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COMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO
Gestação de Alto Risco
•Uma vez encaminhada para acompanhamento em um serviço especializado em pré-natal de alto risco é importante que a gestante seja orientada a não perder o vínculo com a equipe de atenção básica ou Saúde da Família que iniciou o acompanhamento.
•Por sua vez esta equipe deve ser mantida informada respeito da evolução da gravidez e tratamentos administrados à gestante por meio de contra referência e de busca ativa das gestantes em seu território de atuação, por meio da visita domiciliar.
•Necessidade de atendimento multidisciplinar
•Importância do envolvimento e suporte familiar
Fluxograma de Pré-Natal
A gestante começa a
realizar o pré-natal na
UBS após a confirmação
da gravidez
↓
A cada consulta o
risco gestacional
será reavaliado
Gestante de baixo risco → Realização do pré-natal na Atenção Básica
Gestante de alto risco →Realização do pré-natal de alto risco na Atenção Especializada
CUIDADOS COM A SAÚDE BUCAL EM GESTANTES DE ALTO RISCO 
➢ As doenças bucais, especialmente a doença periodontal, tem sido associada a diversas condições patológicas perinatais, incluindo o parto prematuro, a rotura prematura de membranas e a ocorrência de baixo peso.
➢ Como essas condições patológicas são multifatoriais, recomenda-se sobretudo que a prevenção com a higiene bucal seja enfaticamente realizada durante a gestação, pois acredita-se que isso exerça um papel sinérgico junto com outras medidas dirigidas à prevenção do parto prematuro.
Oligohidrâmnio 
•O oligohidrâmnio é caracterizado pela deficiência na quantidade de líquido amniótico.
• Redução patológica do volume de líquido amniótico (LA) incide de 0,5 a 5% das gestações.
•Etiologia: A causa mais frequente de oligohidrâmnio é a rotura prematura de membranas, entretanto outras causas podem ser responsáveis.
	Causas maternas 
	Causas fetais
	Causas anexiais
	Síndrome hipertensiva
	Restrição de crescimento intrauterino
	Amniorrexe prematura
	Diabetes com vasculopatia
	Sofrimento fetal crônico
	Insuficiência placentária
	Doença do colágeno
	Malformações do sistema urinário fetal 
	Prenhez prolongada
	Síndrome antifosfolipídeos 
	Infecções congênitas 
	Deslocamento prematuro da placenta (crônico)
• Diagnóstico Clínico
- O diagnóstico clínico é difícil. Deverá ser suspeitado sempre que houver:
❖Medida do fundo do útero menor do que a esperada para a idade gestacional;
❖Diminuição da circunferência abdominal;
❖Partes fetais facilmente palpáveis;
❖À ausculta, desacelerações variáveis da frequência cardíaca fetal.
• Diagnóstico Ultrassonográfico
❖Avaliação do volume do líquido amniótico pela ultrassonografia;
❖Avaliação do índice do líquido amniótico (ILA).
• Conduta
❖Restaurar o volume do líquido amniótico: buscar o diagnóstico etiológico e, quando possível, o tratamento da doença de base.
❖Hidratação materna: eficaz em aumentar o volume do líquido amniótico residual, desde que não haja contraindicação para uma sobrecarga circulatória. Recomenda-se um aporte total de 3 a 4 litros de líquidos por dia, preferentemente via oral.
❖Amnioinfusão: infusão de líquidos, principalmente solução salina, na cavidade amniótica. Ainda não é recomendada rotineiramente, estando restrita aos Centros de Referência, onde há possibilidade de monitorização por ultrassonografia.
❖Prescrição de corticosteroides: recomendação para acelerar a maturidade pulmonar fetal, caso a IG esteja entre 24 e 34 semanas.
❖Deve ser realizada avaliação periódica da vitalidade fetal.
• Parto
❖ Se o feto estiver bem, aguardar a proximidade do termo para interrupção da gestação.
❖ Utilizar monitoração eletrônica do feto no acompanhamento do trabalho de parto.
❖ A interrupção da gestação por operação cesariana está condicionada à indicação materna ou ao comprometimento da vitalidade fetal.
Polihidrâmnio
•É o aumento excessivo do volume do líquido amniótico, superior a 2.000ml, em gestações acima de 30 semanas.
Sua incidência varia ao redor de 0,5 a 1,5%.
• Em condições normais, o aumento semanal médio de L.A é de:
❖20ml entre a 10ª e a 14ª semanas
❖50ml entre 15ª e 28ª semanas
❖Atinge o seu volume máximo de 1.000 ml entre a 34ª e a 36ª semana, decrescendo até o parto.
•Etiologia: Há inúmeras condições maternas, fetais e placentárias que estão associadas ao polihidrâmnio.
• Diagnóstico Clínico
❖Medida do fundo do útero maior do que a esperada para a idade gestacional;
❖Aumento exagerado da circunferência abdominal;
❖Dificuldade de palpação das partes fetais: sensação palpatória de muito líquido;
❖Dificuldade na ausculta dos batimentos cardíacos do feto;
• Diagnóstico Ultrassonográfico
❖O diagnóstico de certeza é dado pelo achado do índice de líquido amniótico (ILA) superior a 18cm.
• Conduta
❖Buscar o diagnóstico etiológico do polihidrâmnio para a conduta adequada do tratamento e prognóstico.
❖ O tratamento expectante pode ser adotado para gestantes sem sintomas intensos e em que, após investigação completa, não se evidenciou malformação fetal.
❖Em gestantes com sintomatologia acentuada, recomenda-se a internação com repouso no leito e tentativas de reduzir a distensão uterina. Para esses casos pode-se adotar:
✓Amniocentese descompressiva – indicada em casos de dispneia materna progressiva ou dor abdominal. Recomenda-se a retirada lenta e gradual do líquido amniótico (200 a 500ml/hora) sob controle ultrassonográfico, para evitar a descompressão brusca.
✓Corticosteroides para acelerar a maturidade pulmonar fetal, caso a IG se situe entre 24 e 34 semanas.
✓Avaliação periódica da vitalidade fetal.
• Parto
❖ No trabalho de parto é recomendável o prévio esvaziamento (amniocentese descompressiva).
❖ A amniotomia (rompimento da bolsa), quando indicada, deverá ser praticada com cuidado, pelo risco do prolapso de cordão e do descolamento prematuro da placenta.
❖ A interrupção da gestação por operação cesariana está condicionada à indicação materna ou ao comprometimento da vitalidade fetal.
Hiperêmese Gravídica (HG)
• É uma forma grave de náuseas e vômitos na gravidez, que afeta uma pequena porcentagem das gestantes (0,3% até 3,0%).
• É uma das indicações mais comuns de hospitalização durante a gravidez
• Pode levar a distúrbios hidroeletrolíticos, alterações nutricionais e metabólicas, cetonuria e perda de mais de 5% do peso corporal.
• Pode apresentar anormalidades tireoidianas.
• Pode acarretar restrição de crescimento fetal.
• Risco de mortalidade e morbidade materna e fetal.
➢ Etiologia é multifatorial
➢ Pode estar associada a questões emocionais, hormonais, gravidez múltipla e doença trofoblástica (mola hidatiforme)
➢ Pode envolver outras patologias como: pré-eclâmpsia, diabetes e isoimunização.
➢ Outras causas de náuseas e vômitos intensos devem ser afastadas, como úlcera gástrica, cisto de ovário torcido, prenhez ectópica, insuficiência renal, infecções intestinais, problemas metabólicos e do sistema nervoso central.
➢ Em alguns casos indicado terapia medicamentosa e internação.
➢ Tratamento precoce de náuseas e vômitos durante a gravidez pode ser benéfico para prevenir a progressão para hiperêmese gravídica.
➢ Assistência não farmacológica:
• Repouso e evitar estímulos sensoriais, como odores, calor, umidade, ruído ou estímulos luminosos, que podem provocar sintomas.
• Apoio psicoemocional
• Aromaterapia
• Hidroginástica e outras atividades físicas de baixo impacto articular.
• Técnicas de acupressão e acupuntura
• Vitamina B6, na dose de 25mg, a cada oito horas, e a ingestão do gengibre, na dose de 250 mg, a cada seis horas, podem ser úteis.
• Refeições frequentes (cada uma a duas horas) e em pequenas quantidades.
• Devem-se evitar alimentos picantes ou gordurosos; comer alimentos secos ou suaves, lanches ricos em proteínas ou biscoitos pela manhã antes de se levantar. Diversos vegetais (repolho, brócolis, couve-manteiga).
Síndromes Hipertensivas na Gravidez 
• Critérios para diagnóstico da hipertensão numa mulher grávida são:
❖ pressão arterial sistólica de pelo menos 140mmHg
❖ pressão arterial diastólica de pelo menos 90mmHg
❖ elevação de 30 mmHgou mais nos níveis habituais de pressão arterial sistólica.
❖ elevação de 15 mmHg ou mais nos níveis habituais de pressão arterial diastólica.
Um aumento de 30mmHg na pressão sistólica ou 15mmHg na diastólica
quando os valores absolutos estejam abaixo de 140/90mmHg não deve ser usado como critério diagnóstico, mas deve-se fazer medidas de pressão e consultas mais frequentes, com observação mais amiúde, especialmente se houver proteinúria.
1. Hipertensão arterial na gravidez (crônica)
•Observada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas de gestação, ou diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e não se resolve até 12 semanas após o parto.
2. Hipertensão gestacional (sem proteinúria)
Como a proteinúria pode aparecer tardiamente, o diagnóstico será retrospectivo, sendo necessário afastar pré-eclâmpsia. Deve-se seguir as condutas clínicas e obstétricas recomendadas para pré-eclâmpsia.
(1) hipertensão transitória da gravidez: a pressão retorna ao normal até 12 semanas após o parto (diagnóstico retrospectivo) ou
(2) hipertensão crônica: a elevação da pressão arterial persiste além de 12 semanas após o parto.
O edema ocorre com muita frequência em gestantes e por isso não deve ser usado como discriminador neste esquema de classificação.
3. Pré-eclampsia
• Hipertensão que ocorre após 20 semanas de gestação acompanhada de proteinúria, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto.
•Classificada em leve ou grave de acordo com o grau de comprometimento.
Na ausência de proteinúria, também se considera pré-eclâmpsia quando a hipertensão arterial for acompanhada de comprometimento sistêmico ou disfunção de órgãos-alvo (trombocitopenia, disfunção hepática, insuficiência renal, edema pulmonar, iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia) ou de sinais de comprometimento placentário (restrição de crescimento fetal e/ou alterações dopplervelocimétricas).
pré-eclâmpsia sem ou com sinais de gravidade (antes denominadas de leve e grave, respectivamente).
3. Pré-eclampsia
• Leve
❖ PA sistólica ≥ 140mmHg
❖ PA diastólica ≥ 90 mmHg
❖ Proteinúria ≥ 0,3g/l em urina de 24 horas ou 1+ ou mais na fita.
Iminência de eclâmpsia:
acompanhada por cefaleia,
distúrbios visuais, dor
abdominal.
• Grave (quando presente um ou mais dos seguintes critérios)
❖ PA sistólica ≥ 160 mmHg
❖ PA diastólica ≥ 110 mmHg
❖ Proteinúria ≥ 2g/l em urina de 24 horas ou 2+ ou mais na fita
❖ Oligúria (< 500ml/dia)
❖ Plaquetopenia (<100.000/mm3);
❖ Aumento de enzimas hepáticas
❖ Encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais - escotomas).
•As gestantes com pré-eclâmpsia leve, de preferência, devem ser hospitalizadas para avaliação diagnóstica inicial e mantidas com dieta adequada e repouso relativo.
•O controle ambulatorial pode ser iniciado após a hospitalização se confirmadas condições materno-fetais estáveis.
•A antecipação do parto é o único tratamento definitivo para a pré-eclâmpsia e as indicações são as complicações nas condições materno-fetal.
Indicações para o parto na pré-eclampsia
	Maternas
	Aumento Persistente da pressão arterial até níveis de gravidade 
	Cefaleia grave e distúrbios visuais persistentes
	Dor epigástrica persistente náuseas ou vômitos
	Contagem de plaquetas <100.000/mm³
	Deterioração progressiva da função hepática
	Deterioração progressiva de função renal
	Suspeita de descolamento de placenta
	
	Fetais 
	Restrição grave do crescimento fetal
	Suspeita ou comprometimento da vitalidade fetal
	Oligohidrâmnio (Índice de líquido amniótico <p10 para idade gestacional
	Idade gestacional confirmada de 40 semanas 
• Conduta na pré-eclampsia leve 
· Não há necessidade de tratamento medicamentoso
- Na avaliação das condições maternas deve constar:
❖PA de 4/4h durante o dia
❖Pesagem diária;
❖Pesquisa de sintomas de iminência de eclâmpsia: Cefaleia frontal ou occipital persistente e Distúrbios visuais (escotomas, diplopia, amaurose – perda visual transitória);
- Na avaliação das condições fetais:
❖Avaliação de movimentos fetais diariamente;
❖Avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico.
❖Cardiotocografia basal (CTB), se disponível.
•As gestantes com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave deverão ser internadas, solicitados os exames de rotina e avaliadas as condições maternas e fetais.
•A conduta conservadora pode ser adotada em mulheres com pré-eclâmpsia grave com idade gestacional entre 24 e 33 semanas, através de monitoração materno fetal rigorosa, uso de sulfato de magnésio (controle de convulsão) e agentes anti-hipertensivos.
· Sulfato de Magnésio Neuro proteção para o feto
• Conduta na pré-eclampsia grave
❖Administração de sulfato de magnésio;
❖Uso de corticoide (betametasona 12mg, a cada 24 horas, 2 aplicações IM);
❖Administração de anti-hipertensivos de ação rápida (Hidralazina ou Nifedipina);
❖Infusão de solução de Ringer lactato a 100-125ml/h;
❖Exames laboratoriais: hemograma completo com plaquetas, creatinina sérica, ácido úrico, AST/TGO, ALT/TGP, desidrogenase lática, proteinúria de 24 horas;
❖Dieta suspensa (permitir pequenas ingestões de líquidos claros e medicação oral).
· betametasona 12mg, a cada 24 horas, 2 aplicações IM Maturação pulmonar do feto
4. Eclâmpsia
•Caracterizada pela presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva
• Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato
•A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão e dos distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais.
• A repetição dessas convulsões pode levar ao coma e à morte.
• Conduta
❖Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível
❖Decúbito elevado a 30º e face lateralizada
❖Cateter nasal com oxigênio (5l/min)
❖Punção de veia central ou periférica calibrosa
❖Cateter vesical contínuo
❖ Terapia anticonvulsivante (pré-eclampsia grave e eclampsia): sulfato de magnésio Dose de ataque – 4,0g (8,0ml de sulfato de magnésio a 50% com 12,0ml de água bidestilada) em infusão endovenosa lenta (aproximadamente 15 minutos) 
Ou 5,0g (10ml de sulfato de magnésio a 50%) intramuscular em cada nádega.
Dose de manutenção – 1,0g/hora ou 2,0g/hora em solução glicosada em bomba de infusão ou 5,0g intramuscular de 4 em 4 horas.
Suspender sulfato de magnésio: FR < 16 mrpm, reflexos patelares completamente abolidos ou diurese < 100ml durante as 4 horas precedentes.
Antídoto com gluconato de cálcio a 10%: manter sempre à mão uma ampola de 10ml, para aplicação imediata no caso de eventual parada respiratória
5. Síndrome Hellp
É o quadro clínico caracterizado por hemólise (H = “hemolysis”), elevação de enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions tests”) e plaquetopenia (LP = low platelets count “)”. Embora acompanhe outras doenças, em Obstetrícia é considerada como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia.
	Classificação de Síndrome HELLP
	 Completa
	<100,000 plaquetas/ml
	DHL > 600UI/L e/ou Bilirrubina>1,2mg/dl e/ou esquizócitos
	TGO > 70UI/L
	 Incompleta
	Apenas um ou dois acima presentes
➢ Alerta para o desenvolvimento de falência sistêmica de múltiplos órgãos
➢ As mulheres com piora dos parâmetros da síndrome HELLP apresentam risco elevado de morbidade e mortalidade.
➢ As complicações que podem surgir são: rotura de hematoma hepático, insuficiência renal aguda, lesão pulmonar aguda e síndrome de angústia respiratória.
➢ A intubação e ventilação assistida podem ser necessárias em algumas gestantes.
• Parto
❖ O parto vaginal é preferível para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia, evitando o estresse
adicional de uma cirurgia em uma situação de alterações fisiológicas múltiplas.
❖ Se o parto vaginal não puder ser efetuado dentro de um período razoável, deve-se realizar a cesariana.
❖ Nos casos de Síndrome Hellp, a indicação é de parto cesariana e adotar anestesia geral.
↓
Avaliação constante!!!
Monitoração do quadro clínico da mulher e do feto
Diabetes Mellitus /Diabetes Gestacional
Doença metabólica crônica, caracterizada por hiperglicemia
• É responsável por índices elevados de morbimortalidade perinatal, especialmente macrossomia fetal e malformações fetais.
• O diabetes mellitus associado à gravidez pode ser classificado como:
❖ Diabetes gestacional (diagnosticado durante a gravidez).
❖ Diabetes pré-gestacional: requer manejo adequado antes mesmo da mulher engravidar.
• Glicemia de Jejum: nível de glicose sanguínea após jejum de 8 a 12 horas
❖ < 92mg/dL: Realize TTOTG (teste de tolerância à glicose oral) de 24 a 28 semanas de gestação.
❖ > 92mg/dL e < 126mg/dL: Diabetes mellitus gestacional (DMG).
❖ ≥126mg/dL: Diabetes mellitus (DM)
•TTGO 75g (2h): glicemia é medida no jejum entre 8 e 12horas, com 60 minutos e 120 minutos após a ingestão de carga de 75g de glicose em 250-300 ml de água
✓ Jejum < 92mg/dL, 1ª hora < 180mg/dL e 2ª hora < 153mg/dL: TESTE NEGATIVO
✓ Jejum ≥ 92mg/dL a 125mg/dL e/ou 1 horas pós ≥180mg/dl e/ou 2h pós ≥ 153mg/dl a 199mg/dl: DM gestacional
• Cuidados
❖ Dieta: ganho adequado de peso de acordo com o estado nutricional da gestante.
❖ A atividade física deve fazer parte da estratégia de manejo do diabetes na gestação.
❖ 60% das gestantes com diabetes gestacional podem se manter euglicêmicas, sem maiores riscos para a gravidez, somente com dieta e atividade física.
❖ Controle glicêmico diárias/semanais
❖ Insulinoterapia: indicado se após duas semanas de dieta os níveis glicêmicos permanecerem elevados.
❖ Hipoglicemiantes orais - ainda não devem ser utilizados na prática clínica até que mais estudos possam confirmar a sua segurança.
❖ O bem-estar fetal se baseia fundamentalmente em manter a euglicemia materna. A avaliação
fetal deve ser realizada dependendo da gravidade e das condições metabólicas da gestante
❖ O parto:
- Aguardar evolução espontânea para o parto em gestantes com ótimo controle metabólico e sem intercorrências
- Antecipação do parto naquelas gestantes com controle metabólico inadequado
-Se o peso fetal estimado por ultrassonografia for maior ou igual a 4.500g, pode-se considerar a realização de cesariana
❖ Em gestantes com diabetes de difícil controle e/ou comprometimento fetal, recomenda-se utilizar corticoide para maturação pulmonar fetal.
➢ Cerca de 40% das mulheres que apresentam diabetes gestacional se tornarão diabéticas em até 10 anos após o parto e algumas já ficam diabéticas após a gestação vigente.
Hemorragia na primeira metade da gravidez
Aborto
Interrupção da gravidez ocorrida antes da 20º a 22ª semana de gestação
❖ O abortamento precoce: ocorre até a 12ª semanas e 6 dias
❖ O abortamento tardio: ocorre entre 13ª e 22ª semanas.
❖ Abortamento espontâneo: é a perda involuntária da gestação.
❖ Abortamento provocado: é a perda voluntária da gestação.
❖ Abortamento completo: quando a totalidade do conteúdo uterino foi eliminada.
❖ Abortamento incompleto: quando apenas parte do conteúdo uterino foi eliminado.
❖ Abortamento retido: quando ocorre a morte do embrião ou feto e o mesmo permanece na cavidade uterina, sem ser eliminado.
❖ Aborto inevitável aquele em que a mulher, além de sangramento vaginal
abundante e cólicas uterinas, apresenta colo pérvio e não há possibilidade de salvar a gravidez.
❖ Ameaça de aborto ou aborto evitável: sangramento vaginal, mas o orifício interno do colo uterino permanece impérvio e a vitalidade embrionária está preservada.
• Quadro clínico
❖ Hemorragia vaginal, de dor abdominal, cólica, pressão supra púbica
• Diagnóstico e conduta
❖ O diagnóstico é feito com base na história clínica, nos exames laboratoriais e na ultrassonografia.
❖ O esvaziamento uterino pode ocorrer por uso de medicamentos, pela curetagem aspirativa ou mecânica.
Gravidez Ectópica
Nidação do blastocisto fora da cavidade uterina
Principais fatores de risco para prenhez ectópica:
• Gravidez ectópica prévia.
• Doença inflamatória pélvica.
• Cirurgia tubária.
• Infertilidade.
• Endometriose.
• Usuárias de dispositivo intrauterino (DIU).
• Anticoncepção de emergência.
• Tabagismo.
Considerada a principal causa de mortalidade
materna no primeiro trimestre da gravidez.
Incidência de 1 a 2%
• Quadro clínico
❖ Dor abdominal intensa, náuseas e vômitos, atraso menstrual e sangramento irregular. estado hipovolêmico: palidez cutâneo-mucosa sem perda sanguínea visível, taquicardia e hipotensão arterial.
• Diagnóstico e conduta
❖ Para diagnóstico deve-se mensurar os níveis de HCG e realização de ultrassonografia (técnica específica)
❖ Cirúrgica ou uso de enzima que impede a divisão celular
Hemorragia na segunda metade da gravidez
Placenta Prévia
Definida como a placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero
	Classificação do tipo de placenta prévia 
	 Classificação 
	 Descrição da Placenta
	Centro-total ou completa
	Recobre totalmente o orifício interno 
	Centro-parcial ou parcial 
	Recobre parcialmente o orifício interno
	Marginal
	A borda placentária atinge a borda do orifício interno
	Lateral ou Baixa
	Implantação no segmento inferior sem atingir o orifício interno
O diagnóstico ultrassonográfico de placenta prévia somente se estabelece após a 26ª semana de gestação.
	Fatores de risco para Placenta prévia
	 
	 
	 
	Cesariana Prévia
	 
	 
	 
	Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem)
	 
	 
	 
	Multiparidade/intervalo interpartal curto 
	 
	 
	 
	Tabagismo
	 
	 
	 
	Placenta prévia em gestação anterior 
	 
	 
	 
	Gestação Múltipla 
	 
	 
	 
	Idade Materna acima dos 35 anos
	 
	 
	 
	Uso de cocaína
	 
	 
	 
	Fertilização in vitro
	 
	 
	 
	Abortos eletivos e espontâneos
	 
	 
	 
➢ Quadro clínico
Geralmente pautado pela presença de sangramento vermelho vivo, de início e cessar súbitos, indolor, reincidente e progressivo.
O sangramento ocorre, mais frequentemente, na segunda metade da gestação, na ausência de contrações uterinas.
	Exame Físico na suspeita de placenta prévia 
	 
	 
	Sinais vitais
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Palpação abdominal 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Medida da altura uterina 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Ausculta dos batimentos cardíacos fetais
	 
	 
	Exame especular cuidadoso
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Não realizar toque vaginal até se conhecer a localização exata da placenta
•O melhor, mais seguro e mais simples método para realização do diagnóstico de placenta previa é a ultrassonografia abdominal, uma vez que identifica exatamente a localização placentária e a sua posição em relação ao orifício interno do colo do útero.
Condutas
• Internada, instituída via parental com infusão de fluidos e repouso até a estabilização do quadro hemorrágico.
• O uso de suplementação de ferro no pré-natal é indicado para evitar anemia.
•Conduta conservadora: permite que o feto atinja a maturidade, com base no repouso e na reposição das perdas maternas.
•Conduta intervencionista: antecipação do parto depende da intensidade do sangramento, da idade gestacional e vitalidade fetal.
• Os fatores clínicos a serem observados na decisão pela via de parto incluem o
encaixamento da apresentação.
• O USG pode ajudar na determinação.
•Com uma placenta prévia baixa e marginal de menor grau e apresentação cefálica encaixada, pressionando a borda placentária, o parto vaginal pode ser permitido.
•A placenta prévia centro-total a cesariana é indicação absoluta, devendo ser realizada com programação planejada.
Descolamento Prematuro de Placenta
Descolamento parcial ou completo da placenta, de forma prematura no corpo do útero, após a 20ª semana de gestação
• Ela pode ser classificada em 3 graus (classificação de Sher):
❖ Grau 1: sangramento vaginal discreto, sem hipertonia significativa, vitalidade fetal preservada, sem repercussões maternas e identificação de coágulo retroplacentário no pós-parto
❖ Grau 2: sangramento vaginal moderado, contrações tetânicas, taquicardia materna e BCF presentes com sinais de comprometimento de vitalidade.
❖ Grau 3: Sangramento genital importante com hipertonia uterina. Hipotensão arterial materna e óbito fetal.- Grau 3 A: sem coagulopatia instalada
- Grau 3 B: com coagulopatia instalada
•O diagnóstico de DPP é clínico. A ultrassonografia, ao contrário da placenta prévia, tem um papel muito limitado nessa condição.
	Principais fatores de risco para o DPP
	 
	 
	 
	 
	Hipertensão gestacional 
	 
	 
	
	 
	Hipertensão preexistente 
	 
	 
	 
	
	Rotura prematura de membranas ovulares
	 
	 
	 
	 
	Cesariana prévia
	 
	 
	
	
	Tabagismo
	 
	 
	
	
	Idade materna avançada
	 
	 
	
	
	Uso de drogas 
	 
	 
	
	
	Polihidrâmnio 
	 
	 
	
	
	Gestação gemelar
	 
	 
	
	
	Trauma (abdominal direto
	 
	 
	
	
	DPP em gestação anterior 
	 
	 
	
	
	Amniocentese 
	 
	 
	
	
	Cordocentese
	 
	 
	
	
	Quadro clínico do DPP
	 
	 
	 
	 
	 
	Dor abdominal 
	 
	 
	 
	 
	 
	Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto 
	 
	 
	 
	 
	 
	Sangramento genital de quantidade variável 
	 
	 
	 
	 
	 
	História de hipertensão 
	 
	 
	 
	 
	 
	Pesquisar presença de outros fatores de risco
	 
	 
	 
	 
	 
Descolamento Prematuro de Placenta
PLACENTA PRÉVIA 
❖ Sangramento vermelho vivo 
❖ Indolor 
❖ Tônus uterino se mantém 
❖ Feto com boas condições
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA
❖ Sangramento escuro com coágulos
❖ Dor
❖ Hipertonia
❖ Sinais de sofrimento fetal agudo
❖ Gestante pode apresentar sinais de choque
Rotura Uterina
Rotura da parede uterina
• É uma urgência obstétrica, levando a risco de vida tanto da mãe quanto do feto.
•O maior fator de risco é a presença de cicatriz uterina, sendo a cesariana o principal delas. Outras causas possíveis: curetagem uterina com perfuração, miomectomia, trauma abdominal, uso inapropriado de ocitocina.
• Conduta
❖ Promover estabilidade hemodinâmica da gestante: vias aéreas pérvias (fornecer O2 em máscara), puncionar 2 acessos venosos calibrosos (infundir 1.000ml de solução cristaloide em cada acesso)
❖ Histerectomia devido dificuldade de conservação do útero.
Vasa Prévia
Sangramento dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo
Denomina-se vasa previa a condição em que vasos sanguíneos fetais não cobertos por tecido placentário ou geleia de Warthon transcorrem através das membranas ovulares a uma distância ≤2 cm do orifício cervical interno.
•Está associada à inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas. Malformação
•A perda sanguínea é de origem fetal
•Diagnosticado no pré-natal a partir do toque vaginal e amnioscopia e ultrassonografia com Doppler
•O objetivo frente a paciente com diagnóstico antenatal de vasa previa é realizar a cesariana antes do início do trabalho de parto ou da ruptura das membranas ovulares e ao mesmo tempo evitar ao máximo os riscos da prematuridade.
Causas maternas Causas fetaisCausas anexiais
Diabetes MellitusGemelaridadePlacent Circunvalada
Síndrome de transfusao gemelo-gemelar
Anomalias Congenitas:Transfusao feto-materna
Sistema nervoso central
Trato gastrintestinal
Aparelho Cardiovascular
Aparelho Respiratorio 
Aparelho Urinario
Infecçoes congenitas
Doença hemolítica perinatal
Hidropsia fetal não imune.
Quadro clínico da rotura uterina
Deterioraçao do padrao dos batimentos cardíacos fetais
Gestante queixa de dor aguda de forte intensidade
Sangramento Vaginal
Parada das contraçoes

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