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Obrigações solidárias e formas de pagamento

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Obrigações solidárias
Arts.. 264 a 285
Existe solidariedade quando, na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada um com direito à dívida toda (solidariedade ativa), ou uma pluralidade de devedores, cada um obrigado à dívida por inteiro (solidariedade passiva). 
Embora não haja previsão legal específica, consignada nas disposições gerais da solidariedade no Código Civil, nada impede que se fale também em solidariedade mista, constituída pela vontade das partes, submetida, intuitivamente, às regras que regulam as duas primeiras. 
Unidade objetiva da obrigação (o objeto é único): embora concorram mais de um credor ou devedor, cada um deles com direito ou obrigado, respectivamente, a toda a dívida.
Só é obrigação solidária quando está expresso no contrato ou quando está na lei.
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
A primeira parte desse artigo trata da solidariedade ativa. Enquanto a segunda parte desse artigo trata da solidariedade passiva.
Solidariedade ativa: pluralidade de credores.
Solidariedade passiva: pluralidade de devedores.
Solidariedade mista (não expressa em lei): pluralidade de credores e devedores.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Só é obrigação solidária quando está expresso no contrato (vontade das partes) ou quando está na lei. Não é presumida!
Sendo assim, essa solidariedade pode estar estipulada no título constitutivo ou na lei: é o que acontece com os pais, tutores, curadores, donos de hotéis, que são solidariamente responsáveis pelos causadores do dano (filhos, tutelados, curatelados, hóspedes), nos termos dos arts.
*Não se devem confundir as obrigações solidárias com as obrigações in solidum. Nestas últimas, posto concorram vários devedores, os liames que os unem ao credor são totalmente distintos, embora decorram de um único fato. Assim, se o proprietário de um veículo empresta-o a um amigo bêbado, e este vem a causar um acidente, surgirão obrigações distintas para ambos os agentes (o proprietário do bem e o condutor), sem que haja solidariedade entre eles.
Solidariedade ativa:
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Qualquer dos credores tem a faculdade de exigir do devedor a prestação por inteiro.
Sendo assim, qualquer dos credores pode exigir do devedor a prestação. O devedor pagando, apenas a um deles, a dívida se exonera. Agora, existe uma relação jurídica interna entre os credores (irrelevante para o devedor) de que o credor que recebeu todo o pagamento, passa a responder perante os demais pelas partes de cada um.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Se o devedor pagou menos do que devia, continuará obrigado ao pagamento do restante da dívida, abatida, por óbvio, a parte que já quitou, mantida a solidariedade ativa quanto ao saldo devedor.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Meios de defesa:
São fundamentos pelos quais o demandado pode repelir a pretensão do credor, alegando que o direito que este invoca nunca existiu validamente ou, tendo existido, já se extinguiu ou ainda não existe.
São inovações do CC de 2002 com regras para a defesa do devedor e ao julgamento da lide assentada em solidariedade ativa.
Exceções comuns: se prendem a vícios primitivos de sua origem e resultam de um fato comum a todos e causas de extensão da obrigação, atingindo uma relação a todos.
Exemplos: 
Nulidade absoluta do negócio jurídico
Não implemento de condição suspensiva
Não esgotamento do termo
Inadimplemento da obrigação pelo credor
Prescrição
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Exceção defesa.
Assim, se apenas um dos credores atuou dolosamente quando da celebração do contrato, estando todos os demais de boa fé, a exceção (alegação de dolo) não poderá ser oposta contra todos. Não prejudicará, pois, os credores de boa-fé.
Essas exceções pessoais ocorrem quando há um codevedor a menos para pagar a dívida, mas o montante da dívida não diminui.
Exemplos:
Incapacidade relativa do agente
Vício resultante de erro, dolo, ou coação
Renúncia da solidariedade
Assim, se apenas um dos credores atuou dolosamente quando da celebração do contrato (título da obrigação), estando todos os demais de boa-fé, a exceção (alegação de dolo) não poderá ser oposta contra todos. Não prejudicará, pois, os credores de boa-fé.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.
Instituiu-se o regime da extensão secundum eventum litis da coisa julgada surgida de processo instaurado por um dos credores: os credores que não participaram do processo apenas podem ser beneficiados com a coisa julgada, jamais prejudicados. 
Assim, a coisa julgada surge independentemente de a decisão ter sido favorável ou desfavorável ao credor que propôs a demanda, mas a sua extensão aos demais credores é que é, efetivamente, secundum eventum litis. 
Em conclusão, vale referir que a solidariedade ativa extingue-se, além do pagamento da dívida, pelas outras formas especiais de extinção das obrigações (novação, compensação, remissão etc.).
Solidariedade passiva:
Pluralidade de devedores onde cada um deles é obrigado ao pagamento de toda a dívida.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
O credor pode exigir de qualquer devedor a dívida completa e não apenas o parcial de cada um.
Note, entretanto, que o devedor que pagou toda a dívida terá ação regressiva contra os demais coobrigados, para haver a quota-parte de cada um. 
O que caracteriza essa modalidade de obrigação solidária é exatamente o fato de qualquer dos devedores estar obrigado ao pagamento de toda a dívida. 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
O aditamento (um 2º contrato posterior) deve ser consentido por todos. Só quem assinou posteriormente vai estar atrelado a ele.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Exemplo: Carro se perde com culpa do devedor A: devedor A é responsável por perdas e danos + equivalente. Os outros devedores ficam responsáveis apenas pelo equivalente.
Lembrando que sempre que tem culpa: tem perdas e danos!
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Todos pagam o valor acrescido, mas depois podem cobrar o devedor que deu causa.
Exemplo: devedor A deu causa todos os devedores pagam o valor acrescido de correção monetária, juros, multa, etc depois podem cobrar ao devedor A já que foi ele que deu causa.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Um devedor não pode pegar uma exceção pessoal de outra.
Exemplo: devedor D foi coagido, mas a ação é contra o devedor A, o devedor A não pode alegar coação contra o credor.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir decada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Insolvente deve mais do que tem.
O credor não pode ser prejudicado todos os outros arcam.
*Quando alguém morre, os herdeiros pagam com o patrimônio do próprio falecido. O credor só vai poder cobrar a fração hereditária de cada herdeiro.
Transmissão das obrigações
O Direito admite, sem qualquer dificuldade, a livre transferência das obrigações, tanto do lado ativo quanto passivo. Mesmo com a restituição de um dos sujeitos da relação obrigacional, esta permanece a mesma, continuando a existir como se não houvesse sofrido alteração. O ato determinante dessa transmissibilidade denomina-se cessão, que é a transferência negocial a título gratuito ou oneroso de um direito, dever ou conjunto de direitos, deveres e bens.
Cessão de crédito:
Arts. 286 a 298
Cede o crédito cedente
Adquire o crédito cessionário
Permanece intacto na relação jurídica cedido
Negócio jurídico por meio do qual o credor (cedente) transmite total ou parcialmente o seu crédito a um terceiro (cessionário), mantendo-se a relação obrigacional primitiva com o mesmo devedor (cedido).
Em geral, é negócio jurídico oneroso, pactuado com propósito lucrativo, embora nada obste a transmissão gratuita do crédito. 
A doutrina reconhece a existência da cessão judicial, realizada por meio de uma decisão do juiz (a exemplo da decisão que atribui ao herdeiro ou legatário um crédito do falecido), e da cessão legal, operada por força de lei.
É desnecessário o consentimento prévio do devedor para que ocorra a cessão, ou seja, o sujeito passivo não tem o direito de impedir a transmissão do crédito, muito embora a sua notificação seja exigida para que o negócio produza os efeitos desejados.
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Sendo assim, a cessão de crédito não poderá ocorrer em três hipóteses: 
se a natureza da obrigação for incompatível com a cessão; 
se houver vedação legal; 
se houver cláusula contratual proibitiva.
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
Não é necessário consentimento do devedor, mas é preciso notificar, judicialmente ou extrajudicialmente, o devedor. Não havendo a notificação, a cessão não gerará o efeito jurídico pretendido, e o devedor não estará obrigado a pagar ao novo credor (cessionário).
Classificação:
Onerosa ou gratuita
Parcial ou total
Legal, convencional ou judicial
Pro soluto ou pro solvendo
Pro soluto é quando o cedente (o que está cedendo o crédito) se responsabiliza também pela existência do crédito na época da feitura do negocio jurídico.
Pro solvendo ele também se responsabiliza pela solvência do devedor, mas para acontecer deve estar expressamente na cessão.
Cessão de débito (assunção de dívida):
Arts. 299 a 303
Negócio jurídico por meio do qual o devedor, com o expresso consentimento do credor, transmite a um terceiro a sua obrigação.
O credor deve anuir expressamente para que a cessão seja considerada válida e eficaz (não pode ser tácita de jeito nenhum).
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
A lei não admite a exoneração do devedor se o terceiro, a quem se transmitiu a obrigação, era insolvente e o credor o ignorava. Não se exige, no caso, a má-fé do cedente, bastando que o credor não saiba do estado de insolvência preexistente à cessão de débito, para se restabelecer a obrigação do devedor primitivo. 
Aliás, será também restabelecida a obrigação se a substituição do devedor vier a ser invalidada, restaurando-se o débito com todas as suas garantias, excetuando-se as garantias prestadas por terceiro (uma fiança, por exemplo). Neste último caso, se o terceiro atuou de má-fé, sabendo do vício da cessão, a sua garantia subsistirá.
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
Meios de substituição:
Por delegação: é aquele que decorre entre o devedor originário e o terceiro, com a maior anuência do credor. Existe um pacto entre o devedor-cedente (delegante) e o terceiro-cessionário (delegado).
Por expromissão: hipótese em que o terceiro assume a obrigação, independente do devedor primitivo. Aqui não há um pacto entre o cedente e o cessionário já que independe do devedor primitivo (cedente).
A eficácia dos meios de substituição, delegação ou expromissão, ocorrem de duas maneiras:
Liberatória: não remanescendo qualquer responsabilidade para o devedor originário
Cumulativa ou simples: admite a subsistência da responsabilidade do delegante que responderá pelo débito em caso de inadimplência do novo devedor
Cessão de contrato:
Diferentemente do que ocorre na cessão de crédito ou de débito, neste caso, o cedente transfere a sua própria posição contratual (compreendendo créditos e débitos) a um terceiro (cessionário), que passará a substituí-lo na relação jurídica originária.
“a cessão de crédito substitui uma das partes na obrigação apenas do lado ativo, e em um único aspecto da relação jurídica, o mesmo ocorrendo pelo lado passivo na assunção de dívida. Todavia, ao transferir uma posição contratual, há um complexo de relações que se transfere: débitos, créditos, acessórios, prestações em favor de terceiros, deveres de abstenção etc. Na transferência da posição contratual, portanto, há cessões de crédito (ou podem haver) e assunções de dívida, não como parte fulcral no negócio, mas como elemento integrante do próprio negócio” Silvio Venosa.
Para que seja considerada válida, a cessão de contrato deverá observar os seguintes requisitos: 
a celebração de um negócio jurídico entre cedente e cessionário;
integralidade da cessão (cessão global); 
a anuência expressa da outra parte (cedido).
As obrigações de natureza personalíssimas não admitem cessão. Mas, ainda assim, há outras obrigações que não são de natureza pessoalíssima e não admitem cessão. Entretanto, não havendo cláusula proibitiva, a cessão de posição contratual é possível, desde que haja expresso consentimento da outra parte.
Extinção das obrigações
É o cumprimento por meio do qual se alcança o objeto por ela – a obrigação – perseguido que se poe termo à relação jurídica entre credor e devedor.
*Quando voce faz um contrato, a expectativa é de ser cumprido.
O meio normal de extinção da obrigação é o pagamento, mas pode haver a extinção através de meios anormais sem que haja pagamento, como por exemplo a impossibilidade do pagamento da prestação sem culpa do devedor, prescrição, etc...
Adimplemento: considera-se o adimplemento como a realização do conteúdo da obrigação, alcançando todos os meios direitos ou indiretos da extinção das obrigações pela satisfação do credor.
*Pagamento leva ao adimplemento. Quando se paga uma prestação, torna-se adimplente.
Pagamento: é a execução voluntária e exata por parte do devedor, da prestação devida ao credor no tempo, lugar e forma prevista no titulo constitutivo (contrato). Se faz de maneira direta e indireta.
Direita é aquele que o devedor entrega ao credor a prestação na forma, no lugar e no tempo convencionado
Indireta ou especial são formas especiais de pagamento, pois satisfazem o credor e o devedor, mas ocorremde forma diferente da convencionada. Ex: consignação, confusão, compensação, etc... São 8 formas diferentes.
Princípios que regem o adimplemento da obrigação:
Princípio da boa-fé: as partes devem se comportar corretamente durante as tratativas, formação e cumprimento da obrigação. Esse principio se permeia no antes, durante e depois. O código civil pune quem não segue. É um principio basilar.
Princípio da pontualidade: a prestação deve ser cumprida em tempo, momento e de forma integral no lugar e modo convencionados.
*Pontual em todos os elementos do contrato. Deve ser exatamente o que foi convencionado.
Requisitos essenciais de validade do pagamento:
Existencia de um vínculo obrigacional: Deve haver a relação jurídica entre as partes obrigação + sujeito passivo + sujeito ativo
Intenção de solver o vínculo obrigacional: Animus Solvendi
Cumprimento da obrigação: Só é válido se cumprir
Pessoa que efetua o pagamento: Solvens pode ser o devedor ou não (outra pessoa pagar)
Pessoa que recebe o pagamento: Accipiens pode ser o credor ou não (ex: representante)
Regras do pagamento:
Quem deve pagar? Arts. 304 a 307
Pagamento efetuado por pessoa interessada: uma pessoa que está atrelada a relação jurídica e poderia ser acionada
Pagamento efetuado por 3º não interessado: em nome e à conta do devedor (como se fosse doação) ou em nome próprio (direito a reembolso)
Pagamento efetuado mediante transmissao da propriedade
*O credor pode recusar-se a receber.
A quem se deve pagar? Arts. 306 a 312
Pagamento diretamente ao credor
Pagamento ao representante do credor
Pagamento efetuado a terceiro não representante do credor
Pagamento efetuado ao credor putativo
Pagamento efetuado ao credor incapaz
Objeto do pagamento Arts. 313 a 318
O credor não é obrigado a receber prestação diferente daquela que lhe é devida (mesmo que seja mais valiosa)
Se não tiver sido ajustado o pagamento em partes, o credor não é obrigado a receber (mesmo que o objeto tenha prestação divisível)
As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal
Pode ser convencionado aumento progressivo de prestações sucessivas
Quando existir desproporção por motivos imprevisíveis, o juiz pode corrigi-lo a pedido da parte (teoria da imprevisão – art. 317)
São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial
Provas do pagamento Arts. 319 a 326
Quitação: declaração unilateral escrita e emitida pelo credor
Presunção de pagamento: a lei civil reconhece essas hipóteses de presunção de pagamento quando este não se possa comprovar por meio de quitação. São algumas hipóteses, mas todas relativas, cabendo o onus de provar o contrário ao credor.
Hipóteses de presunção de pagamento:
a) No pagamento realizado em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, 
a
 presunção de estarem solvidas as anteriores. Para afastarem essa presunção, os credores (escolas, por exemplo) costumam inserir no título a advertência de que o pagamento da última mensalidade em atraso não quita as pretéritas. 
b) Sendo a quitação do capital sem reserva de juros (que são os frutos civis do capital), estes 
presumem-se
 pagos.
c) Nas dívidas literais, a entrega do título (nota promissória, cheque, letra de câmbio etc.) ao devedor firma presunção de pagamento.
Requisitos da quitação:
ao valor e a espécie da dívida quitada
o nome do devedor ou quem pagou
o tempo do pagamento
o lugar do pagamento
assinatura do credor ou de seu representante																	
Lugar do pagamento Arts. 327 a 330
Será no domicílio do devedor, salvo o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação, da circunstancia ou convencionado entre as partes.
Se for a tradição de um imóvel, far-se-à no local do bem.
Se for estipulado dois locais, o credor que vai escolher qual.
Se tiver algum motivo grave para que o devedor não faça em tal local, pode fazer em outro, sem prejuízo para o credor.
Tempo do pagamento Arts. 331 a 333
Se não tiver sido estipulado tempo, o credor pode exigir imediatamente – cabe ao credor escolher a data.
As obrigações condicionais vão se cumprir na data do implemento da condição (o credor deve dar ciencia ao devedor)
O credor pode cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado nas seguintes ocasiões: I. no caso de falencia do devedor ou de concurso de credores; II. Se os bens foram penhorados em execução por outro credor; III. Se cessarem ou forem insuficientes as garantias do débito e o devedor intimado se negar a reforçá-las. (se no débito houver solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes).
Formas especiais de pagamentos:
O pagamento traduz o fim natural de toda obrigação, podendo ocorrer de forma direta e indireta/especial. As formas indiretas (ou especiais) se traduzem em 8 modalidades.
Consignação em pagamento Arts. 334 a 345
Instituto jurídico colocado à disposição do devedor para que, ante o obstáculo ao recebimento criado pelo credor ou quaisquer outras circunstâncias impeditivas do pagamento, exerça, por depósito da coisa devida, o direito de adimplir a prestação, liberando-se do liame obrigacional.
Exemplo: se A deve a B a importância de R$ 1.000,00 e B se recusa a receber o valor ofertado, por qualquer motivo que seja, poderá A depositar judicialmente ou em estabelecimento bancário o valor devido, à disposição do credor, extinguindo-se a obrigação e evitando, ainda, a caracterização da mora.
Consignante devedor
Consignatário credor
Consignado bem objeto do depósito, judicial ou extrajudicial
Pagamento com sub-rogação (substituição) Arts. 346 a 351
É um modo especial de extinção das obrigações, na qual ocorre o cumprimento da dívida por terceiro com a consequente substituição de sujeitos na relação jurídica originária; ou seja, ocorre somente em relação ao credor, que nada mais poderá reclamar.
Não se confunde com cessão de crédito. Na cessão de crédito, há a transferencia da qualidade creditória sem que haja havido o pagamento da dívida.
Exemplo: ocorre pagamento com sub-rogação quando Caio paga a dívida de Tício, sub-rogando-se nos direitos do credor Mévio. Diferentemente, haverá simples cessão de crédito quando o credor Mévio, por força de estipulação negocial, transfere o seu crédito a Caio, de forma que este, a partir daí, possa exigir o pagamento da dívida, notificando o devedor para tal fim.
Pode ser legal ou convencional
Imputação do pagamento Arts. 352 a 355
É a indicação ou determinação feita pelo devedor, dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, positivos e vencidos, devidos a um só credor, indicativa de qual dessas dívidas quer solver.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Regra geral: é o devedor que escolhe a dívida que quer pagar, de acordo com o dinheiro que ele tem. Outra opção é o credor escolher. Se nenhum dos dois indivíduos especificar, a lei define que será aquela que vence primeiro, depois a mais onerosa.
Requisitos:
Pluralidade de débitos
Identidade das partes
Igual natureza das dívidas
Possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito
*Sempre se deve pagar dívidas antigas e não as que ainda vão vencer. Se o devedor pagar antes do dia do vencimento, estará fazendo um adiantamento.
Dação em pagamento Arts. 356 a 359
É um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o credor concorda em receber do devedor para exonerá-lo da dívida prestação diversa da que lhe é devida.
Novação Arts. 360 a 367
É a criação de uma obrigação nova para extinguir uma obrigação anterior. É a substituição de uma dívida por outras extinguindo-se a 1ª.
Exemplo: João deve R$ 100,00 a Pedro, mas só tem R$ 80,00. João decide comPedro que irá pagar daqui a 1 mês, porém com valor maior, que será de R$ 110,00. Um novo contrato é feito.
Tipos de novação:
Objetiva: ocorre quando as partes de uma relação obrigacional convencionam a criação de uma nova obrigação para substituir e extinguir a anterior
Subjetiva: ocorre quando promove a substituição dos sujeitos da relação jurídica e pode ser novação subjetiva passiva, ativa ou mista.
Subjetiva passiva ocorre mudança de devedor por delegação ou por expromissão
Subjetiva ativa ocorre a mudança do credor
Subjetiva mista ocorre a mudança do credor e do devedor
Mista: decorre da fusão objetiva + fusão subjetiva. Se configura quando ocorre ao mesmo tempo a mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional.
Requisitos:
Existência de obrigação anterior
Criação de nova obrigação
Animus novandi vontade de inovar
Compensação Arts. 368 a 380
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Nada impede que seja firmada uma ou mais obrigações entre dois sujeitos que já mantinham relação jurídica, porém em polos inversos da recém-constituída. 
Nessa situação de relação simultânea é que pode ser invocado o instituto da compensação. A compensação é uma forma de extinção de obrigações, em que seus titulares são, reciprocamente, credores e devedores. 
Tal extinção se dará até o limite da existência do crédito recíproco, remanescendo, se houver, o saldo em favor do maior credor. 
Espécies:
Legal: é a regra geral. Nela, satisfeitos os requisitos da lei, o juiz apenas a reconhece, declarando a sua realização (já ocorrida no plano ideal), desde que provocado.
Convencional: é decorrência direta da autonomia da vontade, não exigindo os mesmos requisitos da compensação legal.
Requisitos:
Reciprocidade das obrigações: simultaneidade de obrigações com inversão dos sujeitos em seus polos
Liquidez das dívidas: para haver a compensação, é necessário identificar a expressão numérica das dívidas.
Exigibilidade atual das prestações: para haver a compensação, o vencimento da dívida deve ter exibilidade imediata
Situações que não é admitida sua aplicação:
dívidas provenientes de esbulho, furto ou roubo: a ilicitude contamina sua validade
se uma das dívidas se originar de comodato, depósito ou alimentos: inexiste a fungibilidade entre si necessária a compensação
se uma das dívidas for de coisa não suscetível de penhora: a impenhorabilidade de determinados bens justifica-se por sua relevância
a compensação em prejuízo de terceiros
Confusão Arts. 381 a 384
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Opera-se a confusão quando as qualidades de credor e devedor são reunidas em uma mesma pessoa, extinguindo-se, consequentemente, a relação jurídica obrigacional.
Exemplo: quando um sujeito é devedor de seu tio, e, por força do falecimento deste, adquire, por sucessão, a sua herança.
Tipos:
Confusão total: de toda a dívida
Confusão parcial: de parte da dívida
Remissão Arts. 385 a 388
É a liberalidade efetuada pelo credor, que consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação, mas não pode prejudicar terceiros.
Pode ser:
Expressa: verbal ou escrita (escrita pode ser em documento particular ou público)
Tácita
Pode ser:
Total
Parcial
Requisitos:
Ânimo de perdoar
Aceitação do perdão pelo devedor
O credor remitente (que perdoou) responderá perante os demais credores pela parte que lhes caiba.
Exemplo: A, B e C são credores solidários de D. C perdoou toda a dívida de R$ 300.000,00. De tal forma, não havendo participado da remissão, os outros credores poderão exigir daquele que perdoou (C) as quotas-partes que lhes caibam (R$ 100.000,00 para A e R$ 100.000,00 para B).
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Exemplo: A, B e C são credores solidários de D. Como se sabe, qualquer deles pode cobrar toda a soma devida pelo devedor. Pois bem. B morre, deixando os seus filhos, E e F, como herdeiros. Nesse caso, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, isto é, a metade (1/2) da quota de B (R$ 50.000,00). Entretanto, se a obrigação for indivisível, um cavalo de raça, por exemplo, o herdeiro poderá exigi-lo por inteiro (dada a impossibilidade de fracioná-lo), respondendo, por óbvio, perante todos os demais pela quota-parte de cada um.
Inadimplemento das obrigações: Arts. 389 a 420
Classificados em:
Absoluto: haverá se a prestação tornou-se inútil ao credor. É total quando o inadimplemento for de todo o objeto, e parcial se for de parte do objeto.
Relativo: ocorre no caso de mora do devedor, ou seja, quando ocorre descumprimento imperfeito da obrigação, com a inobservância do tempo, lugar e forma convencionados e a obrigação ainda preserva a sua utilidade.
Classificados também como:
Culposo: é a culpa lato sensu em sentido amplo que envolve o dolo e culpa em sentido estrito. E é o inadimplemento culposo que vai gerar a responsabilidade material por perdas e danos.
Fortuito: o devedor não cumpre diante do caso fortuito ou força maior, ficando assim, em regra, livre de indeiniar o credor. A obrigação vai se extinguir, as partes reotmam ao estado anterior, mas sem direito à indenização.
Mora Arts. 394 a 401
É o retardamento culposo de uma obrigação ainda realizável.
Mora do devedor: quando ele retarda o cumprimento da obrigação
Somente as obrigações certas quanto ao seu conteúdo e individualizadas quanto ao seu objeto podem viabilizar a ocorrência da mora. 
Mora ex re: quando a obrigação for positiva, líquida e com data para o adimplemento. E a inexecução implica na mora do devedor de forma automática.
Mora ex persona: quando não houver estipulação de termo certo para a estipulação da obrigação assumida. Desse modo, a caracterização do atraso dependerá de uma providencia do credor por meio de interpelação judicial ou extrajudicial.
Mora do credor: 
Quando o sujeito ativo da relação obrigacional, recusando-se a receber a prestação no tempo, lugar e forma convencionados, incorre em mora.
Efeitos: 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
PURGAÇÃO DA MORA:
A purgação ou emenda da mora consiste no ato jurídico por meio do qual a parte neutraliza os efeitos do seu retardamento, ofertando a prestação devida (mora solvendi) ou aceitando-a no tempo, lugar e forma estabelecidos pela lei ou pelo título da obrigação (mora accipiendi).
Por parte do devedor: a purgação da mora efetiva-se com a sua oferta real, abrangendo a prestação com juros de mora, cláusula penal, etc (tudo dos prejuízos decorrentes).
Por parte do credor, a purgação se dá com efeitos do art. 400 e também deverá indenizar o devedor por todos os prejuízos que este experimentou por força de seu atraso.
Purgação ≠ cessação
Purgação traduz uma atuação reparadora do sujeito moroso, neutralizando os efeitos de seu retardamento (eficácia ex nunc – futuro). A segunda, por sua vez, é mais abrangente e decorre da própria extinção da obrigação (eficácia ex tunc – passado).
Perdas e danos Arts. 402 a 405
Pagar perdas e danos significa indenizar aquele que experimentou um prejuízo, uma lesão em seu patrimônio material ou moral, por força do comportamento ilícito do transgressor da norma.
As perdas e danos deverão compreender o dano emergente (o que efetivamente perdeu) e o lucro cessante (o que razoavelmente deixou de lucrar).
Para ser considerado indenizável (requisitos):Efetividade ou certeza: a lesão ao bem jurídico não poderá ser hipotética. O dano pode até ter repercussões futuros, mas não poderá ser incerto ou abstrato.
Subsistência: no sentido de que se já foi reparado, não há o que indenizar
Lesão a um interesse juridicamente tutelado, de natureza material ou moral: tem que ser tutelado por uma norma jurídica para caracterizar violação
*Não se pode confundir a expressão “pagamento de perdas e danos” com “pagamento do equivalente”, pois a primeira se refere a todo tipo de prejuízo material ou moral decorrente do descumprimento e a concepção de “prestação equivalente” diz respeito à devolução de valores pagos ou adiantados, evitando-se o enriquecimento indevido de um dos sujeitos da relação obrigacional.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Esses juros falado no artigo são os juros legais (próximo tópico)
Juros legais Arts. 406 e 407
O rendimento do capital, preço do seu uso, preço locativo ou aluguel do dinheiro, prêmio pelo risco corrido decorrente do empréstimo, cabendo aos economistas o estudo de sua incidência, da taxa normal em determinada situação e de suas repercussões na vida do país.
Juros moratórios: traduzem uma indenização devida ao credor por força do retardamento culposo no cumprimento da obrigação.
Juros compensatórios: objetivam remunerar o credor pelo simples fato de haver desfalcado o seu patrimônio, concedendo o numerário solicitado pelo devedor. 
Cláusula penal Arts. 408 a 416
É uma penalidade de natureza civil.
A cláusula penal é um pacto acessório, pelo qual as partes de determinado negócio jurídico fixam, previamente, a indenização devida em caso de descumprimento culposo da obrigação principal, de alguma cláusula do contrato ou em caso de mora.
É também chamada de pena convencional, tem a função de pré-liquidar danos, em caráter antecipado, para o caso de inadimplemento culposo, absoluto ou relativo, da obrigação. 
Função:
Pré-liquidação de danos: decorre de sua própria estipulação, pretendendo indenizar previamente a parte prejudicada pelo inadimplemento obrigacional
Intimidadora: atua no âmbito psicológico do devedor, influindo para que ele não deixe de solver o débito, no tempo e na forma estipulados
Espécies:
Cláusula penal compensatória: estipulada para o caso de descumprimento da obrigação principal
Cláusula penal moratória: estipulada para o caso de haver infrigência de qualquer das cláusulas do contrato ou inadimplemento relativo – mora
A redução do valor da pena convencional se dá nas hipóteses:
Se a obrigação já houver sido cumprida em parte pelo devedor (nesse caso, teria direito ao abatimento proporcional à parcela da prestação já adimplida)
Se houver manifesto excesso de penalidade, tendo-se em vista a natureza e finalidade do negócio (a cláusula penal não pode ter seu valor excedendo o valor da obrigação principal, por exemplo)
Não se confunde, por exemplo, com as arras penitenciais — tema adiante desenvolvido —, uma vez que estas, além de serem pagas antecipadamente, garantem ao contraente o direito de se arrepender — desfazendo, portanto, o negócio —, não obstante as arras dadas. Diferentemente, a cláusula penal, além de não ser paga antecipadamente, somente será devida em caso de inadimplemento culposo da obrigação, tendo nítido caráter indenizatório. Ademais, a pena convencional não garante direito de arrependimento algum
Arras ou sinal Arts. 417 a 420
Uma disposição convencional pela qual uma das partes entrega determinado bem à outra — em geral, dinheiro —, em garantia da obrigação pactuada. Poderá ou não, a depender da espécie das arras dadas, conferir às partes o direito de arrependimento.
Modalidades:
Arras confirmatórias: princípio de pagamento; é o sinal dado por uma das partes à outra, marcando o início da execução do negócio. Confirmam a avença, não dá direito de arrependimento. Caso deixem de cumprir a sua obrigação, serão consideradas inadimplementes, sujeitando-se a perdas e danos.
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Em caso de descumprimento:
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Arras peninteciais: um contrato civil, quando celebrado, é feito para ser cumprido, não havendo espaço, ordinariamente, para alegações de arrependimento. Entretanto, como situação excepcional, poderão as partes pactuar o direito de arrependimento, caso em que estaremos diante das denominadas arras penitenciais.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
Dessa forma, se for exercido o direito de desistir do negocio jurídico firmado, a quantia ou valor entregue será perdido ou restituído em dobro, por quem as deu ou as recebeu, respectivamente, a título indenizatório.
Exemplo: em determinado negócio jurídico, a parte compradora presta arras penitenciais (R$ 1.000,00). Posteriormente, respeitado o prazo previsto no contrato, arrepende-se, perdendo em proveito da outra parte as arras dadas. Se, no entanto, foi o vendedor quem se arrependeu, deverá restituí-las em dobro, ou seja, devolver o valor recebido (R$ 1.000,00), acrescido de mais R$ 1.000,00, a título de ressarcimento devido à parte que não desfez o negócio.

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