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DIREITO DO CONSUMIDOR B Profª Maria Helena 08/08 - Aula 1 Contratos Fases (no dto consumidor): Oferta Adesão Não há negociação entre as partes, bastando que haja a adesão para que se forme a relação negocial. OBS: nas prestações de serviço, a oferta fica mais dificil de se identificar, vez que as partes acabem negociando. Direito Civil: Negociação - fase de conversação entre as partes, na qual as partes ainda não criam vínculo entre si. Proposta (policitação) - aceite ou recusa. Apenas aquele que faz a proposta fica vinculado a ela (confissão de dívida). Aceitação Princípios: Autonomia Privada c/ autonomia da vontade reduzida (falta de liberdade de pactuação) – completamente mitigada, vez que se manifesta apenas na adesão, definida como a iniciativa de contratar Adesão: condições gerais pré-impressas Boa fé: Judith Martins Costa – busca transformar tal principio na base do CDC Relaciona-se às “cláusulas” e “cláusulas abusivas” (multas e clausulas constantes em contrato valem reciprocamente, ex: fidelidade é imposta ao consumidor, mas não ao prestador) Função social (do contrato): fundamenta-se não só em princípios sociais, mas na viabilidade econômica nos casos em que se aplica. Manutenção dos negócios jurídicos: modificação e revisão de cláusula contratual _______________________________________________________________________________ 15/08/2018 - Aula 2 - continuação dos princípios Transparência - assegura-se ao consumidor a plena ciência da exata extensão das obrigações assumidas perante o fornecedor. Assim, deve o fornecedor transmitir efetivamente ao consumidor todas as informações indispensáveis à decisão de consumir ou não o produto ou serviço, de maneira clara, correta e precisa.. Fidelidade no dever de informar - Cláusulas ambíguas não tem validade (no cdc não há defeito no negócio jurídico, ou ele é válido ou não). Ex: pague só 50% do valor (em letras miúdas - “ a partir do 2º produto”), não há necessidade de contrato escrito, a mera oferta cria a relação negocial CLÁUSULAS ABUSIVAS A abusividade implica na contrariedade a comandos legais ou costumes nas relações de consumo (cairá na prova) OBS: Cláusula essencial prejudica o contrato como um todo, mas no geral as cláusulas abusivas são adjacentes, bastando alegar sua nulidade sem modificar o restante; Só é definida no caso concreto- deve ser demonstrada exatamente onde ocorreu a abusividade Rol EXEMPLIFICATIVO Cláusulas Abusivas - Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I – impossibilitar / exonerar – Responsabilidade de fornecedor por vícios de qlq natureza Cláusulas de: Renúncia de direitos – NULA – EX: Plaquinhas como “não nos responsabilizamos por itens deixados dentro do veículo”; É a clausula de não indenizar – SEM VALOR ALGUM OBS: ‘’a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;’’ II - Cláusula de decaimento (“...subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código...”) Ex: devolvo o bem, mas só me ressarcem porcentagem do valor pago; OBS: compra de imóvel financiado e na planta recebem aplicação do CDC, mas TJ entendeu, contra legem, que apesar desta cláusula, pode haver retenção de até 30% do valor pago; _____________________________________________________________________________ Aula 3 - 29/08/2018 Cláusulas Abusivas - artº 51 Obs: posso assinar o contrato sabendo delas, pois são nulas. Ex: placa de ‘’não nos responsabilizamos por bens deixados’’ I - cláusula de não indenizar - só vale no Dto Civil. II- Cláusula de decaimento - III - transferência de responsabilidade a 3º -vendedor tem responsabilidade de te responder pelo produto, não o fornecedor ou qualquer terceiro fora da relação de consumo (ele que se resolva depois com o terceiro, não você) VI - inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor - quem deve provar é o fornecedor VII - utilização compulsória da arbitragem artº 4º §2º Lei - 9307/96 - Lei de Arbit. - não pode forçar o consumidor a resolver os conflitos por arbitragem. Mas pode ser estabelecida, se for por manifesta vontade do consumidor. Lei 13.129/15 - Aula 4 - 05/09 - FALTEI Aula 5 - 12/09 Artº 51 – Clausulas Abusivas IX – deixem ao fornecedor a opção de conclusão de negócio - tem como destinatários os planos de saude e as seguradoras, para que o contrato se faça perfeito a partir do pagto com preenchimento da proposta, sem que possam desistir do contrato sem encargo algum antes que chegue a apólice - é um documento emitido por uma seguradora, que formaliza a aceitação do risco objeto do contrato de seguro. (reciprocidade) X - Variação do Preço - (Unilateral) - Direta – constante no contrato, sem previsão de índices deixando à arbitrariedade do fornecedor. Indireta – reajustes de valor (ex: imóvel na planta aumentando preço por aumento no preço do combustivel que transporta materiais de construção... quem deveria absorver o prejuízo é o fornecedor, mas não repassar ao consumidor) XI – cancelamento unilateral do contrato - XIII - modificação unilateral do contrato / conteúdo - ex: retirada de conteúdo pela Netflix, retirada de especialidades em planos medicos. XII – obriguem o consumidor a ressarcir as custas da cobrança - custos de cobrança correm pelo credor, não pode haver repasse (taxas de cobrança, notificação, etc). Aula 6 - 19/09 - FALTEI Aula 7 - 26/09 PRATICAS ABUSIVAS Artº 39 I - venda casada Limite quantitativo (não respeitado – ex: papel higienico não se vende rolos unitários) II – recusa de atendimento às demandas dos consumidores (ex: tem uma quantidade no estoque, mas não quer vender tudo ao cliente / apple coloca produto no mostruário, mas sem estoque para venda / troca de produto basta a nota, sem necessidade de carimbo, etiqueta ou caixa própria); III – enviar produto sem solicitação previa (cartão credito / revistas / jornais); - comparam-se a amostras gratis. IV - crianças, idosos, pessoas mais ignorantes; V – exigir vantagem manifestamente excessiva - (ex: valor excessivo por perder comanda em balada / pagar couvert artistico sendo que chegou ao final da apresentação, ou estava fora do alcance) VI – executar serviços sem prévio orçamento VII – repassar informaçao depreciativa (debochar ou divulgar consumidor que passa por constrangimento) VII – colocar produtos no mercado, que descumpram normas existentes (ABNT). IX - alteração de prazos unilateralmente sem previsão contratual – sujeitos a multa contratual (construtora que atrasa obra e apenas avisa atraso ao comprador) - TJ tornou multa inexigivel nos 180 dias após termo final pré estipulado e não cumprido. Passados esses 180 dias, em que as execuções propostas serão sobrestadas, serão cobrados os meses referentes aos 6 meses de sobrestamento. Aula 8 - 03/10 PRATICAS ABUSIVAS - ARTº 39 X – elevar sem justa causa preço de produtos ou serviços - pela teoria da imprevisão, este inciso tem maior relaçao com os contratos de longa duração (ex: plano de saude, energia – pode aumentar, mas não varias vezes ao ano) XII – deixar de ficar prazo para cumprimento da obrigação - deve haver fixação de prazo sempre (ex: entrega de movel planejado que nunca fica pronto) XIII – aplicar formula ou indice de reajuste diverso do legalmente/contratualmente estabelecido Contrato continuativo Emp bancario Financiamento imovel XIV – permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de nº maior de consumidores que o ficado como maximo pela autoridade administrativa. §ú - equiparação dos produtos (inc III) às amostras gratis, inexistindo obrigação de pagto. Aula 9 - 10/10 PRATICAS ABUSIVAS Art 39 RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO Respons. = Tem natureza OBJETIVA nas relações de consumo. Por conta disto, desnecessário o apontamento de nexo de causalidade entre o ato e o dano, visto que o mero atogerou um dano, não há que ficar produzindo laudos, perícias, etc (sendo estes discutidos em demandas secundárias, como as de regresso) Dano moral no Dto Consumidor (É EXCESSÃO - depende muito da descrição fática - geralmente as súmulas ou entendimentos demosntram quais casos são cabíveis) = toda lesão à dignidade da pessoa humana, não admissível que os danos morais e materiais sejam gerados pela mesma fonte. Elementos Ato (conduta - vício) dano Nexo de causalidade Nexo de Imputação Teoria da qualidade Espécies de risco Aula - 24/10 RESP CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO Requisitos Ilícito - é requisito aqui, não conduta a ser analisada Nexo - Teoria da causalidade adequada. Dano - Resp objetiva Excludentes Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. + (caso fortuito – interno (previsiveis na competencia do fornecedor - indenizavel) / externo (eventos da natureza ou não previsiveis –não indenizavel) ->dano reflexo ou por ricochete ->fundamento dano moral - lesao à dignidade humana ->dano moral coletivo é admitido - -> fdo de dtos difusos e coletivos -dano Punitivo Reparatório Teoria do risco Risco do proveito Risco profissional Risco excepcional Risco criado Risco integral Risco proveito – resp. Daquele que tira proveito ou vantagem do fato causador do dano. Quem cria riscos potenciais de dano, deve suportar onus correspondentes Risco criado - é uma ampliação da teoria do risco proveito. Qlq atividade economica ou não, é geradora de riscos e, portanto está obrigadoa indenizar Exposição ao dano Consequencia inafastavel da atividade Risco Profissional – restringe-se à resp objetiva dos empregadores pelos acidentes causados aos empregados Risco social – em consonancia com o principio da dignidade humana, o foco da resp civil é a vitima Reparação do dano a cargo da coletividade Risco integral: não há preocupação com elementos pessoais ou nexo causal. Mesmo que a vitima tenha dado causa, há responsabilidade Dever de indenizar decorre do dano Aula 07/11 Fato do Produto / Serviço (artº 12 a 17) É o acidente de consumo Além de atingir a incolumidade economica do consumidor / atinge a incolumidade fisica ou psiquica dele ou 3º Fato do Serviço Dedetização com dosagem errada Pintura toxica Instalação de kit gas FAto do produto Baterias de celulares Automovel com freios e cambio defeituosos Refrigerante contaminado Alimentos estragados Prazo (art] 27) Prescrição 5 anos do CONHECIMENTO DO DANO Vício do Produto ou do Serviço Defeito atinge apenos o bem de consumo Vicio do Produto TV Automovem com motor q vem a fundir Vício do Serviço Dedetização Pelicula mal fixada Conserto mal executado Prazo: artº 26 Decadencial – 30d – bens não duraveis 90d – bens duraveis Produtos não duráveis (alimentos e bebidas, produtos de higiene) Serviços Não Duráveis (transporte, pacote turistico, faxina)
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