Buscar

O Papel do Educador em Classes Hospitalares

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TAUBATE
CURSO DE PEDAGOGIA
REFLETINDO SOBRE DOCENTES EM CLASSES HOSPITALARES
ARIELLE SPOLIDORIO DA ROCHA SOUZA
Disciplina: Educação Inclusiva LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais Educação e Tecnologias Homem, Cultura e Sociedade. Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
TAUBATE
MAIO DE 2019
ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TAUBATE
CURSO DE PEDAGOGIA
REFLETINDO SOBRE DOCENTES EM CLASSES HOSPITALARES
ARIELLE SPOLIDORIO DA ROCHA SOUZA
TAUBATE
MAIO DE 2019
RESUMO
Este estudo tem a finalidade mostrar o papel do Educador em uma classe hospitalar, por meio de uma revisão bibliográfica buscado o entendimento do assunto, porque a qualquer momento uma criança pode se submeter a tratamentos podendo se ausentar da escola, dos seus amigos e familiares, sendo assim precisando se adaptar a uma nova forma de aprendizado conciliando as atividades escolares e o tratamento médico. Na maioria das vezes é uma trajetória bem complicada para o aluno, sendo assim é necessário que o educador saiba lidar com todos os possíveis obstáculos para tornar este período o melhor possível.
Palavras-chave: classe hospitalar; entendimento do assunto; atividades escolares.
INTRODUÇÃO 
Quando um estudante de Pedagogia ingressa na faculdade, na maioria das vezes não faz ideia que além de escolas pode atuar em um ambiente hospitalar. Conhecida como DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica), diz que o docente pode exercer suas atividades em locais que necessitam de planejamento, acompanhamento, avaliações, projetos e educação fora das escolas (2006). O pedagogo pode atuar em instituições não formais como empresas, sindicatos, hospitais e outros locais que necessitam de um professor, destacando o trabalho de um docente na Classe Hospitalar, afirma Gohn (2010).É um local onde dentro do hospital, onde o pedagogo pode exercer sua docência ensinado crianças e jovens que estejam fazendo algum tipo de tratamento onde tenham que ficar internado (BRASIL, (1994), p 20 apud FONTES, 2005).
A Classe hospitalar teve inicio no ano de 1935 com o primeiro hospital com área para docentes ajudarem crianças em Paris, conforme Esteves, citado por Dutra (2009). Já no Brasil teve início após a Segunda Guerra mundo, devido a quantidade de pessoas feridos sem a possibilidade de frequentar uma escola. (BRASIL, (1994), p 20 apud FONTES, 2005).Porem foi em 1995 que foi observado a importância do trabalho de um professor em hospitais, por meio do ECA, no item 9, que diz que a criança e o adolescente tem direito a aprendizado durante sua permanência no hospital (BRASIL, 1995, p. 1).
Em 2002 a Secretaria da Educação a pedido do Ministério da Educação criou um documento que garante o ensino para crianças hospitalizadas, e que as Classes Hospitalares devem ser uma ponte entre as escolas e as crianças (BRASIL, 2002, p. 13). 
Considerando que todos os hospitais e locais que tem atendimento educacional, devem seguir as orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sendo assim sendo reconhecidas pelo MEC.
No período de internação a criança hospitalizada acaba sendo prejudicada, pois tem que conviver com uma nova realidade diferente do que está acostumado, além de ficar longe de todos de quem gosta. O pedagogo que atua na Classe Hospitalar, por meio de atendimento tem a função de apoiar e incentivar estes pacientes, minimizando suas angustias, insegurança que podem atrapalhar no processo de cura da criança/adolescente.
OBJETIVO 
Pesquisar o papel do educador nas instituições hospitalares e os benefícios que podem trazer para as crianças/adolescentes hospitalizados, através de uma pesquisa bibliográfica englobando as matérias do semestre em questão
HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR 
As consequências da Segunda Guerra mundial fez com que um grupo de médicos se mobilizaram para dar atendimento escolar as crianças feridas, muita das vezes mutiladas.
A Pedagogia hospitalar começou na década de 90, criada para atender especificamente crianças e adolescentes que precisavam de atendimento educacional em hospitais, para que o período de tratamento afetasse menos na educação dos alunos. Esteves (2008).
No ano de 1939 foi criado na França o Centro de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas Surenes, onde um grupo de professores foram orientados para trabalhar em hospitais e assim foi criado o cargo de professor hospitalar reconhecido pelo Ministério da Educação Francesa. “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do reconhecimento formal à crianças internadas com necessidades educacionais, um direito à escolarização” Esteves apud Amaral e Silva (2003, p.1)
No Brasil na década de 50, o trabalho pedagógico hospitalar teve início na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e no Rio de Janeiro na Escola Menino Jesus que até hoje mantem suas atividades para crianças internadas.
Segundo Lorente (1990), a atuação de doentes em hospitais se faz presente desde 1979 em Navarra – Espanha, por sua irmã uma aluna de Pedagogia começou com os ensinamentos. Após um tempo foi influenciando outras unidades e a partir de então passou a ter um curso de formação no país. (CALEGARI,2003, p.89).
PAPEL DO PEDAGOGO
O docente de uma classe hospitalar tem o papel fundamental na educação, com a finalidade de acompanhar o aluno na ausência escolar.
Podendo atuar nas unidades de internação e na recreação o pedagogo hospitalar consegue amenizar a dor de uma criança que se encontra internada, envolvendo o mesmo em atividades pedagógicas planejadas e orientadas por profissionais da área da educação. Conforme Ortiz(1999):"A classe hospitalar é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento terapêutico".
Sendo um modo de ensino da Educação Especial a pedagogia hospitalar visa que o educador busque métodos qualificados para que os pacientes possam usufruir em um determinado tempo abordagens educativas.
Um processo alternativo de educação em um novo espaço de atuação o Pedagogo ultrapassa os métodos tradicionais de escolas para trazer as crianças/adolescentes um conforto, ajudando também em transtornos emocionais, como o medo da morte.
O ATENDIMENTO HUMANIZADO
O professor que realiza trabalho em ambiente hospitalar tem muita importância na sociedade, atuando em um ambiente onde envolve muitos cuidados e dedicação, pois os pacientes que necessitam de auxilio de um professor precisam de muita atenção e compreensão.
Humanização é respeitar alguém que passa por um momento muito delicado, com naturalidade, procurando aliviar o sofrimento de um aluno, ter compaixão com sua fragilidade.
E para este processo se torna humanizado, Viegas (2008, p. 51), afirma que um pedagogo hospitalar necessita ser amável, sensível e alegre, se envolvendo com as crianças e suas famílias e levar em consideração pelo momento que enfrentam. 
O professor precisa tem conhecido das consequências da doença sobre o paciente/aluno, além do conhecimento da formação pedagógica. (FONSECA 2008, p. 29)
Estudos demostram que trabalhar de uma forma diferente do convencional com um aluno hospitalizado agrega muito em sua melhora tanto física quanto mental.
A seguir segue alguns métodos diferenciados se ensino:
BRINQUEDOTECA 
Conforme Cunha (1994, p. 11) as qualidades de uma brincadeira para a integração de uma criança agregam nos aspectos cognitivo, social, psicológico, motor e emocional. 
CANTO DO FAZ DE CONTAS
Este métodos faz parte de uma fase para crianças de ate seis anos de idade, pois nesta faze o aluno desemprenha diferentes “eu ” imitando e representando, brincar de faz de conta ajuda a sair um pouco da realidade de um hospital, afirma Piaget, (1976). 
CANTO DO TEATRO
Favorecendo
a representação simbólica, com roupas de super-heróis, fantasias, acessórios e cenários. Com este espaço a criança se sente motivada e desfruta de sensações prazerosas e se diverte podendo mudar seu estado emocional. (Motta e Enumo, 2004 p. 24
RESULTADOS
Com este estudo podemos compreender a Classe Hospitalar é fundamental um profissional da educação. Um professor não se limita apensas no apoio educacional, seu trabalho vai muito além das escolas.
Percebemos que um docente atuando em um hospital trás vários benefícios ao aluno/paciente, pois não para seu desenvolvimento educacional ao se ausentar da escola.
O profissional da educação necessita do conhecimento extra para compreender as dificuldades que a doença trás, pois só assim irá conseguir ajudar sua vida estudantil e pessoal. Fonseca (2008, p. 29)
CONCLUSÃO
Infelizmente ficar doente faz parte da vida, e consequentemente leva a hospitalização e se tratando de criança ou adolescente não afeta somente sua vida pessoal, mas também a área da educação, pois ainda estão em processo de aprendizagem. Esta hospitalização que pode durar muito e muitos anos modificando diretamente o seu dia a dia. 
Conclui-se que a Pedagogia hospitalar necessita de várias maneiras para incentivar o aluno a continuar viver, buscando assim o melhor desenvolvimento afetivo, social e cognitivo.
No decorrer desta pesquisa ficou claro a importância do pedagogo em uma Classe Hospitalar e que um professor pode ir muito além de uma sala de aula, sendo assim fundamental para a evolução do quadro clinico de um paciente. O professor tem que entender que é um transformador de vidas e está sempre aberto para novas situações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações. Secretaria da Educação Especial. Brasília: MEC; SEESP, 2002. 35 p. - 
BRASIL, Ministério da Educação. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República
CUNHA,N. H S.Brinquedoteca: Um mergulho no brincar. 3ª ed. São Paulo: Vitor, 2001. 
CECCIM, R. B. & Fonseca, E. S. Atendimento pedagógico-educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada. In: Temas sobre Desenvolvimento, v.8, n.44, p. 117, 1999.
CNDCA (1995). Resolução nº 41, de 13 de outubro de 1995, Direitos da criança e adolescente hospitalizados.]
DUTRA, Vanessa Aparecida. História da pedagogia hospitalar no Brasil - disponível em: http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/VANESSA%20APARECIDA%20DUTRA.pdf  Londrina 2009 
FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar - 2.ed. - São Paulo: Memnon, 2008. 104 p.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? 4ª edição. São Paulo, Cortez, 2001.
MOTTA, Alessandra Brunoro; ENNUMO, Sonia Regina Fiorim. Brincar no Hospital: Estratégia de enfrentamento da Hospitalização Infantil
ORITZ, LCM. Ensinando a alegria á classe Hospitalar. Vida, Saúde, Educação e Meio Ambiente.
VIEGAS, Drauzio. (organizador). Brinquedoteca Hospitalar - Isto é Humanização; Associação Brasileira de Brinquedotecas. - 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Ed., 2007

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando