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Regras básicas para degustação Realizar a degustação antes das refeições, pois é o momento em que estamos mais perceptivos a captar estímulos. Realizar a degustação em ambiente bem iluminado, o ideal seria a luminosidade solar ou lâmpadas brancas, a �m de iluminações demasiadamente arti�cias (como lâmpadas de mercúrio ou velas) não causarem distorções na análise visual dos vinhos. O local de análise não deve ser abafado, úmido, com odores fortes, como de mofo ou de fumaça de cigarro. Utilizar copos apropriados para análises técnicas, normalmente se utilizam as taças modelo ISO, dotadas de medidas padrão. O material mais apropriado para confecção das taças é o cristal, que é mais leve e �no que o vidro. As paredes das taças devem ser transparentes, lisas e incolores. É importante preencher o copo apenas até a metade, pois facilita a análise visual e também, a análise olfativa, por permitir realizar movimentos rotatórios com a taça, liberando mais aromas. Deve-se ter atenção para a temperatura dos vinhos, pois cada tipo de vinho terá uma temperatura ideal, a qual enaltecerá suas características. Vinhos tintos devem ser servidos em temperaturas em torno de 16 °C (para vinhos tintos leves) a 22 °C (para vinhos tintos encorpados), vinhos rosados devem ser servidos entre 12 °C (leves) e 16 °C (encorpados), vinhos brancos devem ser servidos em temperaturas de 6 °C (leves) e 12 °C (vinhos encorpados), vinhos licorosos são servidos em temperaturas de 16 °C a 18 °C. Os espumantes são servidos em temperaturas entre 8° C a 10 °C, para espumantes mais leves e mais encorpados, respectivamente. Essa distinção de temperaturas se deve às características dos vinhos: vinhos brancos, possuem maior acidez e baixa concentração de taninos, e, bebidas ácidas, normalmente são mais agradáveis a baixas temperaturas. Para os vinhos rosados, deve-se lembrar que os mesmos possuem mais taninos do que os vinhos brancos, devendo ser servidos em temperaturas um pouco mais altas. Os vinhos tintos têm uma característica menos ácida e mais tânica, devendo ser servidos a temperaturas mais altas, isso ocorre porque quando alimentos ou bebidas frias tocam nossa palato, provocam uma espécie de insensibilidade nas papilas gustativas, diminuindo nossa percepção dos alimentos, ao mesmo passo que os taninos também têm propriedades de “fechar” nossas papilas, por isso, vinhos dotados de altas concentrações de taninos não devem ser servidos gelados. Para os espumantes, temperaturas mais baixas são empregadas, devido a presença de gás carbônico. Como dito anteriormente, temperaturas mais baixas tendem a diminuir a percepção tanto do sabor quanto do aroma, por isso, espumantes mais envelhecidos ou elaborados pelo método tradicional são servidos a temperaturas um pouco mais altas, a �m de evidenciar seus aromas discretos. A temperatura de conservação de adega deve ser em torno de 8°C para vinhos brancos e rosados e em torno de 18 °C para vinhos tintos. É importante que se evite alterações bruscas de temperaturas, uma vez que isso pode causar alterações e defeitos nos vinhos. Regras básicas para degustação É importante respeitar a ordem de degustação, a �m de não prejudicar a avaliação, pois uma vez provando vinhos muito fortes, torna-se difícil perceber as características de vinhos mais leves. Segue um exemplo de ordem de sucessão de vinhos: (extraída de Corte Real - 1993): Não deve-se misturar vinhos com características muito diferentes. Não é indicado inserir um número muito grande de variáveis, como por exemplo, degustar vinhos de várias safras, diferentes cultivares ou tipos de vinhos muito divergentes, pois isso pode di�cultar a comparação dos produtos, principalmente para quem recém iniciou a degustar vinhos. É importante seguir as etapas de degustação: primeiro realizar a análise visual, seguida da análise olfativa e gustativa. Vinhos antes de destilados Vinhos de mesa antes dos forti�cados ou licorosos Vinhos de menor teor alcoólico antes dos de maior teor Vinhos secos, antes dos demi-sec ou suaves Vinhos brancos antes de vinhos rosados ou tintos Vinhos rosados antes dos tintos Vinhos leves antes dos encorpados Vinhos jovens antes dos maduros Vinhos maduros antes dos envelhecidos Vinhos menos ácidos antes dos mais ácidos Vinhos menos adstringentes antes dos mais adstringentes Vinhos de safras mais recentes antes das safras mais antigas Referências MANFROI, V. Degustação de vinhos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. RABACHINO, R. Manual didático para sommelier internacional: para saber os sabores do vinho. Caxias do Sul: Educs, 2008.
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