Sistema Gastrointestinal no Idoso

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Sistema Gastrointestinal 
no idoso 
Sara R Rosado 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
Funcionamento normal: 
 
 Funções primárias: digestão do alimento e absorção 
dos nutrientes 
 
 Funções secundárias: secreção e mobilidade 
Realizadas pelos órgãos acessórios: glândulas 
salivares, fígado, pâncreas e vesícula biliar 
Sistema Gastrointestinal 
no idoso 
Sistema Gastrointestinal no 
Idoso 
INGESTÃO • Boca e Esôfago 
DIGESTÃO • Estômago 
ABSORÇÃO 
• Intestino Delgado e 
Grosso 
ELIMINAÇÃO • Ânus 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
Boca Preparo para digestão Amilase salivar 
Estômago Armazena, mistura e 
digere o alimento 
Ácido clorídrico, 
pepsina, muco 
Intestino 
Delgado 
Absorção de nutrientes 
(duodeno e jejuno) Vilos e Microvilos 
Fígado 
Secreção de bile, 
detoxica substâncias 
danosas, converte 
glicose em glicogênio e 
neutraliza o ácido 
gástrico 
Vesícula biliar 
(armazena bile e 
excreta-a no 
intestino delgado) 
Sistema Gastrointestinal no Idoso 
Alterações x senescência 
 Sistema dentário 
• Adelgaçamento generalizado do esmalte dentário 
• Descoloração do dente à medida que a dentina fica 
visível 
• Ondotoblastos reduzidos (produzem dentina) 
• Gengivas retraídas e diminuição do cemento 
(estabilização dentária) 
• Nervos degenerados 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Cavidade Bucal: 
• Diminuição da secreção das glândulas salivares 
• Xerostomia 
• Deglutição prejudicada 
• Diminuição das papilas gustativas com consequente 
diminuição do apetite 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Esôfago 
• Diminuição do peristaltismo e relaxamento do 
esfíncter esofagiano baixo 
 
 
• Enfraquecimento do diafragma -> hérnia de hiato 
 
 
Alta probabilidade de refluxo gastroesofágico 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Estômago 
• Atrofia das células da mucosa gástrica 
• Diminuição da produção de ácido clorídrico 
 
 Intestino delgado e grosso 
• Diminuição dos vilos e microvilos 
• Musculatura enfraquecida e diminuição da peristalse 
Constipação 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Fígado 
• Diminuição de tamanho e redução da secreção de 
enzimas hepáticas 
• Diminuição do espaço de armazenamento hepático 
• Dificuldade metabólica e de detoxificação das drogas 
• A vesícula biliar tem mais dificuldade na secreção da 
bile com diminuição na sua produção 
• Aumento da probabilidade de formação de cálculo 
biliar 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
XEROSTOMIA 
 Pode ser causada por medicamentos, processos 
patológicos, ansiedade, respiração oral, deficiência 
de vitamina B ou pelo próprio processo de 
senescência 
 Saliva: necessária para manter a umidade da 
cavidade oral, lubrificar o alimento e produzir 
amilase salivar (ptialina) 
 É liberada através de uma abertura nas bochechas 
e abaixo da língua 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
• Há queixa de boca seca e 
paladar alterado 
 
• A mucosa oral pode apresentar-
se seca, inflamada e pálida 
 
• Há maior probabilidade de 
úlceras orais e cáries dentárias 
 
• Intervenções: HOF, chupar balas 
ou usar frequentemente um 
enxaguante oral 
 
• Saliva artificial 
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idoso 
DISFAGIA 
 Dificuldade de deglutir e não faz parte do processo de 
senescência 
 Pode ser causada por AVE, lesão cerebral traumática, 
esclerose múltipla e Parkinson 
 Paciente com confusão mental e problemas respiratórios 
podem estar disfágicos também. 
 Sinais e sintomas: fraqueza facial, tosse fraca, 
diminuição do reflexo de vômito, perda de peso, prisão 
de alimento na boca e tosse, sufocação durante as 
refeições 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
• O dedo indicador sente a 
região submandibular se 
levantando à medida que a 
língua se movimenta para 
trás para deglutir 
 
• Se o reflexo de deglutição 
estiver preservado, o dedo 
médio e o anelar sentem 
uma elevação do osso hióide 
e da cartilagem tireoidiana 
 
 
Se o reflexo estiver ausente não 
há presença desse movimento 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Interveções para Disfagia: 
• Dê de 30 a 45 minutos para o paciente se alimentar 
• Coloque-o em posição de Fowler alto 
• Começar a oferta alimentar com pequenas porções 
de alimentos de texturas mais toleradas pelo idoso 
(Semi-sólidos) 
• Oferecer alimentos líquidos e sólidos em horários 
diferentes 
• Supervisonar a alimentação que deve ser em 
temperatura ambiente 
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idoso 
Diverticulose e Diverticulite 
> Divertículo: bolsa tipo saco que se forma na 
membrana mucosa do intestino 
• Alimentação com 
pouca fibra que 
aumenta a pressão 
na luz intestinal 
 
• Fragilidade da 
parede intestinal 
devido à idade 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Diverticulose: presença de divertículos múltiplos e 
geralmente é assintomática 
 
 
 Diverticulite: inflamação dos divertículos devido à 
coleção de material fecal 
Constipação ou diarréia, dor no quadrante 
abdominal inferior esquerdo 
Constipação alterando com diarréia, flatulência, 
náuseas, dor e sensação dolorosa; sangramento 
retal 
• Orientações (diverticulose): Ingestão de fibras; Evitar 
alimentos com sementes e HOF 
 
Diagnóstico: 
• Colonoscopia e TC 
Tratamento (Diverticulite): 
• HOF 
• Antibiótico 
• Repouso 
• Cirúrgico 
 
Câncer Colorretal – CCR 
CCR é o segundo tipo que mais afeta a população e está em 
crescente aumento, sendo estimado, para 2016/2017, no Brasil, 
15.070 casos novos em homens e 17.530 em mulheres. 
Fatores de risco - consumo de carne vermelha, carnes 
processadas (mortadelas, presuntos, salsichas, linguiças), 
bebidas alcoólicas, tabagismo, gordura corporal e abdominal, 
história familiar de CCR, a predisposição genética ao 
desenvolvimento de doenças inflamatórias intestinais e o 
processo de envelhecimento. 
Tratamento - relacionado ao diagnóstico precoce, à localização 
e o estadiamento do tumor - radioterapia, quimioterapia 
antineoplásica e a cirurgia oncológica, isoladas ou em 
associação. 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
(BRASIL, 2015). 
(M
IN
A
S
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, 
2
0
1
5
) 
Figura: colostomia terminal e de duas bocas 
Fonte: www.boloncol.com 
(MINAS GERAIS, 2013) 
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idoso 
Diarréia 
 Ocorrência frequente de fezes soltas ou líquidas 
(mais de três/dia) 
 Principal consequência: desidratação 
 Diarréia aguda: excreção de grandes quantidades 
de água e eletrólitos 
 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
 Sinais e sintomas: cólicas abdominais, fezes 
aquosas frequentes, distenção abdominal, aumento 
dos sons peristálticos, fraqueza generalizada 
 Diarréia de pequenos volumes: causada por uma 
doença inflamatória do intestino 
 Diarréia grave: monitorar o número de fezes 
secretadas, coloração, consistência e odor. 
 É indicado líquidos mornos ou água para prevenir 
estimulação do trato intestinal e a dieta deve ser 
leve e branda 
DIARRÉIA CRÔNICA: Doença de Crohn, intolerância à lactose ou síndrome do 
intestino irritável 
Tratamento: 
Patologia de base 
Sintoma – antidiarréicos 
Antibiótico 
Terapia de hidratação – oral ou endovenosa 
Sistema Gastrointestinal no 
idoso 
Constipação: 
 Eliminação de fezes anormalmente duras e 
infrequentes, se tornando difícil e prolongada 
 Não é uma ocorrência normal do envelhecimento 
fisiológico Defecção normal: de três vezes/dia a três ou 
menos/semana 
 
Diminuição da mobilidade, medicação, nutrição 
deficiente, hidratação inadequada, transtornos 
clínicos 
TRATAMENTO: 
Ingestão fibras 
HOF 
Exercícios físicos 
Massagem abdominal 
Rotina de ir ao banheiro (sem pressa) 
Pré e pro bióticos 
Supositórios de glicerina 
Evitar excesso de laxantes 
PROBIÓTICOS - são micro-organismos vivos que, 
administrados em quantidades adequadas, 
conferem benefícios à saúde de quem os ingere. 
PREBIÓTICOS - são componentes alimentares não 
digeríveis que estimulam seletivamente a 
proliferação ou atividade de populações de 
bactérias desejáveis no intestino (cólon), 
beneficiando o indivíduo hospedeiro dessas 
bactérias. 
SIMBIÓTICO - é um produto no qual se combinam 
prebióticos e probióticos. 
Referências 
ROACH, S. Introdução à Enfermagem 
Gerontológica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2009. 
WOLD, G. Enfermagem Gerontológica. 5ªed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2013. 
BRASIL. Instituto Nacional do Câncer José Alencar 
Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2016/2017: 
incidência de câncer no Brasil. Instituto Nacional do 
Câncer José Alencar Gomes da Silva, 2015. Acesso 
em: 19 set. 2017.