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Teoria de aprendizagem


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 TEORIAS DE APRENDIZAGEM
Docente:
Adelina Cumbe Moiana
Discente:
(Manjueljoaomacaque84@gmail.com)
Sanga 2019
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
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Teorias de aprendizagem
Estas teorias são importantes porque possibilitam adquirir conhecimentos, atitudes e habilidades que permitirão alcançar melhor os objectivos do ensino. 
É importante compreender o modo como as pessoas aprendem e as condições necessárias para a aprendizagem, bem como identificar o papel de um professor (extensionista), por exemplo, nesse processo.
Na aprendizagem escolar, existem os seguintes elementos centrais, para que o desenvolvimento escolar ocorra com sucesso:
o aluno; 
o professor e 
a situação de aprendizagem. 
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As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos actos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. 
A aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e relação através da interação entre as pessoas. 
As teorias de aprendizagem têm em comum o facto de assumirem que indivíduos são agentes activos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo. 
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Princípios de educação
Princípios de pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
De igualdade de oportunidades para todos terem sucesso, pautados por padrões de qualidade de ensino;
Alunos (produtores) tendo sucesso na escola (grupo), pelo desenvolvimento de seu potencial e o gosto e hábito de aprender;
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Elementos da educação/aprendizagem
O professor (extensionista); 
O aluno (produtor);e
O conteúdo a ser aprendido (técnicas).
As relações entre estes elementos são aqui abordadas através da teoria do triângulo pedagógico de Houssaye (2000). Ele desenvolve um triângulo que é referência a diversos domínios como as ciências da educação, a psicologia e a pedagogia e é composto de três elementos de base. 
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Representação do triângulo pedagógico de Houssaye.
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Houssaye (2000) argumenta ainda que na aresta “ensinar”, aresta somativa, são trabalhadas as teorias, as orientações e a pedagogia do programa. 
Na aresta “formar”, aresta formativa, são trabalhados o ambiente e a transmissão de valores e 
Na aresta “aprender”, aresta cognitiva, area da explicitação dos conteudos. 
O saber/conteúdo deve variar segundo o aluno/aprendiz, seu desenvolvimento e habilidades. Daí a importância do papel do mediador, de saber como apresentar o conteúdo para que ele faça sentido para o aprendiz/produtor. É a partir de suas capacidades já adquiridas e de seu desenvolvimento, que as actividades lhe serão propostas. 
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O Professor 
O elemento “professor” no triângulo pedagógico é o educador, o formador, o mediador.
Para Vygotski (1987), os mediadores podem ser adultos, crianças ou mesmo o ambiente. Ele é considerado como tal se ele é capaz de oferecer qualquer estímulo que o aprendiz possa elaborar a partir da experiência, construindo novos conhecimentos e novos conceitos.
O mediador é quem tem o trabalho de escolher as situações, clarear os objectivos, contribuir para a organização, fazer surgir os conceitos/teoremas e facilitar as inferências em uma determinada situação.
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Factores da aprendizagem
Estrutura cognitiva
A estrutura cognitiva é um factor a considerar na aprendizagem. Bloom (1979), na sua taxonomia dos objectivos pedagógicos situa no domínio cognitivo a aquisição dos conhecimentos e as habilidades ou capacidades intelectuais de compreensão (transposição, interpretação, extrapolação), de aplicação, de análise (procura dos elementos, das relações e dos princípios de organização), de síntese (produção de uma obra pessoal, elaboração de um plano de acção, derivação de um conjunto de relações abstratas) e de avaliação (crítica interna e externa).
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Personalidade
Personalidade é definido de inúmeras formas por muitos autores. O termo vem do latim “personalitas”, introduzido pela escolástica e utilizado ao mesmo tempo que a noção de “persona” cuja significação, variando ao longo da história, remete para noções como consciência, entidade, unidade, individualidade e responsabilidade (Piéron, 1963).
 
Factores sociais e interpessoais
Os factores sociais são tão amplos e exercem, de facto, tantas influências directas e indirectas na aprendizagem, que a escola e o professor devem ter particular atenção a este factor, procurando não transformar diferenças em desigualdades, motivação em desinteresse, mas sim estimular um relacionamento positivo e enriquecedor.
 
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Factores motivacionais
No dia-a-dia escolar, os professores confrontam-se com a necessidade de compreender as diferenças de atitude e comportamento dos alunos que têm influência directa e indirecta na realização e satisfação escolares. 
Embora a capacidade intelectual seja, por vezes, apontada como um dos factores que podem explicar as diferenças na aprendizagem, a verdade é que todos sabemos que alunos inteligentes podem ter um fraco rendimento e outros menos doptados têm notas excelentes. 
A motivação é um factor que deve ser equacionado neste contexto e tem grande importância na análise do processo educativo.
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Como o adulto aprende 
Ao contrário da criança, o adulto tem uma ampla bagagem histórica, social e cultural, e, como tal, procurará construir o seu próprio conhecimento com a ajuda do formador, que assim se converte num facilitador da aprendizagem. O formador deve ter em conta que no processo de aprendizagem o adulto:
Tem muita preocupação com o insucesso/fracasso;
Centra o interesse pela aprendizagem na ascensão na carreira, bem-estar, aumento da auto-estima;
Tem objectivos de aprendizagem que são concretos, bem definidos e bastante valorizados;
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Cont.
Deseja os benefícios e os êxitos intensamente e com ansiedade;
Revela bastante insegurança e susceptibilidade perante as críticas;
Tende a agrupar-se em grupos heterogéneos em função da idade, dos interesses, das motivações, do tipo de experiência e das aspirações;
Tem uma maior capacidade de concentração, o que favorece o aproveitamento do tempo;
Poderá pensar que não é capaz de adquirir novos conhecimentos quando tem experiências de aprendizagem frustrantes.
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Factores facilitadores e inibidores da aprendizagem dos adultos
A aprendizagem no adulto manifesta as seguintes características:
O aprendente é um sujeito auto-dirigido;
Os adultos tomam a iniciativa das suas aprendizagens. Assim, o tutor deve ser um facilitador das aprendizagens para permitir que o formando se sinta confortável com as competências que vai adquirindo. 
A aptidão dos adultos para aprender está relacionada com o que eles consideram relevante para as suas vidas. 
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Factores facilitadores e inibidores da aprendizagem dos adultos. CONT.
Experiência 
Os adultos têm experiências de vida únicas que influenciam as situações de aprendizagem. Existe como que uma ampla plataforma, construída através das experiências de vida, onde se podem ancorar novas e diversificadas aprendizagens. 
As experiências e a consciência dos adultos fazem destes uma massa crítica que pode trazer grandes benefícios para o contexto da formação. O tutor deve ajudar o formando a articular o que está a ser ensinado com os seus conhecimentos, a sua experiência e com o que é relevante para o formando.
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Disponibilidade para aprender
Nos adultos existe disponibilidade, necessidade e interesse na aprendizagem para que possam responder às exigências da vida em sociedade. Por exemplo, se um adulto quer progredir na carreira, poderá sentir necessidade de aprender temas específicos. Podemos dizer que a disponibilidade para aprender pode ser provocada, induzida ou estimulada. Para o adulto, a aprendizagem é algo que tem significado e importânciapara o seu dia-a-dia.
Factores facilitadores e inibidores da aprendizagem dos adultos. CONT.
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Orientação para a aprendizagem
Em geral, os adultos não aprendem apenas por aprender, mas para poderem enfrentar de forma satisfatória as necessidades e obstáculos que lhe surgem. Os adultos procuram aprender para desenvolver ou melhorar competências para que possam adequadamente responder a desafios e problemas concretos que enfrentam ao longo da vida.
Factores facilitadores e inibidores da aprendizagem dos adultos. CONT.
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Motivação para aprender
Nas teorias andragógicas pressupõe-se que os adultos estão motivados para aprendizagem por factores externos (obtenção de emprego, aumentos salariais, progressão na carreira). Contudo, estes factores estão relacionados em última análise por factores internos (auto-estima, reconhecimento por parte dos outros, auto-confiança, qualidade de vida).
Aplicabilidade
Os adultos adquirem mais eficazmente esse conhecimento se tiver uma aplicabilidade prática. Deve existir uma aplicação para o que está a ser aprendido e é importante transmitir ao formando como serão úteis esses conhecimentos. Os adultos aprendem com situações da vida quotidiana, por isso é importante que o tutor explicite de que forma os novos conhecimentos e competências podem ser aplicados para resolver determinados problemas.
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Clareza dos objectivos
Os adultos gostam que a aprendizagem tenha objectivos bem definidos. Para além dos factores enunciados, existem ainda factores internos ao indivíduo que fazem parte integrante da sua personalidade e da sua vivência, enquanto seres sociais, e que também condicionam a aprendizagem, como seja:
Factores facilitadores e inibidores da aprendizagem dos adultos. CONT.
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Factores cognitivos da aprendizagem dos adultos
Atenção; Concentração; Memória; Associação; Compreensão; Abstracção; Intuição; Criatividade.
Factorespsico - sociais da aprendizagem dos adultos
Responsabilidade; Conhecimentos prévios e referências;
Pragmatismo; Resistência à mudança; Medo de errar e preocupação com a imagem; Relação com o poder/autoridade.
O processo de ensino e aprendizagem requer novas abordagens pois o processo de aquisição de conhecimentos reveste-se de características particulares, que se baseiam nas especificidades do aprendiz-adulto.
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Fim da Apresentação