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Ovogênese A ovogênese é o processo de diferenciação celular que vai das células germinativas primordiais ao ovócito II. Ela é dividida em 3 fases: Pré-gonadal As células germinativas primordiais são derivadas do epiblasto, e na terceira semana de desenvolvimento (período de gastrulação), migram do saco vitelino para as cristas genitais. Gonadal A partir da 9ª semana, em indivíduos XX, as cristas genitais começam a se diferenciar em ovários, iniciando a fase de ovogênese gonadal (ainda no período fetal). As CGP se diferenciam em ovogônias, que passam por divisões mitóticas até a 12ª semana. Entre a 12ª e a 20ª semana, todas as ovogônias entram em fase S, e em seguida entram na meiose. Ovogônia – forma inicial, com N=46 e C=46; Ovócito I – após a fase S, com N=46 e C=92; Não restam células tronco germinativas (ovogônias) após esse período. O ovócito I entra em prófase I, onde ocorre o crossing e nesse momento a meiose I é pausada, até a puberdade. Além da maturação e formação dos ovócitos I no período fetal, também formam-se os folículos primários, que são formados por um ovócito I e uma camada de células foliculares pavimentosas que envolvem ele. Além desses tipos de células, existem as células do estroma ovariano. Puberdade Do nascimento até a puberdade, uma grande parte dos folículos primordiais degenera, e restam apenas 400.000 na puberdade. O ovário possui duas regiões principais: a região cortical, onde se localiza o epitélio de revestimento ovariano e os folículos ovarianos mais internamente; e a região medular, onde prevalece o estroma e os ovócitos I. Na puberdade, mensalmente, um grupo de folículos primordiais tem seu desenvolvimento ativado. As células pavimentosas passam a ser cúbicas, e forma-se a zona pelúcida entre o ovócito I e as células foliculares. Passa a se chamar folículo unilaminar primário; Várias camadas de células foliculares passam a envolver o ovócito I, e células do estroma passam a se diferenciar em células da teca que também revestem o exterior do ovócito. Passa a se chamar folículo multilaminar primário; A contínua proliferação de células foliculares, que produzem um fluido que gera cavidades (antros) dentro do folículo, agora denominado secundário ou antral; Dos vários folículos primordiais, apenas um folículo atinge a fase de folículo maduro, que possui uma única cavidade antral. Os outros folículos se degeneram na atresia folicular. O folículo maduro possui cerca de 2,5cm e é composto por: Camada da teca – células da teca mais externas e mais internas; Células foliculares; As células foliculares que circundam mais próximas do ovócito, que são chamadas de corona radiata; A zona pelúcida entre o ovócito e a corona radiata; O ovócito. Momentos antes da ovocitação, o ovócito I termina a meiose I. Dessa forma, forma-se o ovócito II (N=23, C=46) e o primeiro corpúsculo polar (N=23, C=46). O ovócito II é quem será utilizado posteriormente como gameta, dispondo de grande citoplasma e nutrientes, enquanto o corpúsculo polar tem uma quantidade mínima de citoplasma e é degenerado.* A meiose pausa novamente, agora no meio da meiose II (metáfase). Pós-gonadal A ovocitação é o processos onde o ovócito II sai do ovário e vai para a tuba uterina. Nesse momento, o folículo maduro se rompe, e dele sai o conjunto composto pelo ovócito II, o 1º corpúsculo polar, a zona pelúcida e a corona radiata. O restante do folículo maduro se diferencia em corpo lúteo, glândula secretora de progesterona e estrogênio. Através de uma ruptura no próprio epitélio ovariano, esse conjunto sai e é capturado pelas fímbrias da tuba uterina. Nesse momento, o ovócito está em metáfase II. O processo meiótico só termina com a fecundação, e caso essa não ocorra, o ovócito é degenerado. Perceba que não pode-se considerar gameta feminino então a célula que passou pela meiose completa, pois para tanto é necessária a fecundação – o gameta feminino é considerado como a célula apta a ser fecundada (no caso, o ovócito II em metáfase II). Infertilidade feminina Causas ovarianas: Idade: a redução da fertilidade feminina ocorre quanto mais velha a mulher se tornar. Isso ocorre pois ocorre o esgotamento da reserva de folículos primordiais, impedindo a ovocitação. Além disso, com a idade, diminui a taxa de implantação do pré-embrião no útero, e aumentam os abortos espontâneos; Síndrome dos Ovários Policísticos: a SOP é uma síndrome metabólica que acomete de 5 a 10% das mulheres em idade fértil. É a principal causa de anovulação (não-ovocitação), e é caracterizada também pela irregularidade menstrual, crescimento de pelos e aumento do peso. Ela é causada pelo acúmulo folículos ovarianos que não se amadurecem, e passam a acumular líquido e serem armazenado nos ovários, em vez de sofrerem a atresia (degradação). Várias causas são discutidas, como uma disfunção hormonal de androgênios, alterações nas glândulas adrenais e no hipotálamo que levam à má recepção da insulina (ganho de peso). Também acredita-se que pode ter origem pré-ovariana, com uma migração grande de ovogônias e folículos no período fetal; Gonadotoxinas: tabaco, poluentes, pesticidas, radiação, intoxicações podem diminuir a fertilidade; Causas genéticas: síndrome do X-frágil. Mutação que ocorre no cromossomo X, metilação excessiva de uma região gênica importante na formação neurológica e dos ovários no caso das mulheres. Na mulher, não causa deficiência mental, mas em geral 5% das que apresentam esse gene tem menopausa precoce. Endometriose:
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