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Farmacologia // Antimicrobianos 2 Penicilinas Antibióticos beta-lactâmicos obtidos originalmente do fungo Penincilium notatum; Apresenta um núcleo central de ácido 6-aminopenicilânico Classificação penicilinas de 1° geração Atuam principalmente em bactérias Gram positivas São de origem natural É formada pela reação do ácido fenilacético com o ácido penicilânico. Vias de administração Oral Intramuscular intravenosa Usos clínicos Infecções médias ou graves em prematuros e recém-nascidos Exemplos: Penicilina procaína Penicilina Benzatina Penicila G Penicilina G É um sal cristalino lentamente absorvido por via intramuscular Produz níveis sanguíneos muito baixos mas persistem até 3-4 semanas Drogas de escolha para infecções por Treponema pallidum (sífilis), Streptococcus pyogenes (profilaxia da febre reumática) Usos clínicos Infeções de média e pequena gravidade como: pnesumonia, amigdalite, erisipela, etc... Terapêutica de doenças graves no período de manutenção do tratamento como: difteria, tétano, leptospitose Na gonorreia em associação com a probenecida Penicilina biosintética (1° geração) Originada quando se acrescenta ao meio nutritivo adequado em que crescem os fungos produtores, o fenoximetil. Semi-sínteticas obtidas com a finalidade de combater o staphylococcus aureus Absorção por via oral Uso clínico Tratamento das infeções mistas por Streptococcus beta-hemolítico, por Pneumococcus ou Staphylococcus produtores de penicilinase. Penicilina V // Fenoximetilpenicilina Penicilinas penicilinase resistente (1° geração) Não são degradas pela enzima penicilinase Exemplos: Oxacilina Dicloxacilin Penicilinas de amplo espectro (2° geração) Espectro semelhante as penicilinas de primeira geração acrescido da atividade sobre bactérias Gram negativas; Ampicilina Ativa contra Gram positiva e PRINCIPALMENTE Gram negativa Indicada para o combate a Shigella Uso oral Amoxicilina Ativa contra Gram positiva e PRINCIPALMENTE Gram negativa Indicada para: Febre tifoide ITU Infecções cutâneas Infecções genicológicas Infecções respiratórias de V.A.S e V.A.I Indicada para o combate a Salmonella Uso oral Penicilinas de espectro ampliado (3° e 4° geração) Atuam principalmente em bactérias Gram negativas Carbenicilina (3° geração) São drogas ativas contra germes problemas como Proteus indol-positivo, E.coli e Pseudomonas Farmacocinética Administração intravenosa Eliminação rápida Usado com a gentamicina para evitar os bacilos carbenicilio-resistentes pENICILINAS DE 4° GERAÇÃO Drogas ativas nas infecções graves causadas por Pseudomonas aeroginosa, Proteus e enterobactérias Aciloaminopinicilinas (piperacilina) Ureidopenicilinas (sulfacilina) Amidinopenicilinas (azlocilina) Sulfobenzilpenicilinas (amdinopenicilina) farmacocinética das penicilinas Via oral Apresentam graus variáveis de absorção por esta via Via parenteral Apresentam maior atividade por esta via Intramuscular e intravenosa Distribuição ampla nos líquidos corporais, articulações, cavidade pleural e pericárdica, bile, saliva e leite Atravessam a placenta mas não a barreira hematoencefálica a menos que a mesma esteja inflamada Eliminação é rápida e principalmente renal, por secreção tubular Mecanismo de ação Inibição da transpeptidase, enzima responsável pela formação das ligações cruzadas entre os filamentos de peptidioglicano Ocorre no 3° estágio da síntese da parede celular bacteriana Ativação de enzimas autolíticas na parede celular resultando em lesões que vão causar a morte bacteriana CEFALOSPORINAS Antibióticos beta-lactâmicos obtidos originalmente de espécies de Streptomyces Apresenta um núcleo ácido 7-aminocefalosporânico classificação cefalosporinas de primeira geração Em geral são mais ativas contra cocos gram positivo e bactérias anaeróbicas gram positivas Sensibilidade variável sobre bactérias gram negativas Não são ativas contra bacteroides, H. influenzae, enterobacter, P. aeroginosa, P. indol (+), Providencia e Sarretia Inativadas pelas cefalosporinases Exemplos Cefazolina (injetável) Cefalexina e cefadroxil (oral) cefalosporinas de segunda geração São pouco menos ativas que as de primeira geração contra bactérias Gram positivas Atravessam mal a barreira hematoencefálica, porém, o cefamondol e a cefuroxima apresentam um valor terapêutico por penetrar no LCR em doses elevadas Exemplos Cefaclor Cefoxitina Cefotetan Cefuroxima Cefamondol Cefalosporinas de terceira geração Possuem maior atividade sobre bactérias Gram negativas aeróbicas A maioria é usada por via parenteral Atingem níveis terapêuticos no liquor, podendo ser usadas nas meningites Apresentam a vantagem de serem resistentes à ação das betalactamases produzidas pelos bacilos Gram negativos Exemplos Cefotaxima Ceftriaxona Ceftazidima Cefoperozona Cefalosporinas de quarta geração São mais estáveis que as de terceira geração contra Pseudomonas aeroginosa Nenhuma apresenta atividade contra os Enterococcus sp. Exemplos Cefepiroma Mecanismo de ação Inibição da transpeptidase, enzima responsável pela formação das ligações cruzadas entre os filamentos de peptideoglicano Ativação de enzimas autolíticas na parede celular, resultando em lesões que vão causar a morte bacteriana reações adversas dos beta-lactamicos Reações de hipersensibilidade São mais graves Hipersensibilidade imediata (30 m) Hipersensibilidade acelerada ( 1 a 72 h) Hipersensibilidade tardia (dias) Interações gastrointestinais São as mais frequentes REAÇÕES ADVERSAS Alterações da ecologia microbiana Superinfecçoes por micro-organismos resistentes Alterações hematológicas raras reações causadas pelas vias de administração Via parenteral - dor e inflamação local Via intravenosa – tromboflebites Via oral – irritação gastrointestinal associações medicamentosas Ácido clavulânico/amoxi Ácido clavulânico/ticarcilina O ácido clavulânico é produzido pelo Streptomyces clavuligerus com fraca atividade antibacteriana. Ele atua como inibidor da penicilinase produzida pelo micro-organismo, deixando a amoxicilina atuar sem ser degradada. Associação da amoxicilina/ticarcilina + ácido clavulânico Efeitos colaterais maiores do que as drogas isoladamente Imipenem/cilastatina É um beta-lactâmico de maior espectro de ação contra gram positivas e gram negativas Cilastatina é um inibidor da enzima desidropeptidase1, que degrada o imipenem nos túbulos renais diminuindo os níveis de eliminação renal. resistência bacteriana aos beta-lactamicos Produção de beta-lactamases Modificação nas proteínas ligadoras de penicilinas (PBP) Ausência de receptores específicos PBP Alteração da permeabilidade das camadas externas em bactérias gram negativas Aparecimento do fenômeno de tolerância
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