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Aula 3 - TPB, Babesia

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Tristeza Parasitária Bovina 



Tripanossomose Bovina



Tristeza Parasitária Bovina
? Nome comum de duas enfermidades 
! Babesiose – Piroplasmose – Pyrossoma bigeminum 
■ Babesia bigemina 
■ Babesia bovis 
! Anaplasmose 
■ Anaplasma marginale
Etiologia
? Protozoários 
! Babesia bigemina 
! Babesia bovis 
? Rickettsias - cocobacilos Gram-negativos intracelulares obrigatório 
! Anaplasma marginale
Etiologia
? Babesias 
!Pequenas babesias (1,0-2,5 µm) 
■ B. bovis, B. divergens, B. equi, B. ovis, B. felis e B. gibsoni 
!Grandes babesias (>2,5 µm) 
■ B. bigemina, B. major, B. caballi, B. canis, B. motasi, B. 
trautmani
Tristeza Parasitária Bovina
? Etiologia dos surtos de tristeza parasitária bovina 
diagnosticada 1978-2005
Tristeza Parasitária Bovina
? Hemoparasitas 
? Intraeritrocitários 
? Estritamente relacionada a presença de vetor 
! Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
■ Babesia e/ou Anaplasma?
Tristeza Parasitária Bovina
? Distribuição mundial 
! Frequência e distribuição TPB X ixodidose 
! Brasil 
■ Centro-Sul 
! EUA 
! Uruguai/ Argentina
Importância econômica
? Queda na produção de carne e leite 
? Redução da fertilidade - abortos 
? Retardo no crescimento e desenvolvimento 
? Alta taxa de morbidade 
? Alta taxa de mortalidade
Etiologia
? Anaplasma marginale 
! Pequenos corpúsculos intraeritrocitários (0,3µm) 
! 80-90% na periferia dos eritrócitos 
! Forma arredondada, densa e homogênea
Etiologia
? Babesia bovis 
! Pequena 
! Arredondada ou lanceolada 
! Em pares 
! Pequeno citoplasma 
! Grande núcleo
Etiologia
? Babesia bovis 
! Tropismo por órgãos viscerais e centrais 
! Pouco tropismo na circulação periférica 
! Acúmulo de hemácias parasitadas na circulação periférica – 
capilares 
! SNC e Rim
Etiologia
? Babesia bigemina 
! Possuem bordos irregulares 
! Emitem pseudópodes 
! Aparecem isoladas ou bigeminadas 
! Tropismo pela circulação periférica
Ciclo biológico – Anaplasma 
Ciclo biológico - Anaplasma 
Ciclo biológico – Babesia spp.
Ciclo biológico – Babesia spp.
Epidemiologia
? Transmissão 
! Babesiose 
■ Carrapatos 
■ Transfusão de sangue 
! Anaplasmose 
■ Carrapatos 
■ Moscas 
■ Agulhas
Epidemiologia
? Transmissão 
? Babesia bovis 
! Infecção/teleóginas 
! Transmissão “transovariana” 
! Inoculada por larvas
? Transmissão 
? Babesia bigemina 
! Infecção/teleóginas 
! Transmissão “transovariana” 
! Inoculada por ninfas e 
adultos 
! Machos 
■ Transmitem para diferentes 
bovinos B. bigemina
Epidemiologia
? Transmissão 
! Anaplasma marginale 
■ Dípteros hematófagos (tabanídeos, culicídeos e muscídeos) 
■ Agulhas, instrumentos cirúrgicos e pontiagudos contaminados 
■ Carrapatos 
■ Transfusão de sangue 
■ Machos transmitem para diferentes bovinos
Epidemiologia
? Babesia spp. 
! 7 dias de P. I. 
? Anaplasma spp. 
! 25-35 dias de P. I.
As espécies que afetam os ruminantes (A. marginale, 
A. ovis, A. centrale), afetam a série vermelha do 
sangue (eritrócitos), diferentemente da espécie canina, 
equina e felina (A. platys e A. phagocytophilum), que 
afetam apenas a série branca (plaquetas)
Epidemiologia
? Susceptibilidade 
! Raças 
■ Europeias e cruzadas são mais susceptíveis 
■ Zebuínas mais resistentes 
■ Jovens mais resistentes que adultos
Epidemiologia
? Áreas Livres 
? Áreas Estáveis 
? Áreas Instáveis
Epidemiologia
? Área de estabilidade enzoótica - endêmicas: 
! Vetor presente o ano todo 
! Rebanho está sob constante desafio 
! Terneiros sobreano? 
! Casos clínicos isolados 
■ Queda de resistência individual 
■ Hiperparasitismo 
■ Excesso de antiparasitários 
■ Introdução de cepas heterólogas
Epidemiologia
? Área de instabilidade enzoótica 
! Vetor não está presente o ano inteiro 
! Animais passam um período do ano sem contato com 
carrapato 
! Oscilação do nível de anticorpos circulantes 
! Surtos são frequentes 
! Terneiros sobreano?
Epidemiologia
? Área livre: 
! Não tem o vetor 
! Inexistência de condições ambientais 
! Não existe Babesia 
! Anaplasma? 
! Surto?
Epidemiologia
? Pré-disposição a surtos 
! Flutuação na população de carrapatos 
! Medidas artificiais de controle 
! Variações climáticas 
! Introdução de bovinos susceptíveis em áreas enzoóticas 
! Introdução de cepas heterólogas
Imunologia
? Exposição aos agentes nas primeiras semanas de vida 
! Presença do Timo e resposta Th1 
? Exposição constante aos agentes transmissores 
? Imunidade específica para cada agente 
? Proteção colostral
Imunologia
Imunidade Passiva e Ativa
Imunidade Passiva (colostro) Imunidade Ativa
Imunologia
? Imunidade adquirida 
! Após fase aguda > proteção frente a novos desafios 
!Quebra de imunidade: estresse, medicação, cepas 
heterólogas (mudança de campo) 
! Anticorpos são detectados contra a maioria das 
Babesias
Imunologia
? Imunidade Ativa 
! Exposição aos agentes nas primeiras semanas de vida 
! Exposição constante aos agentes transmissores 
! Imunidade específica para cada agente
Imunologia
Bovino 
Equilíbrio 
Quebra equilíbrio 
T. P. B.
exposição
Imunológico 
Parasitos
Imunologia
Quebra do equilíbrio
Agentes 
e/ou 
Imunidade
Patogenia
? Anaplasmose 
!O anaplasma movimenta-se entre os eritrócitos evitando 
lesar a membrana celular 
! Raramente visualizado extra-celular (trânsito através de 
pontes inter-celulares) 
! Remoção do agente ocorre por fagocitose do eritrócito 
infectado
Patogenia
? Babesiose 
! Destruição das hemácias – anemia 
! Formação de trombos de hemácias (fibrina) – estase 
circulatória no cérebro, rins e musculatura 
! Vasodilatação, edema e choque
Patogenia
? Babesiose 
! Patogenicidade não uniforme - variabilidade antigênica 
! B. bovis - capilares cerebrais, sinais nervosos 
! B. bigemina - distribui-se pela circulação, anemia 
hemolítica
Sinais clínicos
? Anaplasmose 
! Hipertermia 39-41º C 
! Anemia progressiva 
! Grave icterícia 
! Apatia 
! Aborto
Sinais clínicos
? Anaplasmose 
!Diferencial 
■ Ausência de hemoglobinúria 
■ Não há congestão da massa encefálica
Sinais clínicos
? Babesiose 
! Hipertermia (40-41° C) 
! Anemia 
! Icterícia* 
! Hemoglobinúria 
! Apatia generalizada 
! Constipação, aborto, queda na produção 
! Andar em circulo, convulsão e morte
Diagnóstico
? Clínico 
! B. bovis 
■ Sinais nervosos 
! B. bigemina 
■ Hemoglobinúria 
! A. marginale 
■ Icterícia 
Diagnóstico
? Laboratorial 
! Esfregaço de sangue e órgãos 
! Imunofluorescência indireta e ELISA
Tratamento
Êxito depende da rapidez no diagnóstico e 
imediata aplicação do medicamento
Tratamento
Anaplasma sp 
Tetraciclinas ou Quinolonas
Babesia spp 
Diaminazina
Anaplasma sp + Babesia spp 
 • Tetraciclinas + Diaminazina 
 • Quinolonas + Diaminazina 
 • Imidocarb
Tratamento
? Anaplasmose 
!Oxitetraciclina ou Enrofloxacina 
■ Produtos LA 
■ Três dias 
! Imidocarb 
! Suporte: hidratação, transf. de sangue, B12
Tratamento
? Babesiose 
! Diaceturato de 4,4’ diazoaminodibenzamidina 
! (Ganaseg, Ganatet, Revevet, Beronal, Diaseg, Babesin, 
Pirofort, Leivasan) 
! Imidocarb 
! Suporte: transfusão, energético + B12, antitérmico
Tratamento
? Resíduo leite: 
! Diaceturato de 4,4’ diazoamino dibenzamidina: 72 horas 
após a última aplicação 
! Diaceturato de4,4’ diazoamino dibenzamidina + 
oxitetraciclina: 72 horas após a última aplicação 
! Imidocarb: não recomendado 
■ Carne 28-30 dias 
! Oxitetraciclina LA: ?????
Controle
??
Controle
? Estratégias 
! Combater o carrapato – carrapaticidas 
! Garantir boa imunidade passiva para bezerros 
! Garantir exposição controlada para desenvolver imunidade 
ativa 
! Fazer esquema de premunição 
! Vacinar 
! Quimiprofilaxia
Controle
Evitar altas infestações 
 
alta taxa de inoculação 
reinfestações pastagens 
desafio aumenta 
mortalidade e resistência 
acaricida
Controle
? Manejo 
! Áreas livres 
! Entrada de agentes e vetores 
! Imunização // tratamentos
Controle
? Áreas de instabilidade enzoótica 
!Manter a população de carrapatos em baixo número
Controle
? Áreas endêmicas 
! Controle da superpopulação de carrapatos
Imunoprofilaxia da TPB
? Quimioterápicos 
? Cepas atenuadas de B. bovis e B. bigemina + A. 
centrale 
? Premunição: Cepas virulentas e inócuo desconhecido
Imunoprofilaxia da TPB
? Vacinação 
! Vacinas mortas 
■ Extratos solúveis e particulados, proteínas: induzem resposta 
humoral, mas ainda não adequadas para conferir imunidade 
! Vacinas vivas 
■ Parasitos atenuados e em quantidade suficiente para induzir 
resposta imunitária que proteja a desafios por cepas 
heterólogas
Não confunda!
Imunoprofilaxia da TPB
? Vacinas vivas 
! Virulência reduzida 
! Dose padronizada 
! Sanidade controlada 
! Infectividade - 107 organismos viáveis 
! Reações pós-vacinais: 
■ B. bigemina (6-10 dias), B. bovis (10-16 dias), A. centrale (28 - 45 
dias) 
■ “Animais tratados devem ser revacinados”
Imunoprofilaxia da TPB
? Premunição 
! Premunição tradicional 
! Bovino doador crônico 
! Riscos de disseminação de enfermidades, virulência 
pode variar com o doador e desconhecimento do 
número de organismos
PREMUNIÇÃO - TPB Inoculação de sangue de 
doador contaminado 
Doadores: 
Bovinos adultos infectados com os 3 agentes. 
Mesma cepa da região. 
Negativo - tuberculose, brucelose, leucose. 
Sangue resfriado (5 – 8o C) ou não. 
Incubação: Babesia 5 a 23, Anaplasma 24 a 45 
dias 
 
Imunoprofilaxia da TPB
Imunoprofilaxia da TPB
Imunoprofilaxia da TPB
Imunoprofilaxia da TPB
? Quando intervir? 
! Deslocamento de bovinos de áreas livres de babesiose/
anaplasmose para áreas enzoóticas 
! Bovinos submetidos a manejo intensivo 
! Integração com lavoura 
! Baixa população de carrapatos - zonas sub-marginais, 
períodos prolongados de estiagem (Primavera-Verão) ou 
inundação
Carrapatos em animais de 
companhia
Carrapatos
? Rhipicephalus sanguineus 
? Amblyomma spp.
Carrapatos
? Rhipicephalus sanguineus 
! Coloração avermelhada 
! Escudo não decorado (sem manchas) 
? Amblyomma spp. 
! Muito ágeis 
! Escudo ornamentado 
! Parasita de várias espécies, vivem nas matas 
? Local de parasitismo
Carrapatos
Carrapatos
? Intensa atividade hematófaga 
? Parasitas trioxenos 
! Diferentes hospedeiros 
! Importantes na transmissão de doenças 
! Transmissão transovariana e transestadial 
? Associados a hábitos de vida
Carrapatos – Ciclo de vida
Carrapatos
? Patogenia 
? Agente transmissor 
! Babesia canis, Erlichia canis, Rickettsia rickettsii. 
? Causa perda de peso, anemia e eczemas em pele
Carrapatos
? Epidemiologia 
! Condições ambientais favoráveis no verão 
! 2-3 gerações por ano 
! Frestas, casas, gramados, bosques 
! Infecção Boophilus (Rhipichepalus) microplus
Carrapatos
Carrapatos
? Sinais clínicos 
! Pode ocorre diferentes manifestações clínicas 
! Identificação do parasita entre os pelos 
■ Orelhas, face, membro torácico e pescoço 
! Irritação cutânea 
! Anemia 
! Eosinofilia 
! Pode haver sinais concomitantes a hemoparasitas
? Ambiente 
? Animais
Carrapatos
? Tratamento e controle 
! Ações dependem da área a ser aplicada (casaXapto) 
! Meio ambiente (canil, casinhas e fômites) 
■ Manter vegetação baixa/aparada 
■ Pulverizar as paredes, frestas, tetos 
! Locais de grande área 
■ Produtos carrapaticidas de longa ação e preventivo 
■ Piretróides – Líquido ou pó 
■ Utilização de coleiras impregnadas com substâncias carrapaticidas 
■ Evitar/controlar contato de cães com áreas de matas
Carrapatos
? Tratamento e controle 
! Animais 
■ Banhos com Amitraz - (4 a 8 tratamentos ) 
■ Tópicos dependendo da necessidade 
■ Spot On (30-45 dias)
Carrapatos
PRINCÍPIO ATIVO FORMA DE APLICAÇÃO EFEITO
 
Organofosforados Banho Curativo
Amitraz Banho Curativo
Piretróides Banho Curativo
Piretróides (permethrin) Tópica intraescapular Curativo e preventivo
Piretróides(flumethrin) Tópica na linha do dorso Curativo e preventivo
Fipronil Pulverização Curativo e preventivo
Fipronil Tópica interescapular Curativo e preventivo
Selamectin Tópica interescapular Curativo e preventivo
Propoxur/Flumethrin Coleira Curativo e preventivo
Amitraz Coleira Curativo e preventivo
Organofosforados Coleira Curativo e preventivo
Babesiose em Cães e Gatos
Etilogia
? Gênero Babesia 
!B. canis canis (Brasil e Europa) 
!B. canis vogeli (Países tropicais e subtropicais) 
!B. canis rossi (África do sul) 
!B. gibsoni 
!B. Felis 
? Vetor 
!Rhipicephalus sanguineus 
!Dermacentur spp 
!Hyaloma 
!Haemaphisalis
Epidemiologia
? B. canis mais prevalente no Brasil 
? Distribuição mundial com maior ocorrência em áreas tropicais e 
subtropicais 
? Animais jovens mais susceptíveis a primo-infecção. 
? Maior incidência no verão 
? Não há predisposição racial e sexo 
? Resposta imunológica fraca – necessita desafios constantes 
? Alta taxa de morbidade - portador crônico
Ciclo de vida da Babesia canis
Patogenia
? Babesia se adere a membrana eritrocitária 
? Penetram por endocitose 
! Hemólise 
■ Intra e extra vascular
Sinais clínicos
? Febre 
? Esplenomegalia 
? Anemia 
Sinais clínicos
Achados laboratoriais
? Anemia regenerativa 
! Produção de eritrócitos pela 
medula óssea mantém-se normal

? Bilirrubinúria 
? Hemoglobinúria 
? Trombocitopenia 
? Leucocitose por neutrofilia 
? Macroplaquetas 
? Proteinúria 
? Cilindrúria 
? Bioquímico depende do 
órgão afetado
Complicações
? IRA 
? Babesiose cerebral 
? Coagulopatias 
? Icterícia e hepatopatia 
? Anemia hemolítica 
imunomediada 
? Babesiose hiperaguda 
? Síndrome do desconforto 
respiratório agudo 
? Hemoconcentração 
? Choque
Diagnóstico 
? Esfregaço sanguíneo 
? Sorologia: ELISA 
? PCR - sangue
Tratamento 
? Dipropionato de imidocarb 
!5 - 7 mg/kg 2 aplicações intervalo de 14 d 
? Aceturato de diminazeno 
!3,5 mg/kg – can/fel 
? Doxiciclina 
!10-20 mg/kg/d 
? Tratamento de suporte quando necessário 
? Controle ao ectoparasita - Carrapato
Prevenção e imunidade
? Doadores de sangue!!!

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