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PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Nalielle Lohana Serafini Gonçalves INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PPR E CLASSIFICAÇÃO DOS ARCOS PARCIALMENTE DESDENTADOS Prótese: “Ciência e arte que trata da reposição de partes ausentes do corpo, por elementos artificiais”. Existem próteses em vários ramos, e não somente na Odontologia, como por exemplo, próteses ortopédicas. Prótese na Odontologia: visa a devolução da estética (dos dentes perdidos) e da função (mastigação e fonação). Assim, é possível cobinar os 2 significados de prótese, que é a ciência e a arte (ciência – é necessário ter um conhecimento prévio dos tecidos de suporte do dente, que vão suportar a PPR – e arte – é um rocedimento artesanal) Existem 4 tipos: Prótese Fixa Prótese Parcial Removível (armação de metal que segura uma base de resina acrílica, com os dentes que o paciente não tem) Prótese Total Implante PPR: reabilita apenas arcadas parcialmente desdentadas (alguns pacientes chamam de “ponte móvel”). É uma armação de metal, que suporta uma base de resina acrílica e dentes artificiais que estão sendo repostos. Ela pode e deve ser removida da boca do paciente, tanto para higienização da próteses, quando para higienização dos dentes que o paciente ainda tem. Objetiva: restaurar a estética, a oclusão, a função mastigatória e a fonação do paciente. Indicação das Próteses Parciais: sempre que a fixa é contraindicada. Ausência de pilar posterior(o último dente do arco) - Próteses dentomucossuportadas. Espaços desdentados extensos - Não há suporte para PPF (pela lei de Ante e Vest). - Avaliar o risco de perder os pilares. A PPR também está apoiada nos dentes, mas ela distribui melhor as forças por ocupar uma extensão maior, tem a base de acrílico que envolve todo o rebordo do paciente, dependendo do caso pode até recobrir palato. Dentes pilares com sustentação periodontal reduzida - Não há suporte para PPF (Lei de Ante) – teria que ter pelo menos metade de suporte 1:1. - Preparo de vários dentes (caso o paciente queira PPF). - PPR: tem distribuição de forças em maior área. Excessiva perda de tecido ósseo - Dificuldade de conseguir estética com PPF (na PPR é possível fazer a caracterização gengival, já que a base se estende até o fundo do vestíbulo). Prótese Imediata ou Provisória - Extrações múltiplas de dentes anteriores – faz uma prótese provisória para depois colocar o implante. - Restauração da oclusão – paciente com perda da DVO muito grande, vai aumentando a DVO até poder fazer a prótese, seja ela fixa ou PPR. A PPR provisória pode ser feita com fios de orto, ou pode ser feita a prótese flexível, que não tem nada de metal (o problema dela, é que não tem nenhum componente rígido para estabilizar os dentes, o que prejudica os dentes que o paciente tem). - Cirurgias menores: proteção pós-operatória (comunicação buco nasal, buco sinusal). - Cirurgias bucomaxilofaciais: reabilitação de comunicações – aqui é utilizada como uma prótese definitiva, pois é uma counicação muito grande, que não pode ser fechada com enxerto. Estado físico e emocional do paciente - PPF. - Tratamento mais longo e complexo. Fator de ordem econômica - PPF x PPR (mais barato, pois a prótese fixa é cobrada por elemento, e a PPR é cobrada por peça). Contraindicações das Próteses Parciais: Pacientes com problemas motores (constitui uma limitação, não uma contraindicação) – o paciente precisa remover para higienizar; Pacientes com higiene oral precária. CLASSIFICAÇÃO DO ARCO DENTÁRIO PARCIALMENTE DESDENTADO Classificação: agrupar (juntar) por semelhança, o que facilita a comunicação e a organização. Importância da classificação: Só será efetiva se tiver aplicação clínica; Para estudo, pesquisa e prática clínica; - Finalidade didática: estudante entender e viabilizar soluções, pensar no desenho da armação da quela prótese removível; - Comunicação entre profissionais: evita descrições detalhadas. Ex: Classe I; - Sistematização do desenho e do tratamento: planejamentos específicos de acordo com a classificação. Classificação em PPR: Cummer, Kennedy, Baylin e Beckett, Skinner, Godfrey, Mauk, Applegate, Foldvari... Muitas classificações resultam em confusão entre os termos que, no final, são sinônimos. Existem mais de 64.000 combinações possíveis de arcos parcialmente desdentados. Requisitos para uma Classificação Ideal: Permitir uma visualização imediata do caso em questão (se eu falar que é Classe I todo mundo tem que entender); Promover uma diferenciação imediata entre as relações dos dentes pilares com os outros dentes presentes, e entre os dentes e o tecido de suporte da prótese (permitir a diferenciação imediata entre as PPRs dentossuportadas e dentomucossuportadas); Universalmente aceita (tem que ser uma classificação conhecida no mundo inteiro, para permitir a comunicação). Bases para uma classificação: atualmente existem cerca de 60 classificações diferentes, que dividem os arcos parcialmente desdentados de acordo com: Função/Suporte; Via de transmissão/ Fisiologia da prótese durante a mastigação; Rendimento do aparelho protético; Superfície oclusal; Biomecânica; Topografia; >> Classificação do arco = classificação da prótese. Um arco Classe I é reabilitado por uma prótese de Classe I também. Quando se mastiga, as forças são transmitidas, do dente para o osso e para os tecidos que suportam aquele dente. Uma prótese tem que exercer a mesma função dos dentes, que é receber a força da mastigação e transmiti-la ao osso alveolar. Vias de transmissão de forças mastigatórias ao osso alveolar: As próteses dentárias devem receber a força mastigatória e transmiti-la ao osso alveolar via mucosa; via dental; ou mucosa + dentes. Um paciente desdentado total vai transmitir a força somente via mucosa, pois o dente não é dele, não tem tecido periodontal. Uma prótese fixa com elemento pôntico, a transmissão da força é exclusivamente dental, pois ela é cimentada no dente e não pressiona a mucosa. Uma prótese removível, que de um lado é presa por dente e do outro é de extremidade livre (sem pilar posterior), a força é transmitida pela mucosa e pelos dentes pilares. Critério ou base funcional – SUPORTE (Baylin e Beckett) Dentossuportada (são as próteses fixas e as próteses removíveis que têm pilar em dente); Mucossuportada (prótese total – sem nenhum suporte dentário); Dentomucossuportada (prótese parcial removível). Classificação de Humpel – FISIOLOGIA Próteses fisiológicas (dentossuportadas – a relação foi feita com o que é fisiológico, normal do organismo, que é transmitir a força por dente); Próteses afisiológicas (mucossuportadas); Próteses semifisiológicas (dentomucossuportadas). EXEMPLOS DE SUPORTE E FISIOLOGIA: Classificação quanto ao rendimento do aparelho (Müller) Intercalar (aquela que tem espaços entre dentes); Alavanca (no fundo não é suportada por nenhum dente); Combinada (de um lado é intercalar e do outro é alavanca). Classificação de Elbrecht (achou que alavanca não era um termo legal): Intercalar; Extremidade livre; Combinada. Classificação quanto à extensão total da superfície oclusal (Wild): Arcos dentais com superfície mastigatória (oclusal) interrompida; Arcos dentais com superfície mastigatória (oclusal) encurtada; Arcos dentais com superfície mastigatória (ocusal) encurtada e interrompida. EXEMPLOS DE RENDIMENTO E SUPERFÍCIE OCLUSAL: Classificação de Kennedy: Elaborada por Dr. Edward Kennedy, em 1925. é a classificação mais antiga; é exclusivamente topográfica (avalia só a localização dos espaços, não vê quantos dentes foram perdidos); mais abrangente e simples; mais utilizada (devido a simplicidade). A classificação de Kennedy é puramente topográfica, não considerando o número de dentes remanescentes nem a dimensão dos espaços desdentados. Kennedy dividiu os arcos em 4: Classe I: são os arcos desdentados bilateralmente posteriores. Classe II: desdentado posterior unilateralmente. Classe III: desdentado posterior intercalar. Classe IV: desdentado anterior (necessariamente tem que envolver a linha média – se envolver canino e pré, sem envolver a linha média, é Classe III). A partir disso, qualquer outra perda é chamada de modificação. - O espaço protético mais posterior é o que determina a classificação (olho o arco de posterior para anterior). - O que rege a classificação de Kennedy é a presença ou não de pilar posterior uni ou bilaterais. - Os espaços protéticos adicionais também são considerados, mas secundariamente, e são denominados de modificação. Modificações: Classe I por não apresentarem pilares posteriores e as modificações existem de acordo com os espaços existentes. Ex: Classe I/Modificação 1 Classe 1/Modificação 2 (não para na modificação 4) Classe II apresenta apenas um pilar posterior. As modificações são de acordo com o número de espaços protéticos secundários. Ex: Classe II/Modificação 1 Classe II/Modificação 2 Classe III possui os pilares posteriores e um espaço protético principal (intercalar). As modificações apresentam outros espaços protéticos secundários. Ex: Classe III/Modificação 1 Classe III/Modificação 2 A Classe IV não apresenta modificações, pois qualquer modificação vai cair nas outras classes. O que caracteriza a classe IV é o espaço protético anterior que cruza a linha média. A ausência de um único incisivo central é classe III, mas a ausência de ambos os incisivos é classificada como classe IV. Sempre começar a avaliar cada caso da região posterior para anterior. Vantagens da Classificação de Kennedy: Abrangente; Lógica; Permite uma visualização imediata do caso; Permite uma visualização imediata do desenho da PPR; Não deve estereotipar os desenhos da PPR. Classificação de Kennedy: dificuldade para aplicação em algumas situações. Applegate, então, desenvolveu 8 regras para aplicação da classificação de Kennedy. 8 Regras de Applegate: A classificação deve ser feita posterior ao preparo da boca* (se for feita alguma extração, vai alterar o desenho e o planejamento da PPR); Aqui seria Classe III apenas; mas, se depois analisando, vejo que tem que extrair os 2 molares na região que já tinha perda de dente, passaria a ser Classe II, alterando muito o tipo de suporte (prótese dentossuportada para prótese dentomucossuportada). Se os terceiros molares não forem repostos, não devem influenciar na classificação; sem não, quase todos seriam Classe I Se os terceiros molares forem repostos, influenciarão na classificação; Aqui seria Classe IV; se não tivessem os 3º molares e eles fossem repostos, seria Classe I /Modificação 1 O mesmo vale para os segundos molares (nem sempre repõe-se 2º molar, se o arco antagonista for desdentado, repõe-se até 1º molar apenas, pois reduz a movimentação da PPR); Aqui, se não for repor 2º molar, a classificação é Classe IV. Se fosse repor 2º molar, é Classe I / Modificação 1. As zonas desdentadas posteriores regem a classificação; Aqui é Classe III / Modificação 2. Demais espaços desdentados são chamados de modificações, e são representados por números; Aqui, então, é Classe III / Modificação 2. A modificação é regida pela quantidade e não pela extensão (a extensão da modificação não é considerada, mas apenas o número de áreas desdentadas); Somente as classes I, II e III podem ter modificações. A Classe IV não tem modificação. EXEMPLOS CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY: *Obs.: A classificação deve ser realizada após o planejamento e preparo de boca, pois cirurgias ou PPFs podem alterar a classificação ou a modificação que caracteriza o caso. Como exemplo, podemos citar um caso de Classe III, modificação I (ausentes 13, 12, 11, 21, 22 e 26): o espaço posterior – ausência do 26 – determina a classe como III e a ausência dos anteriores determina como modificação 1. Porém, se o espaço do 26 for reabilitado por uma prótese fixa, apenas o espaço protético anterior será considerado topograficamente como fator determinante da classificação. Então, o caso clínico passará a ser considerado Classe IV. Atualmente: classificação de Kennedy é a mais aceita. Futuramente: combinar as melhores características de cada classificação = classificação universal. Resumo/Conclusão: ELEMENTOS CONSTITUINTES DA PPR CONSTITUINTES DE UMA PRÓTESE METÁLICA: Opositor: apoiado na face L dos dentes, e fazem parte dos grampos. Pode estar só ou com retentor. Retentor: ficam por V dos dentes. Nunca sozinho, sempre com um opositor. Conectores menores: unem os apoios aos opositores, aos conectores maiores. Conectores maiores: unem os dois lados da prótese Malha metálica: estrutura que vai suportar a base de resina com os dentes artificiais. Sistema: é um grupo de elementos que desempenham funções semelhantes durante a função, durante o exercício. sistema de suporte ou sustentação (envolve dentes, osso, mucosa de recobrimento); sistema de retenção e estabilização (formado pelos grampos opositores e retentores, e pelo conector maior. Servem para promover a retenção, segurar a prótese no lugar e a estabilização, que é evitar que ela movimente durante a função); sistema de conexão (formado pelos conectores maiores e pelos conectores menores); sistema de selas e dentes artificiais. >> uma prótese removível precisa apresentar todos esses elementos, para que o paciente não sofra nenhum acidente com essa prótese removível. Sistema de Retenção e Estabilização: Formado por: - Grampos ou sistemas de encaixes; - Apoios; - Conectores maiores. Tem a função de manter a prótese retida e estabilizada na boca. Não pode ser uma retenção excessiva, a ponto do paciente não conseguir remover para a higienização. Classificação dos Retentores quanto à localização: Retentores intracoronários ou encaixes de precisão (attachments): (ficam dentro dos limites da coroa) sistema macho-fêmea. Não aparece grampo por V. São confeccionados ou soldados dentro da coroa fundida ou fundidos junto com a coroa. A retenção é principalmente dada pelo atrito do sistema macho-fêmea (friccional). Este tipo de retentor é mais oneroso e mais difícil de ser confeccionado, além de necessitar de maior quantidade de desgaste do dente, porém proporciona retenção mecânica muito maior, além de serem mais estéticos. Fêmea: o espaço é conseguido por um desgaste compensatório realizado no dente de suporte. Macho: geralmente é soldado na armação metálica. Retentores extracoronários ou grampos: (são os grampos) mais utilizados. Aparece grampo por V. Apresentam quatro elementos constituintes: - Braço de Retenção ou Retentivo - Braço de Oposição ou Recíproco - Apoio oclusal ou incisal - Corpo do grampo. O retentor direto é o elemento da PPR que abraça o dente de suporte, conferindo retenção paralela à trajetória de inserção, impedindo seu deslocamento sob forças de extrusão (língua, lábio, bochecha, alimentos pegajosos). Os retentores extracoronários localizam-se externamente à coroa do dente, numa área entre o equador protético do dente e a região cervical ou numa depressão preparada para isso. Constituintes do grampo: O apoio é a estrutura que fica na superfície oclusal, L ou no cíngulo dos dentes, que vai apoiar a prótese e evitar a intrusão dessa prótese durante a função. Do apoio parte, tanto para a V quanto para a L, o corpo ou ombro. Na porção V, no centro tem o braço de retenção (retentor), e na sua extremidade tem a ponta ativa (é a única parte flexível do grampo, é ela que vai promover a retenção do grampo). Na porção L, no centro, tem o braço de oposição (opositor), e a sua ponta é chamada de ponta ou terminal (não tem ação, não participa da retenção). Braço/ Grampo de Retenção ou Retentor: responsável pela retenção direta. O braço retentivo de um grampo circunferencial é composto de três partes: uma rígida, uma semiflexível e uma flexível. - resistir à remoção do aparelho; - distribuição de esforços; - evitar movimentação lateral do aparelho. Braço/ Grampo de Oposição, Reciprocidade ou Opositor: responsável pela reciprocidade e estabilidade. - Evita ação ortodôntica no dente suporte; - Evita movimentação lateral do aparelho; - Retentor indireto. Equador Anatômico x Equador Protético: Equador é uma linha imaginária que divide a Terra em dois hemisférios. Já na Odontologia, existe o Equador Anatômico e o Equador Protético. O Equador Anatômico também é uma linha imaginária, que divide o dente em duas metades (oclusal e cervical). A linha do Equador Anatômico é traçada no maior diâmetro do dente, considerando cada dente individualmente. Já o Equador Protético considera os dentes em conjunto. Também é uma linha que divide o dente em duas metades (metade retentiva – abaixo da linha do equador – e a metade expulsiva – que fica acima –). OBS: quando vai traçar a linha do equador protético, o modelo é colocado sempre com os dentes voltados para cima, tanto da Mx quanto da Md. Então, sempre ABAIXO da linha é retentivo, e ACIMA da linha é expulsivo. O equador do dente, por analogia com o equador terrestre, é uma linha imaginária correspondente à maior circunferência da coroa. O equador anatômico do dente é o maior contorno de cada dente considerado individualmente. É a área de maior convexidade que é possível notar no dente quando analisado individualmente. O equador protético é o equador em relação a todos os dentes, considerando um mesmo eixo de inserção e as diferentes inclinações dos dentes entre si. É a linha imaginária que divide área retentiva de área expulsiva, é a linha de maior convexidade dos dentes (acima dessa linha = expulsiva / abaixo dessa linha = retentiva). Quando vamos desenhar um grampo, a parte do retentor (a parte V de todo esse grampo) é dividida em 3 terços. O 1º terço é o CORPO ou OMBRO: é completamente rígido e fica totalmente acima do Equador Protético. O 2º terço é o BRAÇO de retenção propriamente dito: cruza o Equador Protético e é semi flexível. O 3º terço é a PONTA ATIVA: é totalmente flexível e fica toda abaixo da linha do Equador Protético. Tem 1/3 da espessura original. Tem diferença de flexão porque diminui a espessura (a estrutura metálica inteira é o mesmo material: COLABLTO-CROMO, o que muda é espessura). Esse braço todo tem uma função: de resistir a remoção do aparelho protético durante a mastigação, por exemplo, de um alimento muito pegajoso. Também participa da distribuição de esforços dos dentes artificiais que estão sendo repostos para os dentes pilares, e evitam a movimentação lateral do aparelho protético durante os movimentos excêntricos (fora de relação cêntrica: lateralidade e protrusão). Já o opositor, que fica na superfície L do dente, fica completamente acima da linha do Equador Protético. Ele é todo rígido e tem uma espessura uniforme. Tem a função de evitar a ação ortodôntica do dente de suporte, provocado pelo braço de retenção que está na V. Também evita, junto com o retentor, a movimentação lateral do aparelho, evita que a prótese gire durante a função. Então, ele participa como um retentor indireto (todo retentor tem que vir junto com um opositor, mas nem todo opositor precisa vir junto com um retentor). Grampos - Estrutura Classificação - Localização/ Funcionamento - Retenção De acordo com a estrutura: Grampo Fundido: são os mais utilizados. Mais resistente, menos flexível, pequenas áreas retentivas. Parte integrante da estrutura metálica. Adaptado: ouro ou aço inox (fio ortodôntico), flexível, incorporado à estrutura metálica. Mais utilizado para prótese removível provisória. É pouco resistente. Combinado: braço de retenção por fio e de oposição fundido. Pouco utilizado. De acordo com a localização ou funcionamento: Circunferencial ou de Akers: origem no conector menor ou apoio. Possuem, como elementos constituintes, um braço de retenção, um braço de oposição, um ou mais apoios oclusais e um conector menor. Por ação de Pontas: à barra ou de Roach: origem no conector maior na malha de retenção. De acordo com a retenção: Grampos de retenção direta: são os grampos posicionados em dentes vizinhos ao espaço desdentado. Relacionam-se com os dentes principais de suporte. Grampos de retenção indireta: são os grampos posicionados à distância do espaço desdentado. Relacionam-se com os dentes secundários de suporte. Forma do grampo: Afilado (vai afinando até a ponta), em formato de meia-cana (um lado plano e outro convexo – sendo que a parte plana fica em contato com o dente e a parte arredondada em contato com o lábio), adelgaçando-se suavemente até atingir a metade de sua espessura inicial na área da ponta ativa. Desenho dos grampos: - Envolve mais que 180° (pelo contrário, afeta a retenção da prótese); - Apresenta pelo menos 3 pontos de contato com o dente (que normalmente são dados pela ponta ativa, o braço de retenção, o apoio e algum ponto do braço de oposição, não necessariamente a ponta, mas algum ponto dele); - Forma do apoio oclusal ligeiramente voltada contra o centro do dente. Princípios fundamentais dos grampos: Suporte: Princípio pelo qual o grampo resiste às forças no sentido ocluso-gengival, geradas na mastigação. Apoios dão o suporte. Evita a intrusão da prótese no tecido mole. A estrutura que mantém a característica de suporte é o APOIO. Retenção: Princípio pelo qual o grampo resiste às forças no sentido gengivo-oclusal. Evita a saída da prótese. A estrutura do grampo responsável por esse princípio é a PONTA RENTENTIVA DO BRAÇO DE RETENÇÃO (só ela passa o equador protético e fica em área retentiva, o resto está em área expulsiva). Ponta retentiva do braço de retenção. Reciprocidade: é o equilíbrio das forças. Princípio pelo qual o grampo resiste às forças laterais geradas pelo braço de retenção. Braço de oposição: deve sempre tocar o dente antes do braço de retenção. Quando se coloca a prótese, o braço de retenção tende a movimentar o dente pilar para a L. Mantém o dente estabilizado durante a colocação e remoção da prótese. A estrutura que garante esse princípio é o BRAÇO DE OPOSIÇÃO. É por isso que o braço de oposição deve tocar o dente antes do braço de retenção. Estabilidade: Capacidade de resistir ao deslocamento horizontal, a deslizar para os lados essa prótese. Todas as partes do grampo em conjunto garantem esse princípio, por isso não pode faltar nenhuma parte. Abraçamento: Deve ser maior que 180° para garantir a retenção. Apoio, ponta ativa e extremidade do braço de oposição. As partes que vão garantir esse princípio são os três pontos que devem tocar o dente: apoio, ponta ativa do braço de retenção e extremidade do braço de oposição. Passividade: O grampo não deve imprimir ao dente suporte qualquer tipo de força, quando a prótese estiver perfeitamente assentada. Vai ter uma força sobre o dente pilar durante a inserção e a remoção dessa prótese, mas, uma vez colocada, a prótese não pode prejudicar dente nenhum. Fatores que influenciam na retenção do grampo no dente: - Valor do ângulo de convergência cervical: A retentividade de uma superfície dentária é tanto maior quanto maior o ângulo que forma com a direção de inserção. O ângulo de convergência cervical é formado pela superfície do dente pilar e o longo eixo de dente. Quanto maior esse ângulo, mais retentivo é o grampo. Porém, quanto maior esse ângulo, se o dente tiver inclinado, mais força será imprimida nesse dente pilar, o que acaba prejudicando. Também, quanto maior esse ângulo, se você não eliminar, maior o acúmulo de alimentos e de placa, dificultando o paciente de manter esse dente pilar na boca. Devido a isso, garante-se retenção em uma outra região, e não nesse ângulo, pois não é positivo para retenção em prótese removível. - Distância entre a ponta ativa do grampo e equador protético dentro desse ângulo de convergência cervical: É traçado o equador protético, e a ponta ativa do grampo é posicionada abaixo da linha do equador. Quanto mais longe da linha do equador, mais retentivo vai ser. Para cada liga tem uma distância adequada, para que a liga suporte. “A retentividade de um ponto é tanto maior quanto maior o seu desnível em relação à linha de maior contorno”. Pontas calibradoras – localização ideal da ponta ativa. - Flexibilidade do braço de retenção: Diâmetro e liga metálica. A flexibilidade vai variar de acordo com o diâmetro (por isso que o braço de retenção vai afilando na região V), e da liga metálica utilizada (ligas nobres têm flexibilidade maior). Quanto maior a flexibilidade, menor a retenção da liga. Grampos Circunferenciais: (tem todas as estruturas em uma peça só) Características: - confere suporte, estabilidade e abraçamento. - Sem retenção de alimento entre o grampo e a fibromucosa pois o apoio está unido ao retentor e ao opositor (não entra alimento entre os dentes durante a mastigação – já nos grampos por ação de ponta, como as estruturas são separadas, acaba prendendo mais alimento entre o dente e a prótese). Tipos: Simples Reverso Geminado Múltiplo Laço Reverso Em Anel Meio a Meio Mesiodistolingual De Ação Posterior... Grampos por Ação de Pontas, à Barra ou de Roach: São diferentes dos grampos circunferenciais porque partem da malha metálica e não do apoio. Agem por torção acabando sendo mais retentivo, transmitindo maior torque ao dente, por isso não é indicado para dente com mobilidade e para dentes que acabaram de passar por cirurgias periodontais. Características: É mais estético do que o circunferencial pois seu comprimento na face V é menor, ele não cruza o dente desde a O, tem melhor ação retentiva (por torcer e não flexionar), é o melhor para extremidades livres e apenas a extremidade da ponta ativa faz contato com a coroa (todo o resto é aliviado). Oferece pouco recobrimento da coroa do dente suporte (por isso é mais estético), tem origem na sela (na malha metálica) ou no conector maior (quando a região não tem malha metálica, por isso parte da cervical) e apresenta maior dificuldade de remoção (por agir por torção). Requisitos (para indicar): Vestíbulo normal; se for raso não tem espaço para passar esse tipo de grampo, precisa de 5mm abaixo da margem gengival para indicar esse tipo de grampo. Presença de gengiva inserida; Sem interferência de bridas, freios, inserção muscular; Dente suporte bem posicionado; como transmite muito torque para o dente, se o dente já estiver inclinado pode perder o dente Inclinação para a lingual; dificulta muito a inserção da prótese Retenção acentuada; Aspecto periodontal tem que ser saudável. Indicações gerais: É indicado, de maneira geral, para próteses dentossuportadas (quando tem um espaço desdentado muito grande e você precisa colocar o retendo em dente anterior). Também é indicado para PPRs de extremidade livre (é o grampo de 1ª escolha). Para coroas com pequeno grau de retenção, e essa retenção fica apenas no terço cervical. E para dentes periodontalmente saudáveis. Não deve ser utilizado para dente com problemas periodontais. É mais estético porque recobre menor superfície V do dente. Contra-indicações gerais: Quando não existe espaço de fundo de vestíbulo (de pelo menos 5mm abaixo da margem gengival); Quando há interferência muscular, de freio ou de brida onde passa o grampo; Após dentes que sofreram cirurgia periodontal, ainda em fase de cicatrização; Em dentes com grande retração gengival, pois pode acentuar; Em dentes com interferência de tecido gengival (gengiva inflamada...); Em dentes muito inclinados para V ou para a L; Quando tem uma área retentiva muito grande, pois o grampo vai ficar perto da área oclusal, e vai ficar como se fosse um grampo circunferencial. Tipos: (o que varia a é forma da ponta do grampo, que pode ser em:) T (r e 7) U L I C O que vai definir o formato da ponta ativa do grampo por ação de ponta, é o formato do equador protético. Vou usar um grampo por ação de ponta porque eu preciso de maior retenção e o dente suporta esse tipo de grampo. A ponta vai depender do traçado do equador protético. As indicações são basicamente as mesmas para todos os grampos por ação de ponta. GRAMPO T: Indicado para: - todos os dentes inferiores; - dentes superiores (estética); - para PPR dentossuportadas e dentomucossuportadas. GRAMPO T modificado: É quando tira um dos “bracinhos”, virando r ou 7. Ele é modificado porque mudou o traçado do equador protético, e não tinha como fazer um grampo em forma de T. Indicado para: - para extremidade livre – área retentiva adjacente ao espaço desdentado; - dentes superiores (estética); - para PPR dentossuportadas e dentomucossuportadas. GRAMPO U: Tem esse formato porque também segue o formato do equador protético. Os dentes que promovem esse traçado de equador, geralmente são os 3º molares inferiores. (3º molar superior geralmente usa o laço reverso). Indicado para: - 3º molares inferiores; - molares e pré-molares inferiores (que sofreram aumento de coroa). GRAMPO L: Como aparece menos metal, também pode ser utilizado em dentes anteriores. Indicado para: - caninos, pré-molares e molares inferiores (próteses dentossuportadas); - em caninos inferiores (Classes I e II); - também é utilizado para promover retenção à distância. GRAMPO I: É o grampo mais estético de todos os grampos por ação de ponta. Indicado para: - caninos e pré-molares superiores; Não é muito indicado para casos de extremidade livre, pois ele é o mais curtinho, promovendo uma torção muito grande do dente (como ele é mais curto, não tem tanta flexibilidade, o torque que ele transmite para o dente é muito grande). GRAMPO C: Também acompanha o traçado do equador protético. Indicado para: - pré-molares inferiores. É contraindicado como retentores diretos em casos de extremidade livre, pois ele fica muito próximo à cervical do dente, para não promover mais retração gengival do dente pilar. Variações: GRAMPO RPI ou API: Formado por apoio, placa proximal do lado da extremidade livre e o grampo I por vestibular. Então, por V, só o que aparece é o grampo em I. É o grampo em barra mais indicado para extremidade livre. Vantagens: - ele exerce menor torque sobre o dente suporte, pois tem a placa proximal que estabiliza o dente na face que é vizinha ao espaço desdentado; - é estético, pois por V só aparece o grampo em I; - promove estímulo fisiológico de transmissão de força pro dente por possuir o apoio. É contraindicado só quando não se consegue preparar um Plano Guia (corte para remover o ângulo de convergência cervical) na D desses dentes. Isso acontece quando esse dente é uma coroa de prótese fixa, e o risco de se cortar a prótese fixa e perder a coroa é muito grande. Então, deve-se mudr o planejamento e indicar outro grampo. Grampo contínuo de Kennedy ou barra dental anterior: Não se enquadra nos grampos circunferenciais nem nos por ação de ponta. Parece uma contenção. É feito normalmente em arcada inferior, apoiada no cíngulo de canino à canino. É indicado para: - Classes I ou II (pois são as classes que têm esses dentes); - Como contenção desses dentes, caso eles tenham passado por algum tratamento periodontal. Função: retentor indireto. Não serve como retentor direto. Sempre associado à ele, vem algum grampo por V. Conectores: Conectores maiores podem ser de 2 tipos: barras ou placas. Conectores menores podem ser de 3 tipos: conexões rígidas, conexões elásticas, conexões articuladas. Conector Maior: Há diferença de desenho do conector maior quando ele é para Mx e para Md, pois na Md há a língua. Para a Mx há 3 tipos de conector maior: Barra palatina em U (ou ferradura); Barra anteroposterior; Placa palatina. Já para o arco mandibular (Md) há 4 tipos de conector maior: Barra lingual; Barra dental; Placa lingual; Barra vestibular. Para fazer um conector maior, para que não prejudique os tecidos de suporte, algumas distâncias devem ser respeitadas: Distância da margem anterior do conector maior até a margem cervical dos dentes remanescentes = 5 – 6 mm. Se cobrir as rugosidades palatinas, afeta a pronúncia do paciente. A largura do conector maior deve ser = 6 mm. Pode ser de 5mm se utilizar uma barra dupla. A espessura da barra = 2 mm. O formato da secção desse barra deve ser plana, retangular ou oval. Os conectores maiores têm a função de unir todos os elementos constituintes da PPR localizados nos dois lados do arco. Está ligada às outras partes direta ou indiretamente. Deve ser rígido e resistente à torção, além de respeitar os tecidos moles e ósseos subjacentes (tecido gengival, torus). A rigidez do conector faz com que os esforços aplicados em qualquer parte da prótese possam ser eficientemente distribuídos por toda área de sustentação, incluindo os dentes de suporte e as áreas de tecido fibromucoso. Os conectores maiores para maxila e mandíbula possuem desenhos diferentes para se adaptar às diversas situações clínicas. Maxila: Barra Palatina em U, Barra Anteroposterior, Placa Palatina. Mandíbula: Barra Lingual, Barra Dental, Placa Lingual, Barra Vestibular. Maxila (Secção plana, retangular ou oval) Barra Palatina em U ou Ferradura: Tem o formato semelhante ao de uma ferradura. Indicação: para pacientes que têm tórus palatino inoperável. Contraindicação: pois causa deformação (distorce durante a manipulação e higienização), recobrimento da rugosidade palatina (acaba interferindo na fala). Barra Anteroposterior ou Barra Dupla: Parece a Barra Palatina em U, porém é fechada na região posterior. Indicação: tórus palatino pouco volumoso ou ausente. Contraindicação: tórus palatino volumoso e inoperável (pois não tem como a barra posterior passar pelo palato). Placa Palatina Parcial: É parcial quando não recobre toda a extensão do palato. Indicação: necessidade de distribuição de forças (por exemplo, paciente que tem pouca inserção óssea nos dentes pilares). Contraindicação: estética (não aparece – depende do movimento para falar e sorrir –, mas tem paciente que se sente desconfortável por ter uma grande quantidade de metal no palato) e desconforto (por recobrir tanto o palato). Possui vários formatos, o que vai depender do tamanho do espaço desdentado. Placa Palatina Total: Recobre toda a extensão do palato (parece uma prótese total). Indicação: necessidade de distribuição de forças na região do palato – geralmente quando tem pouco dente remanescente. Contraindicação: estética e desconforto. A Placa Palatina Total pode ter 3 tipos de cobertura: Cobertura total metálica: o palato é recoberto totalmente por metal, e por cima do metal vem os dentes artificiais. - Maior condutividade térmica; - Maior rigidez; - Absorção nula; - Não permite reembasamento. Cobertura total acrílica: a malha se estende um pouco para a região do palato, e todo o resto vai ser recoberto com resina acrílica, parecendo uma prótese total. - Reembasamento total; - Facilidade de ajustes; - Estética; - Mais espessa que a de metal, para conferir rigidez; - Absorção de fluidos; - Sem condutividade térmica. Cobertura metálica + acrílica: o palato todo recebe malha, e por cima dessa malha vai o acrílico. - Reembasamento parcial; - Baixa condutividade térmica. Mandíbula (Secção em forma de meia pera). As distâncias que devem ser respeitadas na confecção do Conector Maior são: Distância da margem anterior do conector maior até a margem cervical dos dentes remanescentes = 3 – 4 mm. A largura do conector maior deve ser = 4 – 5 mm. Formato de meia pera (lado plano voltado para o rebordo) – esse formato serve para evitar a impactação de alimento. Barra Lingual: Parece a barra palatina em U Indicação: todas as classes de Kennedy. Contraindicação: necessidade de alívio (desconforto – impacção), deformação (assim como a barra palatina em U, na manipulação pode sofrer deformação se o paciente não for cuidadoso). Barra Dupla Lingual: Indicação: todas as classes (desde que se tenha dente anterior), retenção direta, estabilização lateral. Contraindicação: dentes anteriores excessivamente inclinados para lingual. Placa Lingual: Indicação: todas as classes, altura suficiente, tórus mandibular, contenção periodontal. Contraindicação: conforto. Barra Vestibular: Indicação: dentes inferiores excessivamente inclinados para lingual e Tórus mandibular volumoso e inoperável. Contraindicação: estética e conforto. Fatores que determinam a escolha do conector maior: Biomecânica: envolve a distribuição de força. Necessidade de retenção indireta (só os dentes pilares conseguem garantir a retenção da prótese?) Quantidade e qualidade do suporte dental Características Anatômicas: Tórus Interferência dental/ óssea Fonética: Evitar recobrir rugosidades palatinas Estética (aparecendo a menor quantidade de metal possível na boca do paciente). Conector Menor: é o elemento que serve de união entre o conector maior e os demais elementos que constituem a PPR (retentores diretos, apoio, sela, etc). Dentossuportada x Dentomucossuportada Para as próteses dentossuportadas a transmissão de força é exclusivamente via dente (a mucosa e o rebordo não participam da distribuição de força). Já a prótese dentomucossuportada, a força gerada na mastigação sobre os dentes artificiais, é transmitida pelo dente pilar e também pela mucosa que está abaixo dessa base. O dente e a mucosa não tem o mesmo grau de movimentação. A movimentação da mucosa é cerca de 13 vezes maior do que a movimentação do dente. Por causa dessa diferença de distribuição de força, é que surgiram diferentes tiposde conectores menores. - Conexões rígidas = são os conectores tradicionais. São os mais usados. Conectores menores fundidos. Altamente rígidos e de curta extensão. Sem dissipação de forças. - Conexões elásticas = são sistemas de encaixe. Os conectores menores são substituídos por sistemas de molas. Idealizadas para solucionar o problema de PPRs dentomucossuportadas. Não há controle quanto à distribuição de forças. - Conexões articuladas = deve-se preparar uma coroa. Podem ser rígidas (toda metálica, sem movimentação nenhuma), elásticas (permite alguma movinetação durante a função) ou bisagra/charneira (funcionam como uma fechadura, são de encaixe). Base ou Sela: A parte de resina também é chamada de sela, pela semelhança de formato com a sela de cavalo. Funções: fixação dos dentes artificiais, participa da transferência de forças oclusais às estruturas de suporte e estética (sobretudo quando há muito perda óssea). O relacionamento da base com a mucosa: Passivo=> - PPRs dentossuportadas; - Transmissão de forças através dos dentes; - Exceção: PPRs dentossuportadas extensas e condição periodontal ruim. Ativo=> - PPRs dentomucossuportadas; - Transmissão de forças através dos dentes, conectores maiores e bases. A base protética ou sela pode ser confeccionada em metal (malha metátilca) ou resina (termoativada). Essa malha metálica pode ter vários formatos, o que não interfere na distribuição de forças, nem na estabilidade. Dentes Artificiais: Funções: as mesmas dos dentes naturais (estética e função mastigatória). Características: cor (utiliza uma escala de dente de resina), forma e tamanho semelhantes aos naturais remanescentes. Montagem: Dificuldades = - Dentes remanescentes mal posicionados; - Elementos interferindo na posição dos dentes; - Malha metálica reduz espaço cérvico-oclusal (necessidade de desagastes); - Dificuldade para ajuste oclusal (necessidade de desgastes). Material com o qual o dente artificial é constituído: Resina Acrílica (mais baratos que os de porcelana) Fácil desgaste (facilidade durante a montagem); Baixa resistência ao desgaste (função, escovação); Alteração cromática (se é fumante vai manchar, mancha com café etc.); Custo. Porcelana Resistência ao desgaste; Estabilidade cromática por tempo indefinido; Custo alto; Dificuldade de ajuste; Sem união química à base; Friável (se a prótese cair, pode quebrar ou trincar); Oclusão metálica. A indicação vai depender do arco antagonista. Se o arco antagonista for uma PT de resina, não tem como fazer uma PPR de porcelana, pois haverá desgaste da resina. DELINEAMENTO Equador dental: é uma linha que divide o dente no seu maior diâmetro (parte oclusal/incisal e parte cervical). É traçado na mão mesmo. Considera cada dente isoladamente. Equador protético: considera a arcada toda em conjunto. O traçado é sempre perpendicular ao solo, ao plano oclusal. Se alterar a posição do modelo, vai mudar o traçado do equador protético. Esse é o traço de interesse na PPR, pois ele determina a retenção da prótese. O equador protético vai dividir o dente em duas partes: retentiva (abaixo do equador) e expulsiva (acima do equador) [esse abaixo e acima é considerado da mesma forma para os modelos da Mx e Md, pois no delineador, o modelo é posto com a oclusal para cima]. Essa linha é importante para se posicionar as partes do grampo; somente a PONTA ATIVA do braço de retenção que fica abaixo da linha do equador (dentro da área retentiva), todo o restante do grampo tem que ficar em área expulsiva (acima do equador). Para determinar o traçado, usa-se o DELINEADOR. Delineador: Aparelho de uso protético usado para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superfícies de dentes e outras partes do modelo de uma arcada dentária. É necessário que as superfícies que delimitam o espaço desdentado estejam paralelas entre si, pois é nelas que a prótese vai deslizar até assentar corretamente. Então, se um dente estiver mais inclinado que o outro, acaba forçando mais esse dente. É através do delineamento que procuramos o paralelismo dessas superfícies. Sinônimos: Paralelômetro, Tangenciômetro ou Paralelígrafo. É constituído pelo delineador propriamente dito e pela mesa. Princípio de funcionamento de um delineador: Todas as perpendiculares a um mesmo plano (plano oclusal) são paralelas entre si. Após fazer o traçado do equador e quando for posicionar o modelo na mesa do delineador, vamos ter que definir o eixo, a trajetória de inserção dessa prótese removível. É o trajeto que a prótese percorre desde o 1º contato que ela tem com o dente até o completo assentamento dessa peça na boca. Quando isso acontece, o grampo tem que manter a relação de só a ponta ativa ficar dentro da área retentiva. Para definir essa posição, deve-se levar em consideração os Planos Guia, a Estética necessária para cada caso, as Áreas de Retenção e as Áreas de Interferência. Plano Guia: é o paralelismo que agente determina entre duas superfícies de dentes que delimitam o espaço desdentado (com o menor ângulo de convergência, pois esse espaço do ângulo confere uma retenção indesejada e que acumula restos de alimentos – chamado de espaço morto – elimina-se esse espaço com desgastes, e quando se faz esse desgaste, estabelece-se o plano guia). Então, normalmente o Plano guia é estabelecido com desgastes para eliminação do espaço morto. Estética: mais ligado à localização de grampo. Na região anterior, evita-se aparecer grampos. Áreas de Retenção: áreas localizadas abaixo da linha do equador protético que servem para promover a retenção da prótese. Estão relacionadas com o posicionamento da ponta ativa do grampo. Estabelecidas durante o delineamento Áreas de Interferência: são estruturas (pode ser dente, tórus, crescimento ósseo exagerado em alguma região) que vão interferir na trajetória de inserção da prótese. São observadas durante o delineamento, e encaminhamos para a cirurgia etc. Sequência de delineamento: Definir a trajetória de inserção (paralela ao plano oclusal); Fixar a mesa (espaços mortos) e registrar a posição selecionada; Posicionar grafite na bainha (na canaleta) e fixar o conjunto no mandril; Movimentar a mesa e o grafite acompanhando a gengiva marginal; Caibrar (0,25 m; 0,50 mm; 0,75 mm). Para estabelecer a trajetória de inserção da prótese, existem 3 técnicas: Técnica da Bissetriz (não se usa pois é difícil de fazer); Técnica de Roach (Técnica dos três pontos); ou Técnica da Conveniência (Applegate). Técnica de Roach (Técnica dos três pontos): tem que alinhar 3 pontos num mesmo plano para achar o plano de inserção da prótese (2 pontos posteriores e 1 ponto anterior). Esses pontos, quando os dentes estão presentes, são: crista marginal M dos 1º molares sup. e inf. e a região de linha média sobre o cíngulo de incisivo sup. e a borda incisal na região de linha média de dente inferior (na ausência de algum desses elementos, passa para o próximo). Se não tiver nenhum dente posterior, dá para fazer essa técnica, porém dificulta um pouco. Tem que fazer um rolete de cera na região posterior para simular o ponto posterior (geralmente, quando não tem dente posterior, utiliza-se a técnica da conveniência). Então, posiciona a ponta diagnóstico no delineador, prende o modelo na mesa, desce a ponta diagnóstico e tenta alinhar os 2 pontos posteriores. Quando tiver alinhado, ver se também está alinhado com o ponto anterior. Normalmente não está, então, inclina um pouco o modelo na região anterior para baixo. É UM TESTE DE PACIÊNCIA !! Depois que foi encontrado esse plano, trava a junta universal e transfere esses pontos para uma região do modelo que não vá sofrer desgaste (normalmente região do palato ou parte externa do modelo). Assim, o modelo está pronto para ser delineado. Essa técnica é indicada para próteses destossuportadas pela facilidade de já ter os 3 pontos! Pode ser usada em prótese dentomucossuportada, desde que se faça um rolete de cera simulando os pontos posteriores. Uma outra maneira de usar essa técnica em prótese dentomucossuportada, é quando, por acaso, o dente anterior Canino foi transformado em pré-molar. Faz da mesma maneira. Técnica da Conveniência (Applegate): técnica mais fácil. Utilizada para próteses dentomucossuportadas (com extremidade livre). Busca o paralelismo entre as superfícies que são vizinhas ao espaço. Então, ao invés de apoiar a ponta na superfície oclusal do dente, desce a haste inteira, e essa haste tem que ficar o mais paralelo possível com os dentes vizinhos ao espaço (vai inclinando a mesa até sumir com o espaço morto, com o ângulo de convergência cervical – o máximo possível). Isso não vai ser possível quando: quando tiver um molar muito mesializado – nunca se consegue deixar o molar que inclinou, paralelo aos dentes anteriores que estão bem posicionados. Depois que achou o plano de inserção, travou o modelo na mesa, transferiu os pontos para uma região do modelo que não vá sofrer desgaste, passa-se para o traçado do equador protético. Esse traçado é feito com grafite. O dente que é interessante saber se tem área retentiva e expulsiva, são os que vão receber grampo (vizinhos do espaço – pilares direto – e alguns dentes utilizados como pilar indireto para dar um ponto de estabilidade do outro lado do arco). Depois, coloca-se o grafite na altura da margem gengival do dente e vai girando tanto o grafite quanto o modelo, contornando todo o dente. Vai riscar onde o dente é mais proeminente. Coloca sempre na altura da margem gengival para não fazer o traço errado. Depois de traçado o equador protético, calibra-se a retenção. Dependendo da liga que vai usar, precisa de um grau de retenção maior. A menor é utilizada para a liga de Co-Cr (prateada), para próteses definitivas. A média é utilizada para liga de Ouro, porque ouro é maleável, flexiona mais, dando para ter uma retenção maior, mais longe da linha do equador. A maior é utilizada para próteses profisórias, com fio ortodôntico, que é mais flexpivel ainda que a liga de ouro. Para fazer essa calibragem de retenção, coloca-se a cabeça do calibrador na altura do equador, e depois vai descendo até ela ter um segundo toque (a haste vai tocar na linha do equador e a cabeça abaixo da linha do equador), formando um triângulo. Essa calibragem serve para saber onde exatamente vai a ponta ativa do grampo (a altura) (A calibragem só dá referência no sentido de altura, a posição M e D não dá). Depois de tudo isso, estuda-se o modelo para ver se precisa de desgaste, eliminar ou aumentar áreas retentivas etc. Então, 1º é o Plano Guia (ver se tem espaço morto muito grande nas superfícies vizinhas ao espaço desdentado). Se tiver, desgasta primeiro no modelo, e depois transfere para a boca do paciente fazendo um casquete. Por L o opositor tem que ficar acima do equador (ele é completamente rígido). Se o traçado do equador for alto, será feito um desgaste no dente, para esse equador descer e conseguir colocar o opositor todo em área expulsiva. Depois de tudo, transfere para a boca do paciente. Funções do delineamento: Análise preliminar do modelo de estudo (para avaliar área de retenção, área de interferência, necessidade de desgaste e de acréscimo de material); Determinar a via de inserção das próteses; Preparo do modelo para diagnóstico; Preparo de planos guia e alteração do contorno axial; Posicionar encaixes; Fresagens; para o técnico de laboratório Recorte de cera após a realização dos alívios. IMPORTANTE: Saber as funções principais do delineamento; as técnicas de estabelecimento da via de inserção (técnica de Roach e Técnica da Conveniência); a sequência de execução do delineamento completo; e calibragem de retenção (com qual liga usa com cada ponta calibradora).
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