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Embalagens Ativas e Inteligentes
Prof.ª Mariana Prates 
Mirian Pinheiro Hoffmann
Priscila Lanna Reis da Rocha
Introdução
	Modelo das funções da embalagem, a tecnologia das embalagens ativas estão focadas no proteção e as inteligentes na comunicação. 
A tecnologia de desenvolvimento de embalagens vem buscando, atualmente, não somente o atendimento das funções clássicas de conter, proteger e vender, mas também de interagir com o produto e até mesmo de identificar as variações no ambiente interno ou no seu conteúdo e indicar a ocorrência dessas alterações. Por meio dessa interação, essas embalagens proporcionam a extensão da vida útil, asseguram a qualidade do alimento e fornecem maiores informações quanto à condição final do produto, quando comparadas às embalagens convencionais.
 Fonte: abreembalagembrasil
Várias denominações para as inovações em embalagens podem ser encontradas na literatura. Assim, um novo nicho do setor de packaging, aquele das chamadas embalagens inteligentes e ativas, tem despertado cada vez mais o interesse das grandes indústrias alimentícias. Nesse contexto, as embalagens ativas são definidas como aquelas que mudam as condições do ambiente que cerca o alimento a fim de prolongar a sua vida útil e manter as propriedades sensoriais e de segurança, ao passo que as embalagens inteligentes constituem um sistema que monitora as condições do alimento, fornecendo informações sobre sua qualidade durante o transporte, armazenamento ou comercialização.
As embalagens de alimentos são estratégias importantes que podem ser decisivas como vantagem competitiva na indústria de alimentos. Portanto, há constante desafio visando atender às exigências dos consumidores, fornecendo embalagens modernas, práticas, que preservem os alimentos e sejam viáveis ambiental e economicamente.
	Tecnologia é o selo Bump Mark, Quando o produto fica impróprio para o consumo, a superfície lisa do selo passa a ter relevos, alertando a pessoa.
Embalagem Ativa
As embalagens ativas têm várias funções adicionais em relação às embalagens passivas, que são limitadas a proteger os alimentos de condições externas. As embalagens ativas alteram as condições do produto, aumentando sua vida de prateleira, segurança e qualidade e, ou melhorando suas características sensoriais. 
Nos EUA, no Japão e na Austrália, o conceito de embalagens ativas está sendo aplicado com sucesso. Na Europa, o desenvolvimento e a aplicação desse tipo de embalagem são ainda limitados, devido às restrições de legislação, resistência do consumidor, necessidade de conhecimento sobre a efetividade aos impactos econômico e ambiental. No Brasil, o desenvolvimento envolvendo embalagens ativas ainda está em nível laboratorial. O laboratório de embalagens da UFV vem desenvolvendo vários projetos de pesquisa nas referidas áreas.
Fonte: abreembalagembrasil
As embalagens sempre foram essenciais para a conservação dos produtos, no entanto, as tradicionais estão passando por uma fase de mudanças, o sistema de embalagem ativa, que é uma embalagem que interage com o produto com o objetivo de prolongar a sua vida útil e aumentar o seu prazo de prateleira. É devido a essa interação com o produto que ela recebe o nome de “ativa”.
Isso é necessário por que os alimentos são sujeitos a alguns agentes do meio externo que os fazem deteriorar mais rapidamente. Assim, além das funções “passivas” de conter e proteger o produto, a embalagem ativa passa a ter a capacidade de prolongar sua durabilidade.
O termo “embalagens ativas” se refere a uma série de tecnologias que vêm sendo desenvolvidas para melhorar as características sensoriais, aumentar a vida de prateleira, evitar as deteriorações química e microbiológica e garantir a segurança dos alimentos, inibindo o crescimento de microrganismos patogênicos.
A indústria alimentícia, buscando atender a um mercado consumidor cada vez mais exigente, buscou recursos tecnológicos para desenvolver embalagens ativas que proporcionassem maior qualidade e durabilidade aos produtos acondicionados.
Então entendemos de forma resumida que o principal objetivo da embalagem ativa é preservar a qualidade do produto e estender seu prazo de validade.
A embalagem ativa é desenvolvida por meio de processos tecnológicos de encapsulamento enzimático, nano encapsulação, microencapsulação e de imobilização enzimática.
Em primeiro lugar, devem ser identificados quais agentes podem deteriorar certo tipo de alimento. Esses agentes podem ser fisiológicos, físicos, biológicos ou químicos.
Após o diagnóstico desses agentes, a embalagem é desenvolvida de forma a liberar aditivos que evitam o envelhecimento, a oxidação ou a contaminação desses produtos
Os produtos que mais necessitam da embalagem ativa são aqueles que se deterioram rapidamente, como frutas, legumes, verduras, carnes e embutidos.
Esses itens possuem uma durabilidade média de dois a cinco dias, mas, com a embalagem ativa, chegam a durar cerca de dez dias em excelentes condições de consumo.
Para isso, existem embalagens antioxidantes, antimicrobianas e aromáticas, entre outras, que contêm substâncias que retardam processos orgânicos como o amadurecimento, deterioração ou contaminação de produtos.
As embalagens ativas são divididas em duas categorias. A primeira se refere aos absorventes ou captadores. Nesse caso, são removidos do produto agentes indesejáveis, como oxigênio, dióxido de carbono, etileno e água em excesso.
A segunda categoria está relacionada aos sistemas de liberação, que adicionam ativamente ou emitem compostos para os alimentos embalados. São exemplos o dióxido de carbono, os antioxidantes e os conservantes.
APLICAÇÕES DE EMBALAGENS ATIVAS
1- Sistemas de atmosfera modificada
Os sistemas com atmosfera modificada consistem basicamente em estocagem de produtos ainda em respiração em ambiente com níveis geralmente reduzidos de O2 e elevados de CO2, comparativamente ao ar. A atmosfera modificada reduz as taxas de respiração e de produção de etileno, promovendo um retardamento na deterioração desses produtos.
Fonte da imagem: Science Direct. Esquema do processo de respiração dos 
produtos no interior de uma embalagem em atmosfera modificada. 
A atmosfera modificada pode ser criada por meios ativos ou passivos. Na modificação passiva, a atmosfera é criada por meio da própria respiração do produto dentro da embalagem, até que se atinja um equilíbrio. No caso de uma modificação ativa, a atmosfera é criada inflando-se o espaço livre da embalagem com uma mistura gasosa pré-determinada, ou ainda por meio de um material, contido em um sachê ou incorporado diretamente à embalagem, capaz de promover alterações na composição gasosa. Em ambos os casos, uma vez que a atmosfera modificada se estabeleça, ela é mantida por um equilíbrio dinâmico entre respiração e permeação.
1.1 Absorção de O2 
A redução da pressão parcial de O2 em um sistema de embalagem resulta em redução das taxas de metabolismo (no caso de frutas e hortaliças in natura), crescimento de microrganismos aeróbios e oxidação, e, em conseqüência, promove um aumento na vida-de-prateleira dos alimentos. 
Entretanto, existem exceções - por exemplo, quando existe a possibilidade de deterioração por respiração anaeróbia ou crescimento de bactérias anaeróbias.
Uma das formas de controlar os níveis de O2 em um sistema é por meio do uso de absorvedores de O2, por sistema na forma de saches, diretamente à face interna de embalagens, ou ainda na forma de discos acoplados à tampa de garrafas. Os absorvedores incorporados na forma de saches não são adequados para utilização em produtos líquidos. 
Vantagens dos absorvedores de O2: têm fácil utilização; são aprovados pelo FDA; previnem crescimento de microrganismos aeróbios; retardam oxidação de lipídios e de compostos de sabor; podem substituir pesticidas químicos para prevençãode danos por insetos. 
Entre as desvantagens, podem ser mencionadas: a possibilidade de colapsagem da embalagem (que pode ser evitada pelo uso de um sistema absorvedor de O2 e gerador de CO2); possível favorecimento ao crescimento de microrganismos anaeróbios; no caso da utilização de absorvedores na forma de sachês, pode-se ainda citar a necessidade de um fluxo livre de ar em torno do sachê para melhorar a eficiência seqüestrante do O2 do interior da embalagem.
Os sistemas de embalagem ativa utilizados para absorção de O2 englobam:
Sistemas enzimáticos
Envolvem a incorporação, na superfície interna de filmes, de enzimas oxidantes, juntamente com o respectivo substrato a ser oxidado. Ex: glicose oxidase + glicose, álcool oxidase + etanol.
Sistemas químicos
Oxidação controlada de Fe+2, por meio do uso de sachês contendo Fe+2, que é oxidado, em presença de O2 e vapor de água, a hidróxido férrico. Como a água participa na reação, a efetividade desse tipo de filme é função da atividade de água [9]. b) Oxidação catalítica de H2 por O2, com formação de vapor de água, por meio do uso de platina como catalisador.
Sistemas fotoquímicos
Descreve-se um processo de remoção fotoquímica de O2 do espaço livre de embalagens, no qual um pigmento fotossensibilizante e um aceptor de  singlete foram imobilizados em filmes de etilcelulose ou diacetato de celulose. O fotossensibilizante promove a formação de O2 no estado singlete (o mais reativo) a partir de O2 triplete (estado fundamental); o O2 singlete então reage com o aceptor, sendo assim consumido.
Alguns fatores interrelacionados têm influência sobre a escolha do tipo de absorvedor: estado físico do alimento; atividade de água; quantidade de O2 dissolvido; vida-de-prateleira desejada; nível inicial de O2 no espaço livre; permeabilidade a O2 da embalagem.
 
1.2 Controle dos níveis de etileno
O etileno é um composto liberado durante o metabolismo das frutas climatéricas, que estimula o amadurecimento e senescência. Já que, uma vez maduras, as frutas se deterioram rapidamente, o controle dos níveis de etileno pode prolongar sua vida-de-prateleira. Isso é feito geralmente por meio de remoção do etileno por algum agente oxidante (ex: permanganato de potássio), geralmente incorporado ao sistema na forma de sachês com alta permeabilidade ao etileno, ou adicionado diretamente ao material de embalagem.
 (a) (b)
Efeito de um sistema absorvedor de etileno na vida pós colheita de banana (a) fruta embalada contendo um sachê absorvedor de etileno e (b) sem uso do sachê no interior da embalagem
1.3 Redução dos níveis de umidade
O metabolismo de carboidratos e gorduras produz água, o que pode acarretar a presença de níveis inadequados de água no interior de um sistema de embalagem. Como conseqüências, pode haver: crescimento microbiano; prejuízo às propriedades de barreira a gases de filmes hidrofílicos; acúmulo de água condensada na superfície de hortaliças.Uma das formas de reduzir os níveis de umidade de um sistema é por meio da incorporação de umectantes (ex: poliálcoois, carboidratos) entre duas camadas de um filme plástico de alta permeabilidade a umidade. Outra alternativa seria a utilização de sachês contendo compostos dissecantes.
Fonte: abreembalagembrasil
1.4 Liberação de etanol
Existem sistemas que liberam etanol, que se condensa na superfície do alimento e inibe o crescimento microbiano, podendo ser usados para produtos de panificação e queijos. Alguns sachês consistem de sílica gel e etanol, quando expostos ao vapor de água do espaço livre da embalagem, o etanol é liberado, já que a água se liga mais fortemente à sílica gel do que o etanol.
1.5 Liberação de aditivos
Vários aditivos químicos podem ser liberados a partir de uma embalagem, a fim de aumentar a vida-de-prateleira do produto. A maior parte dos compostos assim liberados são os conservantes (especialmente ácidos orgânicos ou peróxidos). Tais compostos, capazes de prevenir o crescimento de microrganismos deterioradores e patogênicos, podem ser liberados controladamente sobre a superfície de um alimento, através de difusão e evaporação a partir do filme ou através de reação química ou enzimática. A liberação de conservantes químicos pode ser de grande utilidade, por exemplo, no caso de frutas, às quais a pasteurização é contra-indicada, pois pode conferir sabor cozido, indesejável. Filmes comestíveis impregnados com conservantes podem ser utilizados para reduzir o crescimento microbiano superficial.
Além dos conservantes, outros agentes químicos têm sido incorporados às embalagens, para prolongar a vida-de-prateleira dos alimentos – por exemplo, antioxidantes, usados para alguns cereais.
A liberação de aditivos por embalagens ativas aumenta a segurança do consumidor, já que esses compostos, ao invés de diretamente adicionados ao alimento, são liberados controladamente; com isso, estão presentes em menores quantidades, e apenas onde sua presença é requerida, a saber, na superfície do produto, onde a maior parte das reações de deterioração ocorre.
1.6 Incorporação de enzimas
Enzimas específicas podem ser incorporadas ao material de embalagem, com objetivos específicos. Alguns exemplos de aplicações: adição de glicose oxidase mais catalase, para remoção de O2 e de produtos de degradação microbiológica; incorporação de lactase, para remoção de lactose do leite; uso de enzimas modificadoras de colesterol, para remoção de colesterol de produtos ricos nesse composto; indicadores tempo-temperatura à base de enzimas.
1.7 Sistemas monitoradores de temperatura
Constituem recursos muito úteis para se monitorar a vida-de-prateleira de alimentos. Esses indicadores fornecem uma história do produto através de integradores tempo-temperatura ao qual o alimento foi exposto, fornecendo uma indicação visual da vida-de-prateleira remanescente ou apenas uma indicação de se o tempo-temperatura total excedeu um valor pré-determinado.
Os indicadores podem se basear em uma série de princípios físicos e químicos, mas são poucos os comercialmente utilizados, devido às características requeridas dos indicadores, a saber: fácil ativação e utilização; resposta rápida, precisa, irreversível, e de boa correlação com taxas de deterioração; mecanismo baseado em uma alteração facilmente mensurável, com boa reprodutibilidade e dependente de tempo e temperatura. Alguns princípios utilizados são: temperatura de fusão do gelo; taxa de difusão de um composto em géis; reações químicas dependentes de temperatura ou do grau de exposição a tempo-temperatura. Entretanto, como diferentes alimentos perdem qualidade a diferentes taxas, é importante que a reação na qual se baseia o indicador tenha uma energia de ativação similar àquela que determina a deterioração do alimento em questão.
1.8 Absorção de radiação
A incorporação de absorvedores de radiação, especialmente ultravioleta (UV), a sistemas de embalagem, pode ser benéfica para se retardar processos de oxidação. Os absorvedores de UV são compostos orgânicos que absorvem energia incidente e inativam cromóforos fotoexcitados, protegendo assim produtos fotossensíveis da ação pró-oxidante da luz solar e outras fontes de luz UV.
1.9 Absorção de odores e sabores desagradáveis
Alguns sabores estranhos (off-flavors) podem se desenvolver no alimento durante sua estocagem, levando o produto à rejeição pelo consumidor, antes mesmo que sua segurança seja comprometida. Como exemplo, podem-se mencionar aldeídos resultantes da degradação de peróxidos formados durante a autoxidação de óleos e gorduras. Uma embalagem ativa pode incorporar compostos que interagem com um grupo funcional presente em componentes de sabores estranhos; um exemplo seria a incorporação de certos ácidos orgânicos, como ácido cítrico, ao material de embalagem, para interagir com aminas resultantes de degradação protéica em pescados, neutralizando seu efeito.
 (a) (b) (c)
Sistema emissor antimicrobiano (a) fatia de pão embalado com filme antimicrobiano, (b)após 15 dias de estocagem com o filme antimicrobiano e (c) com filme convencional.
1.10 Preservação de cor
Alguns sistemas são compostos por filmes que liberam metais que auxiliam na preservação da cor. Utiliza-se de filmes que liberam zinco ou magnésio, que promovem a manutenção da cor verde conferida pela clorofila, no caso de hortaliças enlatadas.
Fonte: abreembalagembrasil
1.11 Revestimentos comestíveis como Embalagens Ativas
O uso de revestimentos - filmes e coberturas - comestíveis tem recebido bastante atenção de pesquisadores nos últimos anos, graças principalmente às suas propriedades de barreira e de melhoria da aparência, da integridade estrutural e das propriedades mecânicas do alimento. Filmes e coberturas diferem em sua forma de aplicação: as coberturas são aplicadas e formadas diretamente sobre o alimento, enquanto os filmes são pré-formados separadamente e posteriormente aplicados sobre o produto. 
Revestimentos comestíveis são formados por pelo menos um componente capaz de formar uma matriz contínua e coesa – polissacarídeos, proteínas ou lipídios. 
São diversas as possíveis aplicações dos revestimentos comestíveis, a depender de suas propriedades (principalmente de barreira): controle das trocas gasosas com o ambiente, no caso de alimentos frescos; controle da entrada de O2, no caso de alimentos oxidáveis; controle de transferência de umidade, em casos de alto gradiente de umidade relativa entre o alimento e o ambiente; retenção de aditivos, promovendo uma resposta funcional mais significativa na superfície do produto; controle da incorporação de óleos e solutos para os alimentos durante o processamento. Além disso, essas embalagens têm a vantagem da biodegradabilidade, que as torna “ambientalmente corretas”. 
 
Fonte: abreembalagembrasil
Conforme demonstrado, as embalagens ativas constituem uma tecnologia emergente cuja variedade de aplicações já constatadas e de possibilidades de novas aplicações comerciais justificam a importância da adoção do monitoramento de informações tecnológicas como etapa preliminar às atividades de inteligência competitiva e de prospecção tecnológica, de modo que as empresas de alimentos, químicas, petroquímicas e de embalagem possam obter vantagens competitivas em seus mercados e antecipar-se às contínuas mudanças tecnológicas.
EXEMPLOS DE SISTEMAS DE EMBALAGENS ATIVAS E APLICAÇÕES
	Embalagens Ativas
	Principais Componentes
	Aplicações
	Absorvedor de oxigênio
	Pós de ferro, ácido ascórbico, compostos organometálicos, glicose-oxidase, etanoloxidase
	Produtos de panificação,
café, chá, leite em pó,
queijos, produtos cárneos
	Absorvedor de etileno
	Permanganato de potássio, carvão ativado, sílica gel, zeólito, argila
	Frutas e hortaliças
	Absorvedor de umidade
	Propilenoglicol, poli (álcool vinílico), sílica, gel, terra diatomácea, argila
	Frutas, vegetais, produtos
congelados e de panificação
	Absorvedor de dióxido de carbono
	Hidróxido de cálcio + hidróxido de sódio ou
hidróxido de potássio, óxido de cálcio e
sílica gel
	Café torrado, produtos
desidratados
	Emissores de etanol 
	Etanol
	Produtos de panificação, peixe
	Liberadores e conservantes
antimicrobianos
	Sorbatos, benzoatos, propionatos, etanol,
ozônio, peróxido, dióxido de enxofre,
antibióticos, zeólito de prata, enzimas
	Carne, peixe, queijo, frutas
secas e produtos de
panificação
	Emissores de dióxido de
carbono
	Ácido ascórbico, carbonato de ferro + haleto metálico
	Frutas e hortaliças, peixes,
carnes e aves
Embalagens Inteligentes
As indústrias de alimentos procuram sempre desenvolver embalagens práticas, modernas e sustentáveis, para atender as exigências dos consumidores. Além de conter o produto, a embalagem é muito importante na sua conservação, mantendo qualidade e segurança do mesmo.
As embalagens inteligentes indicam as modificações químicas às quais os alimentos estão passando, como mudanças de pH, temperatura, teor de O2 e CO2.e outros, indicando alterações na qualidade do produto.
Os sistemas de embalagens inteligentes podem ser compostos por rótulos, etiquetas O processo de detecção e comunicação das informações se dá por meio de indicadores do binômio tempo-temperatura, indicadores de gases, como oxigênio e etileno, e os indicadores de microrganismos patogênicos e toxinas. E sensores (com sistemas de etiquetas com código de barras) baseados em reações químicas, enzimáticas, imunoquímicas ou mecânicas ou filmes que proporcionam maiores possibilidades de monitoramento da qualidade do alimento acondicionado instalados na embalagem. São desenvolvidas para detectar, sentir, registar, rastrear e fornecer informação de forma a avisar o consumidor , permitindo aumentar a vida útil do produto e a segurança alimentar.
Sendo como uma excelente solução para produtos que precisam manter uma temperatura controlada, indicando tempo de consumo, possíveis problemas, alterações e outras informações úteis ao consumidor. Um exemplo delas são as bebidas que possuem rótulos que mudam de cor conforme a temperatura do líquido.
Exemplos de embalagens inteligentes incluem: 
Indicadores de tempo/temperatura e outros que podem emitir um sinal para o consumidor sobre o estado do produto acondicionado ou da embalagem.
Biossensores para informar o usuário sobre o crescimento microbiano geral ou de determinado microrganismo.
Códigos de barras para informar sobre reaquecimento ou cozimento do alimento acondicionado.
Indicadores das concentrações de gases no interior de embalagens para atmosfera modificada.
Sensores de etileno para monitorar o amadurecimento de frutas frescas.
A maioria dos sensores pode conter duas unidades funcionais: 
Receptor e transdutor. No receptor físico ou químico, a informação é transformada em energia, que pode ser medida pelo transdutor, um dispositivo capaz de transformar a energia química ou física.
Qualidades das embalagens inteligentes
1. Sensores que indicam as condições de consumo
Indicar o grau de amadurecimento de hortifrutíferos, frios e carnes. 
2. Recipientes para evitar o desperdício
Deformações causadas por impactos comprometem a integridade de alguns alimentos, a embalagens inteligentes vão indentificar se o produto deverá ou não ser descartado, sem a possibilidade de aproveitamento. Com as embalagens inteligentes não haverá tanta necessidade de manuseio pelo comprador, o que muitas das vezes faz com que a qualidade dos produtos sejam comprometidos.
3. Indicadores precisos de validade
A maioria dos consumidores utiliza a data de vencimento descrita nas embalagens para saber se o produto poderá ou não ser consumido, com indicadores mais precisos inseridos nas embalagens inteligentes, muitos alimentos podem ser aproveitados com mais facilidades.
4. Conservação apropriada
As embalagens ativas auxiliam na preservação da comida, pela emanação de substâncias protetoras ou até mesmo introduzindo absorventes de oxigênio nas embalagens (que possuem muito mais eficácia na conservação do que os produtos embalados a vácuo).
5. Embalagens sustentáveis
Esses recipientes apresentam mais flexibilidade, permitindo uma prática mais sustentável pela reciclagem de seus materiais biodegradáveis.
APLICAÇÕES DE EMBALAGENS INTELIGENTES
 
 FONTE: http://www.abre.org.br/noticias/embalagem-que-alerta-se-alimento-esta-contaminado-deve-ser-realidade-no-brasil/
Embalagens inteligentes indica mudança de pH ao consumidor, através de pigmentos presentes no material de embalagem, que são sensíveis a estas mudanças de pH, sendo indicado por mudança de cor. Pigmentos como as antocianinas presentes, por exemplo, no repolho roxo, já estão sendo utilizados nesses materiais. Quando em pH alcalino, esses filmes apresentam coloração levemente rósea, e em pH ácido, tornam-se amarelados. 
Indicando que o produto ainda no prazo de validade, já apresenta início de deterioração.
A garrafa da água Aqua escents,da NutraSystem, em sua tampa contém uma infusão aromática, de baixa caloria, que é facilmente liberada na água antes do consumo.
FONTE: Mercado livre
A vinícola australiana BRL Hardy utiliza a genética para evitar a falsificação de seu produto. Ela criou um sistema de segurança que incorpora uma codificação de DNA aos rótulos do produto.
Tem -se a “garrafa falante”, da Rosemont Pharmacy com tecnologia Wizzard Software, que possui um dispositivo de áudio que dá as instruções de uso do medicamento. O dispositivo é colocado no fundo da embalagem e é facilmente acionado pelo usuário.
A empresa Pear Bureau Northwest criou um rótulo que mostra ao consumidor o estágio de amadurecimento da pêra, para que o consumidor saiba quando está madura.O sistema é relativamente simples: a embalagem rígida capta o aroma da fruta e o rótulo reage, mudando de cor de acordo com os níveis de amadurecimento. O rótulo sensorial muda do vermelho (fruta verde), para o laranja (fruta firme) e para o amarelo (fruta mole).
A Timestrip Ltd desenvolveu um rótulo que mede o tempo que a embalagem está aberta. É ideal para produtos refrigerados e congelados; o tempo de monitorização, automático, varia de 10 minutos a 12 meses. A tecnologia baseia-se na ação do sistema capilar e permite que um líquido colorido migre por um material microporoso numa taxa constante.
Os indicadores de frescor dos alimentos proporcionam informação direta sobre sua qualidade. Baseiam em reações químicas e em crescimento microbiológico no produto acondicionado na embalagem. Eles têm sido desenvolvidos, principalmente, para produtos cárneos, pois nesses produtos surgem diferentes tipos de metabólitos associados ao crescimento e ao metabolismo de microrganismos deteriorantes.
 
Fonte : http://www.abre.org.br/noticias/ampulheta-na-embalagem-informa-validade-da-carne/
A etiqueta mudaria de cor baseada na quantidade de amônia dentro da embalagem, e caso o índice da substância que indica a degradação do alimento fosse muito alto, a etiqueta inutilizaria o código de barras, impedindo que o alimento fosse vendido.
Aplicações da nanotecnologia em embalagens
Filme plástico transparente (Durethan), contendo nanopartículas de argila dispersas em todo o plástico e são capazes de bloquear o oxigênio, o dióxido de carbono e a umidade para que não atinjam a carne fresca ou outros alimentos (produzido pela Bayer).
Sensores que poderão detectar patógenos nos alimentos e provocar alteração na cor da embalagem de modo a alertar o consumidor (Kraft & Universidade de Rutgers)
Embalagens que poderão liberar um conservante se o alimento começar a se deteriorar.
Embalagens com válvulas, presentes em embalagens de café para alívio da pressão interna, preservando o aroma e prevenindo a oxidação do café, possui filtro para utilização com café torrado e moído.Também existem válvulas para alívio de pressão de vapor, utilizadas em embalagens para cozimento a vapor, e válvulas para a retirada de umidade, adequadas ao uso de microondas.
Outro tipo de sistema desenvolvido é baseado em código de barra sensível a variações de temperatura para embalagem. 
 
Fonte:MKTmais
 
Fonte:https://www.plastico.com.br/embalagens-inteligentes-baixo-poder-de-compra-dos-brasileiros-dificulta-vida-do-produtor-local/
Quais são as vantagens na utilização das embalagens inteligentes?
Os benefícios da tecnologia incluem redução de perdas, incluindo melhor aproveitamento dos alimentos, reduz as reclamações por deterioração, atende a demanda do consumidor por alimentos naturais, com menos conservantes, açúcares, sais e permite a redução do oxigênio em embalagens de atmosferas modificadas. Há possibilidade de ter no mercado produtos fora de estação e redução de custos de transporte. Esses tipos de embalagem permitem ao consumidor escolher seus produtos para o consumo.
Conclusão
As embalagens ativas e inteligentes apresentam grande potencial de aplicação no mercado de alimentos, visando garantir a qualidade e a segurança de produtos.
A aplicação de embalagens ativas e, ou inteligentes é possível em diversos alimentos com diferentes finalidades. O estudo aprofundado dos alimentos e das embalagens é necessário para identificar uma combinação favorável entre esses.
A definição de legislação pertinente às embalagens ativas e inteligentes é importante para regulamentar o uso dessas tecnologias, bem como para informar ao consumidor sobre sua aplicação segura.
É importante enfatizar que as embalagens ativas e inteligentes são componentes de um sistema complexo de embalagens. A combinação de tecnologias básicas de processamento e de embalagens ativas e inteligentes é essencial para que ocorra maior segurança dos alimentos e aumento da vida de prateleira dos produtos acondicionados.
A inovação é um fator fundamental para o crescimento das indústrias brasileiras, para isso é necessário que continuem desenvolvendo soluções criativas, aperfeiçoando o design das embalagens e inovando nos processos produtivos.
Referencias
AZEREDO H. M. C., et al; EMBALAGENS ATIVAS PARA ALIMENTOS, Food Science and Technology ISSN 0101-2061 On-line version ISSN 1678-457X Ciênc. Tecnol. Aliment. vol.20 no.3 Campinas Sept./Dec. 2000 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612000000300010
BRAGA, L. R.:LEILA PERES NOVAS TENDÊNCIAS EM EMBALAGENS PARA ALIMENTOS: REVISÃO B.CEPPA, Curitiba, v. 28, n. 1, p. 69-84, jan./jun. 2010
Embalagens ativas: uma nova abordagem para embalagens alimentícias
 Brazilian Journal of Food Research, REBRAPA. Campo Mourão, v. 8 n. 4, p. 170-186, out./dez. 2017.
Rebello, F. F. P.; NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS ÀS EMBALAGENS DE ALIMENTOS - REVISÃO - NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS ÀS EMBALAGENS DE ALIMENTOS M, Professora do IF Sul de Minas – Campus Inconfidentes
Soares N. F. F., et al revista Ceres Jul/Ago 2009, Novos desenvolvimentos e aplicações em embalagens de alimentos.
http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/3438/1341
Maciel, V. B. V. et. al. - Sistemas inteligentes de embalagens utilizando filmes de quitosana como indicador colorimétrico de temperatura.
Fundamentos_MIOLO.indd 275; Embalagem ativa na conservação de alimentos-Fundamentos de estabilidade de alimentos 21/09/2012
ABIEF – ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS FLEXÍVEIS. Embalagens. Ano IV - novembro/dezembro 2005 Nº 21. Disponível em <http://www.abief.com.br> Acesso em 20/06/2019
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/77261/000894947.pdf?sequence
https://www.scuadra.com.br/blog/entenda-agora-tudo-sobre-o-que-e-embalagem-ativa/
https://foodsafetybrazil.org/embalagens-ativas-uma-alternativa-viavel-para-seguranca-de-alimentos/
http://www.ceres.ufv.br/ojs/index.php/ceres/article/view/3438/1341
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/129760/1/antoniolli-XIVENFRUTE-P4-maio2015.pdf
https://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa
https://pt.engormix.com/pecuaria-leite/artigos/embalagens-ativas-novos-caminhos-t38535.htm
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http://www.abre.org.br/noticias/embalagens-inteligentes/

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