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Resumo AV2 Ensino Clínico Saúde Mental

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Resumo AV2 – Ensino Clínico Saúde Mental 
 
1 
CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS 
Contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem 
suas ações. O CAPS deve considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica, incluindo medicamentos, de 
moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial. Serviço de 
atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos mentais severos, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não-
intensivo, vinculados aos cuidados clínicos e projetos terapêuticos dos pacientes, onde inexistem leitos e não funcionam 24 horas. 
 
Modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes. 
CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, 
atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e 
ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. 
CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; 
transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. 
 
Serviço de atendimento-dia, em que o paciente passa o dia (todos os dias da semana) e à noite volta para casa. Oferece atividades terapêuticas 
diversificadas e a constituição de uma equipe multiprofissional. 
O cuidado, em saúde mental deve ser também uma sustentação cotidiana da lida diária do paciente, inclusive nas relações sociais. Os CAPS 
consistem em uma ampliação tanto na intensidade dos cuidados (todos os dias, o dia inteiro), quanto de sua diversidade (atividades e pessoas 
diversas). Unidades de saúde locais/regionalizadas que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a 
internação hospitalar, em um ou dois turnos de quatro horas, por equipe multiprofissional. São a porta de entrada da rede de serviços para as ações 
relativas à saúde mental e também atendem a pacientes referenciados de outros serviços de saúde, dos serviços de urgências psiquiátricas ou 
egressos de internações hospitalares. Funcionam durante cinco dias úteis da semana, em dois turnos, no período de 08 às 18 horas e devem contar 
com leitos para repouso eventual. 
 
Assistência prestada: 
a) Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, orientação); 
b) Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social); 
c) Atendimento em oficinas terapêuticas; 
d) Visitas domiciliares; 
e) Atendimento à família; 
f) Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social. 
 
CAPS I: 165 pacientes/mês/APAC (autorização procedimento de alto custo) 
8 h/funcionamento – semi-Intensivo: 50 pacientes/mês; não-intensivo: 90 pacientes/mês; intensivo: 25 pacientes/mês. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes, 
com as seguintes características: 
Responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu 
território 
CAPS II: 08:00 –17:00 ou 18:00 ou até 21 h. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes, 
com as seguintes características: 
Responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu 
território; 
CAPS III: SIH/SUD –acolhimento noturno –24h. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população acima de 200.000 habitantes, com 
as seguintes características: 
Constituir-se em serviço ambulatorial de atenção contínua, durante 24 horas diariamente, incluindo feriados e finais de semana; 
CAPSi II (infantil) -Serviço de atenção psicossocial para atendimentos a crianças e adolescentes, constituindo-se na referência para uma 
população de cerca de 200.000 habitantes, ou outro parâmetro populacional a ser definido pelo gestor local, atendendo a critérios epidemiológicos, 
com as seguintes características: 
Constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e adolescentes com transtornos mentais; 
CAPS ad II (álcool e drogas) –Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência 
de substâncias psicoativas, com capacidade operacional para atendimento em municípios com população superior a 70.000, com as seguintes 
características: 
Constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária, de referência para área de abrangência populacional definida pelo gestor local; 
 
EXAME PSÍQUICO 
Consciência – A consciência é avaliada pelas funções da atenção e orientação. Estar lúcido, com o sensório claro. Consciência dos seus atos = 
se o paciente tem juízo crítico dos seus atos. Os estados de rebaixamento da consciência podem ser: rebaixamento ou embotamento, turvação ou 
obnubilação (que é um rebaixamento geral da capacidade de perceber o ambiente, Lentidão da compreensão e dificuldade de concentração, 
dificuldade para interagir as informações sensoriais do ambiente.), Ex: quadros de delirium – febre e estreitamento (perda da percepção do todo 
com uma concentração em um único objetivo paralelo à realidade (Ex: estados de hipnotismo e sonambulismo). 
Sensopercepção – É o atributo psíquico, no qual o indivíduo reflete subjetivamente a realidade objetiva. Fundamenta-se na capacidade de perceber 
e sentir. 
Resumo AV2 – Ensino Clínico Saúde Mental 
 
2 
Alucinação é uma falsa percepção, que consiste no que se poderia dizer uma “percepção sem objeto”, aceita por quem faz a experiência como uma 
imagem de uma percepção normal, dadas as suas características de corporeidade, vivacidade, nitidez sensorial, objetividade e projeção no espaço 
externo. 
São significativas as alucinações verdadeiras (aquelas que tendem a todas as características da percepção em estado de lucidez), as pseudo-
alucinações (mais representação do que realmente percepção; os relatos são vagos), as alucinações com diálogo em terceira pessoa, fenômenos 
de repetição e eco do pensamento, sonorização, ouvir vozes. 
 
As alucinações podem ser auditivas, auditivo-verbais (mais comuns), visuais, olfativas, gustativas, cenestésicas (sensopercepção do próprio corpo, 
corpórea, sensibilidade visceral), cinestésicas (não é tátil, movimento, Ex: paredes se movendo ou eles se movendo no espaço). 
As perguntas que esclareçam essa análise poderão ser feitas à medida que a oportunidade apareça. Porém, não se pode deixar de investigar 
completamente esse item. Algumas perguntas são sugeridas: “Acontece de você olhar para uma pessoa e achar que é outra?”; “Já teve a impressão 
de ver pessoas onde apenas existamsombras ou uma disposição especial de objetos?; “Você se engana quanto ao tamanho dos objetos ou 
pessoas?”; “Sente zumbidos nos ouvidos?”; “Ouve vozes?”; “O que dizem?”; “Dirigem-se diretamente a você ou se referem a você como ele ou ela?”; 
“Falam mal de você?”; “Xingam?”; “De quê?”; “Tem tido visões?”; “Como são?”; “Vê pequenos animais correndo na parede ou fios”; “Sente pequenos 
animais correndo pelo corpo?”; “Tem sentido cheiros estranhos?”. 
Ex: Relata sentir um vazio na cabeça, mas que “é bom, pois não ligo pros problemas da vida” e “ouvir uma voz que lhe diz ser um deus...”. 
Caso o paciente não apresente nenhuma situação digna de nota neste item, pode-se registrar: “Não apresenta experiências ilusórias ou 
alucinatórias”. 
 
Uma distinção faz-se importante: 
a.delirium: rebaixamento da consciência, estado de consciência momentaneamente alterado, quando existe um distúrbio da consciência, 
produzindo uma alteração de juízo (delirium tremens; delirium febril, convulsão, trauma) transtorno mental orgânico. 
b.delírio: alteração do pensamento, alteração do juízo da realidade, incapacidade de distinguir o falso do verdadeiro, e implica em lucidez de 
consciência; 
Delírio = sair dos trilhos (de:fora; liros:sulcos). 
b.1 ideia delirante ou delírio: empobrecimento mental, delírio primário, também chamada de delírio verdadeiro; é primário e ocorre com lucidez de 
consciência; não é consequência de qualquer outro fenômeno. É um conjunto de juízos falsos, que não se sabe como eclodiu. 
b.2 ideia deliróide: delírio secundário, é secundária a uma perturbação do humor ou a uma situação afetiva traumática (perda de um membro), 
existencial grave ou uso de droga. Pode fazer parte de uma reação psicótica aguda. Há uma compreensão dos mecanismos que a originaram. 
As ideias delirantes podem ser agrupadas em temas típicos de: 
Expansão do eu: (grandeza, ciúme, reivindicação, genealógico, místico, de missão salvadora, deificação (Deus imagem e semelhança), erótico, de 
ciúmes, invenção ou reforma, ideias fantásticas, excessiva saúde, capacidade física, beleza...). 
Retração do eu:(prejuízo, auto-referência, perseguição, influência, possessão, humildade, experiências apocalípticas). 
Negação do eu: (hipocondríaco, negação e transformação corporal, auto-acusação, culpa, ruína, niilismo (falta de sentimento de esperança, 
negação de um sentido para a vida, atitude negativa, o nada –em latim), tendência ao suicídio). 
 
DEFINIÇÃO DE ANSIEDADE 
A ansiedade é uma emoção vivida por todos os indivíduos e que, em alguns momentos da vida, se torna mais presente. É uma apreensão difusa e 
vaga associada a sentimentos de incerteza e desesperança. É experimentada de forma subjetiva e comunicada de forma interpessoal. É a resposta 
emocional da apreensão. Um grau mais intenso de ansiedade é um sinal que está havendo um desequilíbrio, uma desadaptação e perturbações 
psicológicas. 
1) Sensação de apreensão, intranquilidade, incerteza ou medo, decorrente de uma ameaça real ou imaginária, cuja origem não é conhecida. 
2) Resposta emocional subjetiva ao estresse. 
3) Estado de intranquilidade ou desconforto, sentido em grau variado. 
 
DEPENDENCIA QUIMICA 
Experimentador – O experimentador faz consumo esporádico de AD, com nenhum ou pouco impacto sobre sua saúde. 
Usuário social ou recreativo - É considerado usuário social ou recreativo aquele que utiliza AD repetidas vezes, de forma controlada, sem a 
ocorrência de alterações em suas funções orgânicas, psicológicas e sociais. 
Abuso ou uso nocivo – É considerado abuso ou uso nocivo a utilização que frequentemente extrapola os valores médicos e culturais aceitos para 
quantidade, frequência de uso e via de administração. O abusador apresenta frequentes intoxicações, com prejuízo sem seu funcionamento sócio 
ocupacional. 
Dependência química – A dependência química é explicada em termos diagnósticos, segundo a DSM-IV (1995), por: Autoadministração repetida 
de AD que em geral leva a tolerância, a abstinência e a um padrão compulsivo de uso, com histórico evolutivo de, no mínimo, doze meses. 
Tolerância – A tolerância se caracteriza pela necessidade decrescentes quantidades da substância para atingir o efeito desejado. A tolerância, por 
se apresentar variável entre os indivíduos e os tipos de drogas usadas, pode ser difícil de ser determinado apenas pela anamnese. 
Abstinência – A abstinência é considerada uma alteração comportamental mal adaptativa, com elementos cognitivos e fisiológicos que ocorre 
quando, transcorrido certo tempo após um uso pesado de AD, a diminuição de sua concentração plasmática leva a sintomas desagradáveis 
variados, o que compele a pessoa a voltar a usar AD, ou para aliviar ou para evitar o retorno desses sintomas. 
Síndrome de abstinência – A síndrome tem início 6 8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das mãos, 
acompanhado de distúrbios gastrointestinais, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). 
Contudo, nem a tolerância, nem a abstinência são critérios necessários ou suficientes isoladamente para um diagnóstico adequado de 
dependência. 
Abstinência Alcoólica – Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da falta de álcool em usuários dependentes Sinais e Sintomas da Síndrome de 
Abstinência Alcoólica: Taquicardia, taquipnéia, hipertensão, febre, tremores, Alucinações visuais, delírios paranoides, Desorientação temporo-
espacial, prejuízo da memória, concentração e do julgamento; Anorexia, náusea e vômito e diarreia; Fraqueza, cãibra, tremores; Insônia, pesadelos 
O que caracteriza a dependência química e pode definir um diagnóstico clínico é a presença de um conjunto de sintomas comportamentais, 
cognitivos e fisiológicos indicando que o indivíduo continua utilizando a substância, apesar de significativos prejuízos a ela atribuídos. 
 
PADRÃO DE USO CARACTERÍSTICO DA DEPENDÊNCIA. 
Assim, pode se estabelecer um padrão de uso característico da dependência, que inclui: 
1. uso da substância em dose e/ou tempo acima do pretendido inicialmente 
2. fracasso em diversas tentativas de controlar ou reduzir o uso da substância 
Resumo AV2 – Ensino Clínico Saúde Mental 
 
3 
3. tempo excessivo gasto para a recuperação dos efeitos ou para a aquisição da substancia 
4. importante disfunção social, com redução drástica de atividades recreativas e ocupacionais 
5. manutenção peremptória do uso da substância mesmo diante do reconhecimento das perdas sociais, econômicas e afetivas. 
 
CONTENÇÃO 
 
 
Síndrome Neuroléptica Maligna 
Trata-se de uma forma raríssima de toxicidade provocada pelo antipsicóticos devido a bloqueio dos receptores de dopamina levando a 
desregulação da temperatura. É uma reação adversa, tal como um a espécie de hipersensibilidade à droga. 
Clinicamente se observa um grave distúrbio extrapiramidal acompanhado por intensa hipertermia (de origem central-que varia de 38,3°C a 42°C) e 
distúrbios autonômicos. Leva ao óbito numa proporção de 20 a 30% dos casos. Potencialmente fatal: febre alta (hiperpirexia), taquicardia, sudorese, 
rigidez muscular intensa, catatonia, tremor rude, estupor, tônus muscular e movimentos involuntários, incontinência, estupor (estado mental 
alterado), insuficiência renal, PA. Ocorre, geralmente, até 2 semanas após início ou aumento da dose de antipsicóticos, progride rapidamente 
levando a uma taxa de mortalidade de 21% quando não tratada. 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Mecanismo de ação depressão dos níveis subcorticais do SNC, especialmente o sistema límbico. Podem também potenciar os efeitos do 
neurotransmissor inibitório GABA (gama aminobutírico), produzindo um efeito calmante. Todos os níveis de depressão do SNC podem ser afetados, 
da sedação leve à hipnoindução e ao coma. O pico de concentração plasmática ocorre entre 20 a 40 minutos após a ingestão (e o primeiro efeito a 
se manifestar é a sedação. A viaIM tem absorção entre 30 minutos a 2 horas, e não se justifica seu emprego em emergências (exceção Lorazepan, 
que é prontamente absorvido). A via EV só deve ser escolhida em casos graves de agitação psicomotora e estado de mal epiléptico, pois a ação 
inibidora imediata no SNC pode produzir parada respiratória. 
 
Efeitos colaterais comuns e considerações para a enfermagem 
1 Sonolência, sedação. Promover atividades/ cautela ao operar máquinas. 
2 Ataxia/ tonturas Cautela nas atividades, evitar quedas. 
3 Sensações de distanciamento. Desencorajar isolamento social. 
4 Irritabilidade aumentada ou hostilidade. Observar e oferecer apoio. 
5 Tolerância/ dependência/ insônia Uso breve, descontinuar lentamente. 
Efeitos colaterais raros 
1Náusea Tomar com refeições. 
2 Cefaleia Geralmente o analgésico resolve. 
3 Confusão Necessária diminuição da dose. 
4 Depressão Necessária diminuição da dose ou uso de antidepressivo. 
5 Reação paradoxal de raiva Necessário suspender a dose. 
 
ESQUIZOFRENIA 
A esquizofrenia tem sido descrita desde 1852 sob diversos nomes: “demence precoce”, catatonia, hebefrenia, demência paranoide. Em 1911 Eugen 
Bleuler, introduziu pela primeira vez o termo esquizofrenia, e descreveu sintomas fundamentais distúrbios de associação do pensamento 
(afrouxamento dissociativo), distúrbios afetivos, ambivalência* e o autismo. Estes sintomas ficaram conhecidos como os “Quatros Às de Bleuler. 
” 
“Quatro AS” bleulerianos: associação, afeto, autismo, ambivalência – Embotamento afetivo, pensamento peculiar e distorcido (autismo); abulia, 
comprometimento da atenção e indecisão conceitual (ambivalência) – Bleuler; Alteração do afeto (rígido e inadequado, perda da empatia); 
Comportamento (agressivo, bizarro); Pensamento (distorção da realidade, com delírios e alucinações). 
 
Esquizofrenia Paranoide – é o tipo mais comum e também o que responde melhor ao tratamento, e em geral começa muito tarde na vida, ou seja, 
aparece por volta dos 25 ou 30 anos de idade. É o tipo de esquizofrenia mais frequente. Considera se que seja a menos deteriorante justamente 
porque é a que mostra mais sintomas que as outras, o que possibilita uma melhor manutenção de medicamentos e controle dos sintomas. Há 
predominância dos delírios e alucinações auditivas bem estruturadas Delírios de perseguição, ascendência importante, missão especial, mudanças 
corporais e ciúme, vozes alucinatórias ameaçadoras ou que lhe dão ordens, alucinações auditivas sem conteúdo verbal ( zunidos, risos), 
alucinações olfativas ou gustativas, de sensações sexuais ou corporais Hostilidade e agressividade O paciente pode pensar que o mundo inteiro o 
persegue, que as pessoas falam mal dele, têm inveja, ridicularizam no, elas têm intenção de prejudica-lo, de mata-lo Podem ser delírios de grandeza 
proclamam se salvadores da terra ou da raça humana. 
Esquizofrenia Hebefrênica ou desorganizada – início precoce, antes dos 20 anos Alterações mais em nível de concentração, pouca coerência de 
pensamento (pensamento desorganizado, discurso incoerente), pobreza de raciocínio, discurso infantil e cheio de divagações, puerilidade. Fazem 
comentários fora do contexto ou se desviam totalmente do tema da conversa Alterações afetivas dominantes, risos imotivados, caretas, 
maneirismo, queixas hipocondríacas/somáticas. Também é frequente a aparição de delírios e alucinações não sistematizados, fugazes e 
fragmentados. Pode tanto apresentar falta de emoção como emoções excessivas como chorar ou rir histericamente. 
Esquizofrenia Catatônica – é o tipo menos frequente. Apresenta como característica transtornos psicomotores, tornando difícil ou impossível ao 
paciente locomover se Passa horas sentadas na mesma posição A falta de fala também é frequente neste grupo Hipercinesia estupor excitação, 
posturas inadequadas, negativismo mutismo, obediência automática, estereotipias. Comportamento tolo e regressivo Fala e comportamento 
desorganizado. Estupor Catatônico estado de estupor (imobilidade, rigidez hipertônica), flexibilidade cerácea (permanece na posição em que é 
colocado), fenômenos em eco (ecolalia repetição da fala do outro, ecopraxia ecomimia imitação automática das ações que se vê realizar, tais como 
levantar os braços, cruzar as pernas, dobrar um papel etc. A Ecomimia tem sua causa relacionada predominantemente aos transtornos de 
desagregação do eu, nos quais o enfermo não consegue sentir se como sí mesmo, atuando intencionalmente), negativismo passivo ou ativo, ou 
abruptos repentes de agitação e explosões agressivas (furor catatônico) O paciente encontra se como “ psiquicamente, não podendo reagir aos 
diversos estímulos ambientais. Profunda alteração da esfera volitiva. 
Esquizofrenia Indiferenciada – Condições que satisfazem o critério geral para esquizofrenia, mas não se ajustam a nenhum dos subtipos ou 
apresentam os aspectos de mais de um deles. Comportamento desorganizado com delírios e alucinações proeminentes. 
Esquizofrenia Residual – Estágio crônico no desenvolvimento de um transtorno esquizofrênico no qual houve uma progressão clara de um estágio 
inicial para um estágio mais tardio, caracterizado por sintomas negativos de longa duração (embora não necessariamente irreversíveis), ou seja, 
várias sequelas. As sequelas podem se apresentar no autocuidado, autonomia, autocontrole, relacionamento interpessoal, funcionamento 
cognitivo, funcionamento laboral. 
Resumo AV2 – Ensino Clínico Saúde Mental 
 
4 
 
TRANSTORNO ALIMENTAR 
Bulimia – Acontece a ingestão de grandes quantidades de alimentos de uma só vez, com seguidas provocações de vômito, uso de laxantes e 
enemas, jejuns e prática exagerada de exercícios; A ingestão é descontrolada, compulsiva e rápida, termina com desconforto físico, dor abdominal, 
sensação de náuseas, sentimento de culpa, depressão e auto aversão; Podem aparecer comportamentos destrutivos, tentativas de suicídio, 
cleptomania e promiscuidade sexual; As principais complicações físicas são ICC (perda de potássio e outros minerais), lesões estomacais, 
irregularidade menstrual, HAS, DM, Cáries e fraqueza muscular (perda de cálcio), e transtornos psiquiátricos que levam a déficits do auto cuidado, 
relacionamento (isolamento social), dificuldades cognitivas, etc. 
Anorexia Nervosa – É a falta de apetite ocasionado pela distorção da percepção corporal: “a pessoa se vê gorda”; Está normalmente ligada a 
padrões perfeccionistas de comportamentos; Alterações físicas ocasionam desnutrições graves, lesões de órgãos vitais, desidratação, constipação 
intestinal, anemia, artrites, redução da massa muscular, e outros problemas; Alterações psíquicas desenvolvem TOC, baixa autoestima, depressão, 
perturbações do sono, instabilidade emocional e ideação suicida. 
Síndrome de pica – A síndrome de pica também conhecida por picacismo e alotriofagia, pode ser definida como um transtorno em que o paciente 
sente um grande apetite por substâncias que não são nutritivas O distúrbio recebeu o nome de pica em homenagem a uma espécie de pássaro que 
apresenta o hábito de alimentar se de qualquer substância que encontre. As pessoas que sofrem com essa síndrome alimentam se dos mais 
variados produtos, tais como terra, pedra, giz, palito de dente, esmalte, desinfetante, sabão, carvão, cigarro, cola e até mesmo fezes. A síndrome de 
pica, apesar de atingir pessoas de qualquer idade e sexo, é mais comum entre as grávidas e crianças A causa desse problema é ainda desconhecida, 
entretanto, muitos profissionais apontam uma relação com distúrbios emocionais e deficiência de minerais como ferro e zinco. 
Vigorexia – Transtorno Dismórfico Muscular é o termo científico para vigorexia Ele descreve uma condição de descontrole em relação à percepção 
da autoimagem. O termo dismorfia é usado para designar a diferença entre aquilo que a pessoa acredita e enxerga sobre a sua imagem física, e 
aquilo que ela realmente é. A vigorexia é comumentedescrita como o contrário da anorexia. Enquanto na anorexia a pessoa se vê muito mais gorda 
do que realmente é, ela tende a buscar formas de emagrecer cada vez mais. Na vigorexia, o sujeito se vê muito mais fraco do que realmente está e 
tende a buscar alimentos, exercícios e suplementos para aumentar cada vez mais a sua massa muscular. Este é um distúrbio geralmente gerado 
a partir de influências socioculturais e da mídia Ele começa como uma simples vaidade, mas em longo prazo e dependendo das influências sofridas 
pode terminar vinculado a transtornos mentais mais sérios e com altos riscos à saúde. 
Obesidade – é uma doença de causa multifatorial, complexa, definida como aumento de tecido adiposo no organismo. É uma doença universal, 
crônica, de caráter progressivo, considerada preocupante para a saúde pública. Nos últimos anos, deixou de ser considerada um problema estético 
e passou a ser reconhecida como uma doença que pode trazer um risco maior de várias complicações específicas, como Diabetes mellitus, 
hipertensão arterial, dislipidemia (elevação de gordura no sangue), doenças articulares, esteatose hepática (infiltração de gordura no fígado), 
doenças do coração, etc. 
 
LEGISLAÇÃO 
Criação da Lei 180/1978 – Lei da Reforma Psiquiátrica 
Reforma Psiquiátrica Brasileira → Início no final da década de 1970 
1. Psiquiatria Democrática Italiana 
2. Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental 
3. Redemocratização do país 
4. Reforma Sanitária 
• A reforma psiquiátrica brasileira é considerada como um processo histórico de formulação crítica e prática. Possui como objetivos o 
questionamento e a elaboração de pressupostos de transformação do paradigma da psiquiatria (AMARANTE, 1999; 2007) 
• Reforma psiquiátrica é o conjunto de iniciativas políticas, sociais, culturais, administrativas e jurídicas que visam transformar a relação da 
sociedade para com o doente. 
• A reforma psiquiátrica que estamos construindo vai das transformações na instituição e no poder médico psiquiátrico até as práticas em lidar 
com os sujeitos em sofrimento psíquico (AMARANTE, 1999). 
• Processo em Movimento, que se transforma permanentemente. 
Lei Federal Nº 10.216 Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira 
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, redirecionando o modelo assistencial em saúde mental. 
Política Nacional de Saúde Mental → Rede de Atenção Integral à Saúde Mental. 
• A construção de uma REDE comunitária de cuidados é fundamental para a consolidação da Reforma Psiquiátrica. 
• Composta por CAPS, SRT, Centros de Convivência, Atenção Básica e Hospitais Gerais → RAPS 
• Uma rede se conforma na medida em que são permanentemente articuladas outras instituições, associações, cooperativas e variados espaços 
das cidades → cultura, lazer, esporte, previdência social. 
• A rede deve estar em movimento permanente, direcionado para os outros espaços da cidade, em busca da emancipação das pessoas em 
sofrimento psíquico. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE 
GRUPO A: comportamentos descritos com estranhos ou excêntricos. 
TP. Paranoide: 0,5 a 2,5 da população. Inicia próximo à idade adulta e se caracteriza por desconfiança generalizada e imotivada, manifestada por 
ciúme, inveja, irritabilidade, cólera e hostilidade. Excessiva sensibilidade em ser desprezado. Tendência a culpar e atribuir intenções maldosas a 
outros. Suspeita injustificada. Hipervigilância, inveja patológica. Padrão de desconfiança e suspeita, manifestada por ciúme, inveja e defesa; os 
motivos das outras pessoas são interpretados como uma ameaça a si próprio. Afeto restrito, evidenciado pela falta de carinho e senso de humor 
deficiente. Desejo de vingança intenso que pode levar à violência, mas as explosões são breves e logo recupera o controle externo. Possível ligação 
hereditária: maior incidência quando há parentes com esquizofrenia. Perda de afeição e aprovação na infância. Mais diagnosticado em homens 
que em mulheres. O fanático, o colecionador de injustiças, o cônjuge com ciúme patológico e os indivíduos litigiosos têm TPP. 
TP Esquizóide: Incapacidade de formar relacionamentos sociais, Indiferença a elogios, críticas e emoções e sentimentos dos outros, padrão de 
distanciamento das relações sociais; ausência de sentimentos carinhosos e intensos pelo outro. Timidez, excentricidades, incapacidade de 
expressar hostilidade e agressividade. Introvertido, solitário, ensimesmado, emocionalmente frio e socialmente distante. Retraimento social, 
introvisão afeto brando e constrito. Frieza emocional, falta de amigos íntimos. Pouco interesse em ter relações sexuais. Atividades solitárias. 
Reservado, retraído e isolado, preferência por passatempos solitários. Afeto embotado, frio e distante. Papel da hereditariedade é obscuro. Infância 
fria, sem empatia ou atenção. A taxa do distúrbio entre os sexos é desconhecida. Sem perda da capacidade de reconhecer a realidade... 
TP Esquizotípico: 3% da população. Várias esquisitices no pensamento, percepção, fala e comportamento. Pensamento mágico (convicção de que 
pensar equivale a fazer; ausência de relação realista entre causa e efeito), ideação paranoide, ilusões, despersonalização (sensação de ter perdido 
a própria identidade pessoal, de ser diferente), peculiaridade na escolha de palavras, isolamento social e afeto inadequado. Possível fator 
hereditário: mais comum quando há parentes esquizofrênicos, hipótese de déficits anatômicos e disfunções neuroquímicas. Dinâmicas familiares 
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caracterizadas por indiferença ou formalidade, o que leva desconforto com a afeição e intimidade pessoal. Social e emocional isolado. 
Pensamentos, percepções e comunicação esquisitos. Ideia de que determinada ação pode controlar algo que não tem qualquer relação com ela. 
Pode ter ideias paranoides. Exibe perda do teste de realidade. 
GRUPO B: comportamentos descritos como dramáticos, impulsivos, emocionais ou erráticos. 
TP. Antissocial: 3% homens e 1% mulheres na população. História de abuso ou negligência por figuras parentais, padrão de violação e desrespeito 
aos direitos e sentimentos das outras pessoas, ausência de culpa ou de aprendizado com a experiência, incapacidade de manter relacionamentos 
interpessoais próximos, especialmente aqueles com intimidades sexuais, baixa tolerância à frustração, agressividade. Egoístas, rudes, 
irresponsáveis, desleais. Incapacidade de conforma-se às normas sociais. Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência, 
particularmente –punição. Exercício de poder e destrutividade sobre os outros. História de comportamento antissocial persistente, com distúrbio 
de conduta evidente antes dos 15 anos. Fraco desempenho na escola ou no trabalho. Parecem frias e insensíveis, tendem a ser argumentativas, 
cruéis e maliciosas. Encanto superficial, comportamento manipulador e sedutor. Mais comum em famílias com história de transtorno antissocial. 
Ambiente familiar caótico, mau trato físico, pais impulsivos e inconsistentes, privação parental nos primeiros cinco anos de vida. Tensão, 
hostilidade, irritabilidade, cólera, mentiras, faltas à escola, fugas de casa, furtos, brigas, abuso de drogas, manipuladores, ausência de remorso, 
desprovidos de consciência. Mais comum em homens. 
((Sociopata ou psicopata –pessoa que não consegue dominar sua vontade. Transtorno de caráter: ausência de sentimentos.)) 
TP Borderline (limítrofe): 1 a 2% da população. Limite entre neurose e psicose. Mistura de sintomas neuróticos e psicóticos, instabilidade 
emocional, no comportamento interpessoal, marcada por relacionamentos intensos e instáveis, com autoimagem perturbada, sentimentos crônicos 
de vazio, ideias de suicídio, relacionamentos intensos (amor e ódio) e instáveis. Comportamento impulsivo e imprevisível. Afeto, humor, 
comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamenteinstáveis. É chamado de transtorno da personalidade emocionalmente 
instável. Sintomas psicóticos delimitados, fugazes e duvidosos. Atos destrutivos repetidos. Relacionamentos interpessoais tumultuados. 
Alterações e mudanças profundas e impróprias no humor e afeto. Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu 
comportamento sexual, de sua carreira profissional, pobre controle dos impulsos. Fraca identidade, com incerteza da autoimagem, sexualidade e 
valores. Parecem estar sempre em crise. Mais comum em mulheres. Resultado de um comportamento de dependência em relação à figura parental. 
O relacionamento familiar é hostil e conflituoso. Menos perturbada que os psicóticos, mas mais complexa que os neuróticos. 
TP. Histriônica: 2 a 3% da população. Emoção excessiva e comportamentos exuberantes, dramáticos, extrovertido, excitável, emotivo, chamativos 
e egocêntricos em busca de atenção. Ataques de irritação e surtos e ataques de raiva, lágrimas, acusações e fúria quando não é o centro das 
atenções ou se não está recebendo elogios. Excitabilidade, vaidade, sedução. Comportamento em busca de atenção, manipulador, egocêntrico, 
sedutor ou charmoso; tendência a criar intrigas; ligações pessoais superficiais. Afetividade superficial e lábil. Busca frequentemente elogios, 
aprovações, exibições dramáticas, rivalidade com outras mulheres. Desequilíbrios neuroquímicos são pesquisados. Hereditariedade: 
temperamento determinado biogeneticamente. A criança aprende a ser atendida pelos pais com este comportamento. Mais comum em mulheres. 
TP Narcisista: senso aumentado e exagerado da sua própria importância, extremo egocentrismo. Sentimentos de grandiosidade, de serem únicos 
de alguma forma. Autoestima frágil. Busca constante de prazer e admiração. Inveja, manipulação, necessidade de atenção e admiração. 
Consideram-se especiais. Lidam pobremente com críticas, ambiciosos, desejosos de fama e fortuna. Pretensiosos. Recusam-se a obedecer às 
regras gerais de comportamento. Preocupação com fantasias envolvendo poder, sucesso, inteligência, riqueza, beleza ou amor ideal. Ausência da 
capacidade de empatia. Necessidade de admiração e atenção constantes. Comportamento manipulador. Comportamentos e atitudes arrogantes 
e insolentes. Mais comum em homens. Vida familiar de apoio incondicional ao que a criança faz. Pouca orientação e disciplina parental. Criança 
aprende a ser onipotente e grandiosa, sem valorizar os outros. 
GRUPO C: Comportamentos descritos como ansiosos ou medrosos. 
TP. Ansiosa (de evitação/esquivo): 1 a 10% da população. Precavido, arredio. Fadiga, falta de entusiasmo, supersensibilidade ao stress. Extrema 
sensibilidade à rejeição, vida social retraída. Tímidos. Vergonha. Hipersensibilidade à rejeição. Incerteza, falta de confiança, medo de falar em 
público, vergonha, ansiedade e medo. Sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão. Comportamento inibido e ansioso com 
autoestima baixa. Crença de ser desinteressante ou inferior aos outros. Relutância em se envolver com pessoas. Evita atividades sociais e 
ocupacionais que envolvam contato interpessoal por medo de críticas, desaprovação ou rejeição, pessoas tímidas e temem situações sociais nas 
quais possam experimentar humilhação ou embaraço. Igualmente comum em homens e mulheres. Pode haver influência hereditária. Criação 
familiar caracterizada por rejeição, críticas, humilhação, abandono e censuras. A criança aprende a ser desconfiada, e vê o mundo como hostil e 
perigoso. 
TP Dependente: 2,5 % da população. Subordinam suas próprias necessidades às de outrem. Não possuem autoconfiança. Medo da sexualidade, 
insegurança, passividade, falta de perseverança. Dificuldade de tomar decisões no dia-a-dia. Outros assumem a responsabilidade pelas principais 
áreas de sua vida. Comportamento submisso, passivo e inseguro, dificuldades de tomar decisões, incapacidade de se autocuidar, preocupação e 
medo de abandono. Extrema autocrítica acompanhada de sentimentos de inadequação e desamparo Dependência nos relacionamentos, suas 
decisões importantes são sempre tomadas pelos outros, passivo e complacente. Submete suas próprias necessidades aos outros. Mais comum 
nas mulheres, e nos filhos mais jovens que nos mais velhos. Pais superprotetores que desencorajam comportamentos independentes dos filhos. 
TP. Obsessiva (anancástica): % da população desconhecido. Constrição emocional, organização, perseverança, obstinação. Regras, normas, 
detalhes, horário, organização. Incapaz de relaxar. Perfeccionismo que interfere com a conclusão de tarefas –constrição geral da personalidade. 
Rigidez, teimosia. São sérios, formais, desprovidos de senso de humor. Incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando 
não tem valor sentimental. Incapacidade de expressar afeto. Modos excessivamente frios e rígidos. Preocupação com regras e detalhes triviais. 
Tendência à perfeição, valorizando o trabalho mais que os prazeres ou os relacionamentos. Rigidez, teimosia, pedantismo e aderência excessivos 
a convenções sociais. Consciencioso em excesso, escrupolosidade e preocupação indevida com produtividade e exclusão do prazer e das relações 
interpessoais. Mais comum nos homens, e entre os filhos mais velhos. Criação de controle excessivo por parte dos pais. A criança é mais criticada 
que elogiada nas suas ações que não seguirem rígidas regras. Os 3 “P”s”: pontualidade, parcimônia (economia), precisão. 
TP Passivoagressica (negativista): obstrução velada, procrastinação, teimosia e ineficiência. Agressão subjacente expressada de maneira passiva. 
Atitudes negativistas, resistência passiva à realização de tarefas sociais e ocupacionais rotineiras, mal humor, propensão a discussões, crítica e 
desdenha a autoridade, expressa inveja e ressentimento para os mais afortunados, alterna o desafio hostil e penitência. 
TP. Impulsivo: tendência marcante a agir impulsivamente, sem consideração pelas consequências, instabilidade afetiva intensa, acessos de raiva 
intensos, explosões comportamentais. Explosivo, não sabe esperar, não pensa antes de agir, não consegue refletir. 
TRATAMENTO: O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se tratando de mudanças de caráter, o indivíduo 
terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para que o tratamento seja efetivo. O tratamento inclui psicoterapias e psicofarmacologia. Os 
medicamentos que podem ser usados são em geral: neurolépticos, antidepressivos, antimaníacos e ansiolíticos. 
 
REDUÇÃO DE DANOS 
Sabe-se que o consumo de drogas e álcool não é um fato novo na história da humanidade, a droga apresenta uma função lúdica e ritualística em 
muitas comunidades, facilita a inserção grupal e intensifica sentimentos de pertencimento e comunhão com demais pessoas, mundo ou universo 
cósmico. Seus efeitos favorecem o combate às sensações de angustia, abandono, solidão proporcionam, enfim, um momento de esquecimento ou 
suspensão das ansiedades e incertezas de mundo indiferente ou ameaçador. 
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O conceito de redução de danos – Estratégia de saúde pública que visa a reduzir os danos causados pelo abuso de drogas lícitas e ilícitas, 
resgatando o usuário em seu papel auto regulador, sem a exigência imediata da abstinência e incentivando o a mobilização social. 
O que é a Redução de Danos? – Usuários terem dificuldades em parar de consumir drogas; por liberdade de escolha ou por não querer fazê-lo; 
Direito ao acesso de informações, insumos (kits para uso seguro de drogas); O consumo da droga pode facilitar a infecção por diversas doenças, 
como as DST/HIV, Hepatites Virais, Tuberculose, Leptospirose, entre outras. 
Relatório Mundial da Saúde Mental (2001) – área saúde mental/álcool e drogas – recomenda: Promover assistência em nível de cuidados 
Primários; disponibilizar medicamentos de uso essencialem saúde mental; promover cuidados comunitários; educar a população; envolver 
comunidades, famílias e usuários; estabelecer políticas, programas e legislação específica; desenvolver recursos humanos; atuar de forma 
integrada com outros setores; monitorar a saúde mental da comunidade; apoiar mais pesquisas. 
 
SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS 
Portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000. 
- Moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de 
internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares e, que viabilizem sua inserção social. 
- São modalidades assistenciais substitutivas da internação psiquiátrica prolongada, devendo reduzir ou descredenciar do SUS, o número de leitos 
a cada transferência do Hospital Especializado para essa nova modalidade de serviços realocando os recursos para a rede substitutiva de cuidados 
em saúde mental.

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