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Questões Discursivas de Metodologia e Prática do Ensino da Língua Portuguesa - corrigida

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Metodologia e Prática 
do Ensino da Língua
Portuguesa
Édy Carlos Monteiro
Pedagogia
Questões 
Discursivas
1. As crianças precisam vivenciar muitos momentos de leitura e 
discussão com o professor para que adotem um comportamento 
leitor adequado. Solé diz que ela deve ser “um escutador ativo” 
como condição para depois ser um leitor ativo. (...) Para participar de 
uma atividade como esta, as crianças não precisam ser leitoras 
especializadas e nem mesmo saber ler. De que maneira a participação 
das crianças nos momentos de leitura e discussão serão produtivos, se 
muitas delas não sabem ler? 
Ao trabalhar as diferentes possibilidades de leitura desde as séries iniciais, 
o professor além de oferecer textos variados aos seus alunos deve planejar 
situações em que as crianças possam ler por si mesmas, mesmo antes que elas 
saibam ler convencionalmente. 
Nessas situações, as crianças utilizam-se de estratégias de leituras quando 
formulam hipóteses sobre o que pode estar escrito, inferem o que não está 
escrito e antecipam o que encontraram escrito mais adiante. As crianças 
pequenas podem apoiar-se em diferentes recursos, como nas imagens de 
determinados textos naquilo que já sabem sobre o seu conteúdo e, até 
mesmo, no reconhecimento de algumas palavras conhecidas. Após o 
professor ler para a classe ele pode incitar uma discussão entre os alunos, 
cada um dizendo o que entendeu no texto, se gostou ou não, com o 
objetivo de que a confrontação de pontos de vista leve a uma melhor 
compreensão do texto.
Questões 
Discursivas
2. Atualmente, há muita gente afirmando que é necessário adotar 
novas formas para ensinar na escola e como o efeito de uma 
grande onda, esse discurso vai tomando força e arrastando todos 
por onde passa. Os defensores dessa ideia são contra o ensino 
mecanizado, a cópia, a memorização, etc. Quais seriam as três 
palavras chaves proibidas nessa forma de ensinar? Segundo os seus 
estudos, essa teoria tem força e se sustenta nas argumentações 
das proibições dessas palavras? Discorra a respeito. 
Muitos defendem as ideias contra o ensino mecanizado, onde as três 
palavras: cópia, treino e modelo, são proibidas. Mas também são muitos 
os que o repetem por conveniências, mas não conhecem de fato a 
extensão de suas palavras, são os que criticam: a reprodução, porém sem 
reflexão. Para entender a necessidade de mudança é necessário primeiro 
compreender o momento histórico. É preciso destacar que o ensino 
mecanizado da leitura e da escrita, não ocorria dessa forma por falta de 
competência do professor. Na verdade, dois aspectos precisam ser 
compreendidos. O primeiro refere-se ao momento histórico: a ditadura 
militar. O segundo aspecto revela que pesquisas sobre “como o aluno 
aprende” e, “o que favorece essa aprendizagem” não haviam sido 
difundidas no meio docente. No que se refere à forma pela qual 
aprendemos, sabemos que esta não forneceu a maioria de nós, as condições 
necessárias para atuar criticamente. Portanto, refletir sobre esses aspectos 
de caráter histórico-politico e essencial para que saibamos a importância 
de romper com modelos que já não contribuem para a formação de uma 
sociedade melhor.
Questões 
Discursivas
3. Diante de uma criança que demonstra hipótese silábica sobre 
o nosso sistema de escrita e que, por esse motivo, utiliza as 
letras “xvo” para escrever “chuveiro”, é relevante para o 
processo de construção da escrita indicar que a primeira 
silaba dessa palavra é escrita com “chu” e não com “xvo”? 
Explique. 
Sabemos que os erros dos alunos nos revelam informações sobre o 
que eles sabem e o que precisam saber, bem como sobre o que 
devemos ou podemos fazer para que eles ampliem o seu 
conhecimento sobre o assunto tratado. Entretanto, nem sempre 
devemos julgar o momento em que nos deparamos com o erro do 
aluno ou em que o vimos cometer um equívoco, como sendo o 
certo para corrigi-lo. Há fatores essenciais que precisam ser 
considerados nesse processo. Por exemplo, quando estamos diante 
de uma criança cuja escrita revela uma hipótese silábica sobre o nosso 
sistema de escrita e que, por esse motivo, utiliza as letras xvo para 
escrever chuveiro, precisamos compreender que, nesse momento, 
indicar que a primeira sílaba dessa palavra é escrita com chu e não 
com xvo será irrelevante para o aprendizado dessa criança, pois ela 
sequer compreendeu que escrevemos alfabeticamente as palavras, 
e não silabicamente. A correção, nesse momento, não trará 
nenhuma contribuição para o seu aprendizado. Há, portanto, um 
instante adequado de se fazer uma intervenção ou correção em 
relação à escrita produzida pelo aluno.
Questões 
Discursivas
4. Justifique o conceito de literatura proposto por Delia 
Lerner. “Ler é entrar em outros mundos possíveis. É 
indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se 
distanciar do texto e assumir uma postura critica frente ao 
que diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania 
no mundo da cultura escrita”... 
Além da importância da leitura na formação do indivíduo, é 
preciso considerar que a relação estabelecida com a leitura 
precisa ser mediada por um leitor mais experiente. Mesmo 
aqueles que já sabem ler, apreciam a leitura feita pelo professor. 
Por meio da leitura temos a possibilidade de viajar por outros 
mundos, conhecer outras culturas, etc. Muitos alunos relatam 
que, enquanto ouvem uma leitura ficam mais calmos e se sentem 
mais relaxados.
Questões 
Discursivas
5. Leia o seguinte conteúdo: 
De um modo geral, quando a criança cumpre a etapa da 
educação infantil e ingressa no ensino fundamental, (com 
aproximadamente 6 anos), há uma ruptura em algumas práticas que 
eram exercidas pelo professor na etapa anterior. Uma delas é a leitura 
de histórias, que normalmente é realizada na educação infantil, (e que 
tanto encantamento proporciona às crianças), e interrompida no ensino 
fundamental, quando, na verdade, deveria ser intensificada. Quais são 
os benefícios de uma rotina de leitura feita pelo professor? 
O papel que o professor desempenha como leitor, junto aos seus alunos, é 
muito importante para o desenvolvimento da competência leitora. Nessa 
fase de aprendizagem, será a partir dos critérios estabelecidos pelo professor 
que os alunos terão contato com textos de qualidade literária reconhecida, 
possibilitando a ampliação do vocabulário, a identificação e utilização de 
recursos linguísticos que valorizam o texto, a reflexão sobre o que foi lido, 
enfim, será a prática de leitura diária na escola que possibilitará, ao aluno, 
um mergulho prazeroso no mundo da leitura. É preciso ressaltar, porém, 
que as escolhas que fazemos para a leitura são bastante subjetivas, quer 
dizer, obedecem a critérios pessoais e, por esse motivo, aos alunos deve 
ser dada a oportunidade de não gostarem da leitura que ouviram. Nesse 
sentido, o professor também deve mediar discussões acerca das leituras 
que realiza, propondo que os alunos se manifestem livremente, mas que 
argumentem sobre asimpressões que tiveram sobre a leitura que ouviram 
ou que realizaram. Por isso, essa é uma prática de extrema importância em 
que o professor atuará como referência para os alunos caminharem na 
direção da autonomia leitora.
Questões 
Discursivas
6. Leia o conteúdo a seguir: 
Na concepção do ensino tradicional, o erro do aluno é 
interpretado pelo professor como indicador daquilo que o estudante não 
aprendeu. Entretanto as perspectivas atuais da educação, por exemplo, a 
abordagem construtivista, revela um modo diferente de compreender o erro 
do discente. Como o erro deve ser entendido, considerando-se a perspectiva 
construtivista? 
Na ótica construtivista, é tarefa do professor fazer com que, aos poucos, a 
criança tome consciência do erro. Para que o erro seja superado e o sucesso 
alcançado, é preciso que o professor o transforme em algo instrutivo. O erro 
não deve significar derrota, não há porque puni-lo, temê-lo ou evitá-lo. Ao 
contrário, deve ser encarado como resultado de uma postura de 
experimentação, onde a criança levanta hipótese, planeja uma estratégia de 
ação e a põe à prova. Cabe ao professor ajudar seus alunos a analisarem a 
adequação do procedimento selecionado, encaminhando-os na busca de 
condutas mais ricas, complexas e diversificadas. No construtivismo, o erro é 
possível e necessário, isto é, faz parte do processo. Na verdade, o erro não 
interessa o que interessa são as ações física e mental. Erro e acerto são 
detalhes dessas ações. Portanto, dentro dessa perspectiva, a avaliação escolar deve 
distinguir o tipo de erro cometido pela criança, fornecendo-lhe, assim, condições 
de superá-los. É claro que o professor não pode construir pela criança as suas 
estruturas do pensamento necessárias à solução das situações-problema que lhe 
são colocadas, mas pode criar um ambiente de sala de aula propicio ao diálogo 
que leve a criança a justificar as razões pelas quais adotou um padrão de ação. 
Trata-se de tornar o erro um observável para a criança, a fim de que esta tome 
consciência do mesmo.
Questões 
Discursivas
7. Leia o seguinte enunciado: 
No processo de ensino da leitura e da escrita, o professor deve ter 
clareza de quando pode propor desafios diferenciados para que o aluno 
possa avançar no seu desenvolvimento. Nesse contexto, o docente precisa 
saber quando deve iniciar o ensino das convenções ortográficas e 
gramaticais. Em que momento desse progresso da escrita do discente o 
mestre poderá notar que ele já pode apresentar desafios ortográficos e 
gramaticais sistematizados? Por que deve fazê-lo nesta etapa? 
As crianças, justamente na idade em que ingressam no Ensino Fundamental, 
estão numa fase muito rica do ponto de vista das aprendizagens. Sendo assim, 
utilizar esse potencial a favor do processo de alfabetização é, geralmente, muito 
interessante. Vale ressaltar que não se trata de obrigar, mas sim de lhe propor 
reflexões e desafios possíveis para a sua idade e conhecimento que possui. Essa 
é, sem dúvida, uma prática que favorece o processo natural de aprendizagem. 
Uma vez compreendida a lógica do sistema de escrita alfabético, ao aluno 
poderão ser apresentados outros desafios que lhe permitam refinar o seu 
conhecimento sobre a escrita e sobre a leitura. Entre tais conhecimentos, é 
possível destacar a escrita com letra cursiva e a reflexão sobre questões 
ortográficas e gramaticais. Porém, é importante se certificar de que o aluno está 
preparado , pois uma criança que ainda não compreendeu o funcionamento do 
sistema de escrita, isto é, que ainda não escreve alfabeticamente, terá muito 
mais dificuldade em avançar na direção dessa compreensão se não puder 
realizar análises das letras no contexto.
Questões 
Discursivas
8. Leia o texto a seguir: 
Ao colocar em discussão as práticas educativas tradicionais , as 
quais questionam um aluno de postura passiva e sem espaço para se 
desenvolver de forma crítica e reflexiva, afirmamos que o processo 
educativo não é uma prática isolada de outras instâncias da sociedade. 
Sendo assim, pode estar a favor de determinados interesses políticos. 
No caso de ensino da escrita e da leitura, qual motivo justifica uma 
prática educativa, que não valorize o desenvolvimento do pensamento 
reflexivo do aluno? 
Naquele momento histórico era interessante que o ensino da leitura e da 
escrita permanecesse na esfera da codificação e decodificação, bastava que 
as pessoas compreendessem o que era esperado delas e soubessem 
cumprir ordem, pois não havendo espaço para discussões, reflexões e 
críticas, qualquer opinião contrária à do poder vigente poderia ser 
compreendida como rebeldia e punida com sanções severas que serviam de 
modelo para desencorajar outras pessoas que poderiam pensar da mesma 
maneira. Cada um deveria conhecer e acatar passivamente o seu papel e o 
seu lugar na sociedade. Um segundo aspecto relevante é que muitas 
pesquisas sobre como o aluno aprende e, consequentemente, o que 
favorece essa aprendizagem não haviam sido difundidas no meio docente. 
Mesmo aquelas que já tinham obtido resultados que poderiam contribuir para 
uma prática pedagógica mais eficiente ainda não haviam sido amplamente 
divulgadas e discutidas por vários motivos.
Questões 
Discursivas
9. Leia o texto a Seguir: 
“(...) frente à leitura na escola, parece necessário que o 
professor se pergunte com que bagagem as crianças poderão 
abordá-la prevendo que esta bagagem não será homogênea. Esta 
bagagem condiciona enormemente a interpretação que se constrói 
pelos seus interesses, expectativas, vivencias... Por todos os 
aspectos relacionados ao âmbito afetivo e que intervém na 
atribuição de sentido ao que se lê” – Solé. 
A citação diz respeito a qual tipo de conhecimento? Explique. 
Diz respeito ao conhecimento prévio da criança. São constituídos 
das experiências vivenciadas pelos alunos e, como a experiência de 
cada um é única, também os saberes prévios devem considerar 
essa perspectiva. As discussões que antecedem a abordagem de um 
tema, as considerações iniciais antes da leitura de um determinado 
texto, as hipóteses levantadas e as antecipações com base nas 
informações contidas num livro, por exemplo, são formas de 
mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos, de modo que eles 
contribuam para a compreensão do que será lido. Para tanto, o 
professor é quem deve promover essas discussões com os alunos.
Questões 
Discursivas
10. Leia o texto a seguir: 
No processo de leitura, podemos afirmar que há procedimentos e 
estratégias que são utilizados na prática, mas não os ensinamos aos leitores 
iniciantes e talvez não o façamos pelo simples desconhecimento, de sua 
importância, de sua relevância na formação do aluno. Além disso, há o fato 
de que tais estratégias, na maioria das vezes são utilizadas quase que 
intuitivamente e, como nos adverte Solé: “Pode ser um pouco difícil explicar 
isso, pois você, como todos os leitores experientes, utiliza as estratégias de 
forma inconsciente”. Os recursos que utilizamos na leitura são elementos 
fundamentais no processo do desenvolvimento da competência leitora, visto 
que podem ser compreendidos como forma eficiente de se conseguir umintento e a compreensão do que esta sendo lido. Cite duas estratégias 
importantes para o processo de leitura e discorra sobre elas.
Previsão/antecipação – Análise dos elementos-chave que compõem o texto que 
será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome do autor etc., com vistas 
a aproximar-se do assunto que será tratado. 
Inferência – Capacidade de ler o que não está escrito, obter informações 
contidas nas entrelinhas, articular informações apresentadas no texto com 
outras que se referem aos conhecimentos de âmbito cultural, levando o leitor a 
uma compreensão para além daquela descrita no texto. 
Verificação – Análise de elementos que permitem o confronto entre as 
previsões e até inferências realizadas no decorrer da leitura e a apresentação 
dos fatos no texto, com vistas a possibilitar ao leitor a compreensão adequada 
do tema desenvolvido.
Questões 
Discursivas
11. Leia o texto a seguir: 
Para a formação de um leitor competente, há que se 
considerar a necessidade de ensinar estratégias de leitura, sem 
as quais pode haver muita dificuldade por parte do leitor. 
Considerando essa importância no processo de leitura, explique 
o que são tais estratégias. 
Previsão/antecipação – Análise dos elementos-chave que compõem 
o texto que será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome 
do autor etc., com vistas a aproximar -se do assunto que será 
tratado. 
Inferência – Capacidade de ler o que não está escrito, obter 
informações contidas nas entrelinhas, articular informações 
apresentadas no texto com outras que se referem aos 
conhecimentos de âmbito cultural, levando o leitor a uma 
compreensão para além daquela descrita no texto. 
Verificação – Análise de elementos que permitem o confronto 
entre as previsões e até inferências realizadas no decorrer da leitura 
e a apresentação dos fatos no texto, com vistas a possibilitar ao 
leitor a compreensão adequada do tema desenvolvido.
Questões 
Discursivas
12. Leia o texto a seguir: 
Pensando em uma proposta de atividade para os alunos e 
esclarecendo o assunto e o objetivo da escrita de uma carta, bem como o 
seu destinatário, o professor pode realizar, junto aos alunos, um 
levantamento dos pontos que não podem ser esquecidos e, na medida em 
que eles vão sendo elencados pelos alunos, o professor os anota num canto 
da lousa para que sejam utilizados posteriormente. Nesse momento, se 
houver algum aspecto importante a ser lembrado e os alunos não o 
fizerem o professor deve intervir, fornecendo pistas para que percebam 
o que esta faltando. Se, mesmo assim não se recordarem, o professor 
deve revelar, a fim de inclui-la na lista que comporá a carta. Uma vez 
findada essa etapa deve-se passar a redação da carta. Uma boa dica para 
esse momento é utilizar um papel grande, como a cartolina ou papel 
kraft, que permitira o resgate do texto em outra oportunidade. A 
proposta de atividade mencionada no texto descreve qual tipo de 
produção? 
Produção coletiva de textos. Para os pequenos escritores, precisamos 
organizar momentos em que eles possam acompanhar uma produção feita 
por alguém que saiba mais do que eles. Nesse caso, a produção coletiva, 
realizada pelo professor na discussão e negociação junto aos alunos, é uma 
prática que tem contribuído significativamente com o desenvolvimento dos 
alunos quando o assunto em pauta é a produção de textos. Utilizando 
como referência os métodos adotados pelo professor na produção coletiva, 
os alunos poderão iniciar produções em grupo, em duplas, e finalmente sua 
própria produção escrita, pois contam com as referências utilizadas pelo 
professor durante o processo.
Questões 
Discursivas
13. Leia o texto a seguir: 
Pessoa afirma que o processo educativo não está isolado de 
outras instâncias sociais. Ele apresenta estreita relação com as 
perspectivas da sociedade em qualquer parte do mundo. Tais 
perspectivas podem estar essencialmente a favor daqueles que estão no 
poder ou podem refletir, fundamentalmente, as transformações sociais 
necessárias; normalmente, esses dois aspectos estão em jogo, visto que 
têm entre si, implicações mútuas. A partir dessa reflexão, discorra o que 
tudo isso tem a ver com o ensino da leitura e da escrita nos anos 
iniciais do ensino fundamental, com base no livro texto e nas suas 
aulas? 
É natural que num regime ditatorial não haja um ensino que permite pensar. 
Quanto menor acesso a informação e menor poder de argumentação tiver 
a população, melhor será. Porém, a sociedade não se mantém estática no 
tempo, mas tem um caráter dinâmico e esta sempre em transformação. O 
processo educativo apresenta estreita relação com as perspectivas da 
sociedade em que está inserido. E essas perspectivas não podem ficar a 
favor dos que estão no poder, mas devem refletir as transformações sociais. 
É preciso, conhecer o papel que a leitura e a escrita desempenham nesse 
processo, pois, constituem-se vias de acesso à informação, a partir das 
quais podemos interpretar o que ocorre na sociedade, tomar decisões, 
fazer exigências, enfim, sair da passividade para a atividade. Desse modo, 
a leitura e a escrita precisam ser compreendidas também na perspectiva de 
instrumentos que viabilizam uma participação social mais eficiente, 
contribuindo com transformações necessárias para a construção da 
sociedade, com condições favoráveis de desenvolvimento para todos. 
Questões 
Discursivas
14. Leia o seguinte texto: 
Quando fazemos uma breve retrospectiva histórica, 
percebemos muitos equívocos na tentativa de superar uma 
perspectiva tradicional de ensino e implantar uma proposta de 
ensino com base em princípios construtivistas. De modo geral o 
que deu errado nesse processo de transição? 
Saímos de uma prática pautada no modelo, memorização e cópia, 
para outra em que tudo foi rejeitado e nada foi oferecido para 
ocupar o seu lugar. O caráter processual da aprendizagem dos 
professores não foi considerado. A eles restava a tarefa de 
modificar a sua prática pedagógica, adotando uma perspectiva 
construtivista, ainda que não tivessem compreendido seus 
fundamentos. Desse modo muitos professores entenderam que 
senão podiam mais corrigir e ensinar, pois o aluno constrói o seu 
conhecimento sozinho, então deveriam aguardar passivamente até 
que o conhecimento fosse construído. A contradição desse período 
de transição reside no fato de que, aos professores, foi dito que a 
aprendizagem dos alunos não pode ser compreendida na 
perspectiva da homogeneidade, isto é, os alunos têm 
conhecimentos diversificados e ritmos próprios. A consequência de 
tudo isso foi que uma série de alunos concluíram o Ensino 
Fundamental sem saber ler e escrever, nem a forma mecanizada de 
leitura e escrita eles dominavam. 
Questões 
Discursivas
15. Nas reflexões que Lerner tece sobre a necessidade de mudança no ensino 
atual à autora declara que “é possível criar um novo equilíbrio entre o 
ensino e o controle , quando se reconhece que este é necessário, mas 
tentandoevitar que a prevaleça sobre aquele. Quando se apresenta um 
conflito entre ambos, quando é preciso escolher entre o que é necessário 
para que as crianças aprendam e o que é necessário para controlar a 
aprendizagem, parece indispensável optar pela aprendizagem”. Das 
discussões propostas nesta disciplina, resgate um pouco dessa tensão 
entre aprendizagem e controle, apresentando argumentos que justifique 
esta ideia da autora. 
Para falar sobre esta tensão temos que lembrar que durante muito tempo a 
escola colocou a prática da leitura e escrita de forma mecanizada, não era 
exercida a reflexão só aspectos ortográficos e gramaticais neste caso 
percebemos o controle. Porém sabemos que aprender a ler e escrever deve 
possibilitar a inserção no meio cultural, organizar o pensa mento e repensar o 
mundo. Então percebemos a tendência à mudança e a tendência à conservação 
e isto passa longe da função social que é saber ler para se comunicar com o 
mundo, para conhecer outras possibilidades e olhares. A necessidade de 
controlar a aprendizagem da leitura da ênfase ao aspecto ortográfico e deixa de 
lado o aspecto interpretativo e não contribui para a construção de uma 
autonomia intelectual. A ideia da autora é que se deve trabalhar com projetos para 
articular os propósitos didáticos e comunicativos estimular a aprendizagem e 
fornecer a autonomia além da abordagem multidisciplinar, ou seja, é preciso delegar 
às crianças a responsabilidade de revisar seus escritos, assim serão gerados novas 
aprendizagem e novas possibilidades de avaliação serão encontradas.
Questões 
Discursivas
16. O grande desafio da educação atual, no que se refere ao ensino da 
leitura e da escrita, e a formação dos leitores competentes. Aponte pelo 
menos duas práticas que podem potencializar essa formação. 
A leitura em capítulos – Um bom livro d e aventura, por exemplo, pode ser a 
escolha certa para envolver os alunos na leitura, além de, pelo próprio 
procedimento do professor, ensiná-los que nem todos os livros foram pensados 
para que os lêssemos de uma vez só. O professor atrai o aluno para leitura 
interrompendo-a num momento em que algo importante está para acontecer. 
Assim, é provável que, no dia seguinte, os alunos estejam ávidos pela retomada 
da leitura. 
A leitura compartilhada – Ocorre quando todos têm acesso ao texto escrito e 
podem acompanhar e participar da leitura feita pelo professor. Ter acesso ao 
texto escrito significa que os alunos podem acompanhar a leitura do professor, 
observando em que momento ele realiza suas pausas, o que o faz modificar a 
entonação, quando sua expressão se torna mais acentuada, enfim, pode 
observar o comportamento leitor adotado por esse outro leitor mais experiente, 
na sua interação com o texto escrito. 
A hora da leitura – Há relatos de professores que dizem ler para os seus 
alunos quando “sobra um tempinho” ou ao final da aula, enquanto aguardam o 
sinal que autoriza a saída. Esse não é o lugar que a leitura deveria ocupar na 
escola. Dada a sua importância na formação dos alunos, ela precisa ocupar um 
lugar de destaque; precisa ser planejada, acontecer diariamente e, de 
preferência, no início da aula, ou seja, no momento em que os alunos estão 
chegando à escola e, portanto, estão mais dispostos. Ela precisa ser desejada e 
esperada pelos alunos; só assim estaremos contribuindo para que s e t ornem 
verdadeiramente bons leitores.
Questões 
Discursivas
17. O modelo de leitura a ser apresentado aos alunos precisa ser 
bom e garantir a qualidade de uma boa leitura. Para garantir 
essa qualidade, devem ser considerados alguns quesitos, sem 
os quais a possibilidade de fracasso se torna realidade. Cite 
pelo menos quatro desses quesitos importantes que foram 
amplamente estudados durante essa disciplina. 
O professor deve ser um bom leitor
A escolha prévia do texto
Os comentários sobre o autor e a obra
A utilização do portador do texto
A leitura em capítulos
A qualidade dos textos
A leitura compartilhada
A hora da leitura
O lugar para ler 
O manuseio do material. 
Questões 
Discursivas
18. Os autores estudados nesta disciplina, de um modo geral, 
tecem críticas ao modelo tradicional de ensino que não 
formou leitores competentes. Solé, por exemplo, afirma 
que, “Em geral, a atividade leitura-pergunta-resposta é o 
modelo mais utilizado e validado por manuais, guias didáticos 
e professores como uma boa atividade de compreensão 
leitora”. Que argumentos apresentam esses autores para 
justificar o fracasso desse modelo de ensino?
Atividades que solicitam do aluno uma resposta com base na 
memorização ou na simples identificação de um trecho do texto não 
favorecem quando ele está diante de uma situação em que precisa 
agir de forma autônoma e criativa . Atividades que se pautam na 
memorização, no ato de decorar e na identificação de uma 
informação no texto, contribuem para a formação leitora e escritora 
do aluno. Mas, não se deve permanecer apenas nessa esfera. Boa 
parte do insucesso no ensino da leitura e da escrita hoje se deve a 
compreensões equivocadas ou distorcidas sobre a concepção de 
ensino. Outro fator que revela a importância de desenvolver uma 
postura crítica e reflexiva no aluno é o perfil exigido, no mercado 
de trabalho, que incluem: dinamismo, capacidade de trabalhar em 
grupo, liderança, criatividade, etc. Porém, para adquirir tais 
capacidades é preciso tempo, e precisa fazer parte do cotidiano do 
indivíduo, o que inclui a rotina escolar. Daí a importância de 
oferecer, ao aluno, possibilidades de agir sobre a escrita. 
Questões 
Discursivas
19. Qual seria o momento mais apropriado para o ensino da 
letra cursiva ao aluno? 
Uma vez compreendida a lógica do sistema de escrita 
alfabético, poderá ser apresentada ao aluno a escrita com letra 
cursiva. Mas, precisamos compreender a utilidade desse recurso, 
bem como sua pertinência nesse processo inicial de 
aprendizagem. Antecipar esse processo, isto é, ensinar a escrita 
cursiva para uma criança que ainda não compreendeu o 
funcionamento do sistema de escrita alfabética, causará muito 
mais dificuldade em seu avanço na direção dessa compreensão. 
A inserção da escrita cursiva no momento inadequado, pode 
levar o aluno a se sentir incapaz de compreender o processo de 
escrita e causar certo desinteresse sobre tal aprendizagem. 
Contudo, uma vez que o professor nota que o aluno já 
apresenta uma escrita alfabética, o que não significa que não 
cometa mais erros ortográficos, pode -se iniciar o ensino da 
escrita cursiva, visto que o aluno já terá elementos suficientes 
para compreendê-la, o que minimizará as possibilidades de que 
essa seja uma aprendizagem “dolorosa”. 
Questões 
Discursivas
20. Quais são os benefícios de uma rotina de leitura pelo professor? 
A leitura auxilia o aluno a ter um pensamento mais crítico. Além disso, com um 
hábito constante de leitura ele consegue desenvolver melhor seus textos, 
aumenta sua capacidade argumentativa e o auxilia a escolher melhor as 
palavras, poisa leitura aumenta o vocabulário. A leitura também pode 
desenvolver o raciocínio. Quando o professor lê para os alunos o texto ganha 
vida. A entonação, as expressões, o gestual, o ritmo, a fluência, enfim, toda a 
postura do professor revela ao ensinar como deve ser uma leitura. O professor, 
leitor competente, enquanto lê, oferece aos alunos um bom modelo do que é 
essa atividade. Nesse sentido oferece um modelo para o s alunos, entretanto, o 
modelo a que referido aqui não é aquele que necessita ser repetido tal como foi 
apresentado ao aluno. O modelo, agora proposto, deve ser um ponto a partir 
do qual o aluno possa sustentar o seu conhecimento em construção. É uma 
referência que não será reproduzida, mas que lhe apresentará caminhos pelos 
quais será possível imprimir o seu estilo próprio. E a constância da leitura se 
torna fundamental nesse processo. Quando se refere ao ensino da leitura, Solé
tece algumas características para a atuação do professor. Segun do a autora 
“uma at ividade de leitura se rá motivadora para alguém se o conteúdo estiver 
ligado aos interesses da pessoa que tem que ler e, naturalmente, se a tarefa 
em si corresponde a um objetivo. (...) Por outro lado não devemos esquecer 
que o interesse também se cria, se suscita e se educa e que em diversos 
ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que o professor faz de 
uma determinada leitura e das possibilidades que seja capaz de explorar”. 
Fundamentado no que diz Solé, explique o que se compreende por “conteúdo 
ligado aos interesses da pes soa” e qual papel d o professor 
Questões 
Discursivas
21. Quando se refere ao ensino da leitura, Solé tece algumas 
características para a atuação do professor. Segundo a 
autora “uma atividade de leitura será motivadora para 
alguém se o conteúdo estiver ligado aos interesses da pessoa 
que tem que ler e, naturalmente, se a tarefa em si 
corresponde a um objetivo. (...) Por outro lado não devemos 
esquecer que o interesse também se cria, se suscita e se 
educa e que em diversos ocasiões ele depende do entusiasmo 
e da apresentação que o professor faz de uma determinada 
leitura e das possibilidades que seja capaz de explorar”. 
Fundamentado no que diz Solé, explique o que se 
compreende por “conteúdo ligado aos interesses da pessoa” 
e qual papel d o professor nesse processo. 
É certo que a diversidade textual deve ser revelada ao aluno nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental; ele só poderá estabelecer 
critérios pessoais para escolher o que será lido se tiver tido a 
oportunidade de conhecer os diferentes gêneros textuais. Diante 
disso entendemos que o professor não pode se fixar num único 
gênero textual a ser lido para seus alunos. É preciso levar em conta 
que o propósito de ensinar as crianças a ler com diferentes objetivos 
é que, com o tempo, elas mesmas sejam capazes de se colocar 
objetivos de leitura que lhes interessem e que sejam adequados. O 
ensino seria muito pouco útil se, quando o professor desaparecesse, 
não pudesse se usar o que aprendeu.
Questões 
Discursivas
22. Sabemos da importância de uma rotina de leitura para os alunos da Educação 
infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental (etapas do ensino fundamental 
em que atua predominantemente o pedagogo). Entretanto, essa leitura não pode 
ser realizada s em que alguns critérios e cuidados básicos tenham sido observados. 
Cite e explique um desses critérios ou responsabilidade que o professor deve ter 
na seleção e/ou realização da leitura, sua importância no processo. 
A leitura em capítulos –Um bom livro de aventura, por exemplo, pode ser a escolha certa 
para envolver os alunos na leitura, além de, pelo próprio procedimento do professor, 
ensiná-los que nem todos os livros foram pensados para que os lêssemos de uma vez só. O 
professor atrai o aluno para leitura interrompendo-a num momento em que algo importante 
está para acontecer . Assim, é provável que, no dia seguinte, os alunos estejam ávidos pela 
retomada da leitura. 
A leitura compartilhada – Ocorre quando todos têm acesso ao texto escrito e podem 
acompanhar e participar da leitura feita pelo professor. Ter acesso ao texto escrito significa 
que os alunos podem acompanhar a leitura do professor, observando em que momento ele 
realiza suas pausas, o que o faz modificar a entonação, quando sua expressão se torna 
mais acentuada, enfim, pode observar o comportamento leitor adotado por esse outro 
leitor mais experiente, na sua interação com o texto escrito. 
A hora da leitura – Há relatos de professores que dizem ler para os seus alunos quando 
“sobra um tempinho” ou ao final da aula, enquanto aguardam o sinal que autoriza a saída. 
Esse não é o lugar que a leitura deveria ocupar na escola. Dada a sua importância na 
formação dos alunos, ela precisa ocupar um lugar de destaque; precisa ser planejada, 
acontecer diariamente e, de preferência, no início da aula, ou seja, no momento em que os 
alunos estão chegando à escola e, portanto, estão mais dispostos. Ela precisa ser desejada 
e esperada pelos alunos; só assim estaremos contribuindo para que se tornem 
verdadeiramente bons leitores.
Questões 
Discursivas
23. Segundo os PCNs de Língua Portuguesa: De modo geral, o 
ensino da ortografia dá-se por meio da apresentação e 
repetição verbal de regras, com sentido de “fórmulas”, e da 
correção que o professor faz de redações e ditados, seguida de 
uma tarefa em que o aluno copia várias vezes a s palavras que 
escreveu errado. E, apesar do grande investimento feito nesse 
tipo de avaliação, os alunos se bem que capazes de 
“recitar” as regras quando solicitados continuam a escrever 
errado. Por que os PCNs afirmam que, apesar do grande 
investimento feito nas atividades citadas, os alunos 
continuam a escrever errado? Explique. 
A concepção de ensino atual prevê que haja reflexão, discussão e 
análise das regras e convenções que regem o nosso sistema de 
escrita. Não devemos negar a necessidade de trabalhar com a 
memorização. Mas, precisamos de discernimento para compreender 
em que momento ela deve acontecer. Decorar regras, sem 
compreendê-las, sem analisá-las no seu contexto, não garante que 
o aluno saberá utilizá-las no momento de sua produção. É preciso 
contextualizar, discutir, focalizar, analisar e concluir. Sem que haja 
esse movimento de discussão junto aos alunos, será difícil contribuir 
para que eles realmente compreendam quando e como utilizar as 
regras que orientam a nossa escrita.
Questões 
Discursivas
24. Solé defende o ensino de estratégias de leitura para os 
alunos. Segundo a autora, “as estratégias... não amadurecem 
nem se desenvolvem, nem emergem, nem aparecem. Ensinam-
se – ou não se ensinam – e se aprendem – ou não se 
aprendem” . Qual a importância das estratégias na formação 
do leitor competente? 
No caso da leitura, há procedimentos e estratégias que são 
utilizados na prática, mas não os ensinamos aos leitores iniciantes. 
Talvez pelo simples desconhecimentoda sua importância na 
formação do aluno. Ou porque usamos quase que intuitivamente. 
Estratégias – são procedimentos que contribuem para a fluência da 
leitura, aumentando a compreensão que se tem a respeito do 
assunto, tema ou conteúdo que está sendo lido. É no momento 
em que nos deparamos com alguma dificuldade ou quando, de 
alguma maneira, a fluência necessária à compreensão do conteúdo 
escrito é comprometida, que lançamos mão de estratégias, como 
procedimentos que nos possibilitam resgatar o caminho necessário 
ao entendimento do texto. Esse é o motivo pelo qual nossa atenção é 
direcionada, no processo de formação dos alunos, ao ensino das 
estratégias de leitura. Ensinamos estratégias porque queremos 
formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma 
inteligente textos de índole muito diversa.
Questões 
Discursivas
25. A prática de leitura de histórias e contos para crianças tem 
ficado sobre inteira responsabilidade dos professores que 
atuam na educação infantil ou das famílias. No segundo 
caso também é possível notar que, por vários motivos, o 
hábito de leitura este cada vez menos valorizado. Porque a 
leitura de histórias não é tão valorizada no ensino 
fundamental? 
A passagem do aluno para o Ensino Fundamental é, na maioria dos 
casos, acompanhada pela descontinuidade do hábito de ler para os 
alunos, e isso se justifica pelo discurso de que “agora há muitos 
conteúdos a serem trabalhados e a leitura só pode ser realizada se 
sobrar tempo”. O pensamento existente em muitas práticas 
pedagógicas atuais está no fato de que, para contribuir no 
desenvolvimento de uma leitura competente por parte do aluno, os 
professores deixam de ler para ele. E achando equivocadamente 
que os conteúdos são mais importantes do que a leitura, porém, a 
leitura é importante nesta fase porque ajuda os alunos desenvolver 
a competência leitora. É certo que tais professores não valorizam a 
prática de leitura para os alunos porque desconhecem os benefícios 
dessa rotina.

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