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Bioquimica do eritrocito

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Larissa Freitas 
 
1 Química Fisiológica 
Bioquímica do Eritrócito 
Estímulo da Eritropoiese 
A hemácia é o resultado final de um complexo 
processo de diferenciação celular a partir de 
uma célula tronco hematopoiética (também 
chamada de hemocistoblasto), esse fenômeno 
eritropoiese é estimulado pela glicoproteína 
eritropoetina(sintetizada principalmente nos 
rins, mas também acontece na medula óssea-
onde vai estar acontecendo a eritropoiese). 
O principal fator que leva ao aumento da síntese 
de eritropoetina é a diminuição da oxigenação 
tecidual (hipóxia). Essa hipóxia pode ser causada 
por vários fatores. 
 
Esse processo de diferenciação ele acontece em 
duas etapas: 
Etapa inicial: proliferação celular 
Evento mais marcante é a síntese de ácido 
nucleico, porque a célula vai estar se dividindo e 
existe a necessidade de dobrar o conteúdo 
genético de cada célula. Nesse momento é 
essencial a presença de vitamina b12 e do ácido 
fólico, a carência de vitamina b12 pode levar a 
uma doença chamada anemia perniciosa. 
A eritropoiese continua até a formação do 
eritrócito já no evento que chamamos de 
maturação celular em que o fato mais 
importante é a síntese de hemoglobina. Quando 
atinge uma determinada concentração de 
hemoglobina a célula acaba sendo liberada para 
a corrente sanguínea, nesse caso geralmente 
ainda é liberada na forma de reticulócito e 
depois perde o reticulo endoplasmático 
completando a sua maturação. Durante esse 
evento de maturação organelas são perdidas, 
núcleo, mitocôndrias, etc. 
 
A hemácia tem alta concentração de 
hemoglobina. Essa hemácia madura pode viver 
nos seres humanos em cerca de 120 dias. O 
formato bicôncavo oferece vantagens (aumenta 
a superfície de contato, melhorando as trocas 
gasosas). 
Essa relativa simplicidade estrutural da hemácia 
acaba sendo acompanhada por uma profunda 
consequência metabólica e funcional da célula, 
porque sem essas estruturas o eritrócito não 
consegue nem duplicar, nem ressintentizar 
enzimas e proteínas estruturais que 
possivelmente se envelhecem com o passar do 
tempo. Então ela acaba sendo incapaz de utilizar 
o sistema de oxidação fosforilativa porque não 
tem mitocôndrias e a capacidade de produzir 
ATP da hemácia é mínima contando apenas com 
as enzimas citozolicas da via glicolítica que estão 
presentes nessa célula. 
A estrutura da hemoglobina é a principal 
proteína presente no citoplasma. 
Metabolismo energético nos eritrócitos 
Embora as necessidades energéticas da hemácia 
sejam pequenas, ela vai precisar de energia para 
3 categorias de processos fisiológicos: 
Manutenção da integridade estrutural e 
funcional da membrana celular. Esse processo 
compreende: 
• Manutenção da forma da célula; 
• Possiblidade de se deformar 
reversivelmente; 
• Manutenção da bomba de cátions; 
• Proteção de suas proteínas contra a 
desnaturação oxidativa. 
Manutenção do ferro hemoglobínico em estado 
ferroso Fe+2; quando há o ferro hemoglobinico 
 
Larissa Freitas 
 
2 Química Fisiológica 
FE+3 e vira metahemoglobina e não consegue 
transportar o 𝑂_2 . 
Manutenção das vias metabólicas de produção 
de energia utilizável. 
Vias metabólicas 
Glicolítica 
Uma molécula de glicose é quebrada em duas 
moléculas de piruvato. São gastas duas 
moléculas de ATP na fase preparatória. Depois 
na fase de pagamento onde duas moléculas de 
piruvato são produzidas e 4 moléculas de ATP 
são produzidas, ou seja saldo de 2 moléculas de 
ATP e duas moléculas de NADH(molécula de 
poder redutor). 
O piruvato é fermentado a lactato -> isso 
permite que a via glicolítica continue, porque 
quando o piruvato vai a lactato o NADH 
produzido na via glicolítica volta a ser NAD, o 
piruvato é o aceptor final de elétrons. Ele ganha 
os elétrons do NADH e é reduzido pra lactato. 
NAD volta para fase preparatória, tornando o 
processo continuo. 
Via das pentoses 
Tem um fluxo metabólico menor, 10% da glicose 
é utilizada na via das pentoses. 
Cada molécula de glicose gera 2 NADPH, como 
no eritrócito tanto a fase oxidativa quanto fase 
não oxidativa esta ativa ela acaba sendo cíclica 
porque quando forma ribulose 5-fosfato,as 
enzimas da fase não oxidativa retornam essa 
molécula para glucose 6-fosfato. 
É importante lembrar que esse NADPH gerado 
na via das pentoses é essencial para produção de 
grupo estiol da hemoglobina e também de 
proteínas de membrana contra oxidação e o 
NADPH vai exercer essa função protetora 
indiretamente mantendo os níveis celulares de 
glutatião reduzidos. 
 
Portanto essas duas vias são as vias geradoras 
de moléculas energéticas ATP, NADH e NADPH. 
Via de Rapport-Luebering 
Via de gasto energético – via do desvio da via 
glicolítica que gera o 2,3BPG. 1,3 BPG ele é o 
substrato de uma enzima mutase que troca o 
fosfato do carbono 1 para o carbono 2 do BPG, 
ai é formado o 2,3 BPG e depois disso esse 
fosfato é removido por uma fosfatase e ai 
temos 3fosfoglicerato que é um intermediário 
seguinte da via glicolítica. 
A questão é que na via glicolítica essa reação 
renderia a síntese de uma molécula de ATP, 
mas com o desvio deixa de acontecer a síntese 
de 1 ATP( esse desvio é dispendioso), mas ele é 
extremamente importante, pois a molécula 
2,3BPG consegue se integrar com a molécula de 
hemoglobina de forma a diminuir a afinidade 
que a hemoglobina tem pelo oxigênio. 
 
Quando o BPG é 0 a afinidade do oxigênio pela 
hemoglobina é quase 100%. Nos tecidos a 
concentração de BPG tem que ser maior para 
 
Larissa Freitas 
 
3 Química Fisiológica 
acontecer a dissociação do oxigênio e assim 
oxigená-los. 
Sintese do Glutatião 
É importante manter o glutatião na sua forma 
reduzida pois ele mantem seu potencial 
antioxidante(o NADP reduz o glutatião). Assim 
ele tira um oxigênio do h2o2 que é toxico para o 
organismo. 
 
Via da metahemoglobina redutase 
Se utiliza do poder redutor do NADH e do NADPH 
para transformar a metahemoglobina em 
hemoglobina. Lembrando que a hemoglobina 
quando tem seu ferro oxidado pro seu estado 
férrico é incapaz de transportar 𝑂2, então a 
redução dessa metahemoglobina é muito 
importante para o transporte de oxigênio.

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