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SENTENÇA+TRABALHISTA

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AULA 12 
SENTENÇA 
1. Referências legais e jurisprudenciais: arts. 831 a 835 e 852-I da CLT. Arts. 162, 
267, 269 e 458 a 466-C do CPC. Súmulas 219, 329 e 396 e OJ 305 da SDI-1. 
 
1- CONCEITOS 
 
A CLT não define a sentença trabalhista. A definição legal que nós encontramos 
para a sentença enquanto ato processual está no § 1º do art. 203 do NCPC: 
 
 Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. 
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença 
é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, 
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a 
execução. 
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória 
que não se enquadre no § 1o. 
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, 
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e 
revistos pelo juiz quando necessário. 
 
O artigo 93, inciso IX da Constituição Federal estabelece: 
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar 
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou 
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. 
 
 
Definição doutrinária: A sentença é o ato de juiz monocrático que ao final de um 
procedimento promove a entrega da prestação jurisdicional por ele devida sem 
prejuízo de uma atuação suplementar para completar ou aclarar o julgamento ou 
de execução ou de efetivação do que houver decidido. A definição acima 
apresentada tem em vista a perspectiva da atividade jurisdicional de cognição. 
 
No processo cautelar e na execução o juiz profere sentença correspondendo ao 
ato de encerrar o procedimento perante ele instaurado. Na sentença cautelar o 
juiz diz da necessidade ou não do provimento cautelar reclamado, enquanto que 
na sentença da execução ele reconhece uma causa extintiva da obrigação e, por 
conseguinte, da atividade executiva. 
 
O legislador adotou a definição de sentença como ato de extinção do processo na 
perspectiva de estabelecer um recurso especifico contra o ato do juiz. No caso do 
processo civil o recurso cabível é a Apelação e no processo do trabalho o recurso 
para atacar uma sentença pode ser o Ordinário, para as sentenças da fase de 
cognição, ou o Agravo de Petição, para as sentenças proferidas na fase de 
execução. 
 
2 - OBJETO 
 
O objeto da sentença é o conflito submetido à apreciação jurisdicional. A 
litiscontestatio, conjunto formado pelos argumentos e pedidos do autor e pelos 
argumentos e pedidos do réu, é o limite imposto à atuação do juiz. Tal limite é 
expresso nos arts. 141 e 492 do CPC: 
 
 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe 
vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa 
da parte 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem 
como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe 
foi demandado. 
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica 
condicional 
 
3 - LIMITES 
 
- Sentença “extra petita”: é aquela que julga objeto diferente do pedido, ou seja, 
julga pedido não requerido pela parte. O autor pediu uma indenização e o juiz, 
diversamente do pedido, decidiu pela dissolução do contrato. Essa sentença é 
nula. No processo do trabalho, porém, temos a exceção do art. 496 da CLT, que 
prevê a possibilidade de que o juiz profira uma sentença de quantia no lugar de 
fazer (reintegração) requerida pelo autor. 
 
Ex.: Há o requerimento de indenização por danos materiais, e na sentença é 
concedido somente indenização por danos morais 
 
- Sentença “ultra petita”: é aquela que vai além do pedido do autor concedendo-
lhe direito não postulado. O juiz condena o réu numa obrigação de pagar quantia 
e dá também uma declaração sobre a autenticidade ou falsidade de um 
documento, coisa que não tinha sido pedida no processo. As sentenças “ultra 
petita” são nulas na parte que excede o pedido e compete ao Tribunal no 
julgamento do recurso adequá-lo ao pedido. Uma particularidade do processo 
do trabalho em torno dessas sentenças é a possibilidade de o juiz deferir direito 
não pedido, conforme o princípio da ultrapetição, o que acontece, por exemplo, 
no caso de reconhecimento de relação de emprego e determinação do registro do 
contrato de trabalho na Carteira de Trabalho. Uma questão mais discutida no 
processo do trabalho é a condenação em valor superior ao demandado, quando 
o autor apresentar cálculo para os pedidos que formulou, em especial no rito 
sumaríssimo. 
 
Ex.: Há o requerimento de indenização por danos materiais e o magistrado, em 
sentença, concede além dos danos materiais, danos morais. 
 
- Sentença “citra petita”: é aquela que aprecia menos do que foi pedido. O autor 
pediu uma condenação e uma declaração e o juiz se restringiu a julgar o pedido 
de condenação. Os Embargos de Declaração podem resolver o problema, quando 
o juiz complementará a decisão. Se o defeito for mantido, o tribunal anulará a 
sentença e mandará o juiz complementá-la para evitar supressão de instância. 
 
Ex.: o autor pede danos materiais e morais, porém o juiz somente analisa os danos 
materiais 
 
4 - FUNÇÃO DA SENTENÇA 
 
- Declaratória: Através da sentença o juiz declara a vontade da lei no caso 
concreto. O direito, preexistente, se manifesta, se concretiza com a declaração 
jurisdicional. A concepção de que a sentença expressa apenas a vontade da lei 
tem por base ideológica o mito da completude do ordenamento jurídico. Porque 
o ordenamento jurídico é completo, o juiz simplesmente declara o direito 
preexistente. Essa concepção, porém, não resiste à constatação elementar de que 
o juiz pode fazer uma interpretação da lei diferente da interpretação meramente 
declarativa. É extremamente comum, aliás, que o juiz faça uma interpretação 
extensiva, restritiva ou ab-rogante. 
 
Nem sempre a lei é clara e muitas vezes é lacunosa. Noutras ela não contém 
regras reguladoras do caso concreto. Não obstante, ao juiz não é dado deixar de 
proferir decisão alegando lacuna na lei, donde, então, se configura a situação da 
criação do direito. Recentemente, em especial pela doutrina do uso social do 
direito, vê-se na atuação do juiz uma possibilidade de inovação na lei, ou seja, ele 
pode, em razão das necessidades sociais, criar o direito para o caso ou dar 
interpretação diferente daquela que possa ser extraída da literalidade da norma. 
 
A posição que se adota em torno da função da sentença tem relação com a 
concepção que se tem da possibilidade da atuação política do juiz. Falamos aqui 
de política não no sentido partidário, mas de exercício de poder com capacidade 
de influir na vida das pessoas. Qualquer que seja a concepção que tenhamos, não 
é possível desconsiderar a atuação política dos juízes e do judiciário. Esse Poder, 
de fato, atua com repercussão sobre a vida das pessoas. 
 
5 - NATUREZA 
 
- Ato de inteligência 
 
A sentença é ato de autoridade do Poder Judiciário em atuação monocrática ou 
unipessoal. É ato do juiz. Praticado por outrem que não investido de jurisdição é 
ato inexistente, ou seja, absolutamente inapto a produzir efeitos. É ato de 
inteligência na medida em que é resultado da interpretação dos argumentos das 
partes (litiscontestatio), do resultado provocado pelas provas produzidas em 
torno dos fatos (instrução) e da aplicação do ordenamentojurídico ao concreto 
(subsunção). 
 
- Ato de vontade 
 
É ato de vontade, o que quer dizer não a vontade pessoal, caprichosa do juiz, mas 
do ordenamento jurídico lei que ele interpreta, que se comprometeu observar e 
que, numa perspectiva ideal, se destina ao bem estar de todos. 
 
6 - REQUISITOS 
 
- Quanto à validade: Fundamentação: Todas as decisões do Poder Judiciário 
devem ser fundamentadas, conforme a regra do inciso IX do art. 93 da CF. O 
objeto principal da exigência de fundamentação é permitir às partes a 
compreensão dos motivos do juiz, já que a decisão não é um ato discricionário. O 
juiz deve revelar as razões de direito e de fato que o conduziram à decisão, 
inclusive para permitir que haja impugnação ao que foi decidido, ou seja, o 
exercício do duplo grau de jurisdição. 
 
- Adstrição ao pedido: O segundo requisito de validade é o da adstrição do órgão 
jurisdicional ao que foi postulado pelas partes. Esse limite é imposto ao juiz no 
processo civil, claramente, pelas regras dos arts. 141 e 492 do NCPC. No processo 
do trabalho, porém, temos exceções a essa exigência, as quais estão 
consubstanciadas no princípio da ultra e extra petição. Observamos, entretanto, 
que a concessão pelo juiz do trabalho de direitos não postulados não se faz de 
forma ilimitada. A legislação é que prevê essa possibilidade, o mesmo ocorrendo 
quando o juiz está autorizado a proferir sentença de natureza diversa da pedida, 
conforme o art. 496 da CLT. É importante destacar, neste ponto, a interpretação 
consagrada na Súmula 396 do TST. 
 
7 - QUANTO À INTERPRETAÇÃO: 
 
 - Clareza 
 
A sentença deve ser clara. O juiz deve usar adequadamente o vernáculo e as 
expressões técnicas peculiares à ciência do Direito. Não deve se valer ou abusar 
do “juridiquês”. Deve esboçar pensamento claro, que possa ser compreendido 
pelos advogados e pelas partes. O juiz não pode ser obscuro, duvidoso ou 
contraditório. A sentença expressa uma vontade (da Lei) e uma ordem (é a Lei 
do caso concreto) e os seus destinatários devem ter o poder de compreender o 
decidido. A decisão é obscura quando dela não é possível extrair qualquer 
interpretação ou quando puder ser interpretada de mais de uma maneira, 
instalando a dúvida no intérprete. A decisão é contraditória, por fim, quando nela 
contiver proposições que conflitam entre si. O juiz raciocina de um modo e 
conclui de modo que não se adéqua a premissa por ele utilizada. 
 
-Completude 
 
Por esse requisito se diz que o juiz deve julgar integralmente a causa. Deve 
apreciar os pedidos e os argumentos do autor e do réu. O trabalho de entrega da 
prestação jurisdicional compreende, necessariamente, a completa entrega da 
jurisdição reclamada pelos litigantes. Na hipótese de sentença incompleta ou 
omissa, a parte deve propor a sua correção por meio dos Embargos de 
Declaração, que no processo do trabalho são previstos no art. 897-A da CLT. Não 
suprido o defeito pela via dos ED, cabe a interposição do Recurso Ordinário e a 
anulação do julgamento para a completa prestação jurisdicional. 
 
 
8 - ELEMENTOS ESSENCIAIS: Os elementos essências da sentença do 
Processo do Trabalho nós encontramos no art. 832 da CLT. 
 
a - RELATÓRIO 
 
O relatório é a parte da sentença na qual o juiz expressa para o seu leitor o que é 
o processo. Indica ele, então, quem são as partes, qual o objeto da lide, quais as 
defesas apresentadas pelo réu e quais as ocorrências processuais. É de ser 
ressaltado, no entanto, que a sentença do rito sumaríssimo dispensa relatório, 
conforme o art. 852-I da CLT. 
 
b - FUNDAMENTOS OU MOTIVAÇÃO 
 
É a parte da sentença na qual o juiz analisa as questões de direito e de fato 
apresentadas pelas partes. Aqui ele interpreta o direito e os fatos da causa com 
as provas que foram eventualmente produzidas. 
 
c - CONCLUSÃO OU DISPOSITIVO 
 
É a parte principal da sentença. Nessa parte o juiz diz, efetivamente, como decide 
o conflito a ele submetido. Conclui pela procedência, improcedência, procedência 
parcial do pedido ou pela extinção do processo sem resolução ou com resolução 
do mérito. Diz a natureza do provimento jurisdicional cognitivo, se meramente 
declaratório, se constitutivo ou se condenatório. No que respeita a esta última 
parte, observa se a condenação é de obrigação de fazer, de não fazer, de entregar 
coisa ou de pagar quantia. 
 
 
 
9 - CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS 
 
- Sentenças definitivas: São aquelas pelas quais o juiz entrega a prestação 
jurisdicional cognitiva com resolução de mérito – art. 487 do NCPC. Essas 
sentenças podem ser condenatórias, meramente declaratórias, constitutivas, 
mandamentais ou executivas latu senso. 
 
- Condenatórias: são aquelas pelas quais o juiz fixa obrigação a ser adimplida por 
uma das partes. As obrigações são de dar (pagar quantia), fazer ou não fazer ou, 
ainda, de entregar coisa. Apenas as sentenças condenatórias reclamam a 
execução ou cumprimento como atividade jurisdicional complementar, caso não 
sejam satisfeitas voluntariamente pelo vencido. Preponderam no processo do 
trabalho as sentenças condenatórias de quantia. 
 
- Constitutivas: são aquelas que instauram um novo status para os litigantes. Elas 
podem ser positivas ou negativas. A sentença que reconhece a justa causa do 
empregado estável no inquérito judicial é constitutivo-negativa porque põe fim 
ao contrato de trabalho. A condição de empregado desaparece e passa a ser de 
ex-empregado. 
 
- Meramente Declaratórias: são aquelas nas quais o juiz diz da existência ou 
inexistência de relação jurídica entre as partes ou, ainda, pronuncia a 
autenticidade ou a falsidade de um documento. Não encontramos as sentenças 
meramente declaratórias na prática do processo do trabalho. As declarações em 
torno da relação de trabalho e de documentos levados pelas partes são feitas em 
caráter incidental e sem força de coisa julgada. O pedido de reconhecimento de 
relação de emprego é em caráter incidental e como pressuposto de pedido de 
condenação a pagamentos de quantia etc. 
 
- Mandamentais: as sentenças mandamentais são sentenças condenatórias 
qualificadas pela expedição de uma ordem a ser imediatamente cumprida pelo 
vencido. No processo do trabalho, as sentenças nas causas de procedência de 
pedido de reintegração têm esse caráter mandamental. No processo do trabalho 
também temos o mandado de segurança e a sentença proferida no mandado, se 
procedente o pedido, também tem natureza mandamental. 
 
- Executivas em sentido amplo: as sentenças executivas em sentido amplo são as 
sentenças condenatórias de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. 
Essa classificação considera que a efetivação do julgado não necessitará da 
pratica dos atos expropriatórios de bens do devedor. Os atos expropriatórios: 
penhora, adjudicação, venda de iniciativa de particular, venda em hasta pública 
e usufruto, são próprios da execução das sentenças condenatórias de quantia. 
 
10 - SENTENÇAS TERMINATIVAS 
 
São aquelas pelas quais os processos são extintos sem resolução do mérito – art. 
485 do NCPC. A extinção sem a solução de mérito admite a renovação da ação, 
salvo se a causa da extinção tiver sido a litispendência, a coisa julgada ou a 
perempção – art. 487 do NCPC. Nas extinções sem solução de mérito nós temos 
a coisa julgada formal, apenas. 
 
 
11 - SENTENÇAS LÍQUIDAS 
 
As sentenças líquidas são aquelas que estabelecem de antemão, na própria 
sentença, o valor a ser pago ou a coisa a ser entregue, de modo individualizado, 
ao vencedor pelo vencido. 
 
12 - SENTENÇAS ILÍQUIDAS 
 
As sentenças ilíquidas são aquelas que não prevêem de antemão a quantia ou a 
coisa devida. A quantia ou coisa é definida em procedimento posterior 
denominado de “liquidação da sentença”. No processo do trabalho os juízes 
devem se esforçar para proferir sentençaslíquidas, porque a liquidação da 
sentença ou da decisão final gera incidentes que atrasam a conclusão do processo. 
 
 
 13 - PECULIARIDADES DA SENTENÇA TRABALHISTA 
 
As sentenças no processo do trabalho possuem peculiaridades que as distinguem 
das sentenças do processo civil comum, o que passamos a analisar: 
 
a) Só pode ser proferida depois de frustrado o juízo conciliatório: 
A vocação natural dos órgãos da Justiça do Trabalho é a conciliação dos litigantes. 
Para a conciliação o juiz deve utilizar todos os meios de persuasão de que 
disponha. Nesse contexto, então, a regra do art. 831 da CLT estabelece que a 
composição do conflito pela sentença só tem lugar quando não for possível a 
conciliação das partes. O juiz deve, então, após encerrada a instrução e 
apresentadas as razoes finais dos litigantes, renovar a proposta de acordo – art. 
850 da CLT. A sentença proferida sem que essa proposta tenha sido renovada é 
nula. 
 
b) Fixação de prazo e condições para o cumprimento: 
Antes que tivéssemos a previsão de pena pecuniária para o caso de 
descumprimento de sentença de fazer e de não fazer, art. 536 do NCPC, ou de 
prazo para pagamento da quantia devida – art. 526, do CPC, o processo do 
trabalho já continha regra dispondo sobre a possibilidade do juiz definir na 
1ºproferir – 1º do art. 832 da CLT. Esta é uma das razões pelas quais 
interpretamos que o juiz do trabalho pode estabelecer a aplicação da regra do art. 
536 do NCPC no que respeita à multa para o inadimplemento após o trânsito em 
julgado da sentença condenatória de quantia. Não encontramos na pratica dos 
órgãos jurisdicionais essa fixação, salvo por aplicação direta do art. 536 do CPC. 
 
 c) Estabelecimento da natureza de eventuais parcelas deferidas ao 
trabalhador para fins de incidência de contribuição previdenciária: 
 
Essa peculiaridade nós encontramos no 3º do art. 832 da CLT e foi introduzida 
na legislação como uma consequência do reconhecimento de que a Justiça do 
Trabalho dispõe de competência para a cobrança e a execução das contribuições 
previdenciárias incidentes sobre as parcelas de salariais deferidas ao trabalhador. 
 
d) Os honorários advocatícios: 
 
Com a reforma trabalhista, os honorários advocatícios, que antes eram fixados 
apenas em favor do advogado do sindicato do trabalhador que seja beneficiário 
da gratuidade da justiça – Súmulas 219 e 329 do c. TST e OJ 305 da SDI-1 – agora, 
com base no art. 791-A, ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão 
devidos honorários advocatícios, no mínimo de 5% ao máximo de 15%. 
 
- As custas e o valor da condenação: 
 
As custas processuais são calculadas sobre o valor da condenação ou da causa e 
correspondem a 2% (dois por cento), no mínimo de R$ 10,64 e o máximo de 
quatro vezes o limite máximo dos benefícios do RGPS. O valor da condenação 
real ou arbitrado, neste último caso, nas sentenças ilíquidas também deve constar 
da sentença. As custas e o valor da condenação devem ser fixados na sentença 
porque o recurso pressuporá o recolhimento das custas e o depósito da 
condenação até o limite estabelecido pela legislação. 
 
- Correção monetária e juros: 
 
A sentença deve prever a correção monetária e juros, independentemente de 
pedido do vencedor. A correção monetária é devida desde o descumprimento da 
obrigação, enquanto os juros são devidos desde o ajuizamento da RT. 
 
- Correção de erros de escrita ou de cálculo: 
 
Evidentes erros de escrita ou de cálculo na sentença poderão ser corrigidos de 
ofício ou mediante requerimento da parte ou do MPT antes da execução, 
conforme o art. 833 da CLT.

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