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Disserte sobre a herança socrática no pensamento platônico

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Disserte sobre a herança socrática no pensamento platônico.
Com relação a Platão e Sócrates, pode-se de dizer que o discípulo seguiu o mestre, ou melhor não só seguiu mais evoluiu no que aprendeu.
Fica difícil então diferenciar Platão de Sócrates, este era o assunto do discípulo, seus pensamentos, suas posturas, seu modo de vida, o mestre criou raízes profundas no pensamento platônico.
Tanto era a influência que só conhecemos melhor Sócrates através dos escritos platônicos, pois também o próprio Sócrates não deixou escritos. 
 Platão assim como seu mestre dedica-se ao exame dos problemas do homem, colocava o homem, não do homem abstrato, mas sim concreto, tendência que seguia sempre que tratar dos valores éticos e cívicos do Estado.
 Como Sócrates acreditava na exequibilidade de atingir uma certeza que independesse de subjetivismos, sem os artifícios dos sofistas, contra este destina grande parte de seus pronunciamentos. Protágoras sustentara que não há nada de fixo, não há verdades universais, que todas as aparências são verdadeiras e que, finalmente, o homem é a medida de todas as coisas. Este ceticismo e relativismo era visto por Sócrates como uma influência dissolvente para a moral. Por isso, procurava incutir na juventude ateniense a necessidade de conceitos claros e definições corretas.
Platão visava uma sociedade reta, boa e justa assim como seu mestre que através de se conhecer a si mesmo (maiêutica) poderia despertar no homem a necessidade de melhorar seus conceitos e visões, assim como Sócrates na sua obra A Republica, gostaria de criar uma ateniense pensante de si mesmo, no conceito de justiça.
Justiça, aqui tem o sentido de resumo de virtudes, de viver de maneira moral e ética. 
 2- Como Platão concebe os ideais de homem virtuoso e de Estado justo? Quais as implicações desses ideais para a concepção platônica de Paideia Justa?
Para Platão uma depende da outra para existirem, tanto porque não podemos ter um estado justo sem homens justos 
Homem justo implica em ser um homem datado da capacidade de conhecer a si mesmo, e adquirir virtudes como temperança coragem e prudência, como conseguinte criar assim um estado virtuoso baseado na justiça.
Esta cidade se dividiria em três categorias:
Artesões, magistrados, governantes vivendo em harmonia convivendo para o bem de todos, sendo cada um no seu posto e em suas funções 
Ele acreditava que era preciso reeducar, ou mesmo mudar o modo de educar os pensamentos, Paidéia para Platão então era essa formação, preciso seria não educar em só uma disciplina ou pensamento, mas muitas sendo elas: arte, cultura, matemática, politica, exercendo essas este poderá purificar à alma caminhando em direção do bem, e o bem social.
 3-Estabeleça algumas relações entre a alegoria da caverna e o programa educativo platônico. Dê um exemplo de como a alegoria da caverna poderia estar presente em algumas situações educativas nos dias de hoje.
A alegoria da caverna é uma metáfora em que Platão vai justificar a necessidade da educação na criação de um novo cidadão, com o qual será possível construir um mundo melhor e mais justo e de como a educação deve ser um processo para aquisição de novos conhecimentos.
            A alegoria da caverna retrata a ideia de que os aspirantes à sabedoria devem descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida.  E a educação funciona como forma de desenvolver o homem moral, que deve dedicar todos os seus esforços para o seu desenvolvimento intelectual, físico, moral e espiritual. A caverna de Platão, uma das mais fascinantes e assustadoras metáforas do pensamento ocidental, retrata de forma alegórica o processo educacional de libertação que todos os indivíduos, homens e mulheres, devem empreender ao longo de sua existência.
            Platão interliga a Alegoria da Caverna com a Educação. O principal objetivo é a busca do conhecimento das Ideias perfeitas, eternas e imutáveis que correspondem a realidade verdadeira, e compreendê-las é alcançar o máximo de conhecimento. Simplificando, podemos dizer que aquele que alcança o conhecimento do bem o conhecimento verdadeiro, torna-se melhor e vive mais feliz.
            Mas esse processo é lento e doloroso.
De qualquer modo, trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona e através da luz da verdade atingir novas formas de conhecimento. E nesse caso a Alegoria da Caverna traz implícita também toda uma teoria do conhecimento e da educação ligada a formação do Estado ideal. Mas o que é a educação sem a teoria do conhecimento? Para saber o que ensinar, é preciso saber como aprender. E antes de perguntar o que devemos ensinar, devemos saber qual o melhor processo de aprendizagem que a educação pode nos oferecer para se atingir níveis mais elevados de conhecimento.
4-Qual a provável diferença entre o pensamento platônico e o pensamento socrático no que se refere às suas concepções pedagógicas? Explique.
A prática pedagógica de Sócrates tinha muito a ver com o que ficou conhecido como método socrático ou maiêutica, uma mistura de técnica argumentativa e de investigação, em que a pessoa é levada gradualmente ao conhecimento através do diálogo.
Sócrates não deixou obras escritas, provavelmente por não considerar o texto como fundamental para a investigação filosófica. Ele preferia ir às ruas e iniciar debates que deveriam mostrar os pressupostos que as pessoas tinham sobre uma série de assuntos, corrigindo crenças falsas que elas supostamente tinham.
Para isso, Sócrates tomava as afirmações de outras pessoas e as levava a contradições e becos sem saída, através de questionamentos, ironia e argumentações.
Platão tentou reproduzir esse método através da escrita, elaborando uma série de diálogos que tem Sócrates como protagonista em geral. No entanto, Platão pensava que a educação estava a serviço da organização de uma sociedade em castas, onde cada grupo deveria aprender de acordo com suas "limitações".
Além disso, pensava que a educação não poderia mais se basear fortemente na tradição, devendo passar por um filtro que permitisse separar as boas e más influências, especialmente na arte poética. 
O bom, o justo e certo deveriam ser ensinados de acordo com os conhecimentos dos filósofos, que seriam os membros da "elite" social e política em seu mundo ideal, capazes de acessar verdades eternas e inquestionáveis. 
Ironicamente, a dialética, fortemente inspirada no método socrático, era o auge do programa pedagógico platônico, cujo ensino era restrito aos cidadãos destinados a governar sua sociedade ideal, os filósofos. Assim, o método socrático deixava de produzir conhecimento nas ruas e se tornava privilégio de uma elite.

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