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Efeitos da Histamina no Corpo Humano

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ANTIALERGICOS 
Em que situações ocorre a liberação da histamina dos mastócitos? Qual a situação de maior importância clínica?
 A histamina é sintetizada e liberada por diferentes células humanas, especialmente basófilos, mastócitos, plaquetas, neurônios histaminérgicos, linfócitos e células enterocromafínicas, sendo estocada em vesículas ou grânulos liberados sob estimulação.
Dentre as substâncias liberadas pelos mastócitos na degranulação, pode-se destacar a histamina, a qual provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos; além da histamina, ocorre liberação de proteases, que podem lesar o tecido local¹. O mastócito sintetiza e libera prostaglandinas (promovem vasodilatação), leucotrienos (provocam contração de músculo liso) e citocinas. As citocinas são pequenas moléculas protéicas capazes de atrair leucócitos para o local onde está ocorrendo a reação alérgica. Os leucócitos atraídos serão responsáveis pela reação de fase tardia¹, a qual ocorre mais tarde em relação à reação alérgica. Essa reação é caracterizada basicamente pela lesão tecidual ocasionada pelo processo inflamatório que os leucócitos recrutados provocam, além da ação das enzimas proteolíticas liberadas pelos mastócitos.
 
Quais os efeitos farmacológicos da histamina nos locais abaixo:
Sistema nervoso
H1- maior estagio de vigila 
Atravessam barreira hematoencefálica = 1° geração Inibem histamina no SNC
Sistema cardiovascular 
Vasodilatação, maior permeabilidade vascular, choque histamíco: quanto maior a dose, menor a pressão arterial 
A histamina atua em receptores H1 e H2 presentes nos pequenos vasos sanguíneos, promovendo DILATAÇÃO desses pequenos vasos. Essa dilatação vai gerar uma diminuição da resistência vascular periférica e, consequentemente, vai causar uma dimininuição da pressão arterial.
• Os receptores H1 estão presentes nas células endoteliais vasculares. Quando a histamina atua nesses receptores ela promove a liberação de substâncias vasodilatadoras locais, como as prostaglandinas e o óxido nítrico.
• Os receptores H2 estão presentes nas células musculares lisas vasculares. Quando a histamina atua nesses receptores ela promove o aumento da produção de AMPc, o qual terá efeitos vasodilatadores nas células musculares lisas vasculares.
Musculo liso extravascular (brônquios)
A histamina é liberada nas reações de hipersensibilidade imediata e nas respostas alérgicas. Nessas situações a histamina atua principalmente no músculo liso brônquico gerando broncoconstrição e nos vasos sanguíneos (pequenos vasos sanguíneos) causa vasodilatação.
Nesses locais ocorre a constrição, pois a histamina atua em receptores H1 (estimula a fosfolipase C), aumentando a concentração intracelular de cálcio. No músculo liso este cálcio intracelular se liga a calmodulina, formando o complexo ativado cálcio-calmodulina, este complexo ativa a miosina cinase. Esta enzima (miosina cinase) ativa acaba fosforilando a miosina, de modo que a miosina fosforilada se liga a actina e ocorre a contração (brônquica, intestinal ou dos grandes vasos sanguíneos).
Glandulas exócrinas 
Inibem a secreção salivar, lacrimal, sudorípara e brônquica. Pois esses antagonistas de receptor H1 (não todos) possuem ação anticolinérgica. Esses antagonistas são divididos em dois grupos basicamente, um grupo que não possui ação anticolinérgica e um grupo que possui ação anticolinérgica. Esse grupo que tem essa ação acaba inibindo a acetilcolina e os seus efeitos e causa uma redução da secreção das glândulas com inervação colinérgica. OBS: Não inibem a secreção gástrica, pois esta secreção depende da ativação de receptores H2.
Terminações nervosas 
Purido (coceira) e dor 
Descreva os eventos que ocorrem na Triplice reação de Lewis
A tríplice resposta de Lewis é até hoje considerada o modelo clássico para explicar as alterações vasculares na inflamação. Esse modelo foi resultado de um experimento bem simples realizado por Sir Thomas Lewis, que permitiu ao pesquisador depreender sobre a influência da histamina na fase irritativa. O experimento consistiu em atritar fortemente a pele do antebraço em sua face anterior; imediatamente aparecia uma linha esbranquiçada e, em seguida, uma linha vermelha bem no local atritado. Segundo Guidugli-Neto (1997), esse vermelhão atingia seu máximo até 40 segundos após o atrito, tornando-se então azulada. Após 1 minuto, surgia o eritema (vermelhidão ao redor da lesão) e, depois, aumento de volume localizado (edema). Lewis notou pequenas variações de intensidade e duração dos fenômenos de indivíduo para indivíduo.
A linha esbranquiçada inicial representa a isquemia reflexa à agressão; a linha vermelha é oriunda de vasodilatação arteriolar, venular e capilar; por fim, o eritema ao redor do local agredido é resultado de ação reflexa da microcirculação adjacente. O edema constitui o resultado final dessas alterações vasculares.
Ou seja consiste em:
linha branca [vasoconstricção momentânea];
linha vermelha [vasodilatação consecutiva];
halo avermelhado que envolve a linha (reflexo axônico) com tumefação [edema].  
Qual a principal ação farmacológica, a principal reação adversa e a principal reação adversa e o principal uso terapêutico dos antagonistas H1?
Mediação da contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade vascular, prurido, geração de prostaglandinas, diminuição da condução atrioventricular acompanhada de taquicardia, ativação dos reflexos vagais. Alvo para anti-alérgicos.
Qual a diferença farmacológica e a diferença clínica dos anti-histamínicos de 1 e 2 geraçao ? Cite 2 fármacos de cada geração 
Primeiro devemos dividir as classes dos anti-histamínicos:
1º Geração- atravessam a barreia hematoencefálica. Possuem efeitos anticolinérgicos.
2º Geração- Não atravessam, ou atravessam muito pouco a barreira hematoencefálica. Não possuem efeitos anticolinérgicos.
     Levando em consideração os anti-histamínicos de 1ª geração, os mesmos podem gerar estimulação ou depressão do SNC. Esses efeitos ocorrem em doses terapêuticas e dependem do fármaco. Naqueles anti-histamínicos de 1º geração que causam estimulação os efeitos vão ser: incapacidade/dificuldade de dormir, nervosismo e inquietação. Um exemplo de fármaco que causa esses efeitos é a clorfeniramina (utilizada nas medicações para resfriados, pois é estimulante na maioria das pessoas, em algumas pessoas não possuem esse efeito estimulante). Já naqueles anti-histamínicos de primeira geração que possuem são depressores do SNC os principais efeitos são: sonolência, diminuição do estado de vigília e torna as reações mais lentas. Um exemplo são as etanolaminas.
Os antagonistas H1 de 2ª geração possuem como vantagem não atravessar a barreira hematoencefálica e não ter efeito anticonilérgico (não inibe a secreção glandular e salivar, ou seja, pacientes que fazem o uso desses fármacos não referem sensação de boca seca). Por não atravessar a barreira hematoencefálica não possuem efeitos sedativos e nem efeitos estimulantes. Como exemplos de fármacos que são antagonistas H1 de 2ª geração temos: Loratadina, Cetirizina e Fexofenadina.
1ª geração: maior penetração no SNC (SEDAÇÃO) (MAIS ANTIGOS)
2ºgeração: loratadina, desloradina, fexofenadina (recentes)
1° geração 
• Geralmente administrados 3 a 4 x ao dia 
• Acentuado potencial para produzir sedação – Atravessam barreira hematoencefálica – Prometazina, clorferinamina, difenidramina, hidroxizina 
• Apresentam efeitos adversos
 • Ausência de estudos clínicos
 • Diminuem cinetose – Atravessam a barreira hematoencefálica – Difenidramina, meclizina
 • Propriedades anticolinergicas 
2° geração
• Geralmente administrados 1 a 2 x ao dia
 • Baixo potencial para induzir sedação – Acrivastina e cetirizina (podem causar um pouco de sedação) – Loratadina, fexofenadina e desloratadina (não causam sedação) 
• Não causam efeitos adversos relevantes
 • Alguns estudos clínicos, inclusive em crianças
Primeira geração de anti-histamínicos H1
 etilenodiaminas etanolaminasalquilaminas piperazinas tricíclicos

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