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Teoria jurídica de Ronald Dworkin Prof. Dr. Doglas Cesar Lucas Ronald Dworkin foi um importante jusfilósofo norte-americano. (Worcester, Massachusetts, 11 de dezembro de 1931 - Londres, 14 de fevereiro de 2013). Atuou como assistente do renomado Juiz Learned Hand da Corte de Apelo dos Estados Unidos. Em 1969, foi indicado para a Cadeira de Teoria Geral do Direito em Oxford, como sucessor de Herbert Hart. As últimas posições acadêmicas por ele ocupadas foram a de professor de Teoria Geral do Direito na University College London e na New York University School of Law. Dworkin se insere no pensamento LIBERAL. Dworkin discordava da posição de Hart sobre a sua teoria do direito como textura aberta. Hart, na mesma esteira de Kelsen, entendia que o magistrado na hora de decidir tinha certa discricionariedade, uma possibilidade legítima de decidir de diferentes formas um mesmo caso. Dworkin, manifestamente contrário a Hart, entende que essa discricionariedade do positivismo decorria da pouca importância atribuída aos princípios. Levando os direitos a sério. Pra ele, é possível num determinado caso estabelecer uma decisão que seja melhor do que outra. Tese da resposta certa. O direito é um conceito interpretativo. Uma questão de princípio. Uma boa interpretação é aquela que considera o histórico da norma, a tradição que ela está vinculada, e seu propósito. Rediscute o que é direito. Uma interpretação moral do direito adquire importância em sua obra. Sugere uma interpretação moral da constituição. O direito como integridade. Segundo essa concepção, as proposições jurídicas seriam verdadeiras apenas quando decorressem dos princípios de equidade, justiça e devido processo legal que uma dada sociedade colocou em vigor. O império do Direito. O romance em cadeia é utilizado por Dworkin com o objetivo de exemplificar o modo como o direito deve ser interpretado. Os juízes, segundo ele, são da mesma maneira, críticos e autores. Devem estes inserir um incremento quando interpretarem uma tradição, que consequentemente será interpretada por juízes posteriores. Em tal romance já citado, “cada romancista da cadeia interpreta os capítulos que recebeu para escrever um novo capítulo, que é então acrescentado ao que recebe o romancista seguinte, e assim por diante” (DWORKIN, Império do Direito, 1999. p. 276). Há, tanto por parte do romancista quanto do intérprete, a função de produzir a melhor interpretação plausível, dando continuidade àquela de seus antecessores, não de maneira a inovar, mas dar sequência, continuidade ao trabalho de seus precursores. Ele recorre a um Semideus, Hercules, para demostrar a dificuldade desse trabalho hermenêutico. O papel dos princípios e das regras jurídicas A diferença entre princípios jurídicos e regras jurídicas é de natureza lógica. Os dois conjuntos de padrões apontam para decisões particulares acerca da obrigação jurídica em circunstâncias específicas, mas distinguem-se quanto à natureza da orientação que oferecem. As regras são aplicáveis à maneira do tudo-ou-nada. Dados os fatos que uma regra estipula, então ou a regra é válida, e neste caso a resposta que ela fornece deve ser aceita, ou não é válida, e neste caso em nada contribui para a decisão. Cada vez mais os juízes têm julgado ações cujo pedido é o reconhecimento de um direito que depende de uma política estatal para se concretizar. Pretende demonstrar que os juízes devem basear suas decisões em argumentos de princípio político (especialmente o princípio da igualdade) e não em argumentos de procedimento político, sob pena de serem ilegítimas as decisões por afrontarem o sistema representativo sobre o qual assenta a democracia. O Judiciário não tem como formular e implementar políticas, pois além de não possuir os conhecimentos necessários - técnicos, econômicos, de gestão, etc. -, não conseguirá, devido à própria lógica do procedimento judicial, avaliar as consequências exigidas na implementação de qualquer política. O papel do juiz para Dworkin
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