Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Campus: NOVA AMÉRICA (DIREITO – NOITE) CASO CONCRETO 6 – Prática Simulada 4 (CIVIL). 17º Exame de Ordem - 2ª fase - 2001 - Direito Civil. Adaptado Oséas, como locatário de veículo por contrato firmado com a locadora Carro e Automóveis Ltda., por prazo de doze meses iniciado no mês passado, recebe, logo no terceiro mês de vigência do contrato, notificação judicial da pessoa física Leontino Silveira, o qual, dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de compra e venda firmada com a locadora originária notifica o locatário para, doravante, pagar a ele adquirente os alugueres mensais. Tendo Oséas buscado esclarecimento junto à locadora originária, disse ela desconhecer o contrato. Você, diante da dúvida de Oséas a quem pagar o aluguel que se vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, é por ele procurado para adotar as providências cabíveis. Redija a peça processual cabível. Advogado: SÉRGIO ROSE OAB/RJ nº 1000 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA______VARA CÍVEL______ OU AO JUÍZO______ 10 linhas OSÉAS (nome completo), nacionalidade, estado civil, identidade n° ____, CPF n° ____, endereço eletrônico, domiciliado e residente (endereço completo), vem por seu advogado, com escritório (endereço completo), para fins do artigo 77, inciso V do Código de Processo Civil, propor: AÇÃO CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Pelo rito especial em face de LOCADORA CARRO E AUTOMÓVEIS LTDA, CNPJ n° ____, endereço eletrônico, com sede (endereço completo), e LEONTINO SILVEIRA, nacionalidade, estado civil, identidade n°_____, CPF n° _____, endereço eletrônico, domiciliado e residente (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir: I - DOS FATOS O Autor, como locatário da empresa ré, por meio de contrato firmado por doze meses, iniciado no mês passado, recebeu no terceiro mês de vigência do mesmo, uma notificação judicial do Réu, o qual dizia ter adquirido o veículo locado pelo Autor, da empresa ré, exibindo junto à notificação, cópia do contrato de compra e venda firmado com a mesma. Acompanhando os documentos, seguia notificação do Réu para que o Autor, doravante passasse a efetuar o pagamento dos alugueres mensais na pessoa dele, Réu na presente ação. O Autor buscou imediatamente esclarecimentos junto à empresa Ré, que apenas respondeu desconhecer o referido contrato entre ela e o Réu. Tendo em vista a dúvida surgida diante dos fatos, o Autor, para não incidir em mora, pela possibilidade de inadimplência caso não efetuasse o devido pagamento, e estando imerso em dúvida sobre a quem deveria de fato pagar, avaliando a questão, viu-se na necessidade de ajuizar a presente ação para poder cumprir com sua parte na avença sem correr risco algum. II - DOS FUNDAMENTOS De acordo com o Artigo 539, caput, do CPC, o devedor poderá efetuar a consignação com efeito de pagamento de quantia devida e da qual queira ele adimplir diante de terceiro, quando existir a dúvida de a quem se deva pagar ou quando mesmo o credor se recusar a receber quantia ou coisa devida. Ressalta o mesmo dispositivo em seu parágrafo 1º, que, tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor ou credores, como no presente caso, sobre o prazo de resposta ao referido depósito, bem como, caso desejem, contestar a ação. O presente pagamento em consignação é uma modalidade de extinção das obrigações, regulada pelos artigos 334 e 345, do Código Civil, podendo ser realizado extrajudicialmente ou judicialmente pelo próprio devedor ou por terceiro juridicamente interessado na lide, conforme o artigo 304, caput e parágrafo único, do Código Civil. Para os casos de consignação judicial, admite-se que o objeto da prestação recaia sobre pecúnia ou sobre coisa devida. No parágrafo primeiro do citado dispositivo, foi excluída a menção à correção monetária, muito embora esta permaneça e seja de incumbência da instituição financeira, conforme entendimento já sumulado pelo STJ. Verbete n. 179 da Súmula do STJ: “O estabelecimento de crédito que recebe dinheiro, em depósito judicial, responde pelo pagamento da correção monetária relativa aos valores recolhidos” Principais Julgamentos Enunciados e Súmulas do STJ/STF – Edição 2016 – 2º Semestre Ainda de acordo com o CPC, em seu artigo 547, se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o Autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares para provarem o seu direito. Observa-se que, no caso concreto, a presente consignatória repousa sua causa de pedir, justamente na dúvida sobre a pessoa a quem compete receber legitimamente a prestação, tendo em vista que, a priori, tais pagamentos deveriam ser direcionados para a empresa ré, mas com a notificação recebida, na sequência, instalou-se a dúvida cuja presente ação busca dirimir. Há que se verificar a necessidade do litisconsórcio passivo, justamente por conta da notificação aviada pelo Réu, bem como a necessidade de expedição de guia para o depósito da quantia devida para o momento, bem como, das demais parcelas vincendas e suas guias necessárias para a realização destes pagamentos, evitando-se o inadimplemento e a mora do Autor. III – DO PEDIDO Pelo exposto, requer: 1) Que seja expedida a guia de depósito, para Autor depositar em juízo a quantia de R$ ______, e as demais que se vencerem no curso do processo; 2) Citação dos Réus para contestarem a demanda; 3) Julgar procedente o pedido dando quitação ao autor de todas as quantias pagas do contrato de locação; 4) Condenação dos Réus ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios no valor de 20%. IV - PROVAS Requer a produção de provas, especialmente documental. V - VALOR DA CAUSA Dá-se o valor da causa R$ _____ Nesse caso específico (Fundamentação é no artigo 292 parágrafo 2° do CPC). Local, Data Sérgio Rose OAB/RJ 1000
Compartilhar