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UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ UNIVÁS CURSO DE FISIOTERAPIA Allyson Rodrigo Delfino Resumo - Urgências e Emergências em Fisioterapia Pouso Alegre - MG Junho / 2019 Diabetes Mellitus É uma disfunção caracterizada pela deficiência total ou parcial de produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. Umas de suas conseqüência a glicose não é aproveitada adequadamente pelas células, provocando sua elevação no sangue, ultrapassando as taxas normais de 60 mg/dl a 99 mg/dl. Tipos de Diabetes Diabetes Mellitus tipo 1 Diabetes Mellitus tipo 2 Diabetes Gestacional Diabetes tipo lada Avaliação Diagnóstico Até 99 mg/dl ( jejum) Normal De 100 a 125 mg/dl (Jejum) Pré-diabetes/ Intolerância á glicose Acima de 125mg/dl em pelo Confirmado Diabetes Mellitus Menos dois exames (Jejum) Superior a 200mg/dl em qualquer horário Confirmado Diabetes Mellitus com sintomas clinico Hiperglicémia: Excesso de açucares no sangue relativamente ao nivel de insulina circulante. Geralmente,esta situação surge em indivíduos com propensão para diabetes, ou mesmo doentes diabéticos, medicados ou não. Pode surgir como causa direta: - Refeição muito rica em hidratos de carbono (açucares); - Falta de insulina exógena em doentes diabéticos e insulino-dependentes. Sinais e Sintomas: Fadiga crescente; Manutenção da prega cutânea/desidratação; Ventilação rápida, profunda e irregular; Pulso rápido e cheio; Hálito adocicado a fruta ou a acetona; Face rosada e aspecto congestionado; Inconsciência – coma Sinais e Sintomas: Sensação de fraqueza/ fome; Palidez acentuada; Sudorese abundante e fria; Pele pegajosa; Pulso rápido e cheio; Ventilação superficial e tendencialmente deprimida; Parestesias (picadas /formigueiros) no rosto e nas mãos; Convulsões -coma. Primeiro Socorro: Obter história clínica: - O doente é insulino-dependente? - Já administrou a dose de insulina diária? - O doente faz antidiabéticos orais? Manter as vias aéreas permeáveis; Vigiar as funções vitais; Promover o transporte para o hospital. Hipoglicémia E fornecimento insuficiente de substrato calórico (glicose) devido a : Jejum prolongado, esforço fisicos incomuns e em condições climatéricas desfavoráveis que aumentam os consumos energético do organismo. Ex: Dose excessiva de insulina exógena em doentes que seja diabéticos e insulino-dependente. Sinais e Sintomas: Sensação de fraqueza/ fome; Palidez acentuada; Sudorese abundante e fria; Pele pegajosa; Pulso rápido e cheio; Ventilação superficial e tendencialmente deprimida; Parestesias (picadas /formigueiros) no rosto e nas mãos; Convulsões - coma. Primeiro Socorro: Se a vítima estiver consciente e conseguir deglutir, pode dar-se água com açúcar; Se a vítima estiver inconsciente, deve manter a via aérea permeável e colocar um torrão de açúcar sublingual (não se esquecendo de a colocar em PLS); Manter a temperatura corporal; Vigiar as funções vitais; Promover o transporte para o hospital Tontura A maioria das vitimas não apresenta tontura (vertigem),elas se sentem confusas, como num sonho a vertigem envolve alucinação de movimento como a vitima ter a sensação de que está girando ou mais comum que o ambiente esta girando,sensação de que estão sendo puxadas para chão, outras sensações. Ex: Sentem que o chão inclinou tanto que não conseguem mais se manter em pé Vertigem Central Menos comum é mais séria. Condição médica crítica envolvendo o sistema nervoso central, Disfunção dos músculos oculares,Tamanho desigual das pupilas,flacidez facial, vítimas de vertigem central não apresentam náuseas, vômitos, perda auditiva nem sensação de rotação Vertigem Periferica Mais frequente: é um distúbio do ouvido interno Sintomas da vertigem labiríntica agravam-se quando a vítima se movimenta Acontece náuseas ,vômitos,movimentos rápidos e involuntários do globo ocular,sensação de rotação,palidez e umidade da pele,batimentos cardíacos acelerados,os episódios podem durar horas e recorrer por período de vários anos. Atendimento De Emergência Acalmar a vítima, ajudando-a a encontrar uma posição confortável e se mover o mínimo possível, Fazer uma avaliação minuciosa para descartar qualquer condição que ofereça risco imediato,Incentivar a vítima a consultar um médico. Desmaio Desmaio (Sincope) é a perda repentina e breve da consciência que ocorre quando o cérebro é temporariamente privado de oxigênio, algumas dessas vitimas têm a sensação de que tudo está ficando escuro e, de repente, perden a consciência. O desmaio não é uma doença : mas pode ser sintoma de várias condições de doenças. DESMAIO- CAUSAS COMUNS Causas comuns: Emoções forte,medo,calor,uso de determinadas drogas dor,ficar em pé ou sentado por muito tempo sem se mover,hipoglicemia(nível baixo de açúcar no sangue),Arritmia cardíaca. Sinais E Sintomas Náuseas Tontura Fraqueza Tremores Dor abdominal Dor de cabeça latejante Emergência Se a vítima não estiver desmaiada: evitar que ela caia, colocando-a sentada com a cabeça entre os joelhos, ou colocando-a deitada no chão com as pernas elevadas em 20 ou 30 cm, Se estiver desmaiada, mantê-la deitada de costas, com as pernas elevadas 20 a 30 cm. O cérebro foi privado de oxigênio: Desobstruir vias aéreas,se necessário,reanimação cardiorrespiratória, afrouxar roupas que possam restringir respiração,monitorar possíveis vômitos e afrouxar roupas. Rápida avaliação: detectar condição potencialmente fatal que possa ter causado o desmaio, iniciar tratamento adequado Verificar se ocorreu alguma lesão durante a queda Não deixar a pessoa que desmaiou sentar-se imediatamente; Ajudar a vítima a sentar-se de forma lenta e gradual; Levar a vítima para um local fresco colocar pano frio e úmido sobre seu rosto; Convulsão Crise convulsiva: É a alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular e no nível de consciência que resulta da irritação ou superatividade das células cerebrais. Causa por descarga anormal de energia elétrica no cérebro, inicio repetino, qualquer condições que afete as células estruturais do cérebro ou altere o seu equilibrio metabólico que pode desencadear crises convulsivas. Epilepsia- distúrbio cerebral crônico (+ de 50 distúrbios convulsivos diferentes), recorrente, problemas agudos: Traumatismo craniano, febre ou hipoglicemia; Reações alérgicas a drogas ou outras substâncias químicas; Abstinência de substâncias que causam dependências; Desequilíbrio hidroeletrolítico; Traumatismos ou lesões cerebrais que causem formação de cicatrizes Redução do fluxo sanguíneo para o cérebro Inflamação do cérebro: infecção bacteriana, viral ou parasitária. Febre: crianças de 4 meses a 4 anos de idade Degeneração de Sistema nervoso central: esclerose múltipla Tumores cerebrais primários ou secundários (metástases) Queimaduras graves Alterações endócrinas durante a estação ou período menstrual Estado Epilético É uma emergência médica prioritária Metade das vítimas morre; Crises prolongadas ou recorrentes, o cérebro é privado de oxigênio; Pode causar danos cerebrais irreversíveis, em como: Complicações do sistema cardíaco Respiratório Renal ESTÁGIOS DO GRANDE MAL Progride da fase da aura ao período de recuperação: Aura: “aviso” dura alguns segundos (alucinações visuais ou auditivas, gosto estranho na boca ou sensação dolorosa) Fase tônica:15 a 20 segundos: vítima perde a consciência, os olhos viram para cima, há contrações musculares contínuas e a vítima para de respirar Fase hipertônica: 5 a 15 segundos: rigidez muscular extrema Fase clônica: 30 a 60 segundos, rigidez e relaxamento musculares alternam-se de modo rítmico e em sucessões rápidas, a saliva torna espumosa e a vítima perde o controle esfincteriano A descarga autônoma dura alguns segundos: hiperventilação, salivaçãoe batimentos cardíacos acelerados Durante a fase pós-crise convulsiva: coma; O estupor pós-ictal normalmente dura de 5 a 30 minutos: as vezes algumas horas, todos os músculos relaxam e a vítima entra em sono profundo; Parada cardiorrespiratória A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de expansividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está respirando e não tem pulso palpável. (NACER; BARBIERI, 2015) Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR: Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o retorno da circulação expontanea. transferir para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de tratamento pós-PCR - Identificar e tratar síndromes coronarianas agudas e outras causas reversíveis Controlar a temperatura para otimizar a recuperação neurológica. (Evitar febre) Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. Isto inclui evitar ventilação excessiva e hiperóxia.(GAlLAWAY et al, 2015) Quando Suspeita da PCR Quando a vitima estiver apresentando inconciência, sem respiração e sem pulso Causas Mais Comuns: Obstrução de vias aéreas Inconsciência (ueda da lingua) Afogamento Inalação de Fumaça Overdose Trauma direto As diretrizes do AHA 2015, enfatizam a RCP de alta qualidade: Frequência da compressão min de 100 e max 120 /min,profundidade mínima da compressão de 5cm e max de 6cm para adulto e crianças, aproximadamente 4cm para bebês,retorno total do tórax após cada compressão,minimização das interrupções nas compressões torácicas. Suporte avançado de vida Obedeça a sequência do ABCD para avaliações e procedimentos conforme o suporte avançado de vida.( SOAR et al., 2015) Vias Aéreas B – Boa Ventilação C – Circulação D – Diagnóstico diferencial A – Vias Aéreas Mantenha a via aérea patente: manobra de inclinação da cabeça - elevação do mento e cânula orofaríngea. Preparação e auxilio no procedimento de intubação orotraqueal Confirme o posicionamento do dispositivo de via aérea. Confirme integração adequada entre RCP e ventilações Fixe o dispositivo da via aérea ( tubo orotraqueal) de forma adequada. (link.,2015) B – Boa ventilação Ventilação Administre oxigênio quando indicado: - O2 a 100% em paciente com PCR Administrar O2 para alcance de SatO2 ≥ 94% para os demais pacientes Monitore a adequação da ventilação e oxigenação no paciente em PCR - Critérios clínicos: elevação do tórax e cianose - Capnografia - Oxímetro de pulso Evitar ventilação excessiva C – Circulação Monitore a qualidade da RCP Conecte o monitor/desfibrilador obter acessos venosos administre medicamentos conforme orientação médica. Administre fluidos conforme orientação medico avalie glicemia capilar.(link., 2015) D – Diagnóstico diferencial Causas da parada cardiorrespiratória ; HIPOXIA HIPOVOLEMIA HIPO/HIPERCALEMIA H+ IONS – ACIDOSE o HIPOTERMIA o TOXICIDADE TROMBOEMBOLISMO CORONARIANO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR TENSÃO NO TORAX TAMPONAMENTO CARDÍACO Compressões x Ventilações Administrar: ventilação de 30:2 ou 15:2,Cada série de 30 compressões deve levar no máx 18 segundos,checar retorno da ventilação espontânea após 5 ciclos,Reinicie o ciclo com as compressões (Se não houver pulso ou respiração) LESÕES OSTEOSMUSCULARES ENTORSE, LUXAÇÃO E DISTENSÃO é a perda momentânea da congruência articular, cápsula articular e/ou ligamento de uma articulação. Também pode ser definida como uma lesão traumática de uma articulação, com alongamento, arrancamento ou ruptura de um ou mais ligamentos, sem deslocamento das superfícies articulares. Sinais e Sintomas Dor intensa à movimentação, Edema(decorrente da ruptura de vasos sanguíneos). Equimose no local(extravasamento de líquidos(sangue) levando aos hematomas. Aumento da temperatura. Dificuldade para movimentar ou apoiar o membro acometido. Classificação do Entorse Grau I: Dor, com dano mínimo ao ligamento;(deve ser afastado das atividades que causem dor)aplicar gelo por 15 min e, em seguida colocar uma faixa elástica. Grau II:O ligamento é danificado, que gera uma leve frouxidão da articulação. A dor é moderada a intensa Grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável. Sensação de som de estalo. Conduta No Caso Entorse Evite movimentar a região atingida. Aplique compressas geladas ou saco de gelo por 15 min e, em seguida uma faixa elástica. Imobilize a região Repouso Encaminhar a pessoa ao médico caso os sintomas se agravem. O Que Não Fazer No Caso Do Entorse Não friccionar nem esticar a região afetada. Colocar compressas quentes nas primeiras 24horas. OBS - Quando ocorrer um entorse no tornozelo onde não houver socorro disponível: Botas de cano alto são um apoio excelente para articulação do tornozelo. Não se deve retirar o calçado para examinar a lesão, especialmente no inverno, pois será impossível calçar o calçado novamente. Luxação Deslocamento de dois ou mais ossos com relação ao seu ponto de articulação normal. SINAIS E SINTOMAS Os sinais e sintomas de deslocamento são semelhantes aos de uma fratura. Dor intensa mesmo imobilizado e em repouso. Deformidade no local da lesão. Impossibilidade de movimentação. Edema local. Equimose Claudicação(dor com sensação de fraqueza) Causas Compressão na região interna da patela; Contração vigorosa dos músculos externos do quadríceps; Torção ou rotação; Fraqueza dos músculos internos do quadríceps; DISTENSÕES muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. SINTOMAS A distensão muscular provoca o rompimento de fibras musculares parcial ou total e dos vasos sanguíneos que as irrigam, resultando: Hematoma inflamação localizada. dor localizada edema, que podendo ser intensos quanto mais grave for a lesão. Conduta Aplicar gelo diretamente sobre a área Encaminhar a vítima o mais rápido possível ao pronto socorro Evite movimentar a musculatura atingida Colocar a vítima em posição confortável em repouso retirando a pressão sobre os músculos distendidos Procure o médico.
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