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artigo biossegurança autoria alunos da FAINOR (3º semestre 2015.1)

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Revista brasileira de Saúde ocupacional, São Paulo, p. 7-25, 2015
BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA
BIOSAFETY IN DENTISTRY
Amanda Macedo Rosa SIMÕES I; 
Ana Carolina BRITTO II; 
Brenda SOUSA III; 
Luciana Thais Rangel SOUZA IV; 
Maria Grabriela FARIAS V; 
Renan de Souza BONFIM VI
I; II; III; IV; V; VI Graduandos do Curso de Odontologia da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), em Vitória da Conquista –BA.
Correspondência:
Renan de Souza Bonfim 
Rua João Abuchidid, 499 – Candeias
CEP: 45028-125 
Vitória da Conquista – BA 
E-mail: dannttas@hotmail.com
Resumo
A biossegurança pode ser definida como conjunto de ações voltadas na prevenção, minimização ou eliminação dos riscos que um profissional está suscetível. Dessa forma, as normas de biossegurança na odontologia, têm por conduta proteger a equipe odontológica e paciente de infecções cruzadas, utilizando um conjunto de medidas técnicas que visam a destruição de microrganismos. No entanto, grande parte dos profissionais não cumprem estas medidas de maneira adequada, podendo levar a circunstâncias nocivas à saúde dos envolvidos. Dessa forma, este projeto tem como objetivo, avaliar a importância da utilização correta dos métodos de controle de microrganismos pelo cirurgião dentista na prática odontológica diária.
Palavras-chave: Biossegurança. Contaminação. Odontologia.
Abstract
Biosecurity can be defined as a set of actions aimed at preventing, minimizing or eliminating the risk that a professional is susceptible. This way, the bio-security standards in dentistry protect the dental team and infected patient, using a set of technical measures aimed at the destruction of microorganisms. However, most professionals do not comply with these measures properly and may lead to harmful health conditions of those involved. So, this project aims to evaluate the importance of proper use of microorganisms control methods by the dentist in daily dental practice. 
Keywords: Biosafety. Contamination. Dentistry.
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INTRODUÇÃO
A odontologia é uma profissão que se caracteriza pela exposição, tanto do profissional quanto de sua equipe, a uma variedade de agentes infecciosos. Esta situação faz com que o risco de contaminação seja significativo, podendo a mesma ser direta ou cruzada, do profissional, pessoal auxiliar e paciente (ZENKNER, 2006).
Assim, faz-se necessário procedimentos para que sejam evitados esse potencial de contaminação. Dessa forma, a biossegurança é o conjunto de condutas e normas ou medidas técnicas, administrativas e educacionais que devem ser empregadas por profissionais da área de saúde ou afins, para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos, hospitalares e clínicas ambulatoriais (SILVA; PATROCÍNIO; NEVES, 2002). 
O estabelecimento de normas e rotina de biossegurança nos diversos cursos superiores é fundamental, visto que seguirá as medidas e costumes adotados durante a vida acadêmica (PIMENTEL, et al., 2012).
Métodos e técnicas simples aprendidos durante a vida acadêmica podem garantir ou melhorar a conduta do futuro profissional (PIMENTEL, et al., 2012). Dentre as quais destaca-se como medida básica da biossegurança, o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI) – luva, gorro, jaleco, óculos de proteção, máscara -, tanto para o profissional cirurgião dentista, como para auxiliares e usuários. 
Outra medida que deve ser disponibilizada aos graduandos é quanto a utilização de barreiras nos locais manipulados pelo cirurgião-dentista e pelo pessoal auxiliar, como lâminas plásticas de PVC, sobre luvas, papel laminado ou sacos plásticos diminuindo as vias de infecção cruzada e auxiliando na manutenção da cadeia asséptica	 (KOLTERMANN; UNFER, 2007).
Dadas as relações evidentes entre biossegurança e controle de infecção, os cuidados com a manutenção desta não devem ser jamais negligenciados. A realização da biossegurança em odontologia envolve mais conhecimento, responsabilidade, determinação, organização e disciplina do que raciocínios complexos e técnicas difíceis de serem aprendidas ou executadas (FREITAS, 2012). Faz-se necessário, para tanto uma abordagem sobre medidas efetivas de métodos que proporcionam a biossegurança na odontologia, e a disponibilização desse conhecimento ao público acadêmico. 
JUSTIFICATIVA
Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe. O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, antissepsia da boca do paciente. São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas (RAZABONI, 2004).
Dessa forma, faz-se necessário uma análise detalhada desses métodos de prevenção e/ou redução do risco contaminante que há no meio odontológico. E também, a disponibilização do conteúdo necessário básico sobre o assunto aos graduandos do curso de odontologia.
METODOLOGIA
	Este estudo foi construído através do levantamento de dados encontrados na literatura já existente, na qual buscou-se entender a problemática referente aos métodos de biossegurança realizados e como tais são passados aos alunos do curso de odontologia, apresentando uma temática mais aberta, não estabelecendo um protocolo rígido para sua confecção. 
	A realização da busca de matérias foi feita através de sites como SciELO e PubMed, onde foram consultados artigos originais e de revisão sobre o tema, para que pudesse ter a maior veridicidade dos fatos trabalhados. Desta forma, os textos foram organizados de forma à priorizar a biossegurança na odontologia. 
DISCURSÃO
A BIOSSEGURANÇA COMO FATOR IMPORTANTE DE PROTEÇÃO
Na odontologia são realizados diversos procedimentos complexos, envolvendo contato com secreções da cavidade oral, a exemplo de saliva, sangue e outros tipos de secreções, como as das vias aéreas superiores, além de aerossóis, sendo fator de risco para a transmissão de infecções entre profissionais e paciente (CARDOSO, et al., 2009). 
Assim a biossegurança objetiva dotar os profissionais e as instituições das medidas e práticas que visem desenvolver as atividades com um grau de segurança adequado, reduzindo ou eliminando os riscos inerentes ao ambiente odontológico (ARAUJO, VASCONSCELOS, 2004).
Sabe-se que não é só o paciente capaz de transmitir doenças ao dentista e sua equipe como também o dentista pode transmiti-las ao paciente. Portanto, para evitar que isto ocorra, o profissional deve seguir uma relação de normas como: avaliação e proteção ao paciente, proteção pessoal, esterilização e desinfecção química, assepsia de equipamentos, descarte de lixo em local adequado, desinfecção dos materiais enviados ao laboratório, entre outros (KONKEWICZ). 
Independentemente do tipo de procedimento, desde um simples exame clínico às cirurgias complexas, os cuidados com a manutenção de medidas de biossegurança não devem ser jamais negligenciadas (ENGELMANN, et al., 2010).
MEDIDAS PADRÃO EM BIOSSEGURANÇA
Segundo Anvisa (2006), as medidas de preocupações universais ou medidas padrão representam um conjunto de medidas de infecção para serem adotadas universalmente, como forma eficaz de redução do risco ocupacional e de transmissão de microrganismos nos serviços de saúde. Deve-se iniciar com uma minuciosa anamnese do paciente, para que se consiga o maior número possível de informações a respeito do estado geral de saúde de um paciente. Deve incluir todos os detalhes atuais e progressos do paciente, reconstituir a história médica, antecedentes familiares, tratamentos médicos anteriores e atuais e exames laboratoriais (FREITAS, 2012).
Lavagem das Mãos
O primeiro procedimento no início do tratamento efetivo deve ser a correta lavagem das mãos, que temcomo primeiro passo a remoção de anéis, relógios, pulseiras, enfim tudo que possa ser meio de contaminação usados nas mãos, molhar as mãos e pulsos em água corrente, usar sabão líquido em quantidade apropriada para cobertura das mãos e pulso, ensaboando pela sequência palmas das mãos, dorso das mãos, espaços entre os dedos, polegar, articulações, unhas e pontas dos dedos, punhos. Repetir o passo anterior, secar completamente, utilizando toalhas de papel descartáveis, esfregando o sabão em todas as área, com ênfase particular nas áreas ao redor das unhas e entre os dedos, por um mínimo de 15 segundos antes de enxaguar com água. Dar atenção à mão não dominante, para certificar-se de que ambas as mão estão igualmente limpas (FREITAS, 2012).
Para procedimentos cirúrgicos, utiliza-se lavagem com água e sabão e antissepsia das mãos, utilizando soluções antissépticas, tais como: solução de digluconato de clorexidina a 3 ou 4% com detergente, solução de iodopovidona (PVDI) 10%, com 1% de iodo livre, com detergente e/ou solução de álcool etílico 77% (v/v), contendo 2% de glicerina. A técnica consiste na remoção de anéis, relógios, pulseiras, enfim tudo que possa ser meio de contaminação usados nas mãos, prender os cabelos e posicionar corretamente a máscara, abrir a torneira e regular a temperatura e fluxo da água, lavar as mãos e antebraços com solução degermante, enxaguar, escovar as unhas durante 1 minuto com solução degermante, desprezar a escova, friccionar mão e antebraços com solução degermante por 4 minutos, seguindo uma sequência sistematizada para atingir toda a superfície (tempo total de 5 minutos), enxaguar abundantemente as mãos/antebraços com água corrente, deixando escorrer das mãos para os cotovelos, secar as mãos e antebraços com compressa estéril, vestir avental e luvas estéreis (FREITAS, 2012).
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Deter as contaminações nos consultórios odontológicos tem sido um grande desafio. Na maior parte das vezes, os microrganismos têm vencido as medidas de segurança adotadas, colocando profissionais e pacientes em risco. A falta de cuidado de alguns profissionais de odontologia em relação à biossegurança tem propiciado uma intensificação do ciclo de contaminação cruzada. Para evitá-la, algumas medidas de biossegurança têm sido recomendadas. A principal maneira de prevenção da transmissão de doenças no atendimento odontológico é realizada através do uso adequado dos equipamentos de proteção individual (BARRETO, et al., 2011).
Os EPI’s são considerados precauções padrão. E como uma forma de proteção contra a infecção de trabalhadores da saúde e os clientes que frequentam o instituição, recomenda-se que o profissional o utilize para qualquer tipo de assistência, como no manuseio contaminado instrumentos ou quando houver suspeita e possível contato fluidos corporais, secreções ou sangue, desconsiderando o julgamento sobre a infecção provável ou não (ROSEIRA et al., 2013).
O avental ou jaleco pode ser descartável ou de tecido reaproveitável, sendo que, quando utilizado em procedimentos semicríticos (todo procedimento em que exista a presença de secreção orgânica, como a saliva, sem perda de continuidade do tecido), é fechado pela frente. Já o avental destinado a procedimentos críticos (todo procedimento em que haja presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade do tecido) é fechado pelas costas (capote cirúrgico) devendo sempre ser esterilizado. Posteriormente ao atendimento clínico, o avental não descartável deve receber tratamento especial durante o transporte e lavagem, sendo transportado em saco plástico fechado, separado de outros materiais. Quando lavado em casa deve ser manipulado isoladamente, utilizando-se substâncias enzimáticas e hipoclorito de sódio (água sanitária). Os capotes cirúrgicos de uso em procedimentos críticos devem ser cuidadosamente tratados: esterilização antes do procedimento, lavagem especial após utilização quando reaproveitável e eliminado, quando descartável (PEREIRA, et al., 2008).
O gorro protege os cabelos contra os respingos de saliva, sangue contaminado e outras micropartículas infectantes. Cabelos compridos devem estar presos e protegidos. O gorro deve ser trocado após cada procedimento crítico e descartado após cada período de atendimento (PEREIRA et al., 2008).
A máscara protege as vias aéreas superiores contra inalação ou ingestão de aerossóis pelos profissionais e a transmissão de microrganismos para o paciente. Deve promover conforto e boa adaptação, não pode tocar os lábios e narinas e nem irritar a pele, tem que permitir respiração normal, não embaçar o protetor ocular, e não permanecer pendurada no pescoço (VASCONCELOS, et al., 2009). Devem ser mudadas depois de cada paciente e trocadas, caso seja necessário, no meio do tratamento se eles se tornarem úmido. Elas nunca devem ser usado fora das salas de tratamento (ABSOLUT DENTAL, 2013).
Sapatilhas ou sapatos fechados constituem barreiras protetoras que objetivam evitar a transmissão de microrganismos entre os diferentes ambientes da clínica odontológica, sendo indicadas em procedimentos críticos. É valido ressaltar que os sapatos devem ser obrigatoriamente de cor branca, fechados e utilizados com meias brancas. É estritamente proibido o uso de sandálias abertas ou de coloração diferente de branco (PEREIRA, et al., 2008).
Os óculos de proteção constituem importantes barreiras, evitando que os microrganismos, respingos de sangue ou secreções, corpos estranhos e produtos químicos contaminem ou agridam a conjuntiva ocular. É importante ressaltar que tanto a equipe de saúde bucal quanto o paciente devem permanecer com óculos de proteção durante todo o atendimento clínico, pois todos são susceptíveis aos acidentes ocupacionais envolvendo os olhos. Deve-se lembrar que os óculos de proteção devem ser descontaminados a cada atendimento clínico (PEREIRA, et al., 2008).
O emprego das luvas é um protocolo de rotina na equipe de saúde bucal. É uma barreira de uso individual do profissional, exclusivo para cada paciente com descarte imediato ao término do atendimento. A manipulação de qualquer objeto fora da área de intervenção clínica deve ser evitada quando o profissional estiver de luvas (PEREIRA, et al., 2008).
Tratamento de Materiais e Instrumentais 
Nos últimos tempos, a crescente tecnologia desenvolve cada vez mais uma variedade de instrumentais e equipamentos, de forma a facilitar seu processo de limpeza e esterilização ou descarte. 
Para tal, o Ministério da Saúde (BRASIL, 1994) recomendou a classificação de Spauling para objetos inanimados, conforme o risco potencial de transmissão de infecção, em artigos críticos, semicríticos e não críticos. Assim, os primeiros (que entram em contato com o tecido subepitelial) devem ser esterilizados. Os segundos, ou seja, que tocam mucosa íntegra, entrando em contato com saliva, devem, idealmente, sofrer processo de esterilização ou, no mínimo, serem desinfectados quando não puderem ser esterilizados por processos físicos. Já os últimos, que entram em contato com a pele íntegra ou que não entram em contato com o paciente, apenas um processo de desinfecção é aceitável (PELISSER, et al., 2008).
Buscando um melhor entendimento do processo de tratamento de materiais, alguns termos merecem ser definidos, conforme descrito a seguir.
Descontaminação: eliminação parcial ou total de microrganismos de materiais ou superfícies inanimadas. Anti-sepsia: eliminação de microrganismos da pele, mucosa ou tecidos vivos, com auxílio de anti-sépticos, substâncias microbiocidas ou microbiostáticas. Assepsia: métodos empregados para impedir a contaminação de determinado material ou superfície. Limpeza: remoção mecânica e/ou química de sujidades em geral, (oleosidade, umidade, matéria orgânica, poeira, entre outros) de determinado local. Desinfecção: eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos inanimados, através de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes.Esterilização: destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, através de processo químico ou físico (KONKEWICZ). 
Todo o processo de limpeza, desinfecção ou esterilização de materiais deve ser centralizado em um local especial, uma sala de tratamento de materiais. Portanto, após cada atendimento, todos os materiais utilizados devem ser levados para a sala de materiais, para seu adequado processamento. Os instrumentais não deveriam ser lavados na própria pia do consultório dentário, já que esta pia deveria servir exclusivamente para lavagem de mãos ou outras necessidades durante os procedimentos (KONKEWICZ).
Limpeza de Materiais 
O primeiro passo, antes da desinfecção ou esterilização de qualquer tipo de material, é uma realização adequada de limpeza, para que resíduos de matéria orgânica que possam ficar presentes nos materiais não interfiram na qualidade dos processos de desinfecção e esterilização (KONKEWICZ). 
A limpeza dos materiais pode ser realizada de três métodos: mecânicos, físicos ou químicos. Durante a limpeza mecânica é fundamental uma vigorosa escovação dos materiais, com auxílio de sabão e escovas de diferentes formatos (as escovas também devem sofrer processo de limpeza e desinfecção, podendo ser mergulhadas em hipoclorito de sódio a 1%, em recipiente plástico, durante 30 minutos, posteriormente enxaguadas e secas (KONKEWICZ). 
Para o profissional que exerce a limpeza dos materiais, o mesmo deve utilizar barreiras de proteção como luvas de borracha grossas e de cano longo, máscaras e óculos de proteção, em situações de possibilidade de espirramento de secreções (KONKEWICZ). 
Depois que os instrumentos foram limpos, eles são embalados em sacos especiais ou perfurado e eles são levados para as autoclaves para esterilizar (DENTCPD).
Desinfecção de Materiais 
A desinfecção de instrumentais odontológicos geralmente é recomendada para os materiais termossensíveis, que não possam ser esterilizados em estufa ou autoclave, e para aqueles artigos com urgência de utilização. E para tal, os métodos de desinfecção empregados na prática odontológica praticamente se resumem a desinfecção química, através de desinfetantes líquidos (KONKEWICZ). 
A decisão para escolha de um desinfetante deveria levar em consideração aspectos que envolvam efetividade, toxicidade, compatibilidade, efeito residual, solubilidade, estabilidade, odor, facilidade de uso e custos, entre outros (KONKEWICZ). Além disso, é importante que o desinfetante seja recomendado e aprovado pelo Ministério da Saúde. 
A desinfecção e/ou esterilização através de agentes químicos muitas vezes não se apresenta como um método seguro e confiável devido às interferências pertinentes ao uso de desinfetantes e suas dificuldades durante o processo, referentes à possibilidade de inadequada desinfecção ou recontaminação do material (KONKEWICZ). 
A escolha do tipo de desinfetante, métodos adequados de desinfecção, bem como a organização de todo este processo, não é uma tarefa fácil. Vários guias e manuais de recomendações têm sido publicados com o objetivo de orientar os profissionais para uma adequada desinfecção de materiais utilizados na assistência de saúde (KONKEWICZ).
Esterilização por métodos físicos
A esterilização realizada em autoclave é realizada pelo vapor de água que tem sido o método padrão de eliminação de microrganismos na Odontologia. No autoclave emprega-se vapor de água saturado sob pressão e a esterilização ocorre a temperatura de 121º C por período de 15 a 30 minutos. Nos aparelhos de auto vácuo, utiliza-se 132 a 1350 C (30 libras depressão) por 4 a 6 minutos. Este método apresenta excelente penetração do vapor, alcançando todas as superfícies do instrumento, apresenta tempo de ciclo relativamente curto e pode esterilizar líquidos que contenham água. Nos autoclaves convencionais, o material deverá sair do aparelho com a embalagem umedecida, o que denota cuidados para não danificar a mesma e contaminar o material (JORGE, 2002). 
Atualmente existem autoclaves que apresentam dispositivos de secagem do material através de sucção do ar, aproveitando o calor dos instrumentos que foram aquecidos pelo vapor. Para ser esterilizado em autoclave, o material rigorosamente limpo deve ser acondicionado em pacotes, os quais devem ser feitos com material que permita a passagem do vapor; o mais recomendado é o papel manilha ou kraft. Pode-se também utilizar tecido de algodão cru ou filme de poliamida (50 a 100 um de espessura). Papel alumínio e caixas metálicas fechadas não podem ser utilizados, pois não permitem a passagem do vapor. Deve-se tomar com este aparelho, como precauções: a) não utilizar recipientes fechados; b) pode danificar itens plásticos e de borranha; c) pode corroer itens metálicos não-inoxidáveis (JORGE, 2002).
O forno Pasteur consiste de uma câmara dotada de um aquecedor elétrico (resistência) que aquece a câmara e o seu conteúdo; além disso, existe um termostato que regula a temperatura desejada e um orifício na parte superior que permite a colocação de um termômetro. A ação básica do calor seco é a oxidação dos microrganismos. Por este método podem ser esterilizados materiais que não podem ser molhados como algodão, compressas de gaze, óleos, gorduras, ceras e pós, desde que não se alterem pelo aquecimento. Para instrumentos metálicos e equipamentos de vidro é considerado método de esterilização eficaz (JORGE, 2002). 
Na estufa, deve-se utilizar a seguinte técnica: a) colocar o material devidamente acondicionado sem sobrecarregar o forno; b) ligar o aparelho, regulando a temperatura de 160 ou 170º C por meio do termostato; c) esperar que o aparelho atinja a temperatura desejada, controlando sempre por um termômetro colocado no orifício que se encontra na parte superior do aparelho. O termostato serve apenas para uma regulagem grosseira da temperatura, pois não apresenta sensibilidade; d) a partir desse momento iniciar a contagem de tempo. Após o período de esterilização, não abrir a porta do aparelho imediatamente, pois o calor interno é muito superior ao externo, podendo danificar os materiais, principalmente os vidros, como também, pode levar à combustão de papel ou tecidos (JORGE, 2002). 
No preparo prévio do material a ser esterilizado deve-se: a) lavar meticulosamente o material com escovas, pois qualquer resíduo deixado no instrumento irá tornar-se duro e aderente a ele, ficando muito difícil a sua remoção posterior; b) depois de limpos, os materiais devem ser submetidos a secagem, que pode ser feita com jatos de ar e com toalhas de papel; c) papel alumínio é o mais recomendado para o acondicionamento, entretanto, papel manilha ou kraft também podem ser utilizados. Para empacotar instrumentos individualmente (fórceps, alavancas, descoladores etc.), pode-se usar envelopes de papel (JORGE, 2002).
Controle de Qualidade e Monitoramento dos Processos de Esterilização 
Para o controle de qualidade ou monitoramento do processo de esterilização, tanto através da estufa quanto da autoclave a vapor, podem ser utilizados marcadores físicos, marcadores químicos e testes biológicos (KONKEWICZ). 
Os marcadores físicos são aqueles encontrados em fitas adesivas específicas para esterilização a vapor ou calor seco (que ficam listradas após a esterilização), ou papéis de embalagem com marcadores específicos (que mudam de cor após a esterilização). Seu uso é recomendado em todos os pacotes ou caixas, uma vez que indicam pelo menos se o material passou pelo processo. As fitas adesivas marcadoras são distintas para estufa e para autoclave a vapor (KONKEWICZ). 
Outro método físico de monitoramento de esterilização, específico para estufas, são os termômetros, que devem ser colocados dentro da estufa, para controle da temperatura. Os termostatos e relógios que encontram-se na parte externa da estufa nem sempre representam uma real avaliação do processo (KONKEWICZ). 
Os métodos químicos consistem em pequenas tiras ou pedaços de papel, contendo um componente químico,que se alastra pelo papel ou modifica sua coloração, tornando o papel ‘marcado’ após o processo. É recomendada a colocação desses marcadores dentro dos pacotes, com periodicidade sistematicamente estabelecida (em cada ciclo de esterilização, diariamente ou semanalmente). Representam maior segurança em relação ao método anterior. 
Os testes biológicos são, sem sombra de dúvida, aqueles que fornecem maior segurança em relação à qualidade de esterilização. Consistem na colocação de microrganismos vivos dentro da autoclave e seu posterior cultivo, para controle de sua eliminação. Os bacilos utilizados para esterilização a vapor são Bacillus stearothermophillus e para esterilização por calor seco são Bacillus subtilis. Alguns testes comerciais de fácil verificação (cuja cor do meio de cultura se altera na presença do bacilo vivo) já podem ser utilizados por profissionais não especialistas em microbiologia (KONKEWICZ). 
Estes testes fornecem resultados em 48 horas, pelo método tradicional, e em apenas 6 horas, através de método rápido. Infelizmente não existem métodos comerciais para monitoramento biológico de esterilização em estufas, já que estes apresentam-se em embalagens plásticas, que não toleram a temperatura elevada das estufas. As recomendações quanto à periodicidade de realização desses testes biológicos variam de acordo com a legislação de cada estado ou país. As recomendações odontológicas nos diferentes estados brasileiros nem sempre estabelecem essa periodicidade (KONKEWICZ). 
As autoclaves a vapor também devem sofrer um processo de validação, através da realização de testes biológicos em todos os pontos internos da máquina, antes de sua primeira utilização e após cada manutenção (KONKEWICZ).
Tratamento de Equipamentos e Materiais Especiais 
As peças de mão (seringa tríplice, canetas de baixa e alta rotação), pontas dos aparelhos de profilaxia e foto polimerizáveis deveriam sofrer tratamento de limpeza, desinfecção e, preferencialmente, esterilização entre o uso em diferentes pacientes. As canetas de baixa e alta rotação devem ser autoclavadas entre o uso em diferentes pacientes. Já que não é possível a autoclavação nas ponteiras dos outros equipamentos descritos, estes deveriam ser limpos e desinfetados com álcool a 70% e protegidos com papel alumínio ou plástico aderente após cada uso (KONKEWICZ). 
Alguns estudos já demonstraram a contaminação de canetas após seu uso, tanto na superfície externa quanto na interna, inclusive com microrganismos mais patogênicos, como HIV. Outros estudos também demonstraram a contaminação da água utilizada nos procedimentos com estas peças de mão, sugerindo, a partir destas evidências, que os reservatórios de água sejam periodicamente limpos, desinfetados ou esterilizados, que a água utilizada seja sempre esterilizada e que, no início de cada dia, seja desprezado o primeiro jato de água, que provavelmente estava acumulada nas tubulações (KONKEWICZ). 
Películas para radiografias devem ser posicionadas no paciente com técnica asséptica e, após o contato com o paciente, devem ser manipuladas com luvas (KONKEWICZ). 
Moldeiras metálicas utilizadas nos pacientes devem sofrer esterilização. As moldagens devem ser consideradas contaminadas após o contato com paciente, devem ser manipuladas com luvas e, respeitando os diferentes tipos de materiais utilizados nas moldagens, estas deveriam sofrer desinfecção química através de líquidos desinfetantes não prejudiciais ao material da moldagem (KONKEWICZ). Apesar destas sugestões, deve ser levado em consideração que a compatibilidade dos desinfetantes com os materiais de impressão pode variar de acordo com o fabricante. 
Tratamento de Ambiente e Equipamentos Fixos
Todos os equipamentos devem ser limpos e desinfetados após cada procedimento, pois o ambiente e equipamentos fixos que cercam o paciente durante o atendimento odontológico se tornam contaminados em função da possibilidade de espirramento de secreções e/ou sangue e, principalmente, pelo aerossol liberado no ambiente, para tal finalidade pode ser utilizado álcool (KONKEWICZ).
Para o procedimento de limpeza do ambiente e equipamentos fixos deve ser seguida uma ordem começando pela área mais limpa até a mais suja. Devem ser limpas a mesa do equipo, balcão, refletor e cadeira (nesta ordem). A cuspideira deve ser limpa posterior e separadamente. Se sujidade demasiada, retirar a cestinha para uma limpeza mais efetiva (KONKEWICZ). 
A seringa tríplice e todas as mangueiras devem ser limpas e desinfetadas com álcool. Colocar um canudo de proteção na ponteira da seringa tríplice, ou utilizar ponteiras descartáveis e/ou autoclaváveis (KONKEWICZ). 
Para evitar a recontaminação durante o procedimento, as peças de mão (seringa tríplice, canetas de baixa e alta rotação), pontas dos aparelhos de profilaxia e fotopolimerizáveis, alça do refletor, teclas de acionamento da cadeira, alça do aparelho de radiografias e outros aparelhos, que necessitam ser manipulados durante o procedimento, devem ser protegidos com sacos plásticos, lâminas de plástico aderente ou papel-alumínio (KONKEWICZ). 
A falta de um profissional para auxiliar o dentista durante o procedimento pode levar a contaminação de muitos outros equipamentos, incluindo gavetas, armários, telefone. Nestas situações poderia ser utilizada uma segunda luva, exercendo uma barreira de proteção para evitar contaminação do ambiente (KONKEWICZ).
Descarte de Materiais
O surgimento da espécie humana trouxeram impactos para a natureza. No entanto, com o aumento da população mundial e do seu desenvolvimento, a partir da Revolução Industrial, esses impactos vir a produzir efeitos mais atraentes devido à exploração dos recursos naturais com maior intensidade. Este processo continua até hoje e é devido à constante busca de recursos para a criação de materiais para o seu sustento, o processo que é feito, na maioria das vezes, de forma incorreta, causando um desequilíbrio ambiental. O homem tem produzido cada vez mais lixo e descartando-os de forma inadequada, gerando, assim, um impacto direto sobre o ambiente e a saúde pública (SANTANA et al., 2013).
Os resíduos gerados nos serviços odontológicos causam riscos à saúde pública e ocupacional equivalente aos resíduos dos demais estabelecimentos de saúde. Seus responsáveis técnicos devem implantar um plano de gerenciamento de acordo com o estabelecido na RDC ANVISA n 306 de 07 de dezembro de 2004, ou a que vier substituí-la (PANTALEÃO).
Os resíduos são classificados em 5 tipos, de acordo com o risco (Resolução RDC 306/2004):
Tipo A - Biológico
Tipo B - Químico
Tipo C - Radioativo
Tipo D - Comum
Tipo E – Perfuro cortante (PANTALEÃO).
Os resíduos contaminados devem ser separados, identificados e colocados em saco plástico resistente, prevenindo seu espalhamento para o ambiente. Os resíduos pérfuro-cortantes devem ser colocados em recipientes rígidos com boca pequena ou recipientes resistentes. Os recipientes para pérfuro-cortantes devem estar localizados próximos a sua fonte, para evitar que o transporte deste tipo de material cause acidentes no trajeto. Os resíduos sólidos contaminados e não contaminados devem ser coletados pelo órgão municipal responsável, para seu adequado destino e reaproveitamento. Já os líquidos, sangue e secreções succionadas durante os procedimentos dentários devem ser drenadas diretamente para a rede de esgoto sanitária (KONKEWICZ).
CONTROLE DA INFECÇÃO CRUZADA
O controle da infecção cruzada é o conjunto de todas as medidas de prevenção de infecção. Na odontologia, as técnicas para o controle da infecção devem ser utilizadas em procedimentos odontológicos tanto para o exame clínico como para o tratamento (CUNHA, 1997).
O risco de infecção através de procedimentos odontológicos foi aumentada devido à proximidade entre profissionais e paciente, e a utilização de alta rotação dispositivos que trabalham com sprays de água, produzindo um mil das partículas que foram espalhadas no ar (CARMO et al.,2012).
O princípio das precauções universais é de que todo o sangue e fluídos corporais devem ser considerados potencialmente infectados por vírus HBV e HIV ou outros patógenos, devido ao fato de que a identificação destes pacientes nem sempre é possível; ou por não saberem da sua situação devido ao longo período de incubação ou por não quererem revelar sua situação ao profissional. Então, todos os pacientes devem ser considerados potencialmente transmissores de patógenos e portanto, submetidos as condutas universais para o controle de infecção (ZENKNER, 2006). 
A maior parte das recomendações são projetadas para prevenir ou reduzir o potencial de transmissão de doenças do paciente para o profissional, do profissional para o paciente e do paciente para o paciente. A adoção das precauções padrão faz com que o cirurgião-dentista exerça sua atividade com segurança tanto para o paciente como sua equipe (ZENKNER, 2006).
O uso de procedimentos de controle efetivo de infecção e a utilização das normas de precauções universais, no consultório e no laboratório dentário, pode com certeza, prevenir infecção cruzada entre dentistas, auxiliares, protéticos e pacientes (BÔAS; QUIRINO, 2002).
Em alguns procedimentos, mesmo com toda atenção e biossegurança pode ocorrer acidentes, como lesão por agulha. Nesse caso, os cuidados imediatos após lesão, se o estado infeccioso do paciente é desconhecido a pessoa lesada deve: (1) Limpar e irrigar a ferida cuidadosamente com água (10 minutos) e, em seguida, executando lavar a área com água e sabão. (2) Incentivar a hemorragia, mas não traumatizar a área. (3) Aplicar betadine aquoso (iodopovidona) para o site e cobertura. (4) Se um empregado, notificar o seu empregador. (5) Em um momento conveniente nos próximos dias, o lesado deve ter teste de linha de base para o HBV, HCV e HIV (NIHO, 2008). 
O praticante / empregador deve: (1) fazer uma avaliação da probabilidade de que o paciente tem HBV, HCV ou HIV infecção. (2) avaliar a probabilidade de que o prejuízo teria transmitido a infecção foram o paciente infectado. (3) avaliar o tipo de lesão - uma lesão respingo carrega extremamente baixo risco de risco mais elevado de transmissão viral (NIHO, 2008). 
Considerando que a transmissão de uma lesão profunda como no caso da penetração com uma agulha oca contendo sangue carrega um risco mais elevado de transmissão viral: (1) procurar imediatamente o conselho de uma Consultoria de Doenças Infecciosas, se o paciente é ou pode vir a ter HBV, HCV ou infecção pelo HIV e a lesão é considerada provável para transmitir a infecção. (2) explicar a natureza da lesão e os motivos de preocupação para o paciente e solicitação de consentimento do paciente para testes de sangue (o paciente tem o direito de testes de declínio). (3) manter um registro completo do evento (NIHO, 2008). 
Se o paciente já é conhecido por ser portador do HBV, HCV ou HIV, no momento da lesão, em além das etapas acima, o praticante / empregador deve contatar imediatamente e chamar um secretário ou consultor de Doenças Infecciosas. Se a fonte de paciente é conhecido por ser o HIV positivo, é extremamente importante um tratamento profilático que deve ser iniciada dentro de duas horas após uma lesão com um risco significativo de transmissão de infecção (NIHO, 2008).
Riscos e Prevenção
Os números atuais de prevalência da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e de outras doenças infecciosas, como hepatite B e hepatite C, levaram todos os segmentos da sociedade mundial a se preocupar com a importância da prevenção da transmissão desses microrganismos durante o tratamento dental de pacientes que sofrem essas infecções viróticas e bacterianas, estimulando, com isso, estudos sobre a contaminação cruzada (SALES; FILHO; ESTEVES, 2003).
Hepatite B
É transmitido através de lesões percutâneas como não percutâneas. A transmissão dental não percutânea se dá através da transferência de secreções de corpos infecciosos presentes na saliva, sangue e fluído gengival (ZENKNER, 2006). 
O risco de se contrair hepatite B com sangue contaminado é bastante alto. O vírus permanece infeccioso após a secagem (sobre alguma superfície) por até 6 meses (ZENKNER, 2006).
Para que a imunidade seja assegurada é indispensável que sejam aplicadas as 3 doses preconizadas: as 2 primeiras com um mês de intervalo e a terceira com um intervalo de 6 meses. Depois de decorridos 30 dias da última aplicação, verificar a efetividade ou não da soroconversão para VHB (ZENKNER, 2006). 
Se houver uma exposição ao HBV, deve ser implementado alguns procedimentos profiláticos que vão variar de acordo com a situação vacianal do indivíduo: paciente (fonte de contaminação) positico para HBsAg e equipe de saúde não vacinada contra hepatite B -> vacinação (3 doses) e administração de imunoglobulina anti-hepatite B até 7 dias após exposição; paciente positivo para HBsAg e equipe de saúde vacinada contra hepatite B -> cuidados locais com a ferida; paciente não identificado ou que se recusa a fazer o teste e equipe de saúde não vacinada -> fazer a vacinação (3doses) e administrar imunoglobulina anti-hepatite B até 7 dias após a exposição; paciente não identificado ou que se recusa a fazer o teste e equipe de saúde vacinada contra hepatite B -> cuidados com a ferida (ZENKNER, 2006).
Hepatite C
A hepatite C é transmitida normalmente por via parenteral, sendo que os grupos de maior riscos são os usuários de drogas injetáveis, dialíticos, indivíduos que apresentam contato domicilio ou sexual com pessoas portadoras do vírus, e também profissionais da área da saúde (ZENKNER, 2006).
	As medidas para prevenir exposições ocupacionais incluem o uso de precauções-padrão, mudanças na técnica de trabalho e modificações no design de instrumentos afiados. As precauções padrão incluem EPI (ZENKNER, 2006).
Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS)
Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença contagiosa causada pelo letal humana vírus da imunodeficiência (HIV) cuja ação é destruir os linfócitos, as células responsáveis para o corpo de defesa. O vírus faz com que a pessoa susceptível a infecções e doenças oportunistas. Desde que a doença início, o desenvolvimento constante de medicamentos tem sido alongar significativamente a vida dos portadores de HIV, porque atuam interferindo na multiplicação de vírus. Consequentemente, os sinais e sintomas da doença início é adiada e a taxa de redução das células de proteção do sistema imunológico é diminuída. Dependendo da sua gravidade, HIV-AIDS / pacientes portadoras pode apresentar manifestações orais, tais como periapical lesões, candidíase, o câncer bucal, doenças periodontais, cárie, outros fatores correlacionados (FUKUOKA et al., 2011).
A transmissão ocupacional mais comum é através de ferimentos causados por agulhas e as exposições percutâneas. A saliva, ao contrário do que muitos pensam, não é um meio eficaz de transmissão do vírus HIV (ZENKNER, 2006).
Frente ao grande número de pessoas infectadas assintomáticas ou que não revelam seu estado de soropositividade, é muito mais seguro ser atendido por um profissional que faça um controle de infecção adequado, mesmo que ele atenda pacientes infectados, do que ser atendido por outro que relata não atender tais pacientes mas que não faça tal controle (DISCACCIATI; NEVES; PORDEUS,1999).
Não se pode ignorar que a aids vem se constituindo ao longo dos anos em uma doença do medo. Após duas décadas convivendo com esta que é, sem dúvida, uma grande ameaça para a raça humana, alguns pontos se tornaram bastante claros no que diz respeito à biossegurança e ao atendimento a indivíduos infectados por HIV. Em primeiro lugar, deve-se frisar que todo e qualquer indivíduo deve ser tratado como potencialmente infectado, uma vez que é impossível diferenciar clinicamente pacientes infectados assintomáticos dos não infectados. O protocolo de biossegurança para atendimento em consultórios odontológicos, aperfeiçoado ao longo dos anos, temdemonstrado ser eficaz na prevenção da infecção pelo HIV. O segundo ponto a ser considerado é a questão do próprio respeito ao indivíduo infectado que, numa fase da vida em que pode se apresentar física e psicologicamente abalado, merece um atendimento digno, onde devem imperar a empatia e a solidariedade (DISCACCIATI; VILAÇA, 2001).
O profissional deve manter um bom relacionamento com o paciente, para que este se sinta seguro e não omita nenhuma informação que possa interferir no tratamento. É importante que o paciente tenha certeza do sigilo das informações prestadas (DISCACCIATI; VILAÇA, 2001).
BIOSSEGURANÇA E ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA
Dentro da Odontologia, os acadêmicos têm sido apontados como o grupo para o qual a educação em Biossegurança e o controle de infecção cruzada são imprescindíveis para correto treinamento e cumprimento dos protocolos rotineiramente. Acredita-se que uma atenção especial às narrativas dos participantes envolvidos no trabalho de cuidado de saúde odontológica irá prover a visão clara sobre como o controle de infecção cruzada, de segurança do paciente e de limpeza são criativamente reconstruídos, bem como as implicações para com o modo como se pensa a dimensão humana do controle de infecção cruzada (PINELLI, et al.,2011). 
Com base em estudos realizados, a atual grade curricular dos cursos de odontologia, mostra que os alunos só terão uma devida instrução sobre o assunto quando encontrar-se no quarto período letivo e prestes a entrar na clínica, não tendo, dessa forma, o conhecimento suficiente e a devida segurança de como se proteger da grande variedade de agentes de risco aos quais estão expostos diariamente na prática odontológica (XEREZ, et al., 2012).
É importante ministrar conteúdos básicos sobre biossegurança desde os períodos pré-clínicos visando a entrada dos alunos as atividades clínicas com maior segurança, uma vez que o conhecimento prévio e continuado, facilita as tarefas de prevenção de acidentes ocupacionais e o exercício de atividades acadêmicas em segurança em todos os períodos do curso, buscando a proteção tanto do aluno quanto dos pacientes, tendo um papel preponderante nesse processo a atualização e fiscalização constante por parte das equipes docentes (XEREZ, et al., 2012).
CONCLUSÃO
Os acidentes de trabalho são bastante frequentes em Odontologia, estando associados, usualmente, à manipulação constante de objetos pontiagudos e motores de alta rotação, os quais podem causar ferimentos e abrasões nos profissionais e/ou nos pacientes, sendo as agulhas os objetos mais frequentemente envolvidos nestes. Os riscos de exposição ao HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), HBV (Vírus da Hepatite B) e HCV (Vírus da Hepatite C) são proporcionais ao manuseio de objetos perfurocortantes e fluidos orgânicos. Além disso, fragmentos dentários ou líquidos podem ser projetados com consequente risco de lesão cutânea ou ocular (XEREZ, et al., 2012).
Cuidados específicos no que diz respeito ao cumprimento dos procedimentos de biossegurança são essenciais, e faz-se necessário que toda a classe odontológica se conscientize de que durante o atendimento clínico devem ser realizadas técnicas assépticas, pois este ambiente é considerado de risco. No entanto, tais mudanças não devem ser encaradas como obstáculos e sim como um passo importante a ser colocado em prática pela equipe odontológica (PIMENTEL, 2012).
Os trabalhos de levantamento de dados de controle de infecção cruzada no país demonstram que tanto acadêmicos de Odontologia quanto profissionais da área não aplicam adequadamente medidas de biossegurança na prática diária (PIMENTEL, 2012). No entanto sabe-se que os dentistas têm o dever de tomar as precauções adequadas para proteger seus pacientes e sua equipe contra o risco de infecção cruzada (THE DENTAL COUNCIL).
Por isso, é importante ressaltar a necessidade de se promover um repasse de conhecimentos sobre biossegurança desde o recém-ingresso, visto que é de fundamental importância para o acadêmico e de relevância inestimável para o cirurgião dentista que desde os primeiros períodos do curso de Odontologia seja formada uma sólida base teórica que garanta aos alunos uma entrada às atividades clínicas com maior confiança.
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