Buscar

T02_Principios_da_Prospeccao_Geoquimica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Disciplina: Prospecção e Pesquisa Mineral
Código: IA 277
Professor: Francisco Silva
Departamento de Geociências (IA)
UFRuralRJ
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Princípios da Prospecção Geoquímica
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Princípios Básicos da Prospecção GeoquímicaPrincípios Básicos da Prospecção Geoquímica
• Um dos principais objetivos da prospecção geoquímica é 
compreender a distribuição dos diferentes elementos químicos, nos 
vários componentes do planeta (rochas, solos, drenagem, águas 
minerais, etc.), e aplicar este conhecimento na identificação de locais 
onde ocorrem concentrações que não se enquadram no habitual.
• Algumas das áreas de aplicação da prospecção geoquímica 
são:
> Localização de depósitos minerais e de
hidrocarbonetos
> Estudo do meio ambiente
> Estudo dos efeitos do ambiente na saúde humana e 
animal
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Algumas das vantagens da utilização da prospecção geoquímica na
pesquisa mineral são (Licht, 2007):
> Permite localizar anomalias associadas a ocorrências 
minerais de baixo teor ou sem expressão superficial
> Permite detectar anomalias, deslocadas ou não, associadas 
a falhamentos que cortam depósitos em profundidade ou sob 
cobertura sedimentar
> Orienta os métodos geofísicos de prospecção na 
confirmação de anomalias geoquímicas
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
> Constitui uma ferramenta de baixo custo na prospecção de
depósitos minerais. O mesmo se aplica à programas 
regionais de saúde na identificação da presença de 
determinados elementos em quantidades nocivas à saúde
> Ajudam no refinamento de mapas geológicos ao contribuir 
para uma melhor definição dos tipos litológicos
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Amostragem Geoquímica
• Os métodos geoquímicos envolvem a coleta e análise de diferentes 
tipos de material. Estes métodos são eficientes e capazes de detectar 
mineralizações mesmo pouco perceptíveis que, de outra forma, 
dificilmente seriam reveladas. Os materiais amostrados podem ser:
> Sedimentos de corrente
> Solo
> Rochas
> Água
> Plantas
> Ar
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Mesmo após a descoberta de uma mineralização, os métodos 
geoquímicos continuam a ser empregados como, por exemplo, na 
geoquímica de solos, para melhor delimitação do corpo mineral.
• As amostras de geoquímica são analisadas comumente para vários 
elementos químicos, em função da geologia e do tipo de 
mineralização.
• Muitos elementos estão associados com certos tipos de mineralização 
e, apesar de não serem os alvos diretos da pesquisa, ajudam na 
descoberta e delimitação da mineralização.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Noção de Background
• A superfície terrestre apresenta uma grande variedade de tipos 
litológicos. Estes tipos podem ser descritos em termos de valores 
médios de cada um dos elementos químicos que os compõe.
• No entanto, um conceito distinto e mais aplicável, dada a grande 
variabilidade química das rochas, mesmo entre aquelas de 
classificação litológica similar, é a noção de background.
• O background não representa um único valor. Este corresponde a 
uma faixa de valores que flutua entre um valor mínimo e um valor 
máximo. 
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Isto significa dizer que o background representa um conjunto ou uma 
distribuição de valores. Estes valores são considerados como usuais 
ou de ocorrência comum.
• O termo aplica-se com relação a concentração de determinado 
elemento químico, em um meio específico, como rocha, água, solo, 
etc.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elem Solos Crosta Argilas Ígnea Félsica Interm Máfica Ultram
Ti 4600 5000 4500 4400 2300 8000 9000 3000
Mn 850 975 760 1000 500 1200 2200 1300
Ba 500 450 690 640 720 650 270 15
Zr 300 190 200 170 190 260 100 30
Sr 300 385 450 350 290 800 440 27
Cr 200 150 130 117 14 56 300 2000
V 100 145 130 90 30 100 200 140
Rb 80 165 270 280 275 70 45 2
Zn 50 125 80 80 50 105 130 50
Andrews­Jones (1968)
Abundância média dos elementos traço em ppm
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elem Solos Crosta Argilas Ígnea Félsica Interm Máfica Ultram
Ce 50 45 50 40 87 nd 48 nd
Ni 40 95 95 100 4.25 55 160 1200
Li 30 45 60 50 50 20 15 2
Ga 20 15 30 20 24 20 18 4
Cu 20 75 57 70 20 35 140 80
Nb 15 20 20 20 20 3.5 20 15
Pb 10 15 20 16 11 17 8 nd
Sn 10 40 16 32 24 nd 6 nd
B 10 10 56 13 15 nd 10 40
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Andrews­Jones (1968)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Elem Solos Crosta Argilas Ígnea Félsica Interm Máfica Ultram
Co 10 35 22 18 3 20 45 200
Th 13 10 11 13 18 7 3 6
Be 6 4.5 5 4.2 5.25 nd 1.5 0.2
Ge 5 4 4.5 2 2.25 1.5 1.5 nd
As 5 3.5 6.6 2 1.5 2.4 2 2.3
Cs 5 1 10 10 5 nd 1 nd
Mo 2.5 2.5 2 1.7 2 0.9 1.4 0.4
U 1 3.4 3.2 2.6 4 1.8 0.8 0.05
Ag 1 0.06 0.5 0.2 0.09 nd 0.3 0.3
Andrews­Jones (1968)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Abundância média dos elementos traço em ppm (cont.)
Elem Solos Crosta Argilas Ígnea Félsica Interm Máfica Ultram
Cd 0.5 0.2 0.5 0.13 0.1 nd 0.2 nd
Se 0.5 0.07 0.6 0.01 0.05 nd 0.05 nd
W nd 1.2 2 2 2 1 10 nd
Sb nd 0.6 1.25 0.3 0.3 0.2 0.15 0.1
Hg 0.01 0.07 0.04 0.06 0.06 nd 0.09 nd
Bi nd 0.34 0.01 0.1 0.18 nd 0.15 nd
Au nd 0.001 nd 0.001 0.01 nd 0.035 0.1
Andrews­Jones (1968)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Anomalia
• Quando os valores encontrados são diferentes daqueles pertencentes 
a faixa de valores (normais) do background, estes são considerados 
como anômalos ou relacionados a uma anomalia.
• A anomalia pode ser positiva, no caso do valor encontrado ser
superior ao valor máximo de background (limiar), ou negativa se a 
concentração deste valor for inferior ao valor mínimo de background.
• Por exemplo, dizer que uma anomalia é três vezes maior do que o 
background significa dizer que foi estabelecida uma média para a 
faixa de valores background, e que a concentraçãodo elemento 
químico em questão é três vezes superior a este valor médio definido.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Dispersão Geoquímica
• A prospecção geoquímica baseia-se em estudos sistemáticos da 
dispersão de elementos químicos, nos meios circundantes como 
água, sedimentos de corrente, solo, ar, plantas, etc. (exógena). Por 
outro lado, a dispersão endógena relaciona-se com processos como 
cristalização, metamorfismo, alteração hidrotermal e outros. 
• A dispersão pode ser compreendida como uma distribuição ou 
redistribuição de elementos químicos devido a agentes físicos e/ou 
químicos e outros.
• A dispersão geoquímica se materializa através de halos geoquímicos 
ao redor da mineralização.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Em geral, os teores encontrados nos halos são menores do que 
aqueles encontrados na própria mineralização, mas são 
significativamente mais elevados do aqueles encontrados no 
background.
• Segundo o ambiente geoquímico, a dispersão é classificada em:
> Halo ou dispersão primária
> Halo ou dispersão secundária
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Halo ou Dispersão Primária
• São halos formados durante o processo de gênese do depósito, 
sendo comumente produto de alteração hidrotermal. As 
características destes halos estão ligadas ao tipo de rocha que os 
hospeda, sendo as rochas mais permeáveis, porosas e fraturadas 
aquelas que normalmente mostram os halos mais desenvolvidos. 
• Estes halos estão relacionados com ambientes mais interiores da 
crosta onde atuam processos ígneos, metamórficos e de alteração 
hidrotermal. Este ambiente é caracterizado por P e T maiores, pouco 
ou nenhum oxigênio e com uma circulação de fluidos 
comparativamente limitada.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Os depósitos do tipo cobre porfirítico possuem, comumente, halos 
primários bem desenvolvidos devido a alteração hidrotermal, tanto em 
zonas internas ao próprio corpo como nas rochas encaixantes.
• Na prospecção direta destes halos, as campanhas de litogeoquímica 
mostram-se importantes, tais como: 
> prospecção a martelo (rock sampling)
> amostragem de canal (channel sampling) 
> trincheiras e poços de pesquisa (trench and pit 
sampling)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Halo ou Dispersão Secundária
• São halos ligados com a dispersão dos elementos no solo, 
sedimentos de corrente, água, plantas e ar. Estes halos são o 
resultado de processos superficiais como o intemperismo químico, 
biogênico e físico, assim como de processos de formação de solos 
(pedogênese) e sedimentação.
• Este ambiente é caracterizado por baixas P e T, abundante oxigênio e 
outros gases como, por exemplo CO
2
, para além de fluidos com 
ampla movimentação.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Os halos secundários podem se estender por grandes distâncias da 
fonte mineralizada, o que possibilita a sua detecção mesmo quando 
as amostras não são coletadas nas proximidades dos corpos 
mineralizados.
• Estes halos são bastante mais extensos dos que os primários razão 
pela qual, nos trabalhos de prospecção, a nível de reconhecimento, 
estes representam os objetivos mais tangíveis.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Mecanismos de Dispersão Secundária
• Intemperismo físico
Redução dos grãos, por partição, devido ao choque térmico, choque 
físico, etc. 
• Intemperismo químico
Decomposição química dos minerais devido a reação destes com as 
águas superficiais, subterrâneas e elementos atmosféricos.
A oxidação representa o meio mais eficaz de alteração intempérica de 
muitos depósitos minerais.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
A oxidação, em muitos tipos de depósitos minerais, liberta ferro e 
enxofre que, juntamente com outros metais, no ambiente de águas 
superficiais ou subterrâneas, e sob determinadas condições físico-
químicas, podem ser transportados por grandes distâncias.
• Em depósitos com outras características, o manganês e o ferro 
tendem a precipitar ao deixar as condições de pH ácido das 
proximidades dos depósitos alterados.
• Tal precipitação, sob a forma de hidróxidos e de carga negativa, 
tendem a atrair os cátions metálicos que estão em solução nas águas 
superficiais e subterrâneas. Tal processo pode gerar a acumulação de 
íons metálicos em solos e sedimentos.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Dispersão Primária em Rochas Ígneas
• A distribuição de elementos traço em rochas ígneas, nos minerais 
formadores das rochas, é apresentada na tabela a seguir.
Importante referir que a entrada de elementos traço na estrutura de 
minerais depende da disponibilidade destes elementos no magma, 
pressão, temperatura, carga e raio iônico.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
x% 0.x% 0.0x% 0.00x% 0.000x%
Plagioclásio K Sr Ba,Rb,Ti,Mn P,Ga,V,Zn,Ni Pb,Cu,Li,Cr,Co,B
Feldspato K Na Ca,Ba,Sr Rb,Ti P,Pb,Li,Ga,Mn B,Zn,V,Cr,Ni,Co
Quartzo Al,Ti,Fe,Mg,Ca Na,Ga,Li,Ni,B,Zn,Ge,Mn
Anfibólio Ti,F,K,Mn,Cl,Rb Zn,Cr,V,Li,Ni Ba,Cu,P,Co,Ga,Pb Li,B
Piroxênio Al Ti,Na,Mn,K Cr,V,Ni,Cl,Sr P,Cu,Co,Zn,Li,Rb Ba,Pb,Ga,B
Biotita Ti,F Ca,Na,Ba,Mn,Rb Cl,Zn,V,Cr,Li,Ni Cu,Sr,Co,P,Pb,Ga B
Magnetita Ti,Al Mg,Mn,V Cr,Zn,Cu Ni,Co Pb,Mo
Olivina Ni,Mn Ca,Al,Cr,Ti,P,Co Zn,V,Cu,Sc Rb,B,Ge,Sr,As,Ga,Pb
Concentrações de elementos traço nos minerais formadores de rochas (Wedepohl,1971)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• Nas tabelas a seguir, são apresentadas alguns dos principais 
minerais, muitos de interesse econômico, formados a partir de 
elementos menores e elementos traço.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elemento Granitos/Granodioritos Rochas Intermediárias
Ti ilmenita, titanita ilmenita
P apatita apatita
S sulfetos de Fe, Cu, Pb, Zn, etc. o mesmo
B turmalina -
Zr zircão zircão
Li micas de Li, ambligonita, espodumênio -
Be berilo, bertrandita, fenacita, crisoberilo -
F fluorita, topázio -
Cr - -
Mn óxidos secundários o mesmo
 Principais minerais formados por elementos
 menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elemento Granitos/Granodioritos RochasIntermediárias
Cu,Pb,Zn,Ni sulfetos sulfetos
As arsenopirita arsenopirita
Mo molibdenita -
Sn cassiterita -
ETR monazita, alanita, xenotima, Ta-niobatos de ETR -
Nb,Ta columbita-tantalita, pirocloro, microlita, Ta-niobatos de ETR -
Th monazita, torita -
U óxidos de U, fosfatos -
 Principais minerais formados por elementos
 menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elemento RochasMáficas
Rochas
Alcalinas
Rochas
Ultramáficas
Ti ilmenita, titanomagnetita ilmeno-rutilo,titanita, silicatos de Ti -
P apatita apatita -
S sulfetos de Fe, Cu, Pb, Zn, etc. o mesmo o mesmo
B - - -
Zr - zircão, silicatos de Zr -
Li - - -
Be - - -
F - vilaumita -
Cr cromita - cromita
Mn óxidos secundários o mesmo o mesmo
 Principais minerais formados por elementos
 menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elemento Rochas Máficas Rochas Alcalinas
Rochas 
Ultramáficas
Cu,Pb,Zn,Ni sulfetos sulfetos sulfetos
As arsenopirita - -
Mo - molibdenita -
Sn - - -
ETR - loparita, silicatos complexos -
Nb,Ta - loparita -
Th - torita -
U - - -
 Principais minerais formados por elementos
 menores e elementos traço (Beus & Grigorian, 1975)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Mobilidade no Ambiente Secundário
• A mobilidade de um elemento químico está relacionada com a sua 
capacidade de deslocar-se no ambiente secundário (dispersão 
secundária). Elementos químicos em materiais clásticos (dispersão 
mecânica) têm uma mobilidade distinta de quando se deslocam em 
solução (dispersão hidromórfica).
• Alguns elementos, tais como o Au, Be, Si, Sn e Ti, ocorrem como 
minerais estáveis ou em minerais estáveis, sendo muito resistentes 
aos efeitos da meteorização. 
• Estes elementos têm, em geral, uma baixa mobilidade e estão 
dispersos, em solos e sedimentos de corrente, como materiais 
clásticos, estando sujeitos a uma alteração física (mecânica) lenta.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• No entanto, em alguns regimes fluviais, alguns destes minerais (e.g. 
cassiterita) podem ser transportados por longas distâncias.
• Outros elementos, entretanto, encontram-se no outro extremo em 
termos de dispersão secundária. São os elementos de forte 
mobilidade, como o K, Li, Mg e Na, que rapidamente se solubilizam 
em águas subterrâneas e superficiais.
• Muitos dos elementos de interesse para a prospecção geoquímica 
estão entre estes extremos, e podem ter uma larga variabilidade de 
mobilidade dependendo do ambiente em que se encontram.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• No caso dos materiais clásticos, os principais parâmetros que 
condicionam a mobilidade (dispersão mecânica) são:
> Viscosidade do meio
> Velocidade de transporte (função da topografia)
> Características do material transportado
> Características do fundo (transporte aluvionar)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• O transporte em solução (dispersão hidromórfica), por outro lado, têm 
como principais parâmetros:
> pH
> Eh
> Adsorção
> Gases dissolvidos
> Presença de microorganismos/matéria orgânica
> Formação de íons complexos
• Importante relevar que a dispersão hidromórfica representa um 
importante mecanismo de transporte de metais em ambiente 
superficial durante a intemperização do depósito mineral. Este 
processo é fundamental na deposição de metais em minerais 
associados com os regolitos e drenagem e, em consequência, na 
formação de anomalias.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
• O conhecimento da mobilidade de um elemento químico, numa certa 
área, é de grande importância para a interpretação dos resultados da 
amostragem de sedimentos de corrente e geoquímica de solos.
• Em resumo: quanto maior a dispersão dos elementos presentes numa 
mineralização para a área circundante, maior a facilidade na detecção 
do depósito mineral.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Falsa Anomalia e Contaminação
• Processos como, por exemplo, adsorção ou mudanças de pH, para 
além de outros, podem ser responsáveis por concentrar de forma 
anômala elementos químicos sem que tal concentração tenha 
qualquer relação com uma mineralização.
• Tal concentração de elementos químicos em uma qualquer barreira 
geoquímica é denominada por falsa anomalia geoquímica.
• A ocorrência de uma falsa anomalia pode ser também devido a 
processos não naturais. Exemplos são a contaminação devido a 
materiais inadequados na amostragem, fábricas, estradas, 
fertilizantes, etc.
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elemento Farejador ou Indicador (Pathfinder)
• Idealmente, para além dos elementos de interesse econômico direto, 
são analisados ainda outros elementos químicos com as seguintes 
características ou propriedades:
> Mostram-se associados ao tipo de mineralização e metal objeto 
da prospecção. Alguns destes elementos possuem uma grande 
mobilidade e, por conseguinte, podem apresentar um halo de 
dispersão secundário bem mais alargado do que aquele formado 
pelo metal de interesse
> Podem ser analisados por métodos analíticos confiáveis e de 
baixo custo
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
> Produzem o maior halo de dispersão possível, isto é, têm uma 
grande mobilidade geoquímica (ambiente primário ou 
secundário). Em geral, o elemento farejador possui uma 
mobilidade superior ao elemento objeto da prospecção
• Desta forma, e através de anomalias relacionadas com os elementos 
farejadores, é possível chegar ao metal de interesse. 
• Alguns exemplos de elementos farejadores são apresentados na 
tabela a seguir:
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos 
Farejadores
Tipos de Depósitos
As Au,Ag; do tipo veio
As Au-Ag-Cu-Co-Zn; minérios de sulfetos complexos
B W-Be-Zn-Mo-Cu-Pb; skarns
B Sn-W-Be; veios ou greisens
Hg Pb-Zn-Ag; depósitos complexos de sulfetos
Mo W-Sn; depósitos de metamorfismo de contato
Mn Ba-Ag; depósitos de veio, cobre porfirítico
Se,V,Mo U; tipo arenito
Cu,Bi,As,Co,Mo,Ni U; tipo veio
Mo,Te,Au Cobre porfirítico
Pd,Cr,Cu,Ni,Co Platina em rochas ultramáficas
Zn Ag-Pb-Zn; depósitos de sulfetos em geral
Zn,Cu Cu-Pb-Zn; depósitosde sulfetos em geral
Rn U; todos os tipos de ocorrência
SO4 Depósitos de sulfeto de todos os tipos
Exemplos de elementos farejadores na detecção de depósitos minerais (Levinson, 1980)
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of  Major Associated
Deposit  Components Elements
Magmatic Deposits
Chromite ores (Bushveld) Cr Ni, Fe, Mg
Layered magnetite (Bushveld) Fe V, Ti, P
Immiscible Cu­Ni­sulphide (Sudbury) Cu, Ni, S Pt, Co, As, Au
Pt­Ni­Cu in layered intrusion (Bushveld) Pt, Ni, Cu Sr, Co, S
Immiscible Fe­Ti­oxide (Allard Lake) Fe, Ti P
Nb­Ta carbonatite (Oka) Nb, Ta Na, Zr, P
Rare­metal pegmatite Be, Li, Cs, Rb B, U, Th, REE
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of  Major Associated
Deposit  Components Elements
Hydrothermal Deposits
Porphyry copper (Bingham) Cu, S Mo, Au, Ag, Re, As, Pb, Zn, K
Porphyry molybdenum (Climax) Mo, S W, Sn, F, Cu
Skarn­magnetite (Iron Springs) Fe Cu, Co, S
Skarn­Cu (Yerington) Cu, Fe, S Au, Ag
Skarn­Pb­Zn (Hanover) Pb, Zn, S Cu, Co
Skarn­W­Mo­Sn (Bishop) W, Mo, Sn F, S, Cu, Be, Bi
Base metal veins Pb, Zn, Cu, S Ag, Au, As, Sb, Mn
Sn­W greisens Sn, W Cu,Mo,Bi,Li,Rb,Si,Cs,Re,F,B
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of  Major Associated
Deposit  Components Elements
Hydrothermal Deposits (cont.)
Sn­sulphide veins Sn, S Cu, Pb, Zn, Ag, Sb
Co­Ni­Ag veins (Cobalt) Co, Ni, Ag, S As, Sb, Bi, U
Epithermal precious metal Au, Ag Sb, As, Hg, Te, Se, S, Cu
Sediment hosted precious metal (Carlin) Au, Ag As, Sb, Hg, W
Vein gold (Archaean) Au As, Sb, W
Mercury Hg, S Sb, As
Uranium vein in granite U Mo, Pb, F Unconformity linked
Uranium U Ni, Se, Au, Pd, As
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of  Major Associated
Deposit  Components Elements
Hydrothermal Deposits (cont.)
Copper in basalt (L. Superior type) Cu Ag, As, S
Volcanic­assoc. mass. sulp. Cu Cu, S Zn, Au
Volcanic­assoc. mass. sulp. Zn­Cu­Pb Zn, Pb, Cu, S Ag, Ba, Au, As
Au­As rich Fe formation Au, As, S Sb
Mississipi Valley Pb­Zn Zn, Pb, S Ba,F,Cd,Cu,Ni,Co,Hg
Mississipi Valley fluorite F Ba, Pb, Zn
Sandstone­type U U Se, Mo, V, Cu, Pb
Red bed Cu Cu, S Ag, Pb
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Elementos guia úteis em prospecção (Evans, 1998)
Type of  Major Associated
Deposit  Components Elements
Sedimentary Types
Copper shale (Kupferschiefer) Cu, S                 Ag, Zn, Pb, Co, Ni, Cd, Hg
Copper sandstone Cu, S Ag, Co, Ni
Calcrete U V
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
Principais Etapas da Prospecção Geoquímica 
1. Planejamento e reconhecimento da área
2. Amostragem
3. Análises químicas
4. Interpretação
5. Follow up
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
1. Planejamento geral e reconhecimento da área
> Definição do metal, modelo geológico, tipo de mineralização, 
volume e teores de interesse
> Definição dos recursos (financeiro, humano e técnico) disponíveis
> Levantamento bibliográfico. Localização das ocorrências 
conhecidas. Trabalhos geoquímicos anteriormente executados na 
área ou região
> Reconhecimento geológico da área ou região, o que inclui visitar 
as ocorrências (relacionadas) conhecidas 
> Escolha da área ou região para amostragem e definição das 
técnicas de amostragem a serem utilizadas no levantamento de 
campo
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
2. Planejamento da amostragem
> Planejamento do trabalho de amostragem em função das 
características do tipo de depósito alvo da prospecção
> Analisar a área de prospecção e tentar compreender como se 
desenvolve a dispersão primária e a secundária
> Definir o tipo de amostragem e procedimentos
> Definir o intervalo da amostragem, densidade e orientação
> Definir o tipo de observações que devem ser realizadas no 
campo em apoio à interpretação dos resultados da amostragem
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
> Definir os procedimentos na preparação das amostras
> Definir as frações granulométricas a analisar
> Definir os elementos que devem ser analisados em função do 
elemento de interesse, tipo de mineralização e correlações entre 
os vários elementos associados 
> Definir o método analítico mais apropriado em função dos 
elementos a analisar, custos e confiabilidade dos resultados
> Notar que muitas das questões acima podem ser definidas pela 
execução de uma geoquímica orientativa, caso esta seja possível 
de realizar
> Escolher o laboratório para as amostras de rotina. Para as 
amostras de controle pode ser o mesmo ou outro. Ambos devem 
ser credenciados
> Forma de apresentação dos resultados
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
3. Análises Químicas
> Planejar os procedimentos QA/QC relativamente a qualidade das 
análises químicas
> Obter as amostras padrão e os brancos de laboratórios 
certificados. Confeccionar os brancos se for o caso
> As amostras duplicatas servirão para observar e mensurar a 
precisão enquanto as amostras padrão e os brancos serão 
utilizados na definição da exatidão ou acuracidade das análises 
químicas
> Escolha da frequência de inserção das amostras duplicatas, 
amostras padrão e brancos. Também planejar para a realização 
de testes interlaboratoriais
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
4. Interpretação
• Métodos estatísticos e geoestatísticos são comumente utilizados na 
interpretação de dados geoquímicos.
Com relação à interpretação dos resultados obtidos com a 
amostragem de sedimentos de corrente, em particular, deve-se 
observar o seguinte:
> Este tipo de amostra é composta 
> A localização espacial da amostra representa o ponto da coleta e 
não diretamente o local de uma possível mineralização
> Estas questões devem ser considerados quando da interpretação 
dos resultados e planejamento do follow up
 Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA)
Princípios da Prospecção Geoquímica
5. Follow Up
• Depois de definida in situ a anomalia como verdadeira ou mesmo 
como indefinida, vários tipos de trabalho follow up podem ser 
desenvolvidos no terreno, tais como:
> Densificação da amostragem por sedimento de corrente à 
montante da amostra anômala
> Instalaçãode uma malha regular para a amostragem de solos na 
área interpretada como fonte da anomalia
> Mapeamento geológico expedito para a verificação da geologia e 
possíveis mineralizações
> Abertura de poços e/ou trincheiras
> Utilização de métodos geofísicos mais econômicos se disponíveis 
(um levantamento geofísico maior requer melhor definição da 
mineralização)
> Combinação dos métodos acima
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50

Continue navegando