AVALIAÇÃO MEDIADORA

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FACULDADE PAULISTA SÃO JOSÉ
CURSO DE LICENCIATURA EM pedagogia
giliard dos santos carvalho
A AVALIAÇÃO MEDIADORA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
APIAÍ-SP
2019
giliard dos santos carvalho
A AVALIAÇÃO MEDIADORA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA 
Trabalho mensal apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia, através da Faculdade Paulista São José, como parte da disciplina: Avaliação Educacional.
Prof.º Emmanuel Sócrates Batista Dias Souza
APIAÍ-SP
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................04
ENSINO DE LÍNGUAS.................................................................................05
CONCLUSÃO...............................................................................................08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................09
1. INTRODUCAO
Atualmente algumas escolas públicas praticam um sistema de avaliação sem fazer diagnósticos da aprendizagem, tornando a avaliação um processo classificação e seleção. Nesse sentido o professor necessita fazer a intervenção adequada e contínua capaz de interpretar o conhecimento teórico construído pelo aluno, uma vez que avaliar significa intervir, bem como praticar a investigação, para proceder às intervenções adequadas, a melhoria dos resultados e desempenho do educando.
Assim, torna- se possível verificar o que foi edificado e onde estão as falhas do processo ensino-aprendizagem. Porém, mais do que isso, é preciso que os professores compreendam a importância da avaliação no âmbito escolar considerando os instrumentos avaliativos, como caminho propulsor de uma interação mediada pelo professor, tendo em vistas, o processo ensino aprendizagem.
Partindo desta tese, é possível questionar se as avaliações tradicionais são eficientes, ou é necessário mudar essa prática procurando uma nova alternativa, para que a ocorra uma aprendizagem significativa, de qualidade e não apenas estudar para tirar uma boa nota. Para Jussara Hoffman as avaliações tradicionais tornam-se ineficientes quando são usadas apenas como uma maneira de classificar o aluno, para ela esse método serve apenas para a reprodução do conhecimento.
O presente artigo visa apresentar ao leitor a avaliação mediadora proposta por Hoffman em seu livro…, apontando-o como forma de avaliação efetiva no processo de ensino aprendizagem.
2. A AVALIAÇÃO MEDIADORA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
A avaliação escolar pode ser definida como a investigação sistemática da qualidade de uma escola e como ela atende às necessidades de sua comunidade, e é um dos investimentos mais importantes que podemos fazer no ensino fundamental e médio (educação infantil até o ensino médio). É a maneira como aprendemos sobre os pontos fortes e fracos, a maneira como obtemos orientação e como os problemas críticos são identificados e resolvidos. Ela atende às necessidades de muitos pais que querem saber como escolher uma boa escola e as necessidades de professores, administradores escolares e membros do conselho escolar que desejam saber como melhorar suas escolas. Também fornece informações importantes para os líderes locais, estaduais / municipais e nacionais, informando suas decisões. Como parte integrante da boa prática de gestão, contribui para (I) identificar necessidades; (II) estabelecer metas; (III) esclarecimento de metas; (IV) selecionar estratégias para atingir metas; (V) monitorar o progresso; e (VI) avaliar os resultados e o impacto.
A avaliação serve como referencial para orientar o planejamento ou selecionar materiais ou programas para adoção. À luz das propostas contemporâneas de gestão baseada em sites, escolha de escolas e reestruturação escolar, a avaliação no nível da escola é necessária mais hoje do que nunca, bem como orientar o planejamento ou selecionar materiais ou programas para adoção. 
A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Por outro lado, necessita de preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos no mesmo. Segundo Perrenoud (1999),
“a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos. Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.”
Corrigir não é avaliar, interpretar avaliar. Um número (nota) não me permite interpretar e compreender a aprendizagem. Falta na prova significa ausência na prova e não zero. Não é investigar o que o aluno aprendeu. As frases da educadora e conferencista Jussara Hoffmann que, para muitos, podem parecer provocações, fornecem os pressupostos para o entendimento do conceito do qual ela é especialista: avaliação mediadora.
Para HAYDT (2004) ao avaliar o aluno o professor está avaliando o seu trabalho, portanto a avaliação está sempre presente na sala de aula, fazendo parte da rotina escolar.
A avaliação mediadora propõe um modelo baseado no diálogo e aproximação do professor com o seu aluno de forma que as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de acordo com a realidade sócio-cultural de seus alunos, nesta perspectiva de avaliação o erro é considerado como parte do processo na construção do conhecimento e não como algo passível de punição, na visão mediadora o professor é capaz de criar situações desafiadoras que tornem capaz a reflexão e ação tornando a aprendizagem mais significativa.
O papel da avaliação é auxiliar o aluno a aprender e a se desenvolver, como é no caso da avaliação mediadora, que tem como objetivo compreender o aluno, proporcionando a ele indicações para a mudança nas práticas pedagógicas. Avaliar é um processo contínuo e evolutivo, e cabe ao professor mediador olhar cada aluno individualmente, para que desta forma possa investigar e refletir a maneira que cada um tem de aprender e assim ir conversando e desafiando o aluno de uma maneira que ele possa aprender mais e melhor.
A avaliação mediadora ajuda ao aluno construir seu conhecimento, respeitando e valorizando suas ideias, ou seja, faz que o aluno coloque em prática tudo que ele viveu. O aprendizado ocorre de maneira natural com mais facilidade e de um jeito bem legal de ensinar e aprender. 
A avaliação mediadora tem como propósito um modelo baseado no diálogo e aproximação do professor com o seu aluno de forma que as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de acordo com a realidade sociocultural de seus alunos, nesta perspectiva de avaliação o erro é considerado como parte do processo na construção do conhecimento e não como algo passível de punição, na visão mediadora o professor é capaz de criar situações desafiadoras que tornem capaz a reflexão e ação tornando a aprendizagem mais significativa.
Nesta perspectiva de avaliação, o erro é considerado como parte do processo na construção do conhecimento, levando o professor a criar situações desafiadoras que torne o erro, um ponto de reflexão para ação pedagógica desenvolvida.
Nesta concepção, avaliar na perspectiva mediadora consiste ir além de atribuir uma nota ou um conceito, uma vez que a mediação no contexto da avaliação vai de encontro à integração em todo o processo de ensino-aprendizagem, visto que o aluno é avaliado por tudo o que produziu e o que apreendeu, possibilitando, através de uma ação pedagógica mediadora, estabelecer uma relação de ensino estabelecido de forma prazerosa em favor do desempenho do educando.
3. CONCLUSÃO
Portanto, diante dos fatores positivos do processo da avaliação mediadora, está à reflexãocontínua sobre a prática docente, visando retomar aspectos que necessitam ser revistos, bem como criar novos instrumentos de trabalho, de tal forma que permita alterar as práticas avaliativas. Diante deste pressuposto, o educador estará favorecendo o processo ensino aprendizagem em todos os aspectos, buscando proporcionar momentos de aprendizagem mais prazerosos.
Nessa proposta de avaliação o docente tem papel fundamental no processo de ensino aprendizagem do aluno, fazendo com que suas ações seja a chave do sucesso ou do fracasso escolar desse discente. Cabe ao professor então investir mais e mais numa prática reflexiva, onde seu objetivo principal é conhecer o aluno, descobrindo assim a forma mais sutil e eficaz de promover ações pautadas nos conhecimentos prévios desse discente que resultem numa aprendizagem efetiva do mesmo.
Nossa cultura valoriza o uso das notas, pois para o senso comum, avaliar é uma medida, mas para nós pedagogos da modernidade, medir não é avaliar ainda que medir, faça parte do processo de avaliação.
Avaliar é preciso, mas, para isto é necessário abrir mão do uso autoritário como a forma de classificar o aluno. É preciso avaliar as necessidades ou deficiências do aluno; ou seja, avaliar o indivíduo em todas as suas dimensões e em muitas vezes, alterar a metodologia de trabalho em sala de aula, pois, devemos nos preocupar com o processo e não apenas com o produto. Deve-se utilizar diferentes instrumentos para construir múltiplos olhares sobre o desenvolvimento do aluno e evitar posturas discriminatórias.
É necessário conhecer as dificuldades dos alunos e planejar atividades que ajudem a superá-las.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. São Paulo: Editora Atica, 2004.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação & Realidade, 2000.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: Mito e Desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2005
Luckesi. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2002.
Perrenoud, P. Avaliação - da Excelência à Regulação das Aprendizagens, Entre Duas Lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
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