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Qualidade de Agua para o Consumo Humano

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Dedicatória 
Aos nossos colegas, pelas oportunidades e confiança 
que depositam em nós. Ao nosso docente 
"superpoderoso" e amigos que, de alguma forma, 
serviram de exemplo para a realização do nosso 
trabalho e ajudaram-nos com sugestões e 
observações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimento 
É bem difícil escrever agradecimentos pela simples 
razão de que inúmeras pessoas ajudaram com que este 
trabalho fosse realizado, seja pelas críticas, seja pelas 
sugestões. Claro que inicio pelos nossos pais, por 
todo o carinho, dedicação e esforço que tem 
demonstrado para me orientar e educar durante esse 
longo percurso acadêmico. 
 
 
 
Índice Pág. 
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 4 
2. CONTEXTUALIZAÇÃO -------------------------------------------------------------------- 4 
3. ESTRUTURA DO TRABALHO ------------------------------------------------------------ 4 
4. METODOLOGIA ----------------------------------------------------------------------------- 4 
5. QUALIDADE DA ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO -------------------------- 5 
5.1. Propriedades da Água ----------------------------------------------------------------------- 5 
5.2. Características da água --------------------------------------------------------------------- 9 
5.2.1. Características físicas da água -------------------------------------------------------- 9 
5.2.2. Características químicas da água ----------------------------------------------------11 
5.2.3. Características biológicas da água ---------------------------------------------------15 
5.3. Microbiologia da água ---------------------------------------------------------------------17 
5.3.1. Enfermidades de transmissão hídrica (causas) -------------------------------------17 
5.3.2. Bactérias indicadoras de contaminação ---------------------------------------------19 
5.4. Parâmetros da qualidade da água ---------------------------------------------------------20 
5.4.1. Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS -----------------------------23 
5.4.2. Índices dos parâmetros da qualidade de água – SNS ------------------------------24 
5.5. Fenómeno de eutrofização das águas ----------------------------------------------------28 
5.6. Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana ----------------------31 
5.7. Procedimentos para testagem da qualidade da água ------------------------------------32 
6. CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------34 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -----------------------------------------------------35 
 
Índice de Figuras 
 
Figura 01: Transporte de Calor.......................................................................................................7 
Figura 02: Coliformes termotolerantes ou fecais.........................................................................16 
 
Índice de Tabelas 
 
Tabela 01: Oxigênio dissolvido na água com a variação de temperatura......................................8 
Tabela 02: Doenças relacionadas com a água..............................................................................19 
Tabela 03: Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS................................................23 
Tabela 04: Parâmetros microbiológicos.......................................................................................24 
Tabela 05: Parâmetros físicos e organolétpticos..........................................................................25 
Tabela 06: Parâmetros químicos..................................................................................................26 
Tabela 07: Parâmetros microbiológicos.......................................................................................26 
Tabela 08: Parâmetros físicos e organolépticos...........................................................................27 
Tabela 09: Parâmetros químicos..................................................................................................28 
Tabela 10: Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana.................................32 
 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO (ISPS) 
 
 
 
 Pág. 4 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
1. Introdução 
 
No presente trabalho abordar-se-á acerca da qualidade de água para o consumo humano, 
tendo como enfoque alguns parâmetros de potabilização da água para o melhoramento da 
qualidade, sem perder de vista as suas propriedades iniciais. Além disso, também 
abordar-se-á a respeito das doenças causadas por ingestão de água contaminada e os seus 
efeitos, tendo em conta que a água é uma das substâncias mais importantes do Planeta 
Terra, pois, dela depende a maioria dos processos físicos, químicos e biológicos nos 
ecossistemas. Para o homem a água sempre foi determinante no ritmo de sua evolução. 
 
2. Contextualização 
 
A água é formada pelos elementos hidrogênio e oxigênio, na proporção genérica de dois 
para um (H2O), as moléculas da água estão presentes em todos os planetas do sistema 
solar, porém, somente na Terra encontram-se nos três estados (gasoso, sólido e líquido), 
sendo sua compisição fluída responsável pelo desenvolvimento da vida. 
3. Estrutura do trabalho 
O trabalho está estruturado em 3 partes. A primeira parte é a parte pré-textual que inclui 
a capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimento, índice de figuras, índice de tabelas e 
por fim o objectivo do trabalho. A segunda parte é a parte textual e é composta de 
introdução, desenvolvimento e conclusão do trabalho. A terceira e a última parte é a parte 
pós- textual e é composta de referência bibliográfica. 
 
4. Metodologia 
O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, análise da literatura já publicada em 
forma de livros, e informações disponibilizada na Internet. Obtenção de ideias e sugestões 
junto de pessoas com conhecimentos na área, com o objectivo de esclarecer alguns 
conceitos, de forma a ter uma visão mais ampla do tema que baseia a minha pesquisa. 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO (ISPS) 
 
 
 
 Pág. 5 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
5. Qualidade da Água para o Consumo Humano 
5.1. Propriedades da Água 
Segundo Lira (2014), destacam-se as seguintes proriedades da água: 
 Massa específica; 
 Viscosidade; 
 Tensão superficial; 
 Calor específico; 
 Dissolução de gases; e 
 Dissolução de substâncias. 
 
Massa específica 
A massa específica, ou densidade absoluta, indica a relação entre a massa e o 
volume de uma determinada substância. Ao contrário de todos os outros líquidos, que 
apresentam a densidade máxima na temperatura de congelamento, no caso da água ela 
ocorre a 4ºC, quando atinge o valor unitário. Isto significa que a água, nesta temperatura, 
por ser mais densa. 
Em alguns países de clima frio, esta característica é conhecida como anomalia térmica da 
água, tem uma importância vital para a ecologia aquática em períodos de inverno. Sendo 
a água a 4ºC mais densa que a 0ºC (ponto de congelamento), os rios e lagos no inverno 
congelam-se apenas na superfície, ficando a temperatura do fundo sempre acima da 
temperatura do ponto de congelamento. 
Para se entender a anomalia térmica da água, é necessário considerar variações na 
estrutura molecular da mesma de acordo com a temperatura. A água, na forma de gelo, 
apresenta uma estrutura tetraédrica ou cristalina, caracterizada pela existência de muitos 
espaços vazios. À medida que a temperatura aumenta, a água vai abandonando a estruturacristalina e assumindo, gradativamente, a estrutura conhecida como compacta, na qual as 
moléculas estão acondicionadas sem espaços vazios. 
Isto significa que, com o aumento de temperatura, a água vai se tornando cada vez mais 
densa. 
 
 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO (ISPS) 
 
 
 
 Pág. 6 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
Viscosidade 
A viscosidade de um líquido caracteriza a sua resistência ao escoamento. Esta 
grandeza é inversamente proporcional à temperatura, o que significa que uma água quente 
é menos viscosa que uma água fria. Tal fato traz, naturalmente, consequências para a vida 
aquática: os pequenos organismos, que não possuem movimentação própria, tendem a ir 
mais rapidamente para o fundo do corpo d’água em períodos mais quentes do ano, quando 
a viscosidade é menor. O mesmo ocorre com partículas em suspensão, que sesedimentam, 
mais intensamente, no caso de ambientes aquáticos tropicais. Para muitos organismos, o 
fato de atingirem o fundo significa a sua morte, em razão da pouca disponibilidade de 
oxigênio e luz. 
 
Tenão superficial 
Na interface que separa o meio líquido e o meio atmosférico, ou seja, na camada 
superficial micrométrica de um corpo d’água, há uma forte coesão entre as moléculas, 
fenômeno este denominado tensão superficial. Às vezes, esta coesão é tão forte que pode 
ser observada a olho nu em um recipiente de água ao se tocar levemente sua superfície 
com o dedo. Esta fina camada de aparência gelatinosa serve de substrato para a vida de 
pequenos organismos, que podem habitar tanto a parte superior, quanto a inferior da 
película. A coesão molecular na superfície é afetada por alguns fatores físicos e químicos, 
como, por exemplo, a temperatura e a presença de substâncias orgânicas dissolvidas. 
Quanto maior a temperatura, menor é a tensão superficial. Quando há o lançamento de 
esgotos industriais em rios e lagos, ocorre um aumento na concentração de substâncias 
orgânicas dissolvidas, o que também leva a uma diminuição da tensão superficial. 
 
Calor específico 
Define-se calor específico como a quantidade de energia requerida, por unidade 
de massa, para elevar a temperatura de um determinado material. A energia necessária 
para elevar em 1ºC (de 14,5 a 15,5ºC) a temperatura de um grama de água foi definida 
como sendo uma caloria (1 cal), ficando, pois, estabelecido o calor específico da água 
pura como sendo igual a 1,0 cal/gº C. Ao contrário do calor específico, a condutividade 
térmica da água é extremamente baixa. Se um corpo d’água permanecesse imóvel, sem 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
turbulência, a difusão do calor seria tão lenta que o seu fundo só seria aquecido após 
vários séculos. 
 
Figura 01: Transporte de Calor 
Fonte: Manual de Controle da qualidade da água para técnico que trabalham em ETAS 
(colegioweb.com.br) 
 
Dissolução de gases 
A água apresenta a capacidade de dissolução de gases, alguns dos quais bastante 
importantes para a ecologia do ambiente hídrico. O gás de maior relevância para o mei 
aquático é, sem dúvida alguma, o oxigênio, já que dele dependem todos os organismos 
aeróbios que habitam o corpo d’água. Sabe-se que a biota (conjunto de seres vivos) 
aquática pode ser formada por organismos aeróbios e ou anaeróbios. Enquanto os pri- 
meiros utilizam o oxigênio dissolvido para sua respiração, os últimos respiram utilizando 
o oxigênio contido em moléculas de diversos compostos, como nitratos (NO3
- ), sulfatos 
(SO4
-2) e outros. 
Para o ser humano, o predomínio de uma condição aeróbia no corpo d’água é 
fundamental, já que a maioria dos usos da água exige condições de qualidade só 
encontradas em ambientes aeróbios. No entanto, sob o ponto de vista ecológico, os 
ambientes anaeróbios, como pântanos, por exemplo, também apresentam relevância, 
muito embora não se prestem para utilização humana. 
A concentração dos gases na água depende da chamada pressão parcial do gás e da 
temperatura. Sabe-se que na atmosfera terrestre, os principais gases estão distribuídos, 
aproximadamente, na seguinte proporção: 
 Nitrogênio (N2): 78%; 
 Oxigênio (O2 ): 21%; e 
 Gás carbônico (CO2 ): 0,03%.
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
Observação: o aumento da concentração de oxigênio em solução no meio líquido ocorre, 
fundamentalmente, por meio de dois fenômenos: aeração atmosférica e atividade 
fotossintética das plantas aquáticas. Enquanto que em rios a fonte principal de oxigênio é 
a atmosfera, mediante a existência de turbulência em suas águas, no caso de lagos há a 
dominância da fotossíntese, em decorrência do maior crescimento de microalgas e plantas 
aquáticas. A diminuição da concentração de oxigênio em solução no meio líquido é 
consequência dos seguintes processos: perdas para a atmosfera (desorpção atmosférica), 
respiração dos organismos, mineralização da matéria orgânica e oxidação de íons. 
 
Tabela 01: Oxigênio dissolvido na água com a variação de temperatura 
Fonte: Charbonneau, J. P. et al. Enciclopédia de Ecologia. São Paulo: EDU EDUSP. 1979. p-120. 
 
Dissolução de substâncias 
Além de gases, a água também tem a capacidade de dissolver outras substâncias 
químicas, as quais apresentam relevância na determinação de sua qualidade. A 
solubilidade destas substâncias está vinculada ao pH do meio, havendo geralmente um 
acréscimo da solubilidade com a redução do pH. Também o aumento da temperatura 
favorece a solubilidade das diversas substâncias químicas. 
A influência do pH e da temperatura pode ser observada na distribuição de substâncias 
dissolvidas em rios e lagos. Principalmente nestes últimos, ocorre um gradiente acentuado 
de pH, com a obtenção de valores elevados na superfície, como decorrência da atividade 
fotossintética e teores mais baixos no fundo, em função do predomínio de processos 
respiratórios. 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
5.2. Características da água 
Pra Lira (2014), 
“Para caracterizar uma água são determinados diversos parâmetros, que são 
indicadores da qualidade da água e se constituem não conformes quando 
alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso. As 
características físicas, químicas e biológicas da água estão associadas a uma 
série de processos que ocorrem no corpo hídrico e em sua bacia de drenagem.” 
 
Ao se abordar a questão da qualidade da água, é fundamental ter em conta que o meio 
líquido apresente duas características marcantes, que condicionam, de maneira absoluta, 
a conformação desta qualidade: capacidade de dissolução e capacidade de transporte. 
 
5.2.1. Características físicas da água 
As características físicas da água são: 
 Temperatura 
 Sabor e odor 
 Cor 
 Turbidez 
 Sólidos 
 Condutividade elétrica
 
Temperatura 
A temperatura expressa a energia cinética das moléculas de um corpo, sendo seu 
gradiente o fenômeno responsável pela transferência de calor em um meio. A alteração 
da temperatura da água pode ser causada por fontes naturais (principalmente energia 
solar) ou antropogênicas (despejos industriais e águas de resfriamento de máquinas). A 
temperatura exerce influência marcante na velocidade das reações químicas, nas 
atividades metabólicas dos organismos e na solubilidade de substâncias. 
 
Sabor e odorA conceituação de sabor envolve uma interação de gosto (salgado, doce, azedo e 
amargo) com o odor. No entanto, genericamente usa-se a expressão conjunta: sabor e 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
odor. Sua origem está associada tanto à presença de substâncias químicas ou gases 
dissolvidos, quanto à atuação de alguns micro-organismos, notadamente algas. 
Despejos industriais que contêm fenol, mesmo em pequenas concentrações, apresentam 
odores bem característicos. Vale destacar que substâncias altamente deletérias aos 
organismos aquáticos, como metais pesados e alguns compostos organossintéticos não 
conferem nenhum sabor ou odor à água. Para consumo humano e usos mais nobres, o 
padrão de potabilidade exige que a água seja completamente inodora. 
 
Cor 
A cor da água é produzida pela reflexão da luz em partículas minúsculas de 
dimensões inferior a 1 µm – denominadas coloides – finamente dispersas, de origem 
orgânica (ácidos húmicos e fúlvicos) ou mineral (resíduos industriais, compostos de ferro 
e manganês). Corpos d’água de cores naturalmente escuras são encontrados em regiões 
ricas em vegetação, em decorrência da maior produção de ácidos húmicos. 
 
Turbidez 
A turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à 
passagem da luz através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre na 
suspensão, sendo expressa por meio de unidades de turbidez (também denominadas 
unidades de Jackson ou nefelométricas). A turbidez dos corpos d’água é particularmente 
alta em regiões com solos erosivos, onde a precipitação pluviométrica pode carrear 
partículas de argila, silte, areia, fragmentos de rocha e óxidos metálicos do solo. 
Grande parte das águas de rios brasileiros é naturalmente turva em decorrência das 
características geológicas das bacias de drenagem, ocorrência de altos índices 
pluviométricos e uso de práticas agrícolas, muitas vezes inadequadas. Ao contrário da 
cor, que é causada por substâncias dissolvidas, a turbidez é provocada por partículas em 
suspensão, sendo, portanto, reduzida por sedimentação. 
 
 
 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
Sólidos 
A presença de sólidos na água é comentada neste tópico relativo aos parâmetros 
físicos, muito embora os sólidos possam, também, estar associados a características 
químicas ou biológicas. Os sólidos presentes na água podem estar distribuídos da seguinte 
forma: em suspensão (sedimentáveis e não sedimentáveis) e dissolvidos (voláteis e fixos). 
Sólidos em suspensão podem ser definidos como as partículas passíveis de retenção por 
processos de filtração. Sólidos dissolvidos são constituídos por partículas de diâmetro 
inferior a 10-3 µm e que permanecem em solução mesmo após a filtração. A entrada de 
sólidos na água pode ocorrer de forma natural (processos erosivos, organismos e detritos 
orgânicos) ou antropogênica (lançamento de lixo e esgotos). 
 
Condutividade elétrica 
A condutividade elétrica da água indica a sua capacidade de transmitir a corrente 
elétrica em função da presença de substâncias dissolvidas, que se dissociam em ânions e 
cátions. Quanto maior a concentração iônica da solução, maior é a oportunidade para ação 
eletrolítica e, portanto, maior a capacidade em conduzir corrente elétrica. 
Muito embora não se possa esperar uma relação direta entre condutividade e concentração 
de sólidos totais dissolvidos, já que as águas naturais não são soluções simples, tal 
correlação é possível para águas de determinadas regiões onde exista a predominância 
bem definida de um determinado íon em solução. A condutividade elétrica da água deve 
ser expressa em unidades de resistência (mho ou S) por unidade de comprimento 
(geralmente cm ou m). 
 
5.2.2. Características químicas da água 
As características químicas da água são: 
 pH 
 Alcalinidade 
 Acidez 
 Dureza 
 Cloretos 
 Série nitrogenada 
 Fósforo 
 Micropoluentes 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
 
pH 
O potencial hidrogêniônico (pH) representa a intensidade das condições ácidas ou 
alcalinas do meio líquido, por meio da medição da presença de íons hidrogênio (H+). É 
calculado em escala antilogarítmica, abrangendo a faixa de 0 a 14 (inferior a 7: condições 
ácidas; superior a 7: condições alcalinas). O valor do pH influi na distribuição das formas 
livre e ionizada de diversos compostos químicos, além de contribuir para um maior ou 
menor grau de solubilidade das substâncias e de definir o potencial de toxicidade de vários 
elementos. As alterações de pH podem ter origem natural (dissolução de rochas, 
fotossíntese) ou antropogênica (despejos domésticos e industriais). Em águas de 
abastecimento, baixos valores de pH podem contribuir para sua corrosividade e 
agressividade, enquanto que valores elevados aumentam a possibilidade de incrustações. 
Para a adequada manutenção da vida aquática, o pH deve situar-se, geralmente, na faixa 
de 6 a 9. 
 
Alcalinidade 
A alcalinidade indica a quantidade de íons na água que reagem para neutralizar os 
íons hidrogênio. Constitui-se, portanto, em uma medição da capacidade da água de 
neutralizar os ácidos, servindo, assim, para expressar a capacidade de tamponamento da 
água, isto é, sua condição de resistir a mudanças do pH. Ambientes aquáticos com altos 
valores de alcalinidade podem, assim, manter aproximadamente os mesmos teores de pH, 
mesmo com o recebimento de contribuições fortemente ácidas ou alcalinas. 
Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3
- ), carbonatos 
(CO3
2+) e hidróxidos (OH3
- ). Outros ânions, como cloretos, nitratos e sulfatos, não 
contribuem para a alcalinidade. A distribuição entre as três formas de alcalinidade na água 
(bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos) é função do seu pH: pH > 9,4 (hidróxidos e 
carbonatos); pH entre 8,3 e 9,4 (carbonatos e bicarbonatos); pH entre 4,4 e 8,3 (apenas 
bicarbonatos). 
 
Acidez 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
A acidez, em contraposição à alcalinidade, mede a capacidade da água em resistir 
às mudanças de pH causadas pelas bases. Ela decorre, fundamentalmente, da presençade 
gás carbônico livre na água. A origem da acidez tanto pode ser natural (CO2 absorvido da 
atmosfera, ou resultante da decomposição de matéria orgânica, presença de H2S– gás 
sulfídrico) como antropogênica (despejos industriais, passagem da água por minas 
abandonadas). De maneira semelhante à alcalinidade, a distribuição das formas de acidez 
também é função do pH da água: pH > 8.2 – CO2livre ausente; pH entre 4,5 e 8,2 – acidez 
carbônica; pH < 4,5 – acidez por ácidos minerais fortes, geralmente resultantes de 
despejos industriais. Águas com acidez mineral são desagradáveis ao paladar, sendo 
desaconselhadas para abastecimento doméstico. 
 
Dureza 
A dureza indica a concentração de cátions multivalentes em solução na água. Os 
cátions mais frequentemente associados à dureza são os de cálcio e magnésio (CA+2 , 
Mg+2) e, em menor escala, ferro (Fe+2), manganês (Mn+2 ), estrôncio (Sr+2) e alumínio 
(Al
+3
 ). A dureza pode ser classificada como dureza carbonato ou dureza não carbonato, 
dependendo do ânion com o qual ela está associada. A dureza carbonato correspondeà 
alcalinidade, estando, portanto em condições de indicar a capacidade de tamponamento 
de uma amostra de água. A origem da dureza das águas pode ser natural (por exemplo, 
dissolução de rochas calcárias, ricas em cálcio e magnésio) ou antropogênica (lança- 
mento de efluentes industriais). 
 
Cloretos 
Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de águas 
do mar, e ainda podem advir dos esgotos domésticos ou industriais. Em altas 
concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas. 
 
Série nitrogenada 
No meio aquático, o elemento químico nitrogênio pode ser encontrado sob diversas 
formas: 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
a) Nitrogênio molecular (N2): nesta forma, o nitrogênio está, continuamente, su- 
jeito a perdas para a atmosfera. Algumas espécies de algas fixar o nitrogênio 
atmosférico, o que permite o seu crescimento mesmo quando as outras formas de 
nitrogênio não estão disponíveis na massa líquida; 
b) Nitrogênio orgânico: constituído por nitrogênio na forma dissolvida (compostos 
nitrogenados orgânicos) ou particulada (biomassa de organismos); 
 
Fósforo 
O fósforo é, em razão da sua baixa disponibilidade em regiões de clima tropical, o 
nutriente mais importante para o crescimento de plantas aquáticas. Quando este 
crescimento ocorre em excesso, prejudicando os usos da água, caracteriza-se o fenômeno 
conhecido como eutrofização. No ambiente aquático, o fósforo pode ser encontrado sob 
várias formas: 
a) Orgânico: solúvel (matéria orgânica dissolvida) ou particulado (biomassa de 
micro-organismos); 
b) Inorgânico: solúvel (sais de fósforo) ou particulado (compostos minerais, como 
apatita). 
 
 
Micropoluentes 
Existem determinados elementos e compostos químicos que, mesmo em baixas 
concentrações, conferem à água características de toxicidade, tornando-a, assim, 
imprópria para grande parte dos usos. Tais substâncias são denominadas micropoluentes. 
O maior destaque, neste caso, é dado aos metais pesados (por exemplo, arsênio, cádmio, 
cromo, cobre, chumbo, mercúrio, níquel, prata, zinco), frequentemente encontrados em 
águas residuárias industriais. Além de serem tóxicos, estes metais ainda acumulam-se no 
ambiente aquático, aumentando sua concentração na biomassa de organismos à medida 
que se evolui na cadeia alimentar (fenômeno de biomagnificação). 
 
 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
5.2.3. Características biológicas da água 
Micro-organismos de importância sanitária 
O papel dos micro-organismos no ambiente aquático está fundamentalmente 
vinculado à transformação da matéria dentro do ciclo dos diversos elementos. Tais 
processos são realizados com o objetivo de fornecimento de energia para a sobrevivência 
dos micro-organismos. Um dos processos mais significativos é a decomposição da 
matéria orgânica, realizada principalmente por bactérias. Este processo é vital para o 
ambiente aquático, na medida em que a matéria orgânica que ali chega é decomposta em 
substâncias mais simples pela ação das bactérias. Como produtos finais obtêm-se 
compostos minerais inorgânicos, como por exemplo, nitratos, fosfatos e sulfatos que, por 
sua vez, são reassimilados por outros organismos aquáticos. O processo de decomposição, 
também designado como estabilização ou mineralização, é um exemplo do papel dos 
micro-or-ganismos. Por outro lado, existem algumas poucas espécies que são capazes de 
transmitir enfermidades, gerando, portanto, preocupações de ordem sanitária. 
Segundo Silva (2017), as caracterísitcas mais conhecidas sào as que se destacam a seguir: 
• Coliformes Totais; 
• Coliformes Termotolerantes ou fecais; 
• Bactérias heterotróficas. 
 
Bactérias coliformes são um conjunto de micro-organismos relativamente inofensivos 
que vivem em grande número no intestino dos seres humanos e animais de aquecimento 
e de sangue frio. Eles auxiliam na digestão dos alimentos. 
 
Coliformes totais 
As bactérias do grupo coliforme estão presentes no intestino humano e de animais de 
sangue quente e são eliminadas nas fezes em números elevados (106/g – 108/g). 
Entretanto, a partir da definição acima, o grupo dos coliformes inclui bactérias não 
exclusivamente de origem fecal, podendo ocorrer naturalmente no solo, na água e em 
plantas. Além disso, principalmente em climas tropicais, os coliformes apresentam 
capacidade de se multiplicar na água (OMS, 1995). 
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Segundo Florençano (2011), foram as primeiras a serem adoptadas como ‘indicadoras’ 
de poluição humana. Porém, vieram se constatar que a sua presença não representaria, 
obrigadoriamente, que a contaminação fosse de origem humana ou animal (Escherichia 
coli), pois estes organismos tambem se desenvolvem em vegetações e no solo. 
O grupo de coliformes totais ´é formado por enterobactérias capazes de fermentar a 
lactose, com produção de gás a (44,5oC ± 0,2oC em horas). Essa capacidade de fermentar 
a lactose, com formação de gás em meios de cultura, é a base para os métodos tradicionais 
de detecção de coliformes totais. Esses microrganismos são comuns em ambientes de 
fabricação de alimentos, podendo se tornar parte da microbiota resistente. 
 
Coliformes termotolerantes ou fecais 
Coliformes termotolerantes ou fecais são bactérias encontradas normalmente no intestino 
de homens e animais. 
Quando encontramos esse tipo de bactéria em amostras de água, por exemplo, é um 
grande indicativo de que essa água foi contaminada por fezes e esgoto. Sendo assim, os 
coliformes termotolerantes são usados frequentemente para avaliar a qualidade da água e 
indicar a contaminação por fezes. Essa avaliação é importante, pois permite a prevenção 
de doenças que são transmitidas pelas fezes, como algumas verminoses. 
Segundo Florençano (2011), os coliformes fecais se desenvolvem, tambem, em 
temperaturas mais altas. 
Os coliformes termotolerantes não são encontrados apenas na água. Essas bactérias 
podem estar em diversos locais e nem nos damos conta do perigo que elas podem causar. 
 
Figura 02: Coliformes termotolerantes ou fecais 
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/coliformes-fecais.htm 
 
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5.3. Microbiologia da água 
A água constitui um dos elementos fundamentais para a existência do homem. 
Milhares de seres vivos são encontrados na água, desde a escala macroscópica (peixes, 
moluscos, algas, etc) à microscópica (vírus, bactérias, algas, etc). Contudo, os seres vivos 
de maior interesse no tratamento de água podem ser citados como bactérias, fungos, 
protozoários, vírus (RICHTER, 2009). 
Segundo Richter (2009), normalmente os micro-organismos são de considerável 
importância no controle da qualidade da água e a maioria é benéfica, especialmente na 
autodepuração de um corpo d´água. Entretanto, algumas espécies são responsáveis por 
doenças como febre tifóide, sabor e odor na água, corrosão de estrutura de concreto ou de 
metais. Os parâmetros microbiológicos exigidos pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério 
da Saúde, são de coliformes totais, coliformes termotolerantes ou facias ou Escherichia 
coli, cuja definições já foram apresentadas no ponto sobreas características biológicas da 
água. 
Micro-organismos patogênicos presentes na água 
São destacados a seguir os micro-organismos patogênicos presentes na água: 
 Bactérias; 
 Fungos; 
 Protozoários; 
 Vírus. 
5.3.1. Enfermidades de transmissão hídrica (causas) 
Há 2.000 a.C. o homem já procurava medidas preventivas que evitassem doenças 
contraídas pela água. Existem menções efetuadas na antiga Grécia por Hipócrates (Baker, 
1949 apud Leal, 2001) considerado o pai da medicina, no alvorecer do império 
macedônio, entre os séculos 111 e IV a.C., nas quais se reporta a importância da correta 
definição dos mananciais de abastecimento como forma de preservar a saúde da 
população. 
 
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As doenças de veiculação hídrica, causadas por bactérias, vírus, protozoários, helmintos 
e outros micro-organismos patogênicos são os problemas de saúde públicas mais comuns 
dos países em desenvolvimento. 
Essas doenças transmitem-se principalmente por meio de excretas de origem humana ou 
animal, por sua introdução nas fontes de água, tornando-a imprópria para o consumo 
humano. A transmissão dessas doenças pode ocorrer de forma direta ou indireta: na 
ingestão direta da água, no preparo dos alimentos, na higiene pessoal, na agricultura, na 
indústria e lazer. 
As bactérias constituem-se nos mais numerosos seres distribuídos na natureza, sendo os 
micro-organismos mais amplamente difundidos na água. Algumas bactérias apresentam 
formas resistentes, esporuladas, que podem permanecer inativas em condições 
inadequadas, podendo reativar-se com o retorno de condições propícias. Em geral, são 
úteis para o homem na degradação da matéria orgânica morta, no tratamento de águas 
residuárias etc. 
No entanto, são mais conhecidas devido ao caráter patogênico de várias espécies que 
ocasionam doenças no homem, nos animais e nos vegetais. São os principais agentes das 
doenças de veiculação hídrica. 
Grupo de Doenças Principais 
doenças 
Formas de transmição Formas de prevenção 
 
 
 
 
 
 
Transmitidas 
pela via oro-fecal 
(bacterianas e não 
bacterianas) 
Bacterianas: 
Cólera 
Disenteria bacilar 
Febre paratifoide 
Febre tifoide 
Leptospirose 
 
Não bacterianas: 
Amebíase 
Ascaridíase 
Hepatite infecciosa 
Poliomielite 
Giardíase 
Diarreias por vírus 
 
 
Ingestão do 
agente patogênico 
por meio de 
alimentos 
contaminados, 
água 
contaminada 
por fezes e 
contaminação de 
indivíduo para 
indivíduo 
Proteger os mananciais 
(fonte de abastecimento). 
Tratar as águas de 
abastecimento evitando 
o uso de fontes 
contaminadas. 
Fornecer água em 
quantidade e qualidade. 
Promover ações de 
educação em saúde 
(higiene pessoal, 
doméstica e dos 
alimentos). 
Promover melhorias da 
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habitação e instalações 
sanitárias 
 
 
 
Associadas ao 
fornecimento de 
água insuficiente 
 
 
Infecções de pele 
Tracoma 
Tifo 
Escabiose 
 
Água em quantidade 
insuficiente e hábitos 
higiênicos inadequados 
favorecem a 
disseminação 
desses agravos 
 
 
Fornecer água em 
quantidade 
suficiente. Promover ações 
de 
educação em saúde 
Grupo de Doenças Principais 
doenças 
Formas de transmição Formas de prevenção 
 
 
Associadas a 
hospedeiros 
intermediários, cujo 
habitat é a água 
 
 
 
Esquistossomose 
 
 
 
Penetração do agente 
patogênico na pele 
Proteção de mananciais. 
Combate ao hospedeiro 
intermediário. 
Disposição adequada de 
esgotos. 
Evitar o contato das 
pessoas com águas 
contaminadas. 
 
 
 
Transmitidas por 
vetores relacionadas 
com a água 
 
 
Malária 
Febre amarela 
Dengue 
Filariose 
Penetração do 
Agente Infeccioso 
no organismo 
pela picada de 
insetos, cujo ciclo 
evolutivo está 
relacionado com 
a água 
 
Combate aos vetores. 
Eliminar condições 
que possam favorecer 
criadouros. 
Utilizar medidas de 
proteção individual. 
 
Tabela 02: Doenças relacionadas com a água 
Fonte: Guias da OPAS/1987 
 
5.3.2. Bactérias indicadoras de contaminação 
 
De acordo com OMS (1995), as bactérias indicadoras de contaminação são assim 
mencionadas: 
A presença de microrganismo indicador é sinal potencial da presença de microrganismo 
que causa doenças gastrointestinais e tem sido utilizado com sucesso ao longo do tempo. 
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As bactérias indicadoras de contaminação fecal mais utilizadas atualmente são: 
coliformes termotolerantes, E. coli e enterococo ou estreptococo fecal. 
 
Escherichia coli: bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, caracterizada pela 
presença das enzimas B-galactosidase e B-glicuronidase. Cresce em meio complexo a 
44-45ºC, fermenta a lactose e manitol com produção de ácido e gás e produz indol a partir 
do aminoácido triptofano. 
É abundante em fezes humanas e de animais, tendo somente, sido encontrada em esgotos, 
efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente 
(Resolução CONAMA 274/00). 
Enterococos: bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencente ao gênero 
Enterococcus (previamente considerado estreptococos do grupo D) o qual se caracteriza 
pela alta tolerância às condições adversas de crescimento, tais como: capacidade de 
crescer na presença de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10º e 
45ºC. 
A maioria das espécies de Enterococcus são de origem fecal humana, embora possam ser 
isoladas de fezes de animais (Resolução CONAMA 274/00). 
 
5.4. Parâmetros da qualidade da água 
Actualmente, a água encontrada na natureza é em geral inapropriada para o consumo 
humano, devido presença de uma série de contaminadores que podem ser prejudiciais à 
saúde. (Richter, 2009) 
Sendo que, na maior parte das vezes, estes contaminadores são resultantes de actividades 
do próprio homem (que contamina a água com esgoto, lixos, pesticidas agrícolas, 
fertilizantes e outros). Desta forma, o homem criou maneiras de retirar a água dos cursos 
de água, tratá-la e posteriormente distribuí-la para consumo (PEREIRA, 2012). 
Para tanto, é necessário que atenda ao padrão de potabilidade, que são as quantidades 
limites que, com relação aos diversos elementos, podem ser toleradas na água de 
abastecimento, quantidades definidas geralmente por decretos, regulamentos ou 
especificações (RIGOBELO et al., 2009). 
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Os paramentos para definir a qualidade das águas de domínio pública, serão aferidas em 
função da sua categoria, tendo em consideração o objectivo último do seu uso, quer este 
seja, comum ou privativo. 
São estabelecidas as seguintes categorias de qualidade das águas: 
1. Água para fins de consumo humano; 
2. Água para fins agro-pecuários; 
3. Água para fins de piscicultura 
4. Água para fins recreativos (natação, esqui aquático e mergulho) 
Os parâmetros essenciais que devem caracterizar a qualidade da água, em função da sua 
categoria,para averiguar a conformidade das águas com os padrões de qualidade e para 
permitir a determinação de esquemas de tratamento adequados, as águas serão 
classificadas qualitativamente observando se os parâmetros fixados abaixo: 
1. Água para fins de consumo humano: Aplicar-se-ão como parâmetros de qualidade 
da água para consumo humano, os parâmetros fixados na regulamentação 
específica sobre a matéria; 
2. Água para fins agro-pecuários, para além dos parâmetros abaixo, dever-se-ão 
observar os intervalos recomendados e classificação da água para fins de rega. 
3. Pecuária: Bactérias < 40 100⁄ ml ; Baixas concentrações de substâncias tóxicas 
4. Irrigação: 
 Total de sólidos dissolvidos < 500 𝑚𝑔/𝑙; 
Total de bactérias <ou = 100000/100 𝑚𝑙; 
 Salinidade: média através de condutividade eléctrica da água (CE 
água, Ms/Cm); 
 Níveis de absorção de sódio (SAR) da água de rega 
 
5. Água para fins de piscicultura 
 PH: 6.5-8.5; 
 DBO <ou=1-2 mg/l 
 Oxigénio dissolvido 6-7 mg/l (15OC); 4-5 ml/l (20º C) 
6. Água para fins recreativos (Natação, esqui aquático e mergulho): 
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 Nulo de cloro, cheiro, gosto e turvação; 
 Bactérias totais < 100/100 𝑚𝑙; 
 Coliformes < 100/100 𝑚𝑙. 
7. Água para fins de processamento de alimentos, bebidas alcoólicas e nas alcoólicas 
 Água para fins de consumo humano; 
 Anião floreto (F-<1 ppm). 
Para divulgação dos dados colectados nos monitoramentos, informando os valores de 
concentração dos poluentes nos corpos de água, adopta-se o IQA que retrata, através de 
um índice único global, a qualidade das águas em um determinado ponto de 
monitoramento. Os índices podem ser entendidos como “notas”, que retratam condições 
que variam de “muito ruim” a “excelente”, ou que permitem inferências sobre alguns 
aspectos específicos sobre o curso de água, tal como biodiversidade e toxicidade. 
Os índices não são um instrumento de avaliação de atendimento à legislação ambiental, 
mas sim de comunicação para o público das condições ambientais dos corpos de água. 
Vários itens de qualidade são convertidos em uma nota ou avaliação única. A capacidade 
de síntese proporcionada por um índice é de grande valia para a comunicação com o 
público. 
O IQA é um modelo matemático simples. Sua estrutura foi estabelecida através de 
pesquisas de opinião junto a vários especialistas da área, quando cada um seleccionou os 
parâmetros que julgava relevantes para avaliar a qualidade das águas e estipulou, para 
cada um deles, um peso relativo. Assim o IQA reúne nove parâmetros, considerados mais 
representativos para a caracterização da qualidade das águas: 
 Coliformes fecais (termotolerantes); 
 PH; 
 Demanda bioquímica de oxigénio; 
 Nitrato; 
 Fosfato total; 
 Temperatura da água; 
 Turbidez; 
 Sólidos totais e oxigénio dissolvido. 
 
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5.4.1. Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS 
PARAMETRO UNIDADE OMS 
MICROBIOLOGICOS 
Coli fecales o E. col UCF / 100 mL 0 
Coliformes totales UCF / 100 mL 0 
Bact. heterotróficas UCF / mL - 
Químicos De Importancia Para La Salud 
Inorgânicos 
Antimónio 𝑚𝑔/𝐿 0,005 
Arsénio 𝑚𝑔/𝐿 0,01 
Bário 𝑚𝑔/𝐿 0,7 
Boro 𝑚𝑔/𝐿 0,3 
Cádmio 𝑚𝑔/𝐿 0,003 
Cianuro 𝑚𝑔/𝐿 0,07 
Cobre 𝑚𝑔/𝐿 2 
Cromo 𝑚𝑔/𝐿 0,05 
Fluoruro 𝑚𝑔/𝐿 1,5 
Manganesco 𝑚𝑔/𝐿 0,5 
Mercúrio 𝑚𝑔/𝐿 0,001 
Molibdeno 𝑚𝑔/𝐿 0,07 
Níquel 𝑚𝑔/𝐿 0,02 
Nitrato 𝑚𝑔/𝐿 50 
Nitrito 𝑚𝑔/𝐿 3 
Plomo 𝑚𝑔/𝐿 0,01 
Selénio 𝑚𝑔/𝐿 0,01 
Orgânicos 
Tetracloruro de carbono 𝜇𝑔/𝐿 2 
Diclorometano 𝜇𝑔/𝐿 20 
1,1 dicloroetano 𝜇𝑔/𝐿 NDS 
1,2 dicloroetano 𝜇𝑔/𝐿 30 
1,1,1 tricloroetano 𝜇𝑔/𝐿 2 
Cloruro de vinilo 𝜇𝑔/𝐿 5 
1,1 dicloroeteno 𝜇𝑔/𝐿 30 
1,2 dicloroeteno 𝜇𝑔/𝐿 50 
Tricloroeteno 𝜇𝑔/𝐿 70 
Tetracloroeteno 𝜇𝑔/𝐿 40 
Benceno 𝜇𝑔/𝐿 10 
Tolueno 𝜇𝑔/𝐿 700 
Xilenos 𝜇𝑔/𝐿 500 
Etilbenceno 𝜇𝑔/𝐿 300 
Estireno 𝜇𝑔/𝐿 20 
Benzopireno 𝜇𝑔/𝐿 0,7 
Monoclorobenceno 𝜇𝑔/𝐿 300 
1,2 diclorobenceno 𝜇𝑔/𝐿 1 
1,3 Diclorobenceno 𝜇𝑔/𝐿 NDS 
1,4 Diclorobenceno 𝜇𝑔/𝐿 300 
Triclorobencenos 𝜇𝑔/𝐿 20 
Adipato de di (2etilhexilo 𝜇𝑔/𝐿 80 
Ftalato de di(2etilhexilo) 𝜇𝑔/𝐿 8 
Acrilamida 𝜇𝑔/𝐿 0,5 
Epiclorhidrina 𝜇𝑔/𝐿 0,4 
Hexaclorobutadieno 𝜇𝑔/𝐿 0,6 
EDTA 𝜇𝑔/𝐿 200 
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Tabela 03: Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS 
 
5.4.2. Índices dos parâmetros da qualidade de água – SNS 
Parâmetros da qualidade de água são indicadores de qualidade de águas e constituem 
impurezas quando alcançarem valores superiores aos estabelecidos para determinado uso, 
os seguintes parâmetros: 
 Físicos 
 Químico 
 Biológico 
Os padrões de qualidade de água usados nos países individualmente são influenciadas 
pelas autoridades nacionais e factores económicos. Mas as politicas e conveniências 
ameaçam por um perigo a saúde pública (OMS,1984). No caso de Moçambique, o 
LNHAA (Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos) a FIPAG e MISAU, 
são as instituições de tutela na elaboração das normas próprias para qualidade de água. 
 
Parâmetro de qualidade de água destinada ao consumo humano e seus riscos para a 
saúde pública. 
Parâmetros microbiológicos 
Parâmetro Limite máximo 
admissível 
Unidades Risco para a saúde pública 
Coliformes totais Ausente MNP/100 𝑚𝑙 
No de colónias/ 100𝑚𝑙 
Doenças gastrointestinais 
Coliformes fecais Ausente MNP/100 ml 
No de colónias/ 100𝑚𝑙 
Doenças gastrointestinais 
Vibrio cholerae Ausente 1000 𝑚𝑙 Doenças gastrointestinais 
Tabela 04: Parâmetros microbiológicos 
Fonte: MISAU (2004) 
 
 
 
Ac. Nitrilotriacético 𝜇𝑔/𝐿 200 
Óxido de tributilestaño 𝜇𝑔/𝐿 2 
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Parâmetros físicos e organolétpticos 
Parâmetro Limite máximo admissível Unidades Risco para a saúde pública 
Cor 15 TCU Aparência 
Cheiro Inodor Sabor 
Condutividade 50-2000 𝜇ℎ𝑚/𝑐𝑚 - 
Ph 6,5-8,5 Sabor, corrosão, irritação da 
pele 
Sabor Insípido - 
Sólidos 100 𝑚𝑔/l Sabor, corrosão 
Turvação 5 NTU Aparência, dificulta a 
desinfecção 
Tabela 05: Parâmetros físicos e organolétpticos 
Fonte: MISAU (2004 
 
Parâmetros químicos 
 
Parâmetro 
Limite 
máximo 
admissível 
 
Unidades 
 
Risco para a saúde pública 
Amoníaco 1,5 𝑚𝑔/𝑙 Sabor e cheiro desagradável 
 
Alumínio 
 
0,2 
 
𝑚𝑔/𝑙 
Afecta o sistema locomotor e 
causa anemia 
Arsénico 0,01 𝑚𝑔/𝑙 Cancro da pele 
Antimónio 0,005 𝑚𝑔/𝑙 Cancro no sangue 
Bário 0,7 𝑚𝑔/𝑙 Vasoconstrição e doenças 
cardiovasculares 
Boro 0,3 𝑚𝑔/𝑙 Gastroenterites e eritremas 
Cademio 0,003 𝑚𝑔/𝑙 Vasoconstrição urinária 
Cálcio 50 𝑚𝑔/𝑙 Aumenta a dureza da água 
Chumbo 0,01 𝑚𝑔/𝑙 Intoxicação aguda 
Cianeto 0,07 𝑚𝑔/𝑙 Bócio e paralisia 
Cloretos 250 𝑚𝑔/𝑙 Sabor desagradável corrosão 
Cloro residual total 0,2-0,5 𝑚𝑔/𝑙 Sabor e cheiro desagradável 
Cobre 1,0 𝑚𝑔/𝑙 Irritação intestinal 
 
Crómio 
 
0,05 
𝑚𝑔/𝑙 Gastroenterites, hemorragia e 
convulsões 
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Tabela 06: Parâmetros químicos 
Fonte: MISAU (2004) 
 
Para a água destinada ao consumo humano fornecida por fontes de abastecimento 
público sem tratamento 
Parâmetros microbiológicos 
Parâmetro Limite máximo 
admissível 
Unidades 
Coliformes totais - MNP/100 ml 
No de colónias/ 100ml 
Coliformes fecais 0-10 MNP/100 ml 
Dureza total 500 𝑚𝑔/𝑙 Depósitos, corrosão e espumas 
 
Fósforo 
 
0,1 
𝑚𝑔/𝑙 Aumenta proliferação dos 
microorganismos 
Ferro total 0,3 𝑚𝑔/𝑙 Necrose hemorrágica 
Fluoreto 1.5 𝑚𝑔/𝑙 Afecta o tecido esquelético 
 
Matéria orgânica 
 
2.5 
𝑚𝑔/𝑙 Aumenta proliferação dos 
microorganismos 
Magnésio 50 𝑚𝑔/𝑙 Sabor desagradável 
 
Manganês 
 
0,1 
𝑚𝑔/𝑙 Anemia, afecta o sistema 
nervoso 
Mercúrio 0,001 𝑚𝑔/𝑙 Distúrbios renais 
Molibdénio 0,07 𝑚𝑔/𝑙 Distúrbios urinários 
Nitrito 0,3 𝑚𝑔/𝑙 Reduz oxigénio no sangue 
Nitrato 50 𝑚𝑔/𝑙 Reduz oxigénio no sangue 
Níquel 0,02 𝑚𝑔/𝑙 Eczemas e intoxicações 
Sódio 200 𝑚𝑔/𝑙 Sabor desagradável 
Sulfato 250 𝑚𝑔/𝑙 Sabor e corrosão 
Selénio 0,01 𝑚𝑔/𝑙 Doenças cardiovasculares 
Sólidos totais dissolvidos 1000 𝑚𝑔/𝑙 Sabor desagradável 
Zinco 3 𝑚𝑔/𝑙 Aparência e sabor desagradável 
 
Pesticidas totais 
 
0,0005 
𝑚𝑔/𝑙 Intoxicação e distúrbios de 
várias ordens 
Hidrocarbonetos aromáticos 
policiclicos 
0,0001 𝑚𝑔/𝑙 Sabor desagradável e 
Intoxicação e distúrbios de varia 
ordem 
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No de colónias/ 100ml 
Vibrio cholerae Ausente 1000 ml 
 
Tabela 07: Parâmetros microbiológicos 
Fonte: MISAU (2004) 
 
Parâmetros físicos e organolépticos 
Parâmetro Limite máximo admissível Unidades 
Cor 15 TCU 
Cheiro Inodor 
Condutividade 50-2000 𝜇ℎ𝑚/𝑐𝑚 
Ph 6,5-8,5 
Sabor Insípido 
Sólidos 100 𝑚𝑔/l 
Turvação 5 NTU 
Tabela 08: Parâmetros físicos e organolépticos (Fonte: MISAU (2004)) 
Fonte: MISAU (2004) 
 
Parâmetros químicos 
Parâmetro Limite máximo admissível Unidades 
Amoníaco 1,5 𝑚𝑔/𝑙 
Arsénico 0,01 𝑚𝑔/𝑙 
Antimónio 0,005 𝑚𝑔/𝑙 
Bário 0,7 𝑚𝑔/𝑙 
Boro 0,3 𝑚𝑔/𝑙 
Cademio 0,003 𝑚𝑔/𝑙 
Cálcio 50 𝑚𝑔/𝑙 
Chumbo 0,01 𝑚𝑔/𝑙 
Cianeto 0,07 𝑚𝑔/𝑙 
Cloretos 250 𝑚𝑔/𝑙 
Cobre 1,0 𝑚𝑔/𝑙 
Crómio 0,05 𝑚𝑔/𝑙 
Dureza total 500 𝑚𝑔/𝑙 
Fósforo 0,1 𝑚𝑔/𝑙 
Ferro total 0,3 𝑚𝑔/𝑙 
Fluoreto 1.5 𝑚𝑔/𝑙 
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Matéria orgânica 2.5 𝑚𝑔/𝑙 
Magnésio 50 𝑚𝑔/𝑙 
Manganês 0,1 𝑚𝑔/𝑙 
Mercúrio 0,001 𝑚𝑔/𝑙 
Molibdénio 0,07 𝑚𝑔/𝑙 
Nitrito 0,3 𝑚𝑔/𝑙 
Nitrato 50 𝑚𝑔/𝑙 
Níquel 0,02 𝑚𝑔/𝑙 
Sódio 200 𝑚𝑔/𝑙 
Sulfato 250 𝑚𝑔/𝑙 
Selénio 0,01 𝑚𝑔/𝑙 
Sólidos totais 1000 𝑚𝑔/𝑙 
Zinco 3 𝑚𝑔/𝑙 
Pesticidas totais 0,0005 𝑚𝑔/𝑙 
 
Tabela 09: Parâmetros químicos 
Fonte: MISAU (2004) 
 
 
 
5.5. Fenómeno de eutrofização das águas 
Eutrofização 
Segundo Dezotti (2008, p. 48), 
“eutrofização é o proccesso que ocorre quando um corpo receptor está com 
excesso de certos nutrientes básicos. Esse termo se aplica ao processo de 
enriquecimento excessivo e continuado de um corpo receptor por 
macronutrientes, causando um desenvolvimento massivo e indesejável de 
plantas aquáticas que altera seu equilíbrio biológico.” 
 
Para Dezotti (2008 apud Oenema e Roest, 1998), a eutrofização é um processo lento que 
ocorre na natureza, relacionado ao envelhecimento dos corpos receptores, que pode ser 
acelerado com o lançamento de macronutrientes, advindos das actividades humanas. 
Assim, a eutrofização leva a maiores problemas em corpos receptores estagnados (lagos, 
reservatórios, albufeiras, etc.) podendo também ocorrer em ambiente marinho (estuário) 
e até mesmo em cursos d’água, particularmente naqueles de baixo fluxo. (Ibid.) 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
O florescimento aquático excessivo causa a deteorização do corpo receptor, odor 
pronunciado decorrente da decomposição anaeróbica, altera a cor e a turbidez da água, 
reduz o teor de oxigênio dissolvido, causa assoreamento de canais e de vias de 
navegáaveis, podendo, até mesmo, levar a uma maior perda de água por 
evapotranspiração. 
 Considerando a evolução trófica dos corpos receptores, esses podem ser classificados 
como: 
a) Oligotróficos – águas limpas não-fertilizadas; 
b) Mesotróficos – águas moderadamente fertilizadas; 
c) Eutróficos – águas em pleno processo de eutrofização, isto é, excessivamente 
fertilizadas; 
d) Hipertróficos – águas em estágio avançado de eutrofização. 
Além dos inconvenientes do crescimento de algas, ocorre ainda, no meio eutrófico, o 
desenvolvimento de macrófitas que ocupam grandes extensões do copro receptor e são 
dde dificil remoção. 
 
Eutrofização natural – ocorre ao longo de grandes períodos de tempo, como parte do 
processo de sucessão ecológica que se verifica durante a evolução dos ecossistemas. 
Eutrofização Cultural – resulta de actividades humanas (origem antrópica) e verifica-se 
junto a zonas urbanas ou agrícolas. Os nutrientes que atingem o lago são principalmente 
nitratos e fosfatos com origem na agricultura e na pecuária, na erosão do solo e nos 
efluentes das estações de tratamento. 
 
Fenómeno de eutrofização 
Pra Dezotti (2008), o processo de eutrofização ocorre quando uma determinada massa de 
água pobre em nutrientes (oligotrófica) os adquire, há toda uma série de alterações que 
ocorrerão: 
 O aumento da concentração de nutrientes favorece o crescimento e a 
multiplicação do fitoplâncton, o que provoca o aumento da turbidez da água; 
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 Devido a tal, a luz solar não chega às plantas que se encontram submersas, não 
ocorrendo a fotossíntese; 
 O desaparecimento da vegetação aquática submersa acarreta a perda de alimento, 
habitats e oxigénio dissolvido; 
 Embora os lagos eutróficos possuam elevada quantidade de fitoplâncton, que 
produz oxigénio através da fotossíntese, a sua distribuição superficial provoca 
nesse sector uma saturação em oxigénio, que se escapa para a atmosfera, pelo que 
não restabelece o oxigénio dissolvido ao nível das águas profundas; 
 O fitoplâncton tem taxas de crescimento e reprodução muito elevadas, formando 
tapetes verdes à superfície dos cursos de água, principalmente nos sectores com 
correntes fracas. Quando estes organismos morrem, depositam-se no fundo, 
formando espessos depósitos; 
 O aumento de detritos leva a um aumento de decompositores (essencialmente 
bactérias), cujo crescimento exponencial provoca uma diminuição do oxigénio 
dissolvido (consumido na respiração); 
 O esgotamento do oxigénio leva à morte por asfixia de peixes e crustáceos, mas 
não de bactérias, que recorrem à fermentação e respiração anaeróbia; 
 As bactérias proliferam e aproveitam o oxigénio, cada vez que este está 
disponível, mantendo a água com permanente carência em oxigénio; 
 Pode ainda ocorrer oxidação da matéria orgânica e de outros compostos, 
contribuindo também para a diminuição do oxigénio dissolvido e agravamento da 
eutrofização; (Ibidi.) 
 
Combate a eutrofização 
1. A eutrofizaçãopode ser combatida essencialmente em dois níveis: 
 Evitar a entrada nos cursos de água de elevadas quantidades de nutrientes e 
sedimentos (longo prazo). 
 Identificar as principais fontes de eutrofização, com destaque para as do dia-a-dia; 
 Proibir o uso de detergentes fosfatados, pois o fosfato é um dos principais 
nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento do fitoplâncton; 
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 Modernizar os processos de tratamento das águas residuais, que permitam 
recolher a maioria dos nutrientes, evitando a eutrofização a jusante do ponto de 
descarga; 
 Controlar as águas de escorrência das explorações agrícolas e pecuárias, pois 
apresentam elevadas concentrações de nutrientes; 
 Controlar os sedimentos das áreas de construção e extracção mineira que 
contribuem para o aumento da turbidez dos cursos de água; 
 Controlar a erosão das ribeiras, com reposição da vegetação ribeirinha, e controlo 
da erosão nos vales, para reduzir o transporte de sedimentos em suspensão. 
2. Implementar medidas de recuperação de lagos e cursos de água eutrofizados. 
 Arejamento artificial – introdução de oxigénio, através de uma rede de tubos 
plásticos numa massa de água que se pretende tratar. Tal permite obter uma 
decomposição mais rápida dos detritos acumulados, melhorando a qualidade da 
água e fomentando o regresso das plantas aquáticas e das algas. Contudo é um 
sistema dispendioso e de difícil funcionamento. 
 Remoção das plantas arrancadas devido ao rolamento dos sedimentos ao longo do 
leito do rio, e que ficaram à superfície. É necessário retirá-las, com o auxílio de 
redes, para não obstruírem a passagem da luz solar. No que respeita ao plâncton 
não é possível recorrer a tal método, uma vez que rapidamente obstrui as redes e 
os filtros, impedindo a passagem de água; 
 Dragagens dos sedimentos – remoção dos depósitos que cobrem as plantas 
aquáticas. Poderá aumentar a eutrofização, uma vez que, ao mexer-se nos 
sedimentos, aumenta-se a turbação da água. 
 
 
 
5.6. Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana 
 
 
 
 
Berílio 
MCL 0,004 𝑚𝑔 𝐿⁄ 
 
 
Riscos e efeitos 
Altamente tóxico, podendo causar calafrios, febre e 
tosse dolorosa. Pode causar inflamação nos pulmões, 
falta de ar, e levar uma doença sem cura chamada 
beríliose ou granulomatose pulmonar crónica. 
 
 
Fontes de contaminação 
Na água é liberada da combustão de carvão e outras 
indústrias que usam berílio. Nas águas superficiais 
incluem deposição atmosférica de berílio e erosão de 
rochas e solos contendo berílio 
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Inalação de fumaça ou poeira com resíduos de berílio, 
porém, esta intoxicação pode acontecer devido ao 
contacto com a pele. 
 
 
 
 
 
Chumbo 
MCL 0,015 𝒎𝒈 𝑳⁄ 
 
 
Riscos e efeitos 
Intoxicação aguda, tremores, fraqueza muscular, lesão 
renal e cardiopatia, pode causar anemia, disfunção 
renal, pertubações nos sistemas digestórios (cólicas 
abdominais) e genital. 
Fontes de contaminação Produção de baterias, soldagem e utilização de tintas 
que contém chumbo. Poeira contaminada nas areas das 
comunidades próximas a fabricas ou ao redor de 
minerações. dependendo se a água utilizada na irrigação 
ou o solo onde foram plantados estão ou não com níveis 
elevados de chumbo.. 
 
 
Tálio 
MCL 0,002 𝒎𝒈 𝑳⁄ 
 
 
Riscos e efeitos 
É altamente toxico, por isso deve ser manuseado com 
cuidado. A toxicidade o levou ao usoem veneno de rato. 
Os efeitos do envenenamento por tálio são a perda dos 
cabelos e danos nos nervos periféricos. 
Fontes de contaminação Quando o elemento entra em contacto com a a pele. 
 
 
 
Sulfato 
MCL 250 𝒎𝒈 𝑳⁄ 
 
Riscos e efeitos 
Desidratação e diarreia, Sabor e corrosão no 
encanamento. 
 
Fontes de contaminação 
Alguns solos e rochas contem minerais sulfatados. A 
medida que as águas subterrâneas se movem através 
delas, parte do sulfato é dissolvida na água. 
 
 
 
 
 
Zinco 
 
 
 
MCL 3,0 𝒎𝒈 𝑳⁄ 
 
 
 
Riscos e efeitos 
Falta de apetite (hiporexia), Letargia, diarreia, 
crescimento e maturação sexual prejudicados 
(hipogonadismo e hipospermia), danos a cabelo, pele e 
unhas, desenvolvimento cognitivo prejudicado com 
danos nos nervos, susceptibilidade a infecções, anemia 
ferropriva. 
 
 
Fontes de contaminação 
Suplementos de zinco por via oral ou intravenosa e uma 
mudança na dieta para incluir alimentos ricos em zinco 
como: Abóbora e suas sementes, amendoim e 
amêndoas, ervilhas, gengibre. 
 
Tabela 10: Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana 
Fonte: Desconhecida 
 
5.7. Procedimentos para testagem da qualidade da água 
 
Os procedimentos a seguir para a testagem de água envolvem análises laboratoriais em 
amostras colectadas de um vasto sistema de instalações de água potável. 
 
 
 Colecta e preparação da amostra 
As amostras são preparadas, tal como indicado para o tipo de teste. Por exemplo, os testes 
para bactérias necessitam de um recipiente de colecta estéril para evitar leituras não muito 
fiáveis. 
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Testes químicos específicos podem exigir um composto de fixação no recipiente de 
colecta para evitar perdas. As análises químicas são frequentemente indicadas em casos 
de águas fora dos padrões ou suspeitas de contaminação. 
O tempo também é importante em alguns procedimentos. A amostragem de corrosão, por 
exemplo, é melhor efectuada após um período de não utilização, para maiores 
concentrações de poluentes. 
A testagem de água para contaminação por sulfeto de hidrogénio, por outro lado, é melhor 
feita no local já que o gás e altamente volátil. 
 Testagem de Rotina 
São realizados testes de rotina de contaminantes comuns anualmente. Embora possa ser 
tentador testar para todos os possíveis contaminantes, tais testes extensivos não são 
necessários. 
São analisadas as amostras de água quanto ao PH, nitritos, sólidos dissolvidos e bactérias 
coliformes. A testagem anual é feita para poços particulares. 
 
 O teste de PH 
É um procedimento simples, utilizando-se um comparador dividido em 8 partes da 
amostras de comparação de cor. Uma tira de teste é colocada na amostra e a cor resultante 
é comparada com as amostras. 
Outros procedimentos laboratoriais requerem o uso de reagentes para determinar as 
concentrações de produtos químicos. 
 Os ensaios de nitrogénio e amoníaco são exemplos de procedimento que requerem 
a utilização de reagentes. 
 
 Contaminação suspeita 
 
O teste de sólidos totais dissolvidos é recomendado em ambientes aquáticos 
possivelmente poluídos por actividades humanas, como a mineração e exploração de 
petróleo. Uma amostra estéril é filtrada e seca em laboratório. O montante remanescente 
de sólidos filtráveis determina a concentração. 
 
 
 
 
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6. Conclusão 
 
Conclui-se que para que para se estabeleça a qualidade da água é necessário que se 
conheçam as propriedades da água para que ao se fazer estudos das mesmas se cumpramcom os parâmetros estabelecidos por algumas organizações. De certa forma, as 
propriedadexs iniciais da água serão modificadas devido a adição de alguns elementos 
quimicos que funionam como purificadores. 
 
 
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7. Referências Bibliográficas 
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Científico: Método e Técnicas de Pesquisa e Trabalho Acadêmicos. 2ª Edição; Novo 
Hamburgo - Rio Grande do Sul – Brasil: 2013 
Guias para la Calidad del Agua Potable. Vol. 1 – Recomendaciones – OMS, Ginebra – 
1995, Segunda edició 
SILVA, N. et al. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água. 5ª 
edição. São Paulo. Editora Bluncher, 2017. 
DEZOTTI, Márcia. Processos e Técnicas para oo Controle Ambiental de Efluentes 
Líquidos. Volume 5. Rio de Janeiro. 2008 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos da 
Água. [S.l]: ONU, 1992 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde. Divi- 
são Nacional de Saúde Bucal. Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal: Brasil, 
zona urbana, 1986. Brasília, 1988. 
COLVARA, J. G.; LIMA, A.S.; SILVA, W.P. Avaliação da contaminação de água 
subterrânea em poços artesianos no sul do Rio Grande do Sul. Brazilian Journal of 
FoodTechnology, ed. especial, n.2, p. 11-14, jan. 2009. 
CRUZ, P. et al. Estudo comparativo da qualidade físico-química da água no período 
chuvoso e seco na confluência dos rios Poti e Parnaíba em Teresina/PI. In: Congresso 
de pesquisa e inovação da rede norte nordeste de educação tecnológica, 2., 2007, João 
Pessoa. Anais... João Pessoa: CONNEPI, 2007. 
FRANCO, R.M.B. Protozoários de veiculação hídrica: relevância em saúde pública. 
Revista Pan-americana de Infectologia, São Paulo, v. 9, n.1, p.36-43, 2007. 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/coliformes 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/coliformes-fecais.htm

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