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1 de 19 Aluno (a): Kelly Costa Da Silva, concludente do curso de Licenciatura em Matemática na UNESA. Professor (a) da UNESA: Daniel Portinha Alves, mestre em Educação Matemática JOGOS EDUCATIVOS EM MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II Kelly Costa Da Silva MsC. Daniel Portinha Alves RESUMO Neste trabalho, pretende-se mostrar a importância da utilização dos jogos e brincadeiras, no Ensino da Matemática, buscando compreender e apresentar contribuições no processo de desenvolvimento da criança no Ensino Fundamental II. Os jogos não se constituem apenas em uma forma de entretenimento, na qual crianças gastam energia, mas sim, em meios que contribuem e enriquecerem o desenvolvimento intelectual das mesmas. A utilização de jogos e brincadeiras no Ensino Fundamental é de fundamental importância para o desenvolvimento das crianças, sendo um facilitador no processo ensino aprendizagem. Desta forma, esse tema foi escolhido mediante as dificuldades apresentadas pelos alunos, sobre a interpretação e resolução de problemas, na pratica de sala de aula, visando auxiliar no entendimento e aplicação do conhecimento Matemático. Uma vez, que esse, muitas vezes, é visto como um amontoado de cálculos e formulas. PALAVRAS-CHAVE: Jogos - Matemática; Ensino – Aprendizagem; Educação-Matemática. 2 de 19 . 1 INTRODUÇÃO: Tal interesse pelo tema aconteceu após a minha passagem pela sala de aula durante o período do meu Estágio Supervisionado, quando na ocasião pude perceber claramente o desinteresse ou o medo dos alunos pela disciplina. Segundo alguns, as aulas são maçantes e chatas. É raro encontrar em uma turma mais do que três alunos que se interessem pela disciplina. Outros ainda insistem em questionar as utilidades daquelas formulas cansativas no cotidiano ou onde aplicarão aquele tipo de conhecimento. Em vista das seguintes dificuldades apresentadas de muitos alunos, teóricos tem discutido o ensino da matemática. Classificado como ciência rigorosa pelos próprios alunos, o que torna preocupante a falta de interesse dos jovens pelo estudo deste assunto. Com regras, fórmulas e cálculos não fazem sentido para a maioria dos alunos porque eles simplesmente copiam a prática desestimulando o aprendizado. Os alunos não entendem a lógica do desenvolvimento da fórmula e reproduzem solução indicada pelo professor podendo ser resolvida com uma pequena análise e raciocínio. A Matemática é uma ciência que tem por objetivo desenvolver e resolver situações-problemas, procurando estimular e resolver um raciocínio lógico, interligando as questões do estudo da Matemática com situações práticas habituais, entre muitas outras aplicações destinadas a pratica de habilidade das necessidades da vida humana. A Matemática é uma das ciências mais utilizadas em nossa vida diária. Quando éramos pequenos, encontramos problemas com suas aplicações todos os dias. Não é fácil entender e aprender matemática. Por exemplo, no processo de alfabetização das crianças, é necessário entender que elas não podem pensar logicamente, e é preciso incentivá-las a encontrar soluções para os problemas. 3 de 19 . Consideramos que a Educação Infantil ocupa um papel crucial nesse processo, pois se trata do período apropriado para a construção de novos conhecimentos. Dentre os principais conhecimentos que serão construídos nessa etapa da escolar, destacamos a inserção do aluno dentro de uma concepção voltada para a construção do conhecimento elaborado pela própria criança, sendo seu professor o principal mediador. O desafio de reconstruir conhecimento e estimular a aprendizagem de forma prazerosa, valorizar o conhecimento e o comportamento dos alunos, propondo um levantamento permanente da técnica de uso para que lhe dê sentido e ação. Constantemente procurando maneiras de tornar o curso mais agradável e interessante para aqueles alunos que não entendem o que e ensinado e torná-los conscientes de si mesmos a importância da disciplina em suas vidas. De acordo com Garcia (2017, p. 35), “uma das abordagens diferenciadas em sala de aula são os jogos, que constituem uma importante ferramenta de ensino”. Portanto, é fundamental que os educadores incentivem e criem condições adequadas para a construção e conhecimento pessoal para os alunos, aprenderem matemática de uma forma significativa é essencial. Desenvolvendo a autonomia social, moral e intelectual dos alunos. Assim, usam os “Jogos Educativos” para priorizar a construção do conhecimento através de atividades que despertam o interesse dos alunos. O uso dos jogos e brincadeiras é uma excelente alternativa para estudantes sentir se motivados e interessados pelas atividades, alcançando assim, o saber matemático. “[...] a introdução de jogos como estratégia de ensino-aprendizagem na sala de aula é um recurso pedagógico que apresenta excelentes resultados, pois cria situações que permitem ao aluno desenvolver métodos de resolução de problemas, estimula a sua criatividade num ambiente desafiador e ao mesmo tempo gerador de motivação, que é um dos grandes desafios ao professor que procura dar significado aos conteúdos desenvolvidos.”, (BARBOSA; CARVALHO, 2009, p.3). Portanto, ajuda a construir uma atitude positiva em relação aos erros evolutivos. A crítica e a intuição em termos de emoção, cooperação, respeito mútuo e iniciativa 4 de 19 . pessoal são vitais para o desenvolvimento social dos cidadãos. Os jogadores farão cálculos mentais e compreenderão que a paciência é uma virtude essencial, porque os erros colocam tudo em risco. Eles vão refletir sobre suas estratégias erradas, encontrar erros, corrigi-los e vão vencer. Por sua vez, os educadores devem ser deliberados na escolha dos jogos, a fim de complementar atividade regular em sala de aula e o método a ser estudado. Como Garcia (2017, p. 37) revelou, “cabe ao professor contextualizar os jogos pedagógicos inserindo-os no planejamento anual a partir de uma sondagem com os estudantes sobre suas principais dificuldades em matemática.”. A escolha do jogo visa tornar a abstração da matemática mais próxima da situação real dos alunos. Estimular o interesse dos alunos no conhecimento e, assim, aumentar a frequência e a participação nas atividades escolares. Desta forma, as aplicações de jogos possam e devem ser reorganizados a usar continuamente técnicas que permita o melhor uso de acordo com a finalidade pedagógica. Os jogos também podem ajudar os professores a avaliar e determinar a dificuldade de todos os alunos, sem que percebam. Atrair a atenção e o desejo dos alunos por meio de jogos é uma estratégia de ensino muito boa eficiente, mas ainda raramente usado em ambientes escolares. O professor precisa planejar use jogos para simplificar o processo de ensino, fornecer conhecimento e fortalecer o conteúdo do aplicativo. Ribas (2016, p.4) dizem-nos que “o professor de Matemática necessita incorporar recursos que possam dinamizar o processo de ensino desta disciplina e consiga mobilizar a atenção e a participação dos educados”. 2. Jogos educativos como ferramentas de aprendizagem Muitos alunos apresentam dificuldade com a matemática, cheia de regras e fórmulas, sem qualquer significação com o seu mundo, e se acham incapazes de aprender. Não é fácil despertar o interesse nesta importante disciplina que está inserida no cotidiano das pessoas, em quase todas as ciências. 5 de 19 . A maioria dos alunos expressou medo e insatisfação com as aulas de matemática, Tornando o processo de aprendizagem repleto de complicações. Nós também temos uma geração de alunos que não querem pensar e esperam que tudo esteja pronto e completo. Vários educadores procuraram métodos diferenciados que podem superar dificuldades,aproximar a matéria do cotidiano dos alunos, evitar a insatisfação com a matéria e subverter a matemática duro. O ensino desta disciplina requer a utilização de ferramentas adequadas ao ensino de competências para a construção do conhecimento dos jovens. Os educadores devem criar um ambiente estimulante que estimule a curiosidade, o espírito cooperativo e o prazer de aprendizagem dos alunos. Com exceção da aprendizagem intermediária, eles permitem que todos cooperem uns com os outros e encontrem soluções para desafios em outras disciplinas. Os jogos vêm a favorecer a concentração, habilidades, respeito, pois, exigem regras a serem cumpridas e seguidas, pois os conflitos acontecem no meio social e o respeito mutuo que faz onde o aluno tenha o desenvolvimento com uma aprendizagem significativa. A troca de informações por meio de jogos traz uma significativa socialização da matemática aos alunos, permitindo que eles aprendam e interajam com os colegas. Não é uma tarefa fácil introduzir os jogos e de que forma levar o aluno a pensar em aprender com os jogos dentro da escola. Esse é um grande desafio, pois os jogos podem causar erros e não estamos preparados para cometer erros na vida. Isso ajuda a orientar os alunos a pensar e raciocinar. Essa é a melhor estratégia, o melhor movimento, se estiver correto. O jogo exige rapidez nas decisões, agilidade, desenvolve uma visão espacial, o diálogo é a melhor solução para resolução dos problemas na vida. Em um paradigma de aprendizagem significativo, atividades divertidas promovem muito a cognição, as relações emocionais e fornecem o desenvolvimento de atitudes críticas. Brincar, no ambiente escolar, é excelente para evolução do aluno. A 6 de 19 . ludicidade contribui para a estruturação do pensamento reflexivo do estudante, bem como sua participação na edificação do seu conhecimento e habilidades, valorizando o respeito à liberdade de pensar, o incentivo à descoberta e o encorajamento à criatividade. Quando uma situação lúdica é intencionalmente criada pelo professor, revela-se a sua dimensão educativa. O recurso estimula o interesse, a construção e a assimilação de conceitos, desenvolvendo a conduta social do indivíduo. Jogar constitui uma atividade natural que compõe os processos mentais do indivíduo, enriquecendo a argumentação, a organização do pensamento crítico, a intuição e a criação de estratégias, que podem ser constantemente revisadas, sem demandar qualquer exigência ou obrigação. Jogos matemáticos reduzem a avaliação negativa do assunto e constituem maneira interessante de fazer perguntas. Eles são dispositivos eficazes para a memória conteúdo, porque eles terão discussões em grupo para chegar a um acordo no processo de cumprimento das regras, Criatividade, para ensinar os indivíduos a pensar de forma independente na construção do conhecimento Lógica matemática. Essas competições ligam conceitos matemáticos abstratos com concretos e promovem a inter-relação desses dois universos. Os alunos estabelecem relações causais entre os fatos e buscam estratégias para resolver situações polêmicas. Esta etapa é muito útil para que os professores encontrem lacunas no ensino e observem o desenvolvimento da aprendizagem. A simulação de jogos requer soluções rápidas e organizadas para os impasses, estabelecendo uma atitude positiva em relação aos erros, como correções necessárias acontecem naturalmente, e não vão deixar uma impressão negativa nos alunos. O conteúdo inserido em sala de aula é de fácil compreensão pelo meio de jogos, aproximando professores e alunos, reduz a precipitação por alguns alunos que têm medo do assunto e pensam que não podem aprendê-la. Os alunos se aproveitam o 7 de 19 . conhecimento de participação em jogos para adquirir as especificações necessárias em matemática. Além de esses jogos trabalharem a inteligência verbal, digital, visual e abstrata, promovem a hierarquia, normas, trabalho em equipe, respeito pelos outros e por sua cultura. Eles exploram o potencial e as limitações dos pertencentes na aquisição de novos conhecimentos, Estabelecendo e revendo valores. Brincar pode construir a lógica e o pensamento abstrato do aluno, permitindo que ele se adapte às suas regras próprias, conceitos e desenvolva ainda mais a habilidade e a necessidade de resolver os conflitos que podem ocorrer na sua vida e na sala de aula no ambiente escolar. Quando o jogo é em grupo, ele pode desenvolver naturalmente o raciocínio lógico, a participação e o compartilhamento de informações. Também cultiva a confiança do jogador na defesa de suas opiniões e o incentivo a estudar os temas discutidos em aula para que se torne um adversário mais preparado para vencer as disputas. Portanto, o fracasso do jogo desperta o interesse das pessoas na reflexão ao se depararem com erros, portanto os alunos estudam para corrigir os erros que cometeram e alcançar a resposta correta, no processo de transformação dos alunos em sujeito ativo de aprendizagem educacional, o fracasso não é totalmente uma perda, porque os alunos ganham conhecimento quando analisam seus erros. Os jogos são propícios à desconstrução e recriação criativa, tendo em vista o novo conhecimento adquirido por meio das utilizadas no jogo e contribuindo para Reconstrução de conceitos matemáticos em que o atraso do aluno e observado. Segundo Rosada (2013, p.16), “o professor deve ser um pesquisador intencional manter uma relação da sua metodologia com a realidade dos alunos, observando quais os seus interesses, para ter uma relação entre a aprendizagem e o conhecimento matemático do aluno”. 8 de 19 . Jogar é uma atividade natural, constitui um processo psicológico pessoal, Argumentação rica, organização de pensamento crítico, intuição e criatividade Uma estratégia que pode ser continuamente modificada sem quaisquer requisitos ou obrigação. 3. Papel do professor no processo de ensino de jogos matemáticos O desempenho insatisfatório dos alunos indica que a matemática é um bom filtro social. Aguardando à alta taxa de retenção das pessoas menos favorecidos. Para tornar a educação justa e igual a todas as pessoas, o professor deve sempre buscar novos conhecimentos e empreender Atitude reflexiva e desenvolver métodos de ensino mais eficaz para o ensino da matéria. O professor não é mais o detentor do conhecimento, é ele quem fornece as informações necessárias para que o aluno crie condições para que se desenvolvam sozinhos e caminhem com as próprias pernas. Hoje, o objetivo de um educador é usar seu conhecimento para usar os alunos a pensar, valorizar os pontos positivos e corrigir os negativos. Os professores deixam de ser apenas divulgadores de conhecimento, mas passam a inspirar os alunos a buscarem conhecimento em diferentes situações- problema. Os professores devem estar atentos à realidade dos alunos, saber o que eles fazem e dar sugestões. Investigar e refletir constantemente sobre a utilização dos recursos pedagógicos para tornar suas ações relevantes e buscar a excelência no processo formação do aluno. O papel dos educadores é inspirar e estimular a criatividade dos alunos soluções e proposições, porque serão capazes de criar suas próprias situações-problema e novas soluções, gerando conhecimento matemático. Chagas (2018, p.64) “O item principal na colaboração, na estrutura do ensino, será sempre as relações humanas. Por mais que 9 de 19 . tentem elaborar aulas tecnicistas ou em formatos deturpados durante os tempos com a intenção em se manter retilíneo certo conceito educacional, as relações entre docente e discente serão edificadoras”. A introdução de jogos na sala de aula é um grande desafio porque requer um planejamento de ordem das aulas, pois o professor devetrazer materiais didáticos para desenvolver o conteúdo para aplicação em sala de aula ou para preparar um novo tema do curso, e promover uma aprendizagem da matéria de forma natural. Os jogos combinam uma teoria com uma prática fascinante e interessante. Educador é o divulgador do conhecimento verdadeiro, para promover e encorajar o processo de aprendizagem permite que os alunos participem ativamente do processo de ensino e estabeleçam uma aprendizagem da matemática é de grande importância para os alunos. Esses jogos aproximam uma interação entre professores e os alunos. Permite troca de experiências, apresentações, discussões e tornam a sala de aula mais interessante e produtiva. O educador que coloca o jogo em seu projeto de ensino deve possuir uma deliberada, escolher aquele mais adequado ao conteúdo e a metodologia que se deseja trabalhar, determinar técnicas para o seu maior aproveitamento. A escolha da atividade não pode ser ao acaso e esporádica, deve ser realizada durante todo o ano como estratégia na edificação do saber do estudante. Quando o aluno não sabe ainda como vencer a partida, eles fazem tentativas, elabora sua própria técnica para alcançar a resposta. Ao procurar identificar a melhor estratégia, o professor obtém pistas sobre o que o educando não compreende e pode planejar uma intervenção mais apropriada para ajudá-lo a encontrar o melhor caminho. O uso de jogos permite uma avaliação contínua sem os alunos percebem que em todo o processo de expansão, modificação, ajuste o método de ensino para adaptá-lo ao método de ensino. Os professores identificam as dificuldades de cada um, mudam e reorganizam o jogo de acordo com o propósito de ensino. 10 de 19 . Essas atividades podem analisar e avaliar a dificuldade dos alunos em compreender o jogo, autocontrole, respeito, desenvolver objetivos, ações vencedoras e comunique-se com outros participantes. Os educadores observam as reações dos alunos com as vitórias, derrotas e empates, sua cooperação e estratégia, seu entusiasmo por materiais coletivos, seu nível de comprometimento e se eles podem seguir as regras. De um modo geral, o professor pode observar como as maiores dificuldades, pode modificar ou remodelar sua prática de ensino e determinar o conteúdo precisa ser mais explorados para que o conhecimento seja acomodado de forma mais considerável para o aluno. A utilização dos jogos sem critérios não é eficaz para aprendizagem. Tal recurso pedagógico deve ser regido por objetivos, regras e metas a serem alcançadas, de tal forma que tudo ocorra natural e prazerosamente para o aluno. Os jogos podem se perder por falta de incentivos quando não houver a intencionalidade do professor em sua escolha, ou quando o educador não conseguir identificar o tempo em que o aluno estará suscetível a ser desafiado pelo jogo. O docente precisa estar sempre atento, com um planejamento organizado e uma atividade interessante e desafiadora. Os professores devem evitar o abandono de conteúdos por falta de adequada administração do tempo ou, ainda, pelo encanto dos alunos somente pelos jogos, desprezando às tarefas escritas. Os educadores devem sempre ter em mente que o objetivo do jogo é ensinar brincando, sem obrigação ou interferência constante no processo. É importante para o aluno compreender que aquele momento sem ocupação escrita é essencial para sua formação, pois ele fará uso de seus conhecimentos e experiências para investigar, argumentar e propor soluções na busca por resultados, desenvolvendo capacidades para resolução de problemas em seu cotidiano. Contextualizar o currículo com fatos vivenciados pelos estudantes dentro da escola ou fora dela é a principal tarefa do professor. Entretanto, o educador não deve descartar o desenvolvimento de conteúdos mais avançados em função da significação da 11 de 19 . aprendizagem, ou seja, por acreditar que a exploração do tema não faça sentido em razão da realidade do aluno. É importante frisar que a aquisição de conhecimento pode ser alcançada através de outros meios, no trabalho em cima das dúvidas, provocando a imaginação do estudante para que ele compreenda a importância do estudo em sua formação intelectual. 4 Construção de jogos na sala de aula O Jogo educativo é um recurso pedagógico utilizado pelo professor para motivar os alunos a estudarem determinados assuntos, contextualizando o conteúdo através de brincadeiras desafiadoras. É uma alternativa eficiente em substituição às aulas convencionais porque proporcionam a memorização de tópicos importantes de forma fácil, divertida e interessante, além de desenvolver o social do indivíduo com a interação de toda a turma. Temos alguns indicadores que nos permitem concluir que estamos começando a sair de uma visão do jogo como puro material instrucional para incorporá-lo ao ensino, tornando-o mais lúdico e propiciando o tratamento dos aspectos efetivos que caracterizam o ensino e a aprendizagem como uma atividade, de acordo com a definição de Leontiev (1988). Os jogos, ultimamente, vêm auxiliando o ensino da matemática em nossas escolas numa tentativa de trazer o lúdico para dentro da sala de aula. Além disso, as atividades lúdicas podem ser consideradas como uma estratégia que estimula o raciocínio levando o aluno a enfrentar situações conflitantes relacionadas com seu cotidiano e, também, a utilização dos jogos vem confirmar o valor formativo da matemática, não no sentido apenas de auxiliar na estruturação do pensamento e do raciocínio dedutivo, mas, também, de auxiliar na aquisição de atitudes. 12 de 19 . Essa metodologia representa, em sua essência, uma mudança de postura em relação ao que é ensinar matemática, ou seja, ao adotá-la, o professor será um espectador do processo de construção do saber pelo seu aluno, e só irá interferir ao final do mesmo, quando isso se fizer necessário através de questionamentos, por exemplo, que levem os alunos a mudanças de hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou para a socialização das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta certa. Ao aluno, d e acordo com essa visão, caberá o papel daquele que busca e constrói o seu saber através da análise das situações que se apresentam no decorrer do processo (BORIN, 1998, p.10-11). No primeiro momento tiveram alunos que queriam desistir do trabalho por falta de criatividade ou até mesmo falta de estimulo por minha parte como mediador. Mas, a ideia de realizar esse trabalho em grupo fez com que as ideias fluíssem e as imaginações se tornassem visíveis. A construção foi o principal foco do trabalho, pois os alunos tiveram que aprofundar na teoria dos números racionais para criarem as regras e as operações que conteriam o jogo. Nas figuras abaixo podemos observar a construção de jogos por alunos do ensino fundamental II na qual, demonstraram criatividade e competência para elaboração de jogos em forma de trabalho para o segundo trimestre na disciplina de matemática em uma rede privada de ensino. 13 de 19 . Figura 1. Jogos de Matemática criados por alunos dos 9° ano, Fonte Própria autoria. Para a construção do jogo da figura 1 a esquerda os alunos utilizaram um jogo como de bingo que eles já tinham em casa e adaptaram para a matemática. Eles fizeram fichas numeradas de 0 a 99 na qual, nelas tinham as quatro operações matemáticas: adição, subtração, multiplicação e divisão. Onde para marcar o número na cartela teria que a certar a operação contida em cada ficha. Na mesma figura a direita foi utilizada uma cartolina onde os discentes desenharam seu próprio jogo. Nesse jogo, eles utilizaram cartas que continham regras de pular 1, 2 o u 3 casas e se caso errasse a pergunta também voltaria 1,2 ou 3 casas. Nesse jogo, as operações eram de adição e subtração de números decimais. As intervenções pedagógicas com jogos nas aulas de matemática podem ser realizadas, segundo (Grando, 2004) em sete momentos distintos: familiarização com o material do jogo, reconhecimento das regras, jogar para garantir regras, intervenção pedagógica verbal, registro do jogo, intervenção escrita e jogar com competência. 1º Momento: Familiarização dos alunos com o material do jogo. 14 de 19 . É o momento em que os alunos entram em contato com o material do jogo, identificando objetos já conhecidos, por exemplo, dados, peões, tabuleiros, etc. E realiza simulações de possíveis jogadas. 2º Momento: Reconhecimento das regras No segundo momento os alunos devem reconhecer as regras do jogo e estas podem ser expostas de diferentes maneiras, dentre elas: explicadas pelo professor, lidas pelos alunos, ao serem realizadas simulações de partidas pelo professor e alguns alunos para compreensão dos demais. 3º Momento: O “jogo pelo jogo” – jogar para garantir regras Por ser o momento do jogo espontâneo, possibilita ao aluno jogar para garantir a assimilação das regras. É o momento de exploração de algumas noções matemáticas presentes no jogo. Neste momento é fundamental a compreensão e o cumprimento das regras do jogo. 4º Momento: Intervenção pedagógica verbal Este é o momento das intervenções verbais do professor e tem com as características os questionamentos e observações realizados por ele para que os alunos analisem suas jogadas. Neste momento é importante analisar os procedimentos que os alunos utilizam na resolução de problemas, para garantir que haja a relação deste processo com a conceitualização matemática. Esses momentos citados pelo autor a acima foram os tópicos abordados em todos os trabalhos dos alunos. Primeiro passo a familiarização com o material do jogo levou aos alunos um contato com o material, construindo – o e testando jogadas possíveis ou não. 15 de 19 . 5º Momento: Registro do jogo Registrar os pontos, os procedimentos e os cálculos utilizados é uma maneira para sistematizar e formalizar por meio da linguagem matemática. Através do registro o professor conhece melhor seus alunos. Assim, é importante que o professor estabeleça estratégias de intervenções em que haja necessidade do registro escrito do jogo. Através do registro podem ser analisadas as jogadas “erradas” e construções de estratégias. Sistematizar um raciocínio por escrito contribui para a melhor compreensão do aluno em relação a suas próprias formas de raciocínio e também para o aperfeiçoamento de como explicitá-lo. 6º Momento: Intervenção escrita Este é o momento da problematizarão das situações de jogo. É importante que o professor ou mesmo os alunos proponham novas situações problema. Com a resolução dos problemas ocorre uma analise mais específica sobre o jogo e aspectos não ocorridos do jogo podem ser abordados. Neste momento os limites e possibilidades são registrados pelo professor e este direciona os alunos para os conceitos matemáticos trabalhados no jogo. 7º Momento: Jogar com competência Neste momento o aluno retoma a situações de jogo e executa estratégias definidas e analisadas durante a resolução de problemas. O processo de análise do jogo e as intervenções obtidas nos momentos anteriores farão sentido no contexto do próprio jogo. Os sete momentos propostos pela autora possibilitam a estruturação de um trabalho pedagógico com jogos nas aulas de Matemática. Porém, é necessário que o professor realize boas intervenções pedagógicas durante o jogo para garantir a aprendizagem dos conceitos matemáticos pelos alunos. 16 de 19 . Em relação ao conhecimento das regras, cada jogo feito pelos alunos tinha que ter o manual (figura 2) aonde deveria conter o memorial descritivo do jogo seguida do seu manual com todas as instruções básicas para que todos se divertissem. O manual é importantíssimo para que se tenha regularidade na hora da diversão. (figura 2) Jogo com manual de instrução, Fonte Própria autoria. O jogar para garantir regras e a intervenção pedagógica verbal está interligado entre si, pois, no que diz respeito ao convívio entres os jogadores no caso os alunos, eles irão se interagir para que se tenha um resultado eficaz podendo ter observações por eles e uma otimização nas jogadas. E no caso da intervenção escrita depende do jogo, mas todos tiveram isso por que tiveram que elaborar um trabalho escrito contendo as normas e após a criação foi jogar e aprender o material exposto em cada jogo. 17 de 19 . 5 CONCLUSÃO Os jogos matemáticos são recursos facilitadores da aprendizagem que permitem a estruturação do raciocínio lógico do aluno através de brincadeiras. Fornecem contextos a problemas e instrumentos para construção de estratégias, auxiliando na memorização de conteúdos e na formação da autonomia do indivíduo. Os jogos proporcionam um aprendizado prazeroso, sem que o estudante perceba que está de fato aprendendo, fazendo com que alguns sequer notem que para ganhar, estavam resolvendo os cálculos que se queixavam de fazer antes durante as aulas. As partidas permitem que as falhas de aprendizagem sejam verificadas durante a atividade e prontamente sanadas pelo professor; propiciam o desenvolvimento da interdisciplinaridade, já que os jogos admitem a unificação de currículos, construindo uma aprendizagem mais significativa para os alunos; e preparam os estudantes para enfrentarem e solucionarem as dificuldades que surgirão em suas vidas, contribuindo positivamente para a formação e atuação do indivíduo dentro de sua sociedade. Antes de implantar os jogos, o educador precisa realizar sondagens diagnósticas para conhecer as dificuldades, considerar as dúvidas, questionamentos e sugestões dos alunos. Deve planejar e detalhar o tempo e espaço necessário para realização da atividade e ter a incumbência de mediar, intervir e verificar se a aprendizagem está de fato ocorrendo, contribuindo para o desenvolvimento do ponto em que se observa baixo rendimento na turma. Tendo em vista que os jogos apresentam grande aceitação entre os estudantes e estes possuem diferenças e limitações únicas de cada ser, os recursos são estrategicamente utilizados para envolver toda a classe, inclusive aqueles que apresentam dificuldades em compreender a matemática tradicional dos livros. Aprender a aprender passa a fazer parte da rotina de alunos e educadores. 18 de 19 . O professor deve estar atento às diversas possibilidades de seu trabalho em sala, perceber o momento exato em que deve parar com as aulas tradicionais e dar início a outras metodologias para ensinar, tornando o ambiente mais agradável para aprendizagem. Assim, matemática torna-se mais relevante, produtiva e divertida, sem aquela ansiedade e o medo de antes. Ensinar é mais do que proporcionar condições para que os alunos construam seus próprios conhecimentos. As condições que percebemos como a prática adotada pelos professores no ensino de matemática devem envolver materiais específicos, jogos, história da matemática, computadores, pesquisas de matemática, o uso de livros didáticos e quadros negros (considerando abstração e desempenho), prática é necessária para aprender certo conteúdo) e outros métodos. Através do uso de jogos, o desenvolvimento e o conhecimento de todos são bem participados no processo de ensino, e os alunos se envolvem em interação social, cooperação em grupo e pensamento cognitivo em sala de aula. Com isso, eles se desenvolvem por meio do estímulo de ideias, da realização e resolução de cálculos.19 de 19 . 6 Referências BARBOSA, S. L. P; CARVALHO, T. O. Jogos matemáticos como metodologia de ensino aprendizagem das operações com números inteiros. 2009. 16f. Artigo - PUC, RS, 2009. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 3.ed. São Paulo: IME/USP, 1998. CHAGAS, Alan F. O. Como ensinar direito: o caminho para a docência integradora. Ed. Autografia, Rio de Janeiro: 2018. GARCIA, Daniele Fole. A importância dos jogos matemáticos no processo ensino- aprendizagem da educação básica. In: CASTEJON, M; ROSA, R. (Org.). Olhares sobre o ensino de matemática: educação básica. Uberaba: IFTM, 2017. p. 33-41. OLIVEIRA, D. M. Jogos matemáticos: otimizando o ensino no 8º ano do ensino fundamental. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE: produções didáticos pedagógicas, Paraná, v. 2, p. 1-47, 2013. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. PANOSSO, Mariana Gomide; SOUZA, Silvia Regina de; HAYDU, Verônica Bender. Características atribuídas a jogos educativos: uma interpretação Analítico-Comportamental. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 19, n. 2, p. 233-242, ago. 2015. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. PERECIN, L. S. Explorando os números inteiros por meio dos jogos matemáticos. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE: produções didático pedagógicas, Paraná, v. 2, p 1-32, 2014. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. ROSADA, A. M. C. A importância dos jogos na educação matemática no ensino fundamental. 2013. 45 f. Monografia de Especialização – UTFPR, Medianeira, 2013. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. SANTOS, A. E; FERREIRA, G. S. S. Geometria lúdica no ensino fundamental como estratégia de aprendizagem. s/d. 9 f. Artigo – IFCE, Juazeiro do Norte, s/d. Disponível em , acesso em 18 maio 2019. SILVA, J. N. Confecção de jogos matemáticos na sala de apoio a aprendizagem com alunos do 6º ano do ensino fundamental. 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