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Aparelho Faríngeo: É o aparelho formado na futura região de pescoço do nosso embrião. É também chamado de aparelho braquial porque o estudo da embriologia é feito por modelos experimentais como a larva de anfíbio e peixe. A formação acontece na quarta semana do desenvolvimento embrionário até a décima segunda. É o primórdio da formação da cabeça e pescoço onde há estruturas da cabeça e do pescoço sendo formados a partir desse aparelho faríngeo e é formado a partir da interação entre as células das cristas neurais (formados na terceira semana junto com o tubo neural) justamente com o mesoderma. As células das cristas neurais (estruturas dorsais com origem ectodermicas) saem desse local e migram via mesoderma chegando na região de cabeça e pescoço . A fusão das cristas neurais com o mesênquima se chama ectomesênquima. Aparece na região lateral do futuro pescoço. É formado por quatro estruturas: Arcos Faríngeos (protuberâncias laterais). Fendas ou sulcos faríngeos (separam, limitam os arcos faríngeos externamente). Bolsas faríngeas (separam os arcos faríngeos internamente). Encontro do tecido da fenda com a bolsa forma-se as membranas faríngeas. Arcos Faríngeos: Revestido externamente por ectoderma, preenchido por mesoderma e revestido internamente por endoderma. São seis pares de arcos faríngeos, sendo que há quatro pares bem desenvolvidos (visíveis externamente no embrião) e dois rudimentares (só é visível internamente). O mesoderma vai dar origem ao tecido embrionário denominado mesênquima. Mergulhados no mesênquima, encontra-se quatro elementos: Elemento cartilaginoso, muscular, nervoso e arterial. Em todo arco faríngeo, encontra-se Cartilagem hialina. Elemento muscular com origem no mesênquima. Elemento nervoso que é ramo do nervo craniano. E um elemento arterial que é ramo do arco aórtico (partem as artérias que vão se ramificar chegando aos arcos faríngeos). 1º par de Arcos Faríngeos: Arco mandibular. A mandíbula é um dos derivados do primeiro par de arcos. Esse par de arcos é o único que se divide em duas saliências: saliências maxilares e saliências mandibulares. Derivado cartilaginoso: Cartilagem de Meckel: cartilagem hialina. Para formação da mandíbula, funciona apenas como molde. O osso da mandíbula é formado a partir de uma ossificação intramembranosa (formação do osso a partir de um tecido conjuntivo). O que vai formar a mandíbula é o tecido conjuntivo (mesênquima) em torno da Cartilagem de Meckel. Conforme essa cartilagem se involui, o mesênquima se ossifica. Uma parte da Cartilagem de Meckel se ossifica (endocondral) para dar origem a dois ossículos do ouvido: martelo e bigorna. Derivados musculares: Masseter, milo hioide e temporal. Derivados do mesênquima. Derivados nervosos: derivado do nervo trigêmio (5º par) que se subdivide em ramo maxilar e ramo mandibular. (24m50s) 2º par de arcos faríngeos: Arco hioide: abaixo do primeiro. Derivados cartilaginosos: Cartilagem de Reichert: ossificação endocondral dando origem ao terceiro ossículo do ouvido: estribo, processo estiloide, parte menor do osso hioide. O pericôndrio da cartilagem hialina dá origem ao ligamento estilo hioide. Derivados musculares: derivados do mesênquima: orbicular do olho, frontal, bucinador, orbicular da boca, occipital, estilo hioide, parte do músculo digástrico e platisma. Derivados nervosos: inervado pelo 7º par de nervos que é o nervo facial. Esse arco se desenvolve mais rápido que os demais, o mesênquima se projeta externamente e não internamente, fazendo com que o arco se projeta externamente. Com isso, ele recobre o terceiro e o quarto arco. O ectoderma e o mesoderma vão se fusionar. Essa projeção e a fusão vão dar origem ao contorno liso do pescoço. Quando o segundo arco se projeta externamente, ele passa por cima dos sulcos faríngeos ou fendas faríngeas. Se não projetasse externamente, haveria diversas reentrâncias. 3º par de arcos faríngeos: Derivados cartilaginosos: elemento de cartilagem hialina. Ela forma uma parte do osso hioide. Ele possui duas origens: parte do 2º arco e parte do 3º arco. Derivado muscular: estilo faríngeo. Derivado nervoso: nervo glosso faríngeo (9º par de nervos). 4º par ao 6º par de arcos faríngeos: Derivados cartilaginosos: as peças de cartilagem hialina se fusionam para dar origem às cartilagens da laringe com exceção da epiglote (cartilagem elástica). Derivados musculares: músculos faríngeos. Derivados nervosos: nervo vago (14º par). Bolsas faríngeas: Dividem os arcos faríngeos internamente e são revestidos por endoderma. Derivados: Primeira bolsa: vai dar origem a tuba auditiva (fica entre o primeiro e o segundo arco). Segunda bolsa: tonsila palatina (fica entre o segundo e o terceiro arco). Terceira bolsa: timo (próximo aos grandes vasos) e paratireoide inferior (migração via mesoderma). Quarta bolsa: paratireoide superior e corpo ultimobranquial. Quinta bolsa: corpo ultimobranquial (entre o quinto e o 6º) O timo é um órgão do sistema linfático, próximo aos grandes vasos. Ele migra via mesênquima até chegar à região do mediastino. Quando o timo migra, a paratireoide também migra. Quando os dois migram, a paratireoide inferior se localiza abaixo da paratireoide superior que se origina na quarta bolsa. O corpo ultimobranquial vai dar origem a células que estão na tireoide (células para foliculares). A quinta bolsa ficaria entre o quinto e os sextos pares de arco, mas nem sempre o sexto par está presente. Ela forma o corpo ultimobranquial, mas pode estar ou não presente, depende do último arco. Se não estiver presente, o corpo ultimobraquial só será formado na quarta bolsa sem prejuízo para o desenvolvimento embrionário. Fendas ou sulco faríngeo: Dividem os arcos faríngeos externamente e são revestidos por ectoderma. O segundo arco se projeta externamente e passa por cima dos demais sulcos. Quando acontece isso, ele oblitera a região. Logo, haverá só um único derivado que fica entre o primeiro e segundo arco faríngeo. Único derivado: meato acústico externo. A membrana faríngea é formada pelo contato do endoderma da bolsa faríngea com o ectoderma da fenda faríngea. Haverá a formação de uma membrana: membrana timpânica (entre a tuba auditiva e o meato acústico externo).
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