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Aula 03_Sujeitos protegidos e Relação Jurídica Previdenciária

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aula 03: Sujeitos Protegidos e Relação Jurídica Previdenciária
Docente: Fabiano Petrovich
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
• Beneficiário é toda pessoa física que recebe ou que está apta a receber alguma
prestação previdenciária (benefício ou serviço) da Previdência Social. Assim, é
certo, desde já, que pessoas jurídicas estão excluídas do rol dos beneficiários.
“Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como
segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo”. (Lei nº
8.213/1991)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
• No RGPS, estão cobertos pelo sistema os segurados obrigatórios e os
facultativos, bem como aqueles enquadrados como seus dependentes.
• Segurados obrigatórios – Os indivíduos que exercem atividade laboral
remunerada no Brasil, com execeção dos servidores públicos efetivos e
militares vinculados a RPPS.
• Segurados Facultativos – Pessoas que, apesar de não exercerem
atividades laborais, desejam se filiar e contribuir para a previdência social,
com base no Princípio da Universalidade de Cobertura. Ex: estagiário e dona
de casa.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
Segurados do RGPS: 
1º) Obrigatórios: 
- Empregados;
- Empregado doméstico;
- Trabalhador avulso;
- Segurado especial;
- Contribuinte individual.
2º) Facultativos
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
OBS 01: “Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade
remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente
filiado em relação a cada uma delas”. (Art. 11,§ 2º, da Lei nº 8.213/91)
OBS 02: O aposentado que continua trabalhando é segurado obrigatório e, por
isso, deve continuar contribuindo para a previdência social.
“Art. 11,§ 3º. O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver
exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado
obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social”. (Lei nº
8.213/91)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3.1.1 Segurados Obrigatórios
• Estão elencados nos artigos: 12 da Lei nº 8.212/1991, 11 da Lei nº 8.213/1991 e
9º do Decreto 3.048/1999.
• Somente é possível a filiação de pessoas físicas ao RGPS. As pessoas jurídicas
são contribuintes do RGPS, conforme previsto no art. 195 da Constituição
Federal de 1988.
OBS 03: Regra geral - Princípio da Territorialidade: “quem exercer atividade
laborativa no território do Brasil e não for servidor público efetivo ou militar
vinculado a RPPS, será segurado obrigatório do RGPS”. (Frederico Amado)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
1º) Empregado
2º) Empregado Doméstico
“Art. 9, II: como empregado doméstico - aquele que presta serviço de natureza
contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta,
em atividade sem fins lucrativos”. (Decreto nº 3.048/99)
Características: 
- Existência de vínculo empregatício;
- Atividades desenvolvidas na residência ou em razão desta;
- Atuação em atividades sem fins lucrativos.
OBS 04: Empregados de condomínios residenciais não são considerados
empregados domésticos.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3º) Trabalhador avulso
É considerado trabalhor avulso, para fins previdenciários, aquele que, sindicalizado
ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem
vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-
obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da
categoria.
Exs.: o ensacador de café, cacau, sal e similares; o carregador de bagagem em
porto; o trabalhador na indústria de extração de sal; o prático de barra em porto; o
amarrador de embarcação; etc.
 Estão elencados no art. 9, VI, do Decreto nº 3.048/99.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
- Características dos Trabalhadores Avulsos:
1ª) Prestação de serviços, de natureza urbana ou rural, sem vínculo
empregatício com as empresas;
2ª) Intermediação do trabalho por órgão gestor de mão de obra ou
sindicato da categoria;
3ª) Não há necessidade de sindicalização.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
4º) Especial (Art. 9, VII, do Decreto nº 3.048/99)
“Em síntese, cuida-se de pequeno produtor rural ou de pescador artesanal, que
trabalham individualmente ou em família para fins de subsistência, sem a
utilização de empregados permanentes”. (Frederico Amado)
• Súmula 34 TNU: “Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova
material deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar”.
• Súmula 41 da TNU: “A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar
desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do
trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso
concreto”.
• Súmula 46 da TNU: “O exercício de atividade urbana intercalada não impede a
concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser
analisada no caso concreto”.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
5º) Contribuinte Individual
• É composta por trabalhadores não contemplados nas classes anteriores,
possuindo, em alguns casos, um caráter nitidamente residual. (art. 9º, V, do
Decreto nº 3.048/99).
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3.1.2 Segurados Facultativos
• Possibilita que pessoas que não estão trabalhando e que, por isso, não são
segurados obrigatórios, contribuam para o RGPS.
• Decreto nº 3.048/99:
“Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar
ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art.
199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como
segurado obrigatório da previdência social.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3.1.2 Segurados Facultativos
(cont.)
§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros:
I - a dona-de-casa;
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho
de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei
nº 6.494, de 1977;
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3.1.2 Segurados Facultativos
(cont.)
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa,curso de especialização,
pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja
vinculado a qualquer regime de previdência social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer
regime de previdência social;
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta
condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas,
com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce
atividade artesanal por conta própria”.
3. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
OBS 06: Idade mínima para a filiação dos segurados facultativos:
Lei nº 8.213/91 (art. 13) – 14 anos
Decreto nº 3.048/99 (art. 11) – 16 anos. (entendimento da doutrina majoritária).
OBS 07: O rol do dispositivo não é taxativo, mas sim exemplificativo.
OBS 08: O servidor público, integrante de RPPS, não poderá se filiar ao RGPS na
condição de segurado facultativo, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento
e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime
próprio. (art. 11,§ 2º, Decreto nº 3.048/99)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
3.1.3. Dependentes
• Igualdade entre homens e mulheres.
• Benefícios destinados aos dependentes: pensão por morte e auxílio-reclusão.
• Possui uma relação jurídica com a Previdência Social derivada da relação jurídica
existente entre o segurado e o RGPS. Neste primeiro momento, não possui
autonomia.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,
assim declarado judicialmente;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave”.
IV - a pessoa designada, menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de 60(sessenta)
anos ou inválida. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
OBS 09: O rol de dependentes é TAXATIVO.
OBS 10: Os dependentes da primeira classe gozam de presunção de dependência
econômica. As classes II e III, por sua vez, precisam comprovar a dependência
econômica em relação ao segurado.
OBS 11: Os dependentes da classe I possuem preferência em relação aos
dependentes das classes II e III. Da mesma forma, os da classe II são preferenciais
quando comparados com os da classe III.
OBS 12: Quando houver dois ou mais dependentes de uma mesma classe, o valor
do benefício será dividido igualmente entre aqueles. E, caso um dos dependentes
perca essa condição, o valor da sua quota parte, ATUALMENTE, será revertido aos
demais.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.1 Beneficiários: Segurados Obrigatórios, Facultativos e Dependentes
OBS 13: Por uma questão de isonomia, o parceiro homoafetivo do segurado
também é considerado dependente de primeira classe, gozando inclusive a seu
favor a presunção de dependência econômica.
OBS 14: Súmula 37 – TNU: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de
idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário”.
OBS 15: Dependência do filho inválido – invalidez anterior aos 21 anos ou somente
ao falecimento do instituidor do benefício?
"Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:
(...)
III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de
idade ou pela emancipação, salvo se inválidos".
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.2 Inscrição e Filiação ao RGPS
3.2.1 Inscrição no RGPS
• É o simples cadastro do segurado ou do seu dependente no banco de dados da 
previdência social. 
• Atualmente, é feita no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS.
“Art. 18. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato
pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante
comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua
caracterização”. (Decreto nº 3.048/99)
OBS 16: No caso do dependente, a inscrição se dará apenas quando houver o
requerimento administrativo do benefício previdenciário, mediante a
apresentação da documentação necessária. (Art. 22, Decreto nº 3.048/99)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.2 Inscrição e Filiação ao RGPS
3.2.2 Filiação ao RGPS
• Instituto de grande importância no RGPS, pois é através dele que a pessoa física
se tornará segurado e poderá gozar de toda a proteção garantida.
“Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a
previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações”. (Decreto nº 3.048/99)
- Direitos (Ex: possível percepção dos benefícios e prestações)
- Obrigações (Ex: pagamento das contribuições previdenciárias)
OBS 17: Para os segurados obrigatórios, a filiação é automática, decorrendo do início do
exercício da atividade remunerada. Já para os segurados facultativos, a filiação
dependerá da inscrição regular no RGPS e o pagamento tempestivo da primeira
contribuição previdenciária.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.3. Carência: benefícios com e sem carência
• Pagamento de um número mínimo de contribuições, visando a manutenção do
equilíbrio financeiro e atuarial do sistema e a não ocorrência de fraudes.
• Ou seja, é o período mínimo de contribuição que o segurado precisa comprovar
para fazer jus a um benefício previdenciário. É variável de acordo com o
benefício pleiteado.
“Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais
indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do
transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências”. (Lei nº 8.213/91)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.3. Carência: benefícios com e sem carência
OBS 18: Contagem da carência – a partir do primeiro dia da competência recolhida.
OBS 19: Para os segurados contribuinte individual, especial e facultativo a carência
terá início a partir do pagamento da primeira contribuição sem atraso. As
contribuições recolhidas com atraso, anteriores à primeira sem atraso, não
serão computadas para efeito de carência, apenas para contagem de tempo de
contribuição (art. 27 da Lei nº 8.213/91).
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
• Dependem de carência (art. 25, Lei nº 8.213/91):
- 12 contribuições mensais: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
- 180 contribuições mensais: aposentadoria por idade, por tempo de 
contribuição e especial.
- 10 contribuições mensais: salário-maternidade para as seguradas contribuinte
individual, especial e facultativa.
OBS 20: Perda da qualidade de segurado x Carência
"Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a
concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova
filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do
caput do art. 25 desta Lei". (Incluído pela leinº 13.457, de 26/06/2017)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
OBS 21: Súmula 73 – TNU: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de
aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser
computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando
intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a
previdência social”.
OBS 22: Período de carência x Tempo de contribuição
Os recolhimentos em atraso, caso não tenha havido um sem atraso, são
computados para efeito de tempo de contribuição, mas não de carência. O período
de carência só começa a ser contado a partir da primeira contribuição realizada no
prazo;
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
• Independem de carência (art. 26, Lei nº 8.213/91):
- Pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
- Salário-maternidade para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa;
- Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa
e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao
RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos
Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade
e gravidade que mereçam tratamento particularizado. (Exceção à regra geral);
- Serviço social e reabilitação profissional (serviços previdenciários);
- Para os segurados especiais: aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-
reclusão ou pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e auxílio-acidente, conforme disposto no art.
86, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período,
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes
à carência do benefício requerido.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.4 Manutenção e perda da qualidade de segurado
• Qualidade de segurado = período de graça
• Período no qual, mesmo sem contribuir, o indivíduo continua segurado pelo
RGPS, conservando todos os direitos até então já adquiridos perante a
Previdência Social.
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.4 Manutenção e perda da qualidade de segurado
“Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso
ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas
para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo”. (Lei
nº 8.213/91)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.4 Manutenção e perda da qualidade de segurado
OBS 23: Acréscimo de 12 (doze) meses caso o segurado já tenha recolhido 120 (cento
e vinte) contribuições mensais sem interrupção que ocasionasse a perda da
qualidade de segurado.
OBS 24: Poderá ocorrer mais um acréscimo de 12 (doze) meses, caso o segurado se
encontre desempregado, comprovando essa situação pelo registro no órgão próprio
do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
“A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a
comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito”. (Súmula
27 – TNU)
3. SUJEITOS PROTEGIDOS E RELAÇÃO JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA
3.4 Manutenção e perda da qualidade de segurado
OBS 25: Conforme art. 3º, da Lei nº 10.666/2003, a concessão das aposentadorias
por idade, por tempo de contribuição e especial não dependerão da manutenção
da qualidade de segurado, desde que este já tenha preenchido os requisitos para os
benefícios.
OBS 26: Contagem do período de graça: inicia-se no dia seguinte à data máxima de
recolhimento de contribuição previdenciária não efetivada.
GRATIDÃO!
Fabiano Petrovich
petrovich_abc@hotmail.com

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