propofol 
- Rápida distribuição/metabolização (mãe) 
- Acumulo no fígado do feto ( 8 mg/Kg - indução) 
- Maior depressão neurológica e cardiorrespiratória que o 
propofol para o feto 
- Fetos nascem mais deprimidos 
CETAMINA – RELACIONA-SE A MAIOR DEPRESSÃO CARDIORRESPIRATÓRIA 
FETAL 
 
MANUTENÇÃO ANESTÉSICA 
- Anestésicos inalatórios: Isofluorano e Sevofluorano 
- Passagem rápida para o feto 
- Efeitos colaterais – depende da profundidade e plano anestésicos 
- Hipotensão, hipoperfusão uterina, hipoventilação 
- Depressão neurológica e apneia 
- Rápida recuperação – mãe e feto 
 
BLOQUEIO LOCAL 
- Epidural: Propicia analgesia transoperatória para a mãe 
- Permite manter a gestante em planos anestésicos superficiais 
- Menor depressão cardiorrespiratória para mãe e feto 
- Só bloqueio epidural para cesariana? Impossível 
- Associar a anestesia geral: 
*Passos: 1° Indução, 2° Manutenção e 3° Epidural 
 
Epidural: 
- Bupivacaína – Menor acumulo no feto 
- Usar com vasoconstrictor – Reduzir absorção 
- Lidocaína – 4 mg/kg 
 
Parto normal x Cesareana 
- Anestesia e o tempo cirúrgico influenciam na depressão fetal 
- Ideal - retirar feto até 10 minutos após indução 
- Cesárea: Fetos nascem anestesiados em menor em maior grau, sendo 
o protocolo anestésico um dos fatores determinantes 
Tempo cirúrgico – Deve ser rápido 
- Longa exposição fetal ao anestésico inalatório – Depressão e 
mortalidade fetal após indução 
 
CUIDADOS PÓS CIRÚRGICOS 
Neonatos: - Fornecer oxigênio se preciso 
- Uma gota de glicose 50% 
- Apneia/hipoventilação: Doxapran 1-2 gotas sublingual 
- Avaliar: coloração da pele e mucosas, movimentação,temperatura, 
vocalização 
 
Materno: - Analgesia pós-operatória – Tramadol 3 mg/kg IM 
- Associar morfina na peridural 
- 0,1 mg/kg 
- Evitar Meperidina – Redução do reflexo de sucção 
- Evitar opioides por mais de dois dias: Depressão fetal 
- Não usar AINES no pós-operatório 
- Atraso na maturidade renal do feto

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