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Artigo TCC em Matematica Welligton

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FACULDADE ESTÁCIO 
ARTIGO CIENTÍFICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOGANDO COM A MATEMÁTICA 
 WELLIGTON OPINAJARA DA SILVA 
DANIEL PORTINHA ALVES 
RESUMO 
O Jogo é de fundamental importância para a educação matemática. Ele torna as atividades 
escolares mais atraentes e estimula o raciocínio dos alunos. Porém, é importante que esse uso 
tenha objetivos bem definidos. O trabalho com jogos matemáticos pode ser utilizado em 
qualquer momento, mas deve-se ter bem claro, quando, como e qual tipo de jogo é apropriado 
para o momento. Nesse artigo apresentamos como jogo são importantes na sala de aula durante 
a educação Matemática, analisamos as concepções e explicações de autores importantes na 
história da educação como também, na utilização do jogo como facilitador para o ensino e 
aprendizagem de Matemática e como são os comportamentos alunos durante a sua jogada. 
Palavras Chaves: Educação, Jogos, Jogos Matemáticos, Importância do Jogo, 
 
 
 
 
 
POLO CURITIBA 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente artigo pretende abordar a importância do jogo na prática educativa na aula 
de matemática; e postular suas implicações, crendo que este vínculo é de extrema importância 
em se tratando da aprendizagem de crianças ou de qualquer situação que as envolvam. 
A escolha desse tema se deu a partir da minha observação durante a realização do meu 
estágio. Nesse momento, foi possível perceber erros, dúvidas dos alunos na resolução de 
problemas e nos cálculos, principalmente no que refere aos números decimais escritos na forma 
de fração, como também a falta de motivação em se tratando do ensino dessa disciplina. A meu 
ver através de atividades com jogos, quando trabalhado na perspectiva da resolução de 
problemas, os alunos coordenam diferentes pontos de vista, estabelecem várias relações e 
socializam os conhecimentos com os colegas. 
Deve-se pensar, o que uma educação no campo da matemática pode fazer para que o 
aluno seja estimulado a gostar dessa disciplina? A falta de interesse dos alunos pela Matemática 
é uma reclamação constante entre os professores. Para eles, as aulas de Matemática não passam 
de meras transmissões de fórmulas, definições, conceitos e resultados que não têm o menor 
significado. O foco do processo de aprendizagem é o aluno e para que esta aprendizagem 
aconteça é preciso despertar o seu interesse. Nesse sentido aguçar o interesse pelo conhecimento 
ganhou posição de destaque e o professor passou a ser aquele que gera situações para que se 
estimule este conhecimento. 
Para que se possa despeitar o interesse dos alunos para uma atividade matemática 
significativa, é preciso adotar uma metodologia de ensino diversificada em que o professor seja: 
criativo, dinâmico e inter-relacionado com o propósito de propor mudanças na sua prática 
pedagógica. É nesse contexto que devesse reconhecer o jogo não apenas como um passa tempo, 
mas sim como um recurso didático que pode ser utilizado para fins educativos e pedagógicos. 
Foi durante o meu Estágio Supervisionado na Escola Estadual Jorge Queiróz Netto, na cidade 
de Pirai do Sul, Paraná, onde estive observando como era difícil para os alunos desta unidade 
escolar assimilar a linguagem matemática formal. 
Refletindo sobre uma metodologia eficiente sobre como enriquecer o aprendizado da 
matemática, o jogo pode desempenhar um papel importante na educação do aluno. Pois o 
objetivo do jogo proporciona criar várias estratégias para que o aluno consiga chegar a um 
determinado resultado, favorecendo assim uma atividade lúdica do aluno. Com um ensino 
focado no aluno, o jogo pode desempenhar um importante papel no processo ensino 
aprendizagem. 
O gosto pela atividade lúdica é inerente ao ser humano e por ele passam grande parte 
dos contatos sociais que a criança estabelece ao longo de sua vida. Assim, o professor deve 
procurar organizar seu curso tornando-se orientador ou facilitador da aprendizagem, deve ver 
o aluno como o centro da aprendizagem e deve organizar atividades em pequenos grupos, com 
rico material didático e em ambiente estimulante que permita a realização de jogos e 
experimentos ou o contato com materiais manipulativos. 
 
 
1 
 
Os jogos matemáticos ainda constituem um campo amplo para a investigação, visto que, 
ainda não é rotina o seu uso nas escolas. Moura, reafirma a importância dos jogos, quando diz 
que, a análise desta tendência, ainda pouco difundida e aceita, é relevante para que possamos 
assumir conscientemente nosso papel de educadores. Para ele, “o jogo aparece deste modo, 
dentro de um amplo cenário que procura apresentar a educação, em particular a educação 
matemática, em bases cada vez mais científicas”. (Moura, 1997, p.76). 
 Este artigo defende por uma análise do tema abordado, jogando com a matemática, 
juntamente com o desejo de compreender como os jogos matemáticos podem ser utilizados para 
o desenvolvimento de criatividade, conceitos lógicos, capacidade de resolver problemas e a 
socialização. Este texto está organizado em seções em que é apresentado introdução, referência 
teórica, metodologia, descrição e análise das atividades, conclusões e referências bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. JOGO A SUA DEFINIÇÃO UTILIDADE NA EDUCAÇÃO 
Desde a antiguidade o jogo foi elemento de discussão para o ensino, acreditava-se que 
por meio do mesmo, o ato de educar pudesse tomar rumos que abrangia a imaginação, a 
curiosidade e a própria aprendizagem de maneira alegre e eficaz. 
Sendo os jogos utilizados por diversos povos, como egípcios, romanos e maias. Para 
esses povos os jogos tinham a finalidade de ensinar valores, normas e padrões de vida advindos 
das gerações antecedentes. As relações com o lúdico se fazem presente em diversas áreas do 
conhecimento, na filosofia, Platão citado por Almeida apud Alves (2001, p.16), diz que: “o 
aprender brincando” era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar da violência e da 
repressão. Considerava ainda que todas as crianças deveriam estudar a matemática de forma 
atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo. 
Os etnólogos classificam como brincadeiras, os comportamentos que não visam a 
satisfação das necessidades vitais, alimentares ou sexuais, mas que apresentam um caráter 
aparente de gratuidade; estas atividades de interação social como abordagens, correr 
perseguindo, lutas amigáveis, brincadeiras solitárias com ou sem objetos, são observadas 
principalmente entre animais jovens. Já no homem, o jogo não se limita à infância, ás vezes faz 
investimentos financeiros para (jogos esportivos como futebol, tênis, olímpicos ou 
televisionados...), deixando assim de ser um mero passatempo, tornando-se até uma profissão. 
A palavra jogo pode apresentar muitas definições e existem vários significados para ela, 
por exemplo, no (Aurélio, 2019), jogo é: “atividade lúdica ou competitiva em que há regras 
estabelecidas e em que os praticantes se opõem, pretendendo cada um ganhar ou conseguir 
melhor resultado que o outro; partida”. 
Na concepção de Hiuizinga (2000), o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, 
exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, com regras livremente 
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de 
um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. 
Então, percebe-se que apesar de sinônimos que envolvem o lúdico, existem regras que são 
partes do jogo, logo não deve ser considerado uma brincadeira banal e comum. 
 Enfim, são várias as definições e até sinônimos para o mesmo. A mesma atitude podeser jogo ou não jogo, dependendo da cultura ou da forma que se faz entendimento. 
Para algumas pessoas, o jogo pode ser visto apenas como recreação, ou seja, como bem-
estar para aqueles que jogam, enquanto que para outras pode ser visto como um suporte na 
aquisição do conhecimento ou, ainda, há os que pensam que os jogos são uma preparação para 
a vida adulta, é um meio de aquisição de regras, fato característico da vida em sociedade. 
Para algumas pessoas, o jogo pode ser visto apenas como recreação, ou seja, como bem-
estar para aqueles que jogam, enquanto que para outras pode ser visto como um suporte na 
aquisição do conhecimento. Esta segunda é a ideia que apresentamos neste artigo. 
 
 
3 
 
Pesquisas na área da Educação Matemática tem mostrado a inadequação dos métodos 
expositivos e a ideia de que o professor é o transmissor do conhecimento e o aluno receptor 
para o ensino da matemática. Essa percepção faz com que seja necessário repensar e utilizar 
recursos diferenciados em sala de aula, buscando, uma maior participação dos nossos alunos. 
Muitos docentes já reconhecem que há uma carência lúdica, para envolver os alunos numa 
aprendizagem significativa, utilizando técnicas alternativas, ao se trabalhar o jogo com o aluno, 
o mesmo estará aprendendo sem a linguagem formal da matemática e porque não utilizar os 
jogos? 
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de matemática não há um 
caminho exclusivo para o ensino de qualquer disciplina, em particular, a matemática. As 
possibilidades de trabalho são muitas, na qual o educador poderá construir sua própria prática. 
Sendo assim, o jogo se torna um recurso que fornece os contextos do problema e ao mesmo 
tempo, faz com que o aluno desenvolva estratégias para solucioná-lo. 
O jogo deve ser visto como um importante instrumento pedagógico, para favorecer a 
aprendizagem do aluno, em especial a aprendizagem matemática é através dos jogos, que os 
educandos vão percebendo que é possível aprender de forma divertida, passando assim, a 
compreender e a utilizar convenções e regras que serão empregadas no processo de ensino 
aprendizagem, tendo um melhor aprendizado em relação aos conteúdos vistos e que a escola 
não é o único local de realização de atividades matemáticas. 
Uma prática pedagógica que utilize atividades lúdicas irá favorecer a autonomia dos 
educandos. Segundo Piaget, citado por Kamii (1991, p.54), 
Para Kamii, uma educação conformista ou escola tradicional não encoraja o 
pensamento crítico nem o independente. As escolas precisam encorajar a 
autonomia do princípio, se quiserem, eventualmente, serem bem sucedidas em 
ajudar indivíduos a atingirem níveis mais altos de desenvolvimento emocional e 
cognitivo. 
Aprender matemática através de jogos para nossos educandos não é considerado como um 
momento para a aprendizagem, pois o aluno não identifica a ligação entre a atividade lúdica e 
a possibilidade de se aprender a matemática. Para a maioria dos nossos alunos, o intervalo é 
ligado ao momento de descontração, conversa, jogos e a aprendizagem é ligada ao contexto de 
trabalho. 
Com a utilização dos jogos, os alunos se esforçam para superar obstáculos, tanto 
cognitivos quanto emocionais, sendo que se estão motivados, ficam mais ativos mentalmente. 
Sendo o jogo livre de pressões e avaliações faz com que haja uma maior aprendizagem. 
Segundo Kishimoto (1999, p.96), sabemos que as experiências positivas nos dão 
segurança e estímulo para o desenvolvimento. O jogo nos propicia a experiência do êxito, pois 
é significativo, possibilitando a autodescoberta, a assimilação e a integração com o mundo por 
meio de relações e de vivências. 
 Os PCNs ainda ressalta que 
Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permite que 
estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de 
4 
 
estratégia de resolução e busca de soluções. 
(BRASIL, 1998, p.46). 
 
Segundo Alves (2007, p.26), “para Moura (1994), o jogo tem a finalidade de 
desenvolver habilidades de resolução de problemas,” onde o educando tem a oportunidade de 
aprender os conteúdos matemáticos e ao mesmo tempo construir instrumentos necessários á 
ação de aprender. 
Ao se trabalhar com as atividades lúdicas, o aluno aprende brincando, sem 
obrigatoriedade ou imposição do educador, motivando-se para uma nova aprendizagem e 
fixação de noções já conhecidas. Desafiar nossos alunos com os jogos faz com que haja um 
progresso na aprendizagem do aluno, desenvolvendo competências para a resolução de 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2.1 O JOGO E A SUA IMPORTANCIA PARA A EDUCAÇÃO 
MATEMÁTICA 
Os jogos matemáticos constituem-se uma atividade lúdica que mobiliza o aluno em uma 
determinada direção, proporcionando uma busca de soluções ou de formas de adaptação a 
situações problemáticas e, gradativamente, o conduz ao esforço voluntário facilitando o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Com a utilização de jogos como recurso pedagógico o professor pode propiciar um 
ambiente agradável para a aprendizagem, podendo explorar conceitos, reforçar conteúdos, 
testar conhecimentos já adquiridos e principalmente desenvolver a autoconfiança do aluno, 
quando a elaboração de estratégias para resolver um determinado “problema”. Assim sendo, os 
jogos proporcionam aos alunos momentos de descontração e alegria, tornando os alunos mais 
interessados e atuantes na atividade. Neste sentido Smole; Diniz; Milani (2007) afirmam que: 
 
Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria 
para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o caderno e o lápis. Essa 
dimensão não pode ser perdida apenas porque os jogos envolvem conceitos de 
matemática. Ao contrário, ela é determinante para que os alunos sintam-se chamados a 
participar das atividades com interesse (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p. 10). 
De acordo com Borin (1996), os jogos matemáticos estimulam no aluno atividades de 
raciocínio como observação, concentração, análise, atenção, e generalização, as quais são 
fundamentais para o aprendizado de Matemática. Além de desenvolver nos alunos o hábito de 
explorar as possibilidades ao acaso, sem preocupação de achar uma fórmula pronta, sem uma 
técnica específica, exatamente como se inicia a pesquisa matemática. 
A utilização de jogos no ambiente escolar traz, de acordo com Borin (1996), muitas 
vantagens para o processo de ensino e aprendizagem. Entre elas: 
- Fixação de conceitos já aprendidos de uma forma motivadora para o aluno; 
- Introdução e desenvolvimento de conceitos de difícil compreensão; 
- Desenvolvimento de estratégicas de resolução de problemas (desafio dos jogos); 
- Aprender a tomar decisões e saber avaliá-las; 
- Significação para conceitos aparentemente incompreensíveis; 
- A criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para 
atingir o objetivo do jogo; 
- O jogo integra várias dimensões da personalidade: motora, afetiva, social e cognitiva; 
- Desenvolve a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas; 
- Oportuniza ao aluno aprender jogar e participar ativamente; 
- Enriquece o relacionamento entre os alunos; 
- Reforça os conteúdos matemáticos já aprendidos; 
6 
 
 
- Oportuniza a criança a lidar com frustrações e portar-se de forma sensata; 
- O aluno aprende a aceitar regras; 
- As crianças desenvolvem e enriquecem suas personalidades, tornando-os mais participativos 
e espontâneos perante os colegas de classe; 
- Aumenta a interação entre os alunos participantes; 
- Através do jogo podem-se detectaros alunos que estão com dificuldades reais, verificando os 
que tiveram maior dificuldade em assimilar os conteúdos nos jogos; 
- Propicia o relacionamento das diferentes disciplinas (interdisciplinaridade); 
- O jogo requer a participação ativa do aluno na construção do seu próprio conhecimento; 
- O jogo favorece a socialização entre os alunos e conscientização do trabalho em equipe; 
- A utilização dos jogos é um fator de motivação para os alunos; 
- Dentre outras coisas, o jogo favorece o desenvolvimento da criatividade, de senso crítico, da 
participação “sadia”, da observação, das várias formas de uso aprendizagem e do resgate do 
prazer em aprender. 
A utilização dos jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os 
alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe (que em sua maioria tem 
aulas tradicionais com uso de quadro branco e pincel apenas) e despertando o interesse dos 
alunos. 
As atividades de jogos permitem ao professor analisar e avaliar os seguintes aspectos: 
* compreensão: facilidade para entender o processo do jogo assim como o autocontrole e o 
respeito a si próprio; 
* facilidade: possibilidade de construir uma estratégia vencedora. 
* possibilidade de descrição: capacidade de comunicar o procedimento seguido e da maneira 
de atuar; 
* estratégia utilizada: capacidade de comparar com as previsões ou hipóteses. (BRASIL, 1998, 
p.47) 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2.2 – O JOGO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
 Podemos ver que, hoje em dia, as aulas tradicionais estão ficando cada vez mais 
defasadas, ou seja, o aprendizado que pretendemos chegar não está sendo alcançando, pois, os 
alunos estão cada vez mais desinteressados; mas, nós, professores, podemos mudar tudo isso, 
usando os jogos. 
Com as dificuldades existentes no ensino e aprendizagem da matemática, carece-se de 
métodos e didáticas diferentes que possam servir como um auxílio ou instrumento para o 
professor e para o aluno também na construção de conhecimento matemático. Para Agranionih 
e Smaniotto (2002), o jogo matemático é: 
[...] uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com objetivos 
claros, sujeita construídas coletivamente, que oportuniza a interação com os 
conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente produzidos, o 
estabelecimento de relação e numéricas e a habilidade de construir estratégias para 
a resolução de problemas. 
(PEREIRA, [s.d.] apud SELVA, 2009.) 
(p.2) 
Sabe-se que muitos alunos têm dificuldade em matemática; desse modo, o professor 
deve desenvolver conceitos com técnicas e depois apresentar o problema para seus discentes e 
assim avaliá-los, pois todos são capazes de resolver um problema. É por isso que muitos 
professores, hoje, estão lutando para levar novas metodologias para a aula. Os Parâmetros 
Curriculares Nacionais de Matemática (PCN’s,1998) falam melhor sobre esse assunto e dão 
uma orientação a respeito desse assunto: 
O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase 
mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for 
levado a interpretar o enunciado da questão que lhe é posta e a estruturar a situação 
que lhe é apresentada. (BRASIL, 1998, p.32) 
No Brasil, os PCN’s, (1998), em relação à inserção de jogos no ensino de matemática, pontuam 
que estes: 
Constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes 
sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de 
estratégias de resolução de problemas e busca de soluções. Propiciam a simulação 
de situações problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o 
planejamento das ações [...] (BRASIL, 
1998, p.46) 
Com isso, pode-se ver o grau de dificuldade de cada aluno, no tocante ao saber 
matemático. Então, 
O ponto de partida da atividade matemática não é a definição, mas o problema. No 
processo de ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos matemáticos 
devem ser abordados mediante a exploração de problemas, ou seja, de situações 
em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-las. 
(BRASIL, 1998, p.32) 
8 
 
Um problema matemático é uma sequência de ações e operações para obter resultados. 
a resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo 
ou como aplicação da aprendizagem, mas uma orientação para a aprendizagem, 
pois proporciona o contexto em que se pode apreender conceitos, procedimentos 
e atitudes matemáticas. (BRASIL, 1998, p.33). 
Além disso, o que pode ser um problema para um aluno, para outro pode não ser, então 
como se descobrir isso? Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCN’s, 
1998), do Ministério da Educação e Cultura (MEC) 
Resolver um problema pressupõe que o aluno: elabore um ou vários procedimentos de 
resolução (como, por exemplo, realizar simulações, fazer tentativas, formular hipóteses); 
compare seus resultados com os de outros alunos; valide seus procedimentos. (BRASIL, 1998, 
p.33) 
Contudo, o aluno buscará estímulo para questionar e assim trazer a solução para aquele 
problema. Então, chega-se ao fato de que esses problemas podem ser resolvidos por vários 
métodos. 
Para algumas pessoas, os jogos são apenas uma brincadeira; mas, durante o momento 
que o aluno está com um jogo em mãos, como, por exemplo, jogo da velha ou quebra-cabeça, 
esses alunos estarão desenvolvendo seu raciocínio, e sabe que só irá ganhar o jogo se montar 
todas as peças do jogo, ou se colocar 3 figuras iguais nas restas ou nas diagonais; isso tudo faz 
a mente da criança trabalhar, raciocinar e pensar bastante, e se ganha o jogo estará sempre 
querendo brincar cada vez mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.3 JOGO COMO METODOLOGIA APLICADA DURANTE A AULA DE 
MATEMÁTICA 
Antes de oferecer aos alunos qualquer jogo necessitamos ter claro sua aplicabilidade, 
analisar quais seus pontos positivos e negativos, se está ligado ao conteúdo e também verificar 
se está de acordo com o perfil da turma, se é possível trabalhar esse tipo de jogo, pois “[...], 
aqueles que são dados ao acaso, e que não passam pela experimentação e pesquisa, são 
ineficazes” (VANDRESEN, 2013). 
O que precisamos fazer é oferecer possibilidades para que o aluno construa seus 
conhecimentos, a partir de informações relacionadas ao cotidiano, porém sempre com o auxílio 
do docente. Jogos desafiadores e a participação de todos os alunos auxiliam na obtenção das 
metas definidas pelo professor. “O jogo no ensino de matemática pode ser utilizado como um 
instrumento norteador que facilita o processo de ensino e aprendizagem do aluno”. (SANTOS; 
ALVES, 2014). 
No primeiro momento do jogo, o docente precisa deixar o educando se familiarizar com 
a atividade, após apontar as regras e os passos do mesmo, fazer observações referentes ao jogo 
analisando também o desempenho dos alunos, salientar o assunto estudado com o que está 
sendo jogado. Não podemos esquecer que o docente necessita intervir sempre que necessário, 
caso houver alguma situação não compreendida e/ou realizada de maneira errada, para que 
aconteça a aprendizagem. 
Os professores precisam dar maior importância à capacidade individual e aos 
conhecimentos pré-existentes de cada aluno, não somente analisar o desenvolvimento deles 
durante as aulas expositivas. No caso do lúdico, com ênfase nos jogos, o professor deixa de ser 
visto como depositador de conhecimentos, e toma a postura de quem auxilia o educando em 
suas construções, desafiando-o e dando assistência de acordo com as necessidades de cada um 
e, principalmente, motivando-o na construçãodos conhecimentos. É notado também que, na 
realização dos jogos, o docente estará proporcionando possibilidades ao aluno criar e testar suas 
próprias hipóteses. Como também é salientado por Chaves (2009) que os jogos considerados 
de grau superior aumentam a reflexão, a liderança e a autonomia. 
Outro método bastante atrativo é o uso da informática, aplicando jogos educativos a 
partir dela. Tem-se observado que muitos docentes não têm o hábito de vincular a matemática 
à informática, desse modo é indispensável fazer essa relação trabalhando os conteúdos 
matemáticos a partir de jogos em computadores. Antunes (2002, p. 134) salienta que “de 
qualquer modo, o professor deverá sempre se esforçar para sugerir atividades e exercícios que 
envolvam os conhecimentos já existentes”. Contudo, cabe ao professor incluir no seu 
planejamento atividades lúdicas e acompanhar o processo de avaliação do aprendizado a partir 
da exploração dessas. 
 
 
 
 
10 
 
2.4 O JOGO E O SEUS OBJETIVOS PEDAGÍCO 
Diversos são os objetivos pedagógicos que um jogo, de forma geral, pode assumir. Na 
sequência há alguns aspectos considerados importantes, de acordo com as teorias de Lopes 
(2005): 
 • Trabalhar a ansiedade: A ansiedade é uma característica encontrada em muitas 
crianças, varia em grau de intensidade e interfere na capacidade de atenção concentrada, nos 
relacionamentos interpessoais, na autoestima, o que prejudica o aprendizado da criança e o 
trabalho do professor. 
• Rever os limites: Devido a algumas dificuldades familiares em relação à educação, 
muitos pais erram por não impor limites aos seus filhos. Muitas vezes são extremamente 
permissivos e isso acaba por não desenvolver, na criança, hábitos de obediência e respeito a 
regras. Essa forma de tratamento prejudica essas crianças no relacionamento tanto com seus 
colegas quanto com qualquer pessoa adulta, pois só fazem o que querem e quando querem, 
atrapalham a atividade dos demais e não conseguem aprender. 
• Reduzir a descrença na auto-capacidade de realização: Dar oportunidade à 
criança de desenvolver sua capacidade criativa, que nem sempre é possível nas tarefas 
realizadas no seu no seu dia-a-dia, seja no ambiente escolar ou fora dele. Tal iniciativa faz com 
que ela comece a descobrir seu potencial. Isso ocorre quando confecciona o jogo ou mesmo por 
meio das experiências como, por exemplo, errar, acertar, construir, criar, copiar, desenvolver 
planos, o que contribui no aumento da autoestima, afinal a criança descobre que é capaz de 
fazer muitas coisas. 
 • Diminuir a dependência (desenvolvimento da autonomia): Uma característica 
percebida em grandes centros é a extrema dependência das crianças, pois, por motivos de 
segurança, elas são acompanhadas a todos os lugares e, muitas vezes, moram em verdadeiras 
fortalezas. Outro agravante é que algumas têm pais extremamente protetores e isso interfere de 
forma negativa no desenvolvimento da autonomia dos filhos, pois estes se tornam dependentes, 
medrosos, inseguros, com muito medo de se arriscar e sempre esperam que alguém faça tudo 
por eles. 
 • Aprimorar a coordenação motora: Importante preocupação na pré-escola. Os 
jogos também podem proporcionar, por meio de trabalhos manuais, a prática de exercícios 
motores que auxiliem crianças com algum problema de coordenação motora fina. Neste 
trabalho será apresentado que a tecnologia caminha para uma maior interação entre a 
computação e seus usuários que tendem a experimentar novas sensações. 
• Desenvolver a organização espacial: A desorganização espacial ocorre quando a 
criança tem dificuldade em calcular mentalmente o espaço disponível ao seu redor e tem relação 
direta com todo seu espaço interno e externo. Ela é desastrada, esbarra facilmente, não consegue 
deixar suas coisas em ordem e não ordena os fatos em suas narrativas, o que as deixa confusas 
e sem coerência. Neste caso, os jogos também podem ser utilizados para que essas crianças 
comecem a perceber, relacionar e organizar os espaços externos, de modo que levem essa 
organização para dentro de si. 
 
11 
 
• Melhorar o Controle, segmentar: Esse aspecto trata de como melhorar a execução 
das tarefas, com utilização do menor recurso físico possível, aumentando, desse modo, o bem 
estar na execução das mais variadas atividades. Aquele que, porém, não possui um controle 
segmentar, esforça-se com o braço inteiro, os ombros, o pescoço, a mandíbula, a testa e com os 
olhos. 
• Aumentar a atenção e a concentração: Problemas com atenção e concentração 
prejudicam, em muito, o aprendizado das crianças. Muitas são as variáveis que compõem estes 
problemas, mas a mais comum é o desinteresse, portanto, se faz necessário sensibilizar e 
motivar essa criança a se interessar pela atividade proposta. Uma maneira é através de 
atividades que exijam elevado grau de concentração. Jogos se encaixam bem nesse contexto, 
pois exigem concentração de seus jogadores e atenção total. 
• Desenvolver antecipação e estratégia: Alguns jogos se propõem a desenvolver 
habilidades, importantes na realização de muitas tarefas da vida, como raciocinar, criar 
hipóteses, aplicar planos projetados, verificar e analisar resultados obtidos. A criança precisa 
estar exposta a situações que exijam essas habilidades com o intuito de se habituar a elas e 
poder assim utilizá-las, quando necessário, nas diferentes situações da vida. 
 • Desenvolver a criatividade: A criança precisa ser livre para ampliar toda sua 
criatividade, isto é, necessita de atividades que a deixe liberta para imaginar, inventar coisas e 
agir de forma fora do usual. O educador pode promover esse espaço para que a criança possa 
agir livre de censura e críticas, pois qualquer ato mal colocado pode bloquear atitudes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Neste artigo foi abordado e apresentado o jogo como prática pedagógica no ensino e na 
resolução de problemas no ensino da matemática. Pode perceber o quanto é importante o uso 
de jogos como um objeto de estudo para o ensino e aprendizagem, são imensas as abordagens 
e as vantagens que se pode obter quando se relaciona o jogo com o ensino da matemática, além 
de facilitar a aprendizagem do aluno, o jogo se torna mais atraente, com isso o aluno sente-se 
mais interessados aos conteúdo dessa disciplina que muitas das vezes é considerado complexos 
e de uma grande dificuldade de assimilação para o aluno. 
 Diversos autores mencionados neste artigo defendem a utilização do jogo como um 
facilitador da aprendizagem, realmente o jogo é uma das metodologias de fácil acesso para que 
o professor possa trabalhar com o lúdico do aluno e para tornar sua aula mais atraente e 
satisfatória. O jogo desperta a curiosidade do aluno durante a sua jogada, propondo um ensino 
que abrange todo o desenvolvimento do aluno. 
 O jogo atualmente não é visto como uma metodologia de ensino na sala de aula de 
matemática, temos que mudar essa ideia de que o jogo está ligado apenas aos intervalos das 
escolas. Como podemos fazer para que o jogo esteja mais presente em todos os níveis de ensino, 
em particular no ensino da matemática, a escassez do jogo é observado na aula de matemática, 
por isso, o aluno se sente desmotivado a aprender. 
 Precisamos despertar a curiosidade do aluno para que na resolução de problema, ele se 
sinta mais estimulado a gostar dessa disciplina. É preciso fazer com que o jogo também esteja 
presente na aula de matemática, existem muitos recursos e um rico arsenal que pode tornar 
matemática mais próximo da realidade do aluno de uma forma que chame sua atenção para o 
lúdico. 
Concluímos que o jogo proporcionao aprendizado e o desenvolvimento pleno do aluno 
se introduzido com metodologia adequada, que as atividades sejam dinâmicas e desafiadoras, 
e que exijam participação ativa do aluno. E o papel do professor é o de ser investigador do 
modo de pensar do aluno, para ajudá-lo a compreender os conteúdos escolares e a superar 
dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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