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ESTOMATOLOGIA Metodologia do exame clínico - Conceitos importantes: *Sinais: manifestação indicia ou vestígio. Perpectíveis: pelo profissional através de seus sentidos naturais. *Sintomas: manifestação subjetiva, percebida pelo paciente. Exemplo: dor, náusea, prurido, cansaço, dormência. - Anamnese: Historia evolutiva das doenças do paciente. Uma recordação da história clínica do paciente. Coleta de dados -> hipóteses de diagnostico -> exames complementares -> diagnostico final. *Etapas: Identificação do paciente; queixa principal; historia de doença real; historia buco dental; historia medica; antecedentes familiares; hábitos nocivos e higiênicos. - Exame PSR: Sonda WHO, avaliação de 6 sítios em cada dente, avaliação dos seis sextantes, atribuição de um código para cada sextante. Odontograma. Após o termino do exame clinico (hipótese, exames complementares, diagnostica final, prognostico proservação). *Exame intra-oral: Sonda WHO, todos os dentes, 6 sitios em cada dente (MV, CV, DV, ML, CL, DL), código do sextante (código pior sítio). *Avaliação clínica: A B C F E D Superior posterior direito. Superior anterior Superior posterior esquerdo. *Códigos: 0 – periodonto sadio. Faixa preta, ausência de sangramento, ausência de calculo ou margens de restaurações desadaptadas. 1 – sangramento a sondagem (sem calculo). Faixa preta, sangramento, ausência de calculo. 2 – presença de calculo ou margem de restauração/prótese mal adaptada – PCS não superior a 3,5 mm (sangramento, calculo e bolsas). Faixa preta, calculo supra e subgengival ou margens de restaurações desadaptadas. 3 – PCS de 4mm. Faixa preta, dois ou mais sextantes – mapeamento completo da boca. 4 – PCS > 5mm. Faixa preta (totalmente invisível – subgengival). X – ausência de dentes no sextante. *- retração ≥ 3,5mm ou mobilidade ou comprometimento de furca ou faixa de gengiva inserida estreita. RAPCR: Raspagem acabamento polimento coronário radicular. Métodos de auxílio diagnóstico Diagnostico – parte de um procedimento clinico que visa a eliminação da doença. - Citologia Esfoliativa: Coleta e exame de um esfregaço de células obtidas pela raspagem na superfície de uma lesão. Método simples, rápido e econômico. 95% do tumores malignos da boca são de origem epiteliais. Valor limitado 15-20% de falsos negativos. *Indicação: lesões superficiais, erosivas, ulcerativas. Lesões extensas em pacientes com enoportunidade cirúrgica. Lesões vesiculares. Lesões com suspeita de infecção fungica, bacteriana ou viral. Seguimento de pacientes pos cirurgia ou radioterapia. *Material: Espátula metálica, lâminas de vidro para microscopia. Substância fixadora. Recipiente porta-lâminas. *Técnica: limpar a lâmina com álcool, identificar o lado para o esfregaço, raspar a lesão com espátula, sempre duas laminas, fixar imediatamente as lâminas, cuidados para as laminas não aderirem e para que fiquem dentro do fixador. *Interpretação dos resultados: classificação de Papanicolau. Classe 0- material insuficiente. Classe 1- normal. Classe 2- inflamatória ou células atípicas benignas. Classe 3- sugestivas não conclusivas de malignidade. Classe 4- fortemente sugestiva de malignidade (biopsia). Classe 5- sugestivos de malignidade. - Punção exploratória: Procedimento cirúrgico que da acesso ao interior de um tecido ou uma cavidade para colher material para investigar, injetar substancia tensões sintomas e orientar procedimentos maiores. *Valor propedêutico: auxilia enormemente no diagnostico diferencial das diversas lesões do complexo maxila-mandibula. *Indicações: lesões osteolíticas, outras lesões que possam conter líquidos ou semi-solidos. - Biopsia: Remoção de um fragmento de tecido do um individuo vivo com o propósito de diagnostico histopatológico. Fixação da peça em formol a 10% (10x vol.). Classificação: *Indicação para biopsia incisional: lesões extensas, múltiplas ou difusas. Áreas de difícil acesso. Proximidade de estruturas anatômicas nobres. Formato de cunha a cirurgia. *Indicação para biopsia excisional: lesões pequenas e sem característica de malignidade. (Remoção total da lesão, incisão na base e divisão por plano). *Contra-indicação para biopsia: lesões pigmentadas, lesões vasculares. *Indicação para biopsia aspirativa: PAAF (punção asp. Por agulha fina) lesões em linfonodos, glândulas salivares e na região da cabeça e pescoço. Lesões brancas e pigmentadas Leucoederma: mucosa jugal Etiologia: mais comuns em negros Clínicas: branco acinzentada, pregueada, não são removidos por raspagem, bilateral Hiperceratose: lesão branca, lábios Etiologia: trauma Clínicas: locais onde podem ocorrer trauma Estomatite nicotínica: lesão ceratótica, Etiologia: calor do fumo Clínicas: > 45, mucosa de palato, numerosas pápulas Tratamento: parar de fumar Prognóstico: cuidado hábito de fumar invertido Queilite solar/actínica: pré-maligna, vermelhão lábio inferior Etiologia: Sol Clínicas: >45, atrofia na borda e vermelhão do lábio Tratamento: proteção labial, pomadas solar, se necessário biopsia ou remover o vermelhão do lábio Leucoplasia: É um termo clínico que indica uma mancha ou placa branca na mucosa bucal que não pode ser removida facilmente e que clinicamente não se caracteriza por qualquer outra doença; Etiologia: tabaco e álcool, infecções por cândida Clínicas: mucosa mandibular, jugal e língua, assoalho e região retromolar – maior risco de malignização Clínicas: homogênea: uniforme, pequena espessura, baixo risco de malignidade Não homogênea: transformação maligna maior Variedades: granular, verrucosa e proliferativa – associado ao papiloma vírus Histologia: hiperceratose, acontose, carcinoma in situ, cec Diagnóstico diferencial: 1- remoção com gaze 2- evidencia de bilateralidade, trauma 3- passo-eliminar observar se há melhora 4- biopsia Tratamento: ausência de displasia ou atipias ou remoção Leucoplasia pilosa: Mancha branca Etiologia: borda laterais de língua, em homossexuais masculinos, associada á AIDS Clínicas: projeção das papilas filiformes nas bordas laterais Tratamento, não tem, pode ser sinal de AIDS Língua pilosa Etiologia: dorso de língua, uso de antibióticos, corticoides, bochechos com antioxidantes Clínicas: hipertrofia das papilas filiformes, bactérias fungos, castanho amarelado ao negro Tratamento: higiene Língua geográfica Etiologia: desconhecida, relacionada ao estresse Clínicas: + mulheres, pequenas áreas de ceratinização e descamação das papilas filiformes, que ficam vermelhas e sensíveis com anel branco Líquen plano: Doença mucocutenea, inflamação crônica Etiologia: desconhecida Clínicas: meia idade, associado ao estresse e associada a hepatite C Reticular: estrias ceratóticas, mucosa jugal Placa: semelhante à leucoplasia- multifocal, lisas a levemente irregulares Atrofico: manchas vermelhas com estrias brancas muito finas, gengiva inserida Erosivo: área central é ulcerada coberta por uma placa ou pseudomembrana fibrinosa Bolhoso: mais raro, com vesículas e bolhas, mucosa jugal Pele: pápulas violáceas Tratamento: não tem cura, ajuda com corticoides, tópicos Lesões pigmentadas bucais e peribucais Pigmentação melanica fisiológica Clínicas: simétrica, qualquer localização, mais em gengiva Melanoma associada ao fumo Etiologia: componente do fumo estimula os melanícitos Clínicas: gengiva mais agetada, palato e mucosa jugal- cachimbo Tratamento: suspensão do fumo Síndrome de peutz jeghers Etiologia: rara, efélides na boca Clínicas: lesões semelhantes as efelides, porem não aumentam ou diminuem com ou sem exposição ao Sol Doença de Addison Etiologia: produção insuficiente de hormônio corticosteroide Clínicas: 90% tecido destruído, fadiga, etc Na boca: pigmentação difusa ou em placas sendo primeiras manifestações da doença Lentigo Etiologia: idade e raios de Sol, lesões cutâneas mais comuns Clínicas: maculas marrons, bordas irregulares, dorso da mão, face e braço, exposição ao Sol Máculamelanotica bucal Etiologia: desconhecida Clínica: comum vermelhão do lábio inferior, macula redonda assintomática marrom escura Nevos Etiologia: lesão congênita Clínica: nascimento e durante a infância. Intra bucais são raro Melanoma Etiologia: exposição solar Clínicas: mais em palato e gengiva Tatuagem por amalgama Etiologia: lesão iatrogênica após trauma de partículas de amalgama Pigmentações por metais pesados Etiologia: arsênico, bismuto, platina, chumbo Clínicas: em gengiva, cinza ao negro Importancia: toxicidade sistêmica Pigmentações por drogas Etiologia: ciclosfosfamia e tetraciclinas Doenças vesículas bolhosas Herpes simples – vírus Epstein barr HSV1- infecções bucais HSV2- infecções genitais, ocasionalmente bucais HSV8- sarcoma de Kaposi HOSPEDEIRO SORO NEGATIVO - DOENÇA PRIMÁRIA GENGIVO ESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA OU INFECÇÃO SUBCLÍNICA - CONTATO COM HSV A PARTIR DE LESÕES 1ARIAS OU 2 ARIAS - HOSPEDEIRO SORO POSITIVO -VÍRUS LATENTE – REATIVAÇÃO - DOENÇA SECUNDÁRIA - LÁBIO, PALATO, GENGIVA Clínicas: crianças, erupção vesicular- pele, vermelhã do lábio, febre artralgia, mal-estar 7 a 10 dias- lesões desaparecem sem deixar cicatriz HSV- Secundárias ou recorrentes 40% podem ter, por reativação do vírus latente. Sintomas: ardência, dor no local Multiplas vesículas frágeis que se rompem Cicatrizam em 1 ou 2 semanas sem deixar cicatriz Panarício herpético Envolvendo os dedos, principalmente de dentistas em contatos com pessoas infectadas Clínicas: vesículas e pústulas = ulceras Dor, vermelhidão. 4 a 6 semanas de evolução sendo que podem ocorrer recorrências no mesmo local Varicela/ herpes zoster Etiologia e patogênese: infecção primaria – latência – recorrência é possível após décadas Clínicas: dor, febre, mal-estar, 1 a 4 dias antes das lesões cutâneas e bucais. Boca: acometem trigemio podendo acometer justamente com a pele, ulceras e as vezes necrose pulpar, podem causar paralisia facial, def. auditiva e ocular Tratamento, sintomático, antibióticos, corticoides Herpangina Etiologia: vírus coxsackie, transmitida pela saliva e fezes contamindas Clínicas: crianças, mal estar, febre, dor de garganta. Boca: erupção vesicular em palato mole, duram em media 1 semana Sarampo Etiologia: paramixovirus, gotículas pelo ar através do trato respiratório Clínicas: infância, incubação de 7 a 10 dias. Sintomas: conjuntivite, fotobia, tosse. Boca: mucosa jugal com pequenas maculas eritematosas com centros brancos necróticos Pênfigo Vulgar: boca Grave, 1 º sinal pode ser na boca Clínicas: qualquer parte da mucosa, adultos na 4 a 6 decada. Sinal de Nikolsky positivo- bolha pode ser induzida na pele Diagnóstico: biopsia Tratamento: corticoides sistêmicos e imunossupressores Penfigoide cicatricial: penfigoide benigno de mucosa, bolhas ou vesículas adultos, idosos- 2:1-mulheres Clínicas: vesículas e bolhas erosões em mucosa bucal, conjuntiva, laringe, esôfago, genitália e pele. Sinal de Nikolsky + Manifestações oculares 48% Tratamento: imunofluorescencia direta- positiva. Imbunofluorescencia indireta- usualmente negativa Penfigo bolhoso Etiologia: auto imune contra componentes da membrana basal Clínicas: mais limitado, 60 a 80 anos, boca: incomum- bolhas- ulceras Tratamento: biopsia- imuno direta e indireta positiva e corticoides e imunossupressores Processos proliferativos não neoplásicos Hiperplasia fibrosa inflamatória Etiologia: irritação crônica de baixa intensidade, associada ao uso de próteses Clínicas: única ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico, base séssil, massa firme e fibrosa, localizado em palato – prótese com câmara de sucção Tratamento, remoção cirúrgica, prótese refazer Hiperplasia papilomatosa inflamatória Etiologia: irritação mecânica associada ao uso de próteses totais ou parciais Clínicas: palato, assintomática, mucosa eritematosa com superfície papilar, queimação na boca Tratamento: antifúngico tópico, remoção do tecido hiperplásico, nova prote e orientação de higiene Lesão periférica de células gigantes Etiologia: irritantes locais ou trauma Clínicas: gengiva ou rebordo alveolar, massa nodular de coloração vermelha, até 2cm, séssil ou pediculada, ulceração superficial, feminino, pode ter reabsorção óssea Tratamento: excisão cirurgica, raspagem em dentes adjacentes para remover foco de irritação Fibroma ossificante periférico Crescimento gengival com material mineralizado no interior Clinicas: exclusivamente na gengiva, massa nodular, pediculada ou séssil, adolescentes, mulheres, maxila entre incisivos e caninos Tratamento: excisão cirúrgica local, excisão abaixo do periósteo Granuloma piogenico Etiologia: resposta exuberante a irritação local Clínicas: massa plana ou lobulada, usualmente pediculada, altamente vascularizados, podem ser sangrantes ao toque, indolor, gengiva, crianças, feminino Granuloma gravídico: mulheres gravidas, sétimo mês de gravidez, aumento de estrogênio e progesterona Tratamento: Excisão cirúrgica, na gravidez esperar ter o bebê Fibromatose gengival Etiologia: Aumento da gengiva, principalmente no numero dos fibroblastos Juvenil: 5 primeiros anos de vida, massa firme e indolor, múltiplos crescimentos, firme a palpação, pode recobrir parte da coroa clínica do dente- falsas bolsas periodontais, destruição do osso Tratamento: Remoção cirúrgica Fibromatose gengival anatômica: aumento tecidual, bilateral ou não, tuberosidade da maxila ou mandíbula, interfiram na mastigação Tratamento: remoção cirúrgica Hiperplasia gengival medicamentosa: Crescimento gengival devido a drogas Anticonvulsivantes, imunossupressores, bloqueadores dos canais de cálcio Clínicas: crescimento das papilas interdentais, restrito a gengiva inserida, pode ir até a coroa, placa bacteriana fator contribuinte Tratamento: terapia periodontal, suspensão, dominuição da dosagem ou troca do medicamento, excisão cirúrgica em grandes massas Neuroma de amputação ou traumático Etiologia: proliferação reacional do tecido neural, após dano a um feixe nervoso, depois da tentativa de regeneração, celular de schwann Clínicas: nódulos de superfície plana não ulcerados, extração ou outros procedimento cirúrgicos causando trauma, com dor Tratamento: excisão cirúrgica Doenças Ulcerativas Etiologia: trauma mecânico, iatrogenia, queimaduras por calor e radiação Clínicas: inflamação aguda, exudato amarelo esbranquiçado, dor, língua, lábios Tratamento: corticoides tópicos Sifilis Etiologia: infecto contagiosa causada pelo treponema, contato sexual, transfução de sangue Sifilis primaria: genitaria, boca, anus Altamente contagiosa, ulcerações na língua, lábios, palato Secudaria: erupções maculo papulosas, boca: eritematosas, indolores, altamente contagiosas Latente: paciente assintomático, duração de muitos anos ou a vida toda, fase inicial, reincidência mucocutaneas Terciaria: 1/3 doentes latentes sem tratamento, envolvimento cardiovasculas e sistema nervos, boca: palato e não é contagiosa Congenita: nariz em sela, tíbia em sabre, tríade de Hitchinson Gonorreia Etiologia: Por contato sexual Clínicas: ulcerações múltiplas, 20 a 24 anos Tratamento: penicilina ou cefalosporina Lepra ou hanseníase Etiologia: moderamente infecciosa Clínicas: forma limitada- lepra tuverculoide, forma generalizada- lepra lepromatosa- pele e nervos periferios causando anestesia Tratamento: medicamentos Tuberculose Etiologia: bacterium tuberculosis Primaria: ocorre em pessoas não expostas, pulmão Secundaria: doença ativa 5%, comprometimento do sistema imune e AIDS Clínicas: primaria: assintomática, efusão pleural Secundaria: sintomas gerais: febre, perda de peso, suor noturno, tosse Manifestações bucais: primaria: raras e em gengiva Secundaria: língua e palato ulceras Actinomicose Etiologia: doenças bastante semelhantes as micoses porem é uma doença bacteriana, não é contagiosa Clínicas: tórax, abdomem, cabeça, tumefação Ulceras aftosas Etiologia: fatores imunológicos, alergia, predisposição genética, estresseClínicas: ulcerações menores, maiores e herpetiformes Diferenças clínicas, de gravidade Menores: 0,5mm, múltiplas bastante doloridas Maiores: mais grave, acima de 0,5mm, duram mais tempo e mais dolorosas Hepertiformes: grupo pequenas ulceras recorrentes, toda mucosa Tratamento: corticoides sistêmicos Eritema Multiforme Etiologia: desconhecida Clínicas: ulcerações na boca e nas formas mais graves na pele, homens de 20 a 30 anos S. Stevens Johnson- eritema multiforme maior ativa por medicações, afetando mucosa genital e ocular Tratamento: corticoides sistêmicos Lupus eritematoso Etiologia: mediada imunologicamente Sitemico: agudo, grave pode acometer vários órgãos Discoide: crônico, acomete mais mulher, na pele
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