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BOCA, ESOFAGO, ESTOMAGO, VESICULA

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Profa. Sara Corrêa 
Esp. Nutrição Clínica e Fitoterapia 
Fisiopatologia e dietoterapia nas 
doenças da boca, esôfago , 
estômago , vesícula biliar 
IBMR, Rio de Janeiro/RJ 
2021 
 Boca 
Guyton 1996; Netter, 1993, Nizel, 1972 
Varias alterações poderão surgi em decorrência de algum 
desequilíbrio na cavidade oral, destaca-se: 
 
- Cárie dentária 
O processo cariogênico começa com a produção de ácidos 
quando o produto de metabolismo bacteriano ocupa a placa 
dentária. Ocorre uma descalcificação da superfície continua até o 
ponto do pH alterar. 
 
- A principal interação entre os fatores dietéticos e a placa 
dental envolve os glicídios, onde parte do amido consumido 
fica retido na cavidade oral, sobre as coroas. 
- A maltose e a glicose penetram na placa gerando um substrato 
nutritivo para os M.O resistentes. 
 
 Boca 
Nutrição Clínica Sistema Digestório- Nelzir Reis 2003 
O Glicídio mais importante na etiologia da carie é a sacarose, que 
transformada em polissacarídeos atua no metabolismo glicolítico 
anaeróbico das bactérias acidogênicas da placa. 
 
 Boca 
Nutrição Clínica Sistema Digestório- Nelzir Reis 2003 
Alimentos cariogênicos – Quanto maior a frequência da ingestão de 
carboidratos e o tempo de permanência na boca para que as 
bactérias metabolizem os HC fermentáveis e ocorra assim a 
produção de ácidos e queda do pH <5, maior será o seu poder 
cariogênico. 
Alimentos cariostáticos- São os que não contribuem para a carie , 
eles não sofrem metabolização na placa dental pela ação das 
bactérias . São os alimentos proteicos. 
 
 Boca 
Nutrição Clínica Sistema Digestório- Nelzir Reis 2003 
A conduta dietoterápica para a cárie é formulada para não só para 
evitar a carie dentária como também para diminuir os riscos da 
evolução dessa doença. 
Educação Nutricional – Visando os aspectos qualitativos dos 
alimentos, evitando bebidas carbonatadas, doces em excesso 
orientando a higienização dos dentes e boca após a ingestão de 
alimentos ricos em dissacarídeos. Evitar a ingestão de sacarose. 
- Destaque para a ingestão de fibras em especial celulose por sua 
atuação na limpeza e de irrigação. 
 
 Boca 
Nutrição Clínica Sistema Digestório- Nelzir Reis 2003 
 Vitaminas em destaque 
- Vitamina A 
Tem papel importante para reepitelização e fortalecimento da 
ceratina – dentina. 
- Vitamina D 
Importante para a dentina e síntese de tecidos ósseos 
- Vitaminas do complexo B 
Participação no metabolismo de carboidratos. 
 
 Boca 
Nelson, 1994 
Gengivite – É um processo inflamatório agudo, subagudo ou 
crônico necrotisante e hemorrágico. Um dos fatores etiológicos 
no desenvolvimento da doença é a presença de bacterias no sulco 
gengival, produzindo toxinas que destroem o tecido e levam à 
perda de peças dentárias 
- O tratamento medicamentoso é a base de analgesicos, 
antibióticos, ou antiinflamatórios , anti- séptico oral. 
 Boca 
Tratamento dietoterápico 
Devido ao processo inflamatório o paciente ente muita dor, 
devendo alterar a consistência da dieta para pastosa. Aumentar o 
fracionamento, as fibras devem sofrer processo de cocção. 
- Evitar concentração de carboidratos simples. 
- Destaque para vitaminas A, do complexo B, Vitamina C por 
ação antiinflamatória e de cicatrização, ajudando na formação 
da barreira gengival. 
 Boca 
Alterações da língua – Várias patologias e deficiências 
nutricionais provocam alterações da língua , como por exemplo a 
deficiência de niacina , que faz com que a língua fique rubra e 
brilhante , a deficiência de riboflavina que provoca gera a língua 
magenta, queilose e estomatite angular, e a deficiência de 
cobalamina que gera uma língua lisa e geográfica. 
 Boca 
Língua geográfica – Corresponde a uma descamação das papilas 
filiformes, com surgimento de áreas vermelhas e sensíveis . A 
etiologia é desconhecida mas pode ser causada por infecções 
fungicas ou bacterianas, estresse, psoríase, alergias, ou 
deficiência de vit B12. 
 Boca Língua saburrosa – Camada esbranquiçada chama de saburra. É 
normal está na parte posterior da língua , o patológico é estar na 
parte anterior . A saburra é constituída por células epiteliais 
desprendidas das papilas linguais, muco, leucócitos, fungos e 
restos alimentares. É encontrada em estados febris e em casos de 
gastrite. O tratamento consiste na retida da saburra com 
espátula, uso de medicamentos, antissépticos oral e a dieta deve 
ser de acordo com as necessidades do paciente. 
 Boca 
Glossite – É uma inflamação da língua, em geral combinada com a 
perda completa ou parcial da papila filiforme, gerando um 
aspecto vermelho e liso. Alteração pode ser originada por 
diversas causas, entre elas anemia, desnutrição, infecção 
generalizada , fatores irritativos como o fumo, o álcool, os 
condimentos químicos, e interação medicamentosa. 
 Boca 
O tratamento dietoterápico deve ser visando facilitar a ingestão 
alimentar do paciente, com uma dieta de consistência pastosa ou 
liquida , ajustando as necessidades do paciente e as interações 
entre os fármacos usados e corrigindo as carências nutricionais. 
Úlcera Aftosa 
São úlcerações múltiplas sobre a mucosa oral inflamada. Pode ser 
causada pela deficiência de vit B12, ácido fólico e ferro. Ou 
ocasionada pela ação de vírus, agentes químicos, ou microbianos, 
também pode ser geradas por doenças inflamatórias intestinais e 
febres de longa duração. 
Úlcera Aftosa 
- O tratamento é medicamentoso é feito com anti-séptico 
orais , pomadas com antibióticos . 
- A dieta deve ser ajustada as necessidades do paciente, 
focando nas vitaminas com ação de cicatrização anti-
inflamatória, evitando frutas cítrica, e a consistência 
deve ser pastosa ou liquida. 
Esôfago 
- O esôfago se divide em esfíncter esofagiano superior 
(EES), corpo do esôfago e esfíncter esofagiano inferior 
(EEI). O alimento ingerido é conduzido ao estomago por 
gravidade e contrações peristálticas, variando de acordo 
com a consistência do alimento. 
- A disfagia e a pirose são sinais de doença esofagianas 
provocadas por alterações no transporte do bolo 
alimentar e presença do refluxo gastroesofagiano. 
Esôfago 
Esôfago 
A disfagia surge após a deglutição dos alimentos e se 
origina devido a uma dificuldade no transporte do bolo 
alimentar da faringe ao esôfago e deste ao estômago. 
Depende do tamanho do bolo alimentar, do diâmetro 
luminal, da contração peristáltica, incluindo o relaxamento 
do EES e EEI. 
Esôfago 
A disfagia pode ser classificada como: 
- Orofaringeana - quando a alteração é na primeira fase da 
deglutição 
- Esofagiana - quando ocorre diminuição da luz esofagiana, 
dificultando o transporte de alimentos 
- Motora – alteração na peristalse ou no EEI. 
Esôfago 
A pirose é a manifestação do refluxo gastroesofagiano 
gerando uma esofagite de refluxo por ação nociva do HCL 
sobre a mucosa esofagiana. Apresenta sensação de dor em 
queimação, localizada na região retroesternal, podendo 
irradiar-se para o abdome superior, até a garganta. 
- A doença do refluxo gastroesofagiano ou esofagite ocorre 
em 10% a 20% dos indivíduos. Suas principais 
consequências ocorrem devido à diminuição da eficácia dos 
mecanismos anti-refluxo (pressão EEI), 
Esôfago 
Do volume alimentar, alterações no tempo do esvaziamento 
gástrico, alterações de pH do material refluído. 
A esofagite se não for tratada adequadamente , pode gerar 
complicações como hemorragia, perfuração, estenose, 
esôfago de barrett, (que é na verdade quando o epitélio 
característico do esôfago e substituído pelo epitélio do 
estomago, com alta potencialidade de malignidade 
evoluindo para adenocarcinoma) 
Esôfago 
A conduta dietoterápica tem por objetivo recuperar oestado nutricional. 
- A dieta deve ser hipolipídica pois os lipídeos liberam 
colecistocinina , que diminui a pressão do EEI e aumenta 
o tempo do esvaziamento gástrico. 
- Fracionamento aumentado e volume diminuído, e a 
consistência modificada de acordo com as necessidades 
do paciente. 
Esôfago 
Evitar alimentos de difícil digestibilidade, fermentáveis, 
bebidas gasosas, condimentos. 
- A ultima refeição deve ser feita três horas antes de se 
deitar 
- Elevar a cabeceira da cama 15 – 20 cm. 
- A nicotina diminui a PEEI aumenta a secreção gastrica. 
Esôfago 
Esôfago 
Acalásia do esôfago – É um distúrbio motor da musculatura 
lisa esofagiana, na qual o EEI está hipertenso e não relaxa de 
forma apropriada a deglutição, tendo a peristalse normal 
substituída por contrações anormais. 
- Etiologia da doença: 
- Virus neurotrópico que gera uma lesão no nervo vago 
- Doença de chagas e câncer 
 
O Diagnostico é feito através de radiologia, administração de 
dieta liquida durante 24 a 36 horas seguida de aspiração e 
lavagem pré- endoscopica. 
- O tratamento proposto é a dilatação abrupta com balão 
pneumático sob controle radioscópico, para dissociar as 
fibras musculares do cárdia, o que melhora a disfagia. 
- Medicamento: bloqueio neuromuscular da cárdia com 
injeção intramuscular de toxina botulínica realizada por 
meio de endoscopia digestiva alta e a miotomia cirúrgica. 
O tratamento dietoterápico consiste em dieta liquida completa, 
hiperproteica, normoglicidica sem concentração de dissacarídeos, 
normolipidica sem concentração de saturados. 
- Fracionamento aumentado volume diminuído. 
Estômago 
- Os fatores protetores do estômago que mais se destacam 
são o muco, o fluxo sanguíneo, o estado secretor, a 
secreção alcalina, a regulação do pH intracelular, a 
reconstrução epitelial. 
- Alimentos muito quentes- aumentam a secreção ácida e 
retardam o esvaziamento gástrico. 
Estômago 
- Bebidas alcoólicas- aumentam a secreção ácida. 
- -Nicotina- diminui a PEEI, aumenta a secreção ácida. 
- Refrigerantes a base de cola- reduzem a PEEI 
- Carboidratos simples concentrados - retardam o 
esvaziamento gástrico. 
- Alimentos ricos em gordura - retardam o esvaziamento 
gástrico. 
 
Estômago 
- Gastrite 
- É um processo inflamatório do estômago. Pode ser 
classificada em aguda, crônica, pós gastrectomia. 
- GASTRITE SIMPLES 
- Pode ser causada por uma ingestão de álcool, drogas, 
enfermidades infecciosas. 
- Sintomas: dor epigástrica, náuseas, vômitos, anorexia 
 
Estômago 
- GASTRITE AGUDA CORROSIVA 
 Dieta zero V.O, inicialmente, hidratação venosa. Sintomas 
comuns são dor em queimação, náuseas, vômitos. 
Geralmente provocada por excesso de ácidos. 
- GASTRITE CRÔNICA SUPERFICIAL 
Sensação de pressão abdominal, empachamento. Uso de 
antiácidos 
- GASTRITE CRÔNICA ATRÓFICA 
Pirose, náuseas, pode ou não ocorrer dor. 
 
 
 
 
Estômago 
- GASTRITE PÓS GASTRECTOMIA 
Pode surgir pela diminuição da capacidade gástrica, gerando 
saciedade precoce, perda de peso e desnutrição. 
É necessário diminuir o volume da ingestão por vez e 
suplementar via parenteral (se necessário), potássio, vitamina 
A (30.000 UI), B1 (3mg), B2 (5mg), C (200mg). 
No caso da anemia perniciosa: B12 100mcg 
 
 
 
 
 
Dietoterápica na Gastrite 
ÚLCERA PÉPTICA 
É uma ulceração aguda ou crônica que se instala em uma porção 
do trato gastrointestinal. Pode ser localizada no estômago, no 
duodeno, e no esôfago. Pode complicar para hemorragia, 
infecção, divertículos, obstrução pilórica. 
- Os sintomas são dor em queimação, com queixas de fome 
dolorosa, azia, epigastralgia. 
- Causas- uso de antiinflamatorios 
- Lesões por infecção causada por H. pylori 
 
Helicobacter Pylori 
- É um patógeno de ação lenta, leva ao desenvolvimento de um 
processo inflamatório agudo na mucosa gástrica, com 
liberação de toxinas, citotoxinas, envolvendo assim a 
migração predominante de neutrófilos na circulação sistêmica 
para o local, de lesão. 
- As lesões na região antral estão associadas a uma gastrite 
ativa e ulcera péptica. 
DIETOTERAPIA 
DIETOTERAPIA 
DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR 
 
 
Anatomia 
Vesícula Biliar 
É um órgão em forma de pêra. Está localizado na superfície 
inferior do lobo direito do fígado e serve para armazenar a 
bile, que é produzida no fígado. Durante e depois de uma 
refeição, a vesícula se contrai para expulsar a bile, a qual 
entra no conduto cístico e logo ao conduto principal e ao 
colédoco, para chegar ao duodeno. 
Vesícula Biliar 
FUNÇÕES: 
- Concentrar a bile 
- Armazenar a bile entre as refeições 
- Excretar a bile durante as refeições 
Vesícula Biliar 
Esvaziamento da vesícula ocorre em 
resposta à administração de alimentos no 
duodeno ou dos hormônios 
colecistoquinina (CCK) e secretina. 
Vesícula Biliar 
Condições básicas para o esvaziamento da 
vesícula 
- Relaxamento do esfíncter de Oddi 
- Contração da vesícula biliar 
- Estímulo vagal + fase cefálica gástrica = leve 
contração da vesícula 
Vesícula Biliar 
COMPOSIÇÃO E SECREÇÃO DA BILE 
 
Bile – solução aquosa secretada 
continuamente pelo fígado 
armazenada e concentrada no 
período interdigestivo. PH: 
alcalino. Osmolalidade: 300 
mOsm/Kg. Fluxo: 600-1000 mL/ dia 
DOENÇAS BILIARES 
- Colelitíase 
 Formação de cálculos biliares sem infecção do órgão 
 Usualmente cálculos assintomáticos 
- Coledocolitíase 
 Cálculos biliares migram e permanecem nos ductos biliares 
 Ocorre obstrução, dor e cólicas 
- Colecistite 
 Inflamação da vesícula biliar 
 Calculosa ou Acalculosa* (* Ocorre qd há estagnação da vesícula 
e bile. Paredes podem inflamar e distender, causas: sepse, 
trauma, choque) 
- Pancreatite pode ocorrer no caso de obstrução ducto 
pancreático 
- Colecistite Aguda ou crônica 
 Krause, 2002 
 Litíase Biliar : 
Maioria dos cálculos são de pedras não pigmentadas (composta 
por colesterol, bilirrubina, sais de cálcio) 
- Fatores de risco: sexo feminino, idade, gravidez, história familiar, 
obesidade, diabetes, DII, drogas (anticoncepcionais, medicação 
redutora de lipídeos) 
- Infecções crônicas de baixo grau produzem alterações na vesícula 
afetando sua capacidade absortiva (água ou ácido biliar são 
absorvidos) e o colesterol se precipita podendo formar cálculo 
- Ingestão exagerada de gordura em curto espaço de tempo pode 
super estimular a produção de colesterol para produção de bile 
 
 
Fatores alimentares 
Dieta hipercalórica – aumento da concentração de 
colesterol na bile e aumento na secreção de colesterol 
hepático. 
Dieta hiperlipídica, com baixo consumo de AGMI – 
supersaturação de bile com colesterol e hipersecreção 
relativa de colesterol biliar. 
Dieta pobre em fibras. A fibra insolúvel reduz o tempo de 
permanência dos sais biliares no duodeno e reduz a 
reabsorção de sais biliares, por aumentar a excreção fecal. 
Litíase Biliar 
-SINTOMATOLOGIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Assintomática – cálculo silencioso 
- Sintomática - Dor em cólica (epigástrio e hipocôndrio 
direito), náuseas, vômitos, icterícia, colúria e hipocolia 
fecal, sintomas dispépticos. 
Litíase Biliar 
Litíase Biliar 
-SINTOMATOLOGIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Cólica biliar aumenta de intensidade até atingir um platô 
– várias horas e regride gradualmente. Com ou sem 
irradiação para o dorso e ombro direito. Colangite 
(colonização dos ductos biliares por bactérias intestinais 
que chegam aos canais por via ascendente ou pelo 
sangue portal) – dor, febre e icterícia. 
Litíase Biliar 
-PROGNÓSTICO e COMPLICAÇÕES 
Colecistite aguda 
Vesícula hidrópica – obstrução por cálculos- ducto 
cístico. A vesícula fica cheia de agua e muco porque a 
pedra não deixa a bile sair. 
Fístula biliar – obstrução intestinal causada pela presença 
de grande cálculo biliar migrando através de fístula bílio-
entérica. 
Câncer das vias biliares (colelitíase não tratada) 
Pancreatite aguda – distúrbio do esvaziamento vesicular 
secundário a alterações inflamatórias 
Litíase Biliar 
-PROGNÓSTICO e COMPLICAÇÕES 
Cirúrgico: colecistectomia 
-Laparotomia aberta tradicional 
-Videolaparoscópico 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
Colecistite: 
- Dieta hipolipídica 
- Colecistite Aguda: 
- Ataque agudo = VO zero 
- NPT se previamente desnutrido ou se for previsto zero 
por muito tempo 
- Reinício da alimentação = Hipolipídica (35 a 40 g/dia) 
- Colecistite Crônica: 
- Hipolipídica (25 a 30% do VET) por longo prazo - reduzir 
a estimulação da vesícula 
- Limitação mais rígida não é indicada – pode gerar 
deficiência de vitaminas lipossolúveis 
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA 
COLECISTECTOMIA 
 
Indicação é baseada no risco dos cálculos migrarem e 
causarem inflamação e/ou obstrução das vias biliares 
- A ressecção total não prejudica a absorção de lipídeos já 
que a produção hepática de sais biliares se mantém 
normal 
- Secreção da bile diretamente no intestino 
- Início VO após o retorno da peristalse = Dieta líquida ou 
“leve” ...evoluir... 
 “Mesmo não sendo necessária a restrição lipídica há de 
se lembrar da adaptação do organismo que ocorre nos 
dois meses pós cirurgia.” 
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA 
COLECISTECTOMIA 
 
Início VO após o retorno da peristalse 
 = 
 Dieta líquida 
 
Após a colecistectomia a alimentação é reiniciada após 
o retorno da peristalse intestinal, evoluindo de acordo 
com a aceitação do paciente. A tolerância aos lipídios é 
variada, pois a bile que é secretada pelo fígado, passa 
a ser liberada dentro do intestino delgado. Alguns 
pacientes com o tempo “simulam” um “saco” para que 
haja um armazenamento da bile. Os lipídios devem ser 
introduzidos na alimentação gradativamente, para que 
não ocorra esteatorréia. 
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA 
COLECISTECTOMIA 
 
DIETOTERAPIA Consistência: De acordo com a aceitação do 
paciente. Volume: Fracionamento e Temperatura: Adequada às 
preparações. Energia: Suprir a necessidade calórica/ Corrigir a 
MC; Proteínas: Normoproteica (de acordo com a 
Recomendação); Carboidratos: % de distribuição habitual (50-
65%); Lipídios: Utilizar o % mínimo da distribuição habitual (25-
35%); Líquidos: Aumentar a ingestão, principalmente água 
Vitaminas e minerais: Referência IDR

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