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Doenças Infecciosas - peste suína

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Mirian Cardinot – Med. Veterinária.
UFFRJ
Doenças Infecciosas 
Peste Suína:
Introdução:
Trata-se da doença mais relevante e que causa mais impacto econômico na produção de suínos. É a carne mais consumida do mundo; No Brasil se produz muito carne suína, porém não se consome na mesma intensidade, sua produção é voltada á exportação; É uma doença de notificação obrigatória por conta da sua importância econômica ‘’é uma grande barreira sanitária’’. O nome dessa doença se deu porque ela foi confundida com peste bubônica ‘’peste negra’’, por isso o nome ‘’peste suína’’.
Sinonímia: Cólera Suína, Peste dos Porcos, Batedeira *O primeiro trabalho com o isolamento do agente da peste suína foi a sallmonela cólera suis , porém se viu que não era esse agente , que a sallmonela era apenas uma infecção secundária do Pestivirus , por isso a sinonímia de cólera; E a batedeira é por conta da incordenação motora dos animais.
Definição:
A Peste Suína Clássica é uma doença infectocontagiosa, causada pelo vírus da família Flaviviridae do gênero Pestivirus suis , acometendo única e exclusivamente suídeos e que cursa com lesões hemorrágicas múltiplas em órgãos internos e tecido cutâneo e com um quadro neurológico progressivo em leitos e suínos adultos (incordenação motora- dificuldade de locomoção), sendo a do tipo 1 A mais prevalente no Brasil. *quadros neurológico é mais severo em animais jovens. 
Agente Etiológico: Trata-se de um vírus de RNA, envelopada, logo sua resistência orgânica no ambiente é baixa, porém ele possui alta transmissibilidade e morbidade, isso se dá pelas diversas vias de transmissão do agente (Ex: lágrima, urina, secreção nasal, fezes, aerossóis do trato respiratório, restos de alimentos com carne suína mal processada dada a suínos.) 
O agente é extremamente resistente a variações de PH, ou seja, ele passa pelo TGI do suíno e continua tendo poder de infecção, o suíno então pode não demostrar quadro clínico mas ainda assim liberar o agente ativo no ambiente;
A principal via de liberação é: aerossóis, sangue fezes e urina;
A principal via de transmissão é pela água e ração contaminada;
No ambiente natural, javalis podem ser reservatórios da doença.
A alta transmissibilidade e morbidade no rebanho se dão pelo período de incubação muito curto. 
Como medida de prevenção na produção se faz núcleos de produção onde os galpões com suínos ficam separados com arvores evitando que todos os animais se infectam juntamente a isso se usa o sistema ‘’all in all out.’’ 
Suínos sentinelas: Existem raças de suínos trabalhados geneticamente, mais sensíveis ao vírus, esses animais então são usados como sentinelas na produção, são colocados em um galpão desprotegido na entrada da fazenda , são marcadores do risco da entrada do agente na produção, uma vez que se o vírus estive circulante eles irão adoecer primeiro. Deixando assim o produtor ‘’avisado ‘’.
Aspectos epidemiológicos: 
Alta morbidade; (alta transmissibilidade)
Só acomete suídeos;
Baixa prevalência;
Baixa mortalidade, (poucos animais contraem a doença- restrita a condições precárias de produção);
Alta letalidade (se o animal for infectado ele morre);
A infecção se dá de forma igual em todos (machos e fêmeas e de em todas as faixas etárias – mais abrupta em leitões;)
No Brasil o risco relacionado a tal patologia é maior por conta do pequeno produtor – falta de manejo sanitário ideal e uso de lavagem na alimentação de suínos;
Apesar de não ser uma zoonose não se pode comer a carne infectada com peste suína, por conta do alto risco epidemiológico da manutenção do agente no uso de lavagens na dieta animal. 
Patogênese:
A principal porta de entrada se dá pela via oral, o animal ingere água e ração contaminada com excreções orgânicas.
◊ O agente entra pela via oral, e a primeira viremia se dá na tonsila palatina, pela via hemato-linfática chega no baço, medula óssea, timo, glândula parótida , podemos fizer então que ele faz a segunda viremia nos órgãos do sistema imune, imunossuprindo o organismo desse animal. *por isso quando a doença se manifesta é difícil reverter o quadro. 
Posteriormente a isso, via hemato-linfática, o vírus migra para os órgãos alvos:
Sistema Digestório – intestino – leva a diarreia profusa; *profusa = muita
Sistema Respiratório - tosse, dispneia, secreção nasal profusa;;
Sistema Reprodutor – aborto, agalaxia (não produção do leite);
Sistema Tegumentar – lesões hemorrágicas cutâneas principalmente nas extremidades da orelhas, baixo ventre e papada, mais visível em suínos com pele despigmentada (bracos);
Sistema Nervoso Central – É a mais importante quando se pensa na patogênese da doença – incordenação motora, incapacidade do animal de se manter de pé; mioclonias (espasmos involuntários) e convulsão; 
Alta letalidade nos leitões que manifestam sinais clínicos, com morte entre 1 a 2 dias.
Anatopatologia:
Órgãos extremamente hemorrágicos, porque o vírus possui tropismo pelo endotélio vascular, rompendo o vaso, causando uma degeneração vascular severa ( primeiro se tem um quadro isquêmico e depois hemorrágico);
Esplenomegalia bastante acentuada;
Diagnóstico: É bem caracterizada pela sintomatologia clínica, porém toda a doença neurológica de suínos deve ser notificada a defesa sanitária, que irá diagnosticar o agente através da retirada de amostrar do individuo acometido.
Exames laboratorias: Imunoflorecencia e histoquímica, Elisa e RT- PCR.
Pode-se fazer necropsia com histopatológica complementar;
Prognóstico: RUIM. 
Tratamento : NÃO TEM!!!! Todo os animais positivos que não morreram deverão ser abatidos.
Profilaxia:
Existe vacina, porém ela é feita com a cepa ativa do vírus, levando a dificuldade de identificar os anticorpos provenientes de infecção ou os oriundos da vacina – A vacina então é controlada pelo ministério da agricultura, sendo dado só em dadas endêmicas; *além disso, pelo vírus fazer latência a vacina pode causar doença ao invés de prevenir.
Não usar lavagem para a dieta dos animais;
Adquirir animais de propriedades certificadas como livre para peste suína;
Vigilância sanitária em rebanho suinícolas: sistema de criação em núcleos, sistema all in all out, uso de suínos sentinelas;
Animais positivos e contactantes devem ser abatidos devem ser enterrados em covas profundas.

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