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comparação entre a criação de leis do DR e no brasileiro

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Comparação entre os processos de aprovação de leis dos sistemas Romano e Brasileiro
História das Instituições Jurídicas
	Como é de conhecimento dos estudiosos do Direito, o sistema jurídico da Antiga Roma, compilado pelo Imperador Justiniano na forma do Corpus Juris Civilis, exerce enorme influência em todo o mundo atual, em especial nas nações de cultura Latina como: França, Itália, Portugal, Espanha e suas antigas colônias. 
	Neste grupo diretamente influenciado, encontra-se o Brasil, que tanto nas matérias do Direito Público quanto do Privado, bebeu da fonte clássica de modo quase literal, fazendo de suas leis praticamente transcrições do que foi estabelecido por Justiniano e seus antecessores, há mais de mil e quinhentos anos.
	Tais inspirações não se limitam apenas às normas, mas também ao processo de apresentação e aprovação das mesmas. Dessa forma, comparamos as fases de criação de leis Brasileiras e Romanas, a fim de evidenciar as importantes influências dos antigos romanos no direito Brasileiro atual.
História das Instituições Jurídicas
Introdução
Iniciativa Brasileira: O projeto de lei é apresentado ao Congresso Nacional por um órgão ou entidade competente, dentre eles o Senado, a Câmara dos Deputados, o Presidente da República, Comissões Legislativas e até civis, através da Iniciativa Popular. 
Promulgatio: O projeto de lei era, geralmente, apresentado por magistrados que tinham faculdade de convocar os comícios — embora o Senado também pudesse fazer propostas e, depois, encarregar tribunos ou os Cônsules de convocar as assembleias. O texto da proposta, então, devia ser fixado num lugar público por três semanas, para que o povo tomasse conhecimento.
É interessante notar que, uma vez promulgado, o projeto tornava-se totalmente inalterável, ou seja, para introduzir mudanças tinha de se fazer uma nova proposta e voltar ao inicio do processo. 
História das Instituições Jurídicas
Iniciativa Brasileira e Promulgatio Romana
Análise
	Ao comparadas, estas duas formas de projetar as leis são semelhantes por serem iniciadas por órgãos ou pessoas especificas, com faculdade para propô-las, e por, nos dois casos, a proposta ser levada ao conhecimento público: em Roma era através da fixação de placas em locais públicos e, no Brasil, sendo publicada nos sites e redes sociais oficiais do Senado e da Câmara dos Deputados. Porém, existe uma evidente diferença, pois na Promulgatio os projetos de leis eram inalterados, enquanto no Brasil emendas e cortes podem ser feitos durante o trâmite da questão. 
História das Instituições Jurídicas
Iniciativa Brasileira e Promulgatio Romana
Discussão: Etapa onde o projeto de lei é debatido sob os mais diversos prismas, em três momentos distintos:
— Uma Comissão de Constituição e Justiça, cujo dever é verificar a constitucionalidade da proposta; 
— Uma ou mais Comissões Temáticas, que devem verificar a utilidade, aplicabilidade e conveniência da lei proposta. Tais comissões podem dar parecer favorável, parcial ou negativo, o que possui peso na decisão final;
— Discussão do Plenário, que são debates públicos e televisionados onde todos os parlamentares interessados podem expor sua visão e argumentos acerca do projeto.
História das Instituições Jurídicas
Discussão Brasileira, Conciones e Aprovação pelo Senado Romano
Conciones: Reuniões tidas na praça pública, sem caráter oficial ou jurídico, para discutir-se o projeto de lei. Tal encontro era efetuado a convite do magistrado proponente ou até, mais tarde, de qualquer cidadão de destacada posição política ou social. Esses encontros deviam ser realizados nos dias entre a Promulgatio e a Convocação do Comício, podendo ter duração variada, mas nunca depois do pôr do sol. 
Aprovação pelo Senado: Depois de debatido nos Comícios, o projeto ia para o Senado, que o submeteria ao Auctoritas Patrum: instrumento utilizado para manter o equilíbrio entre as regras ditadas pela e para a sociedade, e a moral e tradição Romana. Pode-se dizer, sem grandes pormenores, que o trabalho do Senado não era ser um órgão legislativo — ele não aprovava leis. — e sim um mediador, encarregado de garantir a “constitucionalidade” das leis. 
A partir de 339 a.C. a Auctoritas passou a ser dada antes da votação pelo comícios, portanto, logo após as Conciones. 
História das Instituições Jurídicas
Discussão Brasileira, Conciones e Aprovação pelo Senado Romano
Análise
	Ao observar os processos acima, é possível traçar paralelos entre os dois sistemas, embora eles sejam mais sutis do que na 1° etapa. 
	As Conciones, reuniões públicas para debate, sem validade jurídica ou poder de fato para decidir pela aprovação ou não da proposta, são semelhantes às Sessões do Plenário, uma vez que os parlamentares podem se manifestar como quiserem e essa posição, não obrigatoriamente, reflete a decisão que terão durante a votação. A grande diferença entre os dois é que em Roma todos os cidadãos tinham direito a falar e opinar, enquanto no Brasil, um sistema representativo, esse direito fica estrito aos deputados e senadores eleitos. 
	Já a Aprovação do Senado equivale à aprovação na Comissão de Constituição e Justiça, uma vez que essa decisão deve vir antes da votação propriamente dita e possui poder para vetar o projeto, caso ele esteja em desacordo com os princípios básicos do costume em Roma, ou da Constituição no Brasil. 
História das Instituições Jurídicas
Discussão Brasileira, Conciones e Aprovação pelo Senado Romano
Votação Brasileira: Aprovada na Comissão de Constitucionalidade e analisada pelas temáticas, o projeto vai à votação na Casa Iniciadora (de onde partir a proposta) e, se aprovada, segue para a Casa Revisora, que pode aprovar, rejeitar ou fazer emendas. 
Caso modificações sejam feitas, o projeto retorna à Casa Iniciadora para nova apreciação e rodada de votações.
 
Rogatio: É o termo usado para se referir à leitura do projeto de lei diante de uma assembleia do Povo Romano, antes de ser votado. Este procedimento, envolto de simbolismos e formalidades religiosas, ressaltava o fato de que o Senado Romano poderia emitir decretos, mas não era um corpo legislativo ou parlamentar, uma vez que só o povo podia fazer suas próprias leis. A Rogatio devia ser feita com as palavras: “Velitis iubeatis, Quirites?” (“Cidadãos, vocês vão aprovar e ordenar?”), e as pessoas respondiam "sim" ou "não" sem discussão.
História das Instituições Jurídicas
Votação Brasileira versus Rogatio e Votação Romana 
Votação Romana: Depois de checada pelo Senado a “constitucionalidade” da proposta, e dada a aprovação na Rogatio, o projeto segue para votação oficial onde sua aprovação ou rejeição será definida. De inicio era oral, mas após 131 a.C. foi adotado o sistema escrito e secreto.
 Análise
	As etapas de aprovação, a princípio, possuem pouca relação entre si, mas ao analisar mais detalhadamente é possível notar influências e conexões dos romanos com nosso sistema atual. 
	A Rogatio pode, sumariamente, ser comparada à Casa Iniciadora, uma vez que a aceitação do projeto nestes dois processos não garante sua aceitação, apenas abre caminho para o próximo passo, onde, definitivamente, será negada ou aprovada. 
	Já a votação em Roma é análoga à votação na Casa Revisora, uma vez que esses dois órgãos — a Assembleia Romana e a Câmara ou Senado Brasileiro, dependendo do caso. — são os encarregados do veredito definitivo a respeito da aceitação ou recusa da proposta. Diferentemente do Brasil, em Roma não existia a possibilidade de emendas e, se rejeitado em votação, o projeto devia ser reeditado e voltava para a fase de Promulgatio. 
História das Instituições Jurídicas
Votação Brasileira versus Rogatio e Votação Romana 
Aprovação Presidencial Brasileira: Passado pelo poder Legislativo, o projeto, devidamente aprovado, segue para a competência do Presidente da República, que pode aprová-lo ou usar o poder de veto, total ou parcial, dependendo de seu juízo. Caso o veto seja aplicado, o projetoretorna para o Legislativo que, com ampla maioria, pode derrubá-lo e forçar o Presidente a promulgar a lei. 
 
	Em Roma não existia processo semelhante. 
Análise
	O conceito da separação dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário de Montesquieu estava longe de ser elaborado na época de Roma. Por tal razão, não existia nenhum tipo de magistrado dotado de “poder Executivo”, o que tornava impossível uma única pessoa, por mais rica e influente que fosse, vetar os projetos aprovados nas assembleias. 
História das Instituições Jurídicas
Aprovação Presidencial Brasileira 
Promulgação Brasileira: Esse ato do Presidente do Brasil serve de comprovante, alegando que o projeto foi aprovado pelas etapas anteriores. Nesta fase a proposta passa a ser uma lei, entrando em vigor após a publicação. 
 
	Na Roma Antiga, não existiam fases semelhantes a esta.
 
Análise
	Tal qual na fase anterior, a ausência de um detentor do “poder Executivo” torna impossível um indivíduo sozinho vetar, aprovar ou promulgar um projeto que em Roma era considerado lei após a votação positiva nos comícios e em vigor após a afixação. 
História das Instituições Jurídicas
Promulgação Brasileira 
Publicação: A lei é adicionada à Constituição, Código Civil, Código Penal ou demais conjuntos de normas que determinam os deveres e direitos da população. A partir deste momento nenhuma pessoa poderá usar o argumento de desconhecimento da lei. 
 
Afixação: Devidamente aprovada, a lei é transcrita para tábuas de madeira ou bronze que eram fixadas nas paredes do Fórum para que o povo lesse. Deste modo, nenhuma pessoa poderia usar o argumento de desconhecimento da lei. 
 
Análise
	Desconsiderando a diferença de tempo entre os dois sistemas e o avanço da tecnologia, a publicação das leis no sistema Brasileiro foi inspirada na Afixação Romana de maneira virtualmente idêntica.
História das Instituições Jurídicas
Publicação X Afixação 
 
	O Direito Romano foi fundamental para a sociedade mundial, pois, ao expressar-se de forma clara e simples, serviu de exemplo para diversos povos que tencionaram manter a vida em sociedade organizada. Alguns de seus princípios e maneiras de execução perpetuaram durante anos, mantendo influências até os dias atuais em inúmeros países e possibilitando, assim, a garantia dos direitos públicos e privados de cada ser humano. 
História das Instituições Jurídicas
Conclusão