Buscar

Resumo Farmaco

Prévia do material em texto

Farmacocinética 
É o que o corpo faz com o fármaco. 
Existem 4 conceitos fundamentais: 
Absorção: como entra
Distribuição: como alcança (circula)
Metabolização: como funciona
Eliminação: como retira
Como o fármaco chegou a corrente sanguínea? 
Processo da absorção: Via oral – Uma vez absorvida, a substância vai para o fígado (sistema porta hepático) através da circulação porta hepática, seja absorção pelo estomago ou intestino. 
Sistema de entrada no fígado: O fígado é o principal órgão de metabolização, biotransformação. O fígado vai modificar a substância. Na regra, essa modificação é a inativação. 
EPP= Efeito de primeira passagem – É um conceito farmacocinético que ocorre pela administração por via oral somente, e representa uma alteração de parte do fármaco absorvido; sendo esta normalmente uma inativação do fármaco, transformando-o em metabólico. Entretanto, pró fármacos são exceções, e serão ativados pelo EPP. 
Quando o fármaco passar pelo fígado sofrerá o EPP. Parte desse fármaco tornou-se metabólico e outra parte continua fármaco que é o que será distribuído e não sofreu alteração nenhuma. 
A quantidade perdida no EPP varia de fármaco para fármaco. 
Ex: Fármaco com 100 mg – 30% de Epp = 70 mg foram para todos os tecidos, na corrente sanguínea. 
Pro- fármaco – Ainda não está ativo, é fabricado de forma inativa, e só será ativado à medida que ele for se biotransformando no organismo humano. 
Ex: Pro-fármaco – será transformado em fármaco – EPP será responsável pela ativação = fármaco ativo. 
Via sublingual não tem EPP 
Ph diferentes – saliva, intestino e estomago. 
O ph influência na absorção do fármaco. 
Barreira de um fármaco 
O fármaco tem que atravessar a membrana plasmática das células e tecidos para chegar na corrente sanguínea e depende do Ph para ter capacidade hidrofóbica, com isso parte do fármaco é perdido. O fármaco só terá 100% de aproveitamento na corrente sanguínea se for administrado intravenoso. Via intramuscular, ainda tem perda do fármaco, pois tem que atravessar células e tecidos para chegar a corrente sanguínea. 
Trato gastro intestinal 
O fármaco administrado via oral não será 100% absorvido. 
Tem fármaco que tem 80% da absorção intestinal, e 20% vai para as fezes, nem chegando no sistema hepático. Todo fármaco passa pelo fígado, mas não será 100% biotransformado. 
Pessoas com excesso de peso, a dose deve ser aumentada, pois a quantidade de gordura irá captar a droga, e uma vez captada, ela não sairá de lá. 
Cada nutriente tem uma característica muito específica e uma afinidade por conta da sua química e o mesmo vale para o fármaco. A regra é que eles são substâncias com capacidade apolar (hidrofóbica), e isso depende de Ph.
Moléculas polares com massa molecular moderada atravessam pela membrana com muita dificuldade. (Ureia, glicerol, fosfolipídio.)
Moléculas apolares com massa reduzida passam com certa facilidade pela membrana. 
A glicose atravessa com ajuda de proteínas da membrana. Íons não atravessam pelos fosfolipídios da membrana, pois tem carga, apenas com ptns carreadoras. 
Para uma substância atravessar a membrana, ela precisa ter uma característica hidrofóbica, dependente do Ph. 
Os alimentos podem interferir na absorção de fármacos. Quando um nutriente e fármaco não se ajudam, se atrapalham. Os fármacos podem ser biotransformado antes de serem absorvidos sistemicamente. O órgão principal para metabolização é o fígado, o secundário é o intestino que já tem enzimas capazes de começar a metabolização. 
Vias de administração 
Oral – afetada por vários fatores
Vantagens: Via de administração segura e mais comum, conveniente e econômica. 
Desvantagens: Absorção limitada de alguns fármacos, alimentos podem interferir na absorção, o fármaco pode ser biotransformado antes de serem absorvidos. 
Intravenosa – Absorção não é necessária. 
Vantagens: Pode ter efeitos imediatos, ideal para dosagens de altos volumes; valiosa para emergências. 
Desvantagens: Impropria para substâncias oleosas ou poucos absortivas; a injeção em bolus pode resultar em efeitos adversos; a maioria das substâncias deve ser injetada lentamente; são necessárias técnicas de assepsia estritas. a
Subcutânea: Dependente do diluente do fármaco: Soluções aquosas, imediata; Preparações de deposito: liberação lenta e prolongada. 
Vantagens: Adequada para fármacos de liberação lenta; ideal para algumas suspensões pouco solúveis. 
Desvantagens: Dor e necrose se o fármaco é irritante; Inadequada para fármacos administrativos em volumes elevados. 
Transdermica (adesivo): Lenta e prolongada 
Vantagens: Evita o efeito de primeira passagem; conveniente e indolor; ideal para fármacos lipofílicos e que requerem administração prolongada. 
Desvantagens: Alguns pacientes são alérgicos aos adesivos, o que pode causar irritação; pode causar atraso no acesso ao local de ação farmacológica. 
Retal: Errática e variável 
Vantagens: Evita parcialmente o efeito de primeira passagem; evita a destruição pela acidez gástrica. 
Desvantagens: O fármaco pode irritar a mucosa retal, não é bem aceito. 
Inalatória: Pode ocorrer absorção sistêmica 
Vantagens: Absorção rápida, pode ter efeitos imediatos; a dose pode ser titulada; menos efeitos adversos sistêmicos. 
Desvantagens: Principal via de adictos (o fármaco pode acessar o cérebro); Os pacientes pode ter dificuldade em titular a dose. 
Sublingual: Depende da maioria dos fármacos. Poucos fármacos têm absorção sistêmica direta e rápida. A maioria dos fármacos tem absorção incompleta e errática. 
Vantagens: Evita o efeito de primeira passagem, mantem a estabilidade do fármaco, porque a saliva tem Ph neutro, e pode causar efeitos farmacológicos. 
O principal medicamento passa entre as células por difusão, entre os fosfolipídios. Alguns usam ptns transportadoras e outras tem transportadores específicos. A regra é atravessar a membrana por força hidrofóbica. Existe entre os transportadores específicos, uma glicoproteína P que é uma bomba de retirada. 
Sistema nervoso central 
Tem barreira hematoencefálica: vaso capilar integro, sem furos. 
O fármaco tem que ter um poder hidrofóbico alto para alcançar o SNC e ter capacidade de atravessar a barreira. 
Fármacos ácidos são bem absorvidos no estomago, pois no ph ácido o fármaco não está ionizado, ou seja, possui capacidade hidrofóbica. Já fármacos básicos, serão bem absorvidos no intestino pois o Ph é básico e os fármacos não estarão ionizados. 
A grande maioria dos fármacos são básicos fracos, fazendo com que o intestino seja o principal alvo. Podendo haver uma competição nutriente x fármaco, e ganha quem tiver mais afinidade. De qualquer forma, se juntar os dois haverá perda. O fármaco pode ser administrado 1h antes da refeição ou 2h depois. 
Formulação: 
A quantidade de substância e o tempo de absorção dela. 
Via oral: Tinha 50 mg e a concentração do fármaco caiu, pois está sendo metabolizado e eliminado. 
A subida do gráfico é vinda da absorção, já a queda é a metabolização e eliminação, e a distribuição está levando para todos os lugares. 
Capsula: A capa de cima só será dissolvida no estomago, as bolinhas serão jogadas no intestino e a cobertura das bolinhas serão digeridas no intestino liberando a substância. 
Comprimido com cobertura: Comparando o que mudou, foi o tempo de absorção; 
As formulações mudam o tempo e a concentração. 
Fatores que influenciam na absorção: 
- Fluxo de sangue no local de absorção: Se aumentar o fluxo, melhora. 
- Área ou superfície disponível para absorção: Quanto maior a área disponível, maior será a absorção. 
- Tempo de contato com a superfície de absorção: Quanto mais tempo, maior será a absorção. 
Expressão da glicoproteína P: É uma bomba de efluxo, uma bomba que joga para o intestino. Importante para a célula promovendo a retirada do fármaco das células, com gasto de ATP. Piorando a absorção. Ela funciona para a segurança do corpo aquela molécula que está sendo absorvida é uma molécula estranha, tanto que ela é estranha quequando ela chega no fígado faz o EPP. No intestino é o mais importante, pois é o lugar de maior absorção de nutrientes. 
Biodisponibilidade indica a concentração de fármaco disponível para atuar no alvo e depende de todos os parâmetros farmacocinéticos. Depois de falar de absorção, distribuição, metabolização e eliminação o que sobra é a biodisponibilidade, o quanto de fármaco vai atuar no alvo. Ex. Tenho o mesmo fármaco com 2 formulações diferentes, se eu quero mostrar que uma medicação é melhor que a outra eu mostro o gráfico da biodisponibilidade.
O gráfico da farmacocinética é de concentração por tempo. No gráfico IV a linha começa em cima com 100 pcc. Todo o comparativo que eu vou fazer das outras vias eu faço em relação ao IV que é o 100 pcc, o quanto o Comprimido, capsula, VO obteve do IV? Tem como calcular essa biodisponibilidade(teórico). ASC – Área Sob a Curva. Em inglês AUC. O que importa é a ASC. Comparativo das vias – organizando por ondem decrescente de concentração plasmática- IV, IM, SC, VO. Este comparativo indica qual é a via mais segura em relação a toxicidade, que no caso, é somente a VO.
Distribuição é um parâmetro farmacocinético que demonstra a circulação do fármaco por todo organismo(reduzidamente), dependente da corrente sanguínea. Leva o fármaco até o alvo. Não leva somente até o alvo, leva a todos os locais do corpo que este fármaco possa entrar. Em todos os lugares temos corrente sanguínea, temos células que precisam receber O2 e nutrientes e receberam hormônios, sinalizadores. A distribuição depende do sangue e de alguns paramentos que estão relacionados a corrente sanguínea e ao fármaco. 
Parâmetros - se aumentar o fluxo sanguíneo para um determinado tecido aumenta se a quantidade de fármaco disponível. O fármaco está no sangue, se aumentarmos o fluxo de sangue a um determinado tecido, está passando mais fármaco, então aumentará a oferta de fármaco naquele determinado local.
 O fluxo sanguíneo é um parâmetro a ser considerado. O tecido hepático recebe um aporte sanguíneo alto pois é responsável de checar o que tem no sangue. Uma vez a substância estando no sangue, ela sai do sangue e chega na célula através da permeabilidade capilar, fenestrações. O fármaco está na corrente sanguínea e tem que distribuir ele, a movimentação do fármaco é dependente da corrente sanguínea, se tem corrente sanguínea temos que analisar alguns parâmetros. 
A estrutura capilar: Junções com frestas entre as células endoteliais. No fígado e baço, os capilares são descontínuos e grandes (grandes ptns plasmáticas). No cérebro, onde a estrutura capilar é continua e não existe fenda, difusão através das células endoteliais dos capilares do SNC ou a ser transportado ativamente. 
A função da proteína de plasma, além da hemodinâmica e hemofisica é carregar hormônios esteroidais (não gosta de água). A proteína plasmática é uma proteína de transporte de substâncias. Características química de substâncias que gostam de se ligar em proteínas de plasma - hidrofóbica – quando fala-se de característica química devemos pensar em polar e apolar. apolar = hidrofóbico, polar = hidrofílico. Substâncias hidrofóbicas se ligam as proteínas plasmáticas pois no sangue tem bastante agua e por este motivo se ligam a estas proteínas plasmáticas. Estas substâncias hidrofóbicas ou apolares se gostam muito de proteínas plasmáticas elas vão para o tecido adiposo. Ligam se em proteínas e acabam se armazenando em tecidos por que tem característica muito hidrofóbica.
Interação farmacocinética – o fármaco A apresenta ligação a ptn plasmáticas em 60pcc e vem sendo administrado continuamente e não há aparecimento de efeitos adversos. O fármaco B com ligação a ptn plasmática em 80pcc passou a ser administrado, os efeitos adversos foram relatados, explique o que aconteceu. O fármaco B por ter mais afinidade às proteínas plasmáticas desloca o fármaco A que tem sua concentração plasmática aumentada, promovendo assim o aparecimento dos efeitos adversos.
Efeito adverso – é a ligação do fármaco a receptores fora do esperado. 
Ligação a proteínas dos tecidos 
O fármaco se liga a tecidos e podem se acumular pelo liquido extracelular e o sangue, então concentração o fármaco pode acumular resultado, se ligar a lipídios, ptn, ácidos nucleicos, vai depender do que ele tiver afinidade ele vai ao tecido. O fármaco pode ser transportado ativamente para os tecidos e proteínas. Os reservatórios teciduais podem servir como fonte principal para fármaco e prolongar a sua ação. Tudo tem uma cinética, se ele parou um pouco no tecido, depois que diminui a concentração sanguínea vai saindo do tecido para a concentração sanguínea. O armazenamento é no pico, assim que o toma a concentração é alta, à medida que vai eliminando vai saindo do tecido para a corrente sanguínea devido a cinética de saturação. Isso pode ser ruim por que pode causar toxicidade na célula onde ele está armazenado, o fármaco pode sim, promover efeitos de apoptose, tissular. O fármaco tem seu perigo para a utilização. 
Hidrofobicidade 
A natureza química do fármaco influencia fortemente na capacidade de o fármaco atravessar membrana. Fármacos hidrofóbicos atravessam mais facilmente. Fármacos podem se dissolver nas membranas lipídicas e por isso permeiam toda superfície celular. Principal fator que influencia na distribuição hidrofóbica de um fármaco é fluxo e sangue para aquela área. Os fármacos hidrofílicos não penetram facilmente as membranas e devem passar através de junções ou fendas. Então ele tem um determinado transporte a fazer.
Volume de distribuição. VD -
é o volume de liquido necessário para conter o fármaco no organismo na mesma concentração mensurada no plasma. É calculada dividindo a dose que alcança a circulação sistêmica pela concentração no plasma no tempo zero. A farmacologia faz um cálculo: 
Distribuição dos líquidos corporais
Temos 4 VD's possíveis e cada VD me diz a característica química do fármaco ou da toxicidade.
Se o VD é de 4 litros, ele está no sangue, tem muita afinidade com sangue. Por que o que eu tenho de 4l no meu sistema corporal é o sangue. Então conseguimos enxergar que ele é alto grau de ligação às proteínas plasmáticas, ele não saiu dali ele está ali, por que ele compete ao volume sanguíneo. Ele gosta de ficar no sague, para ele ficar no sangue ele fica ligado a ptn plasmática.
14 litros – não estamos mais pensando em sangue estamos pensando em volume extracelular, isso foge aos 5 litros. Então já pensamos num fármaco que vai permear para fora do sangue e vai atingir bem o volume extracelular, em relação aos números.
42 litros - estamos contabilizando o interior, ligação a água corpórea, todo o sistema aquoso do organismo. Substância com volume de distribuição muito elevada.
1500 litros – não está mais em área aquosa, esse gosta de gordura. Este fármaco se armazena em gordura. Cada volume de distribuição me diz o que a substancia é. E é assim que fazemos a análise.
Biotransformação ou metabolização – fígado
substância VO, corrente sanguínea, capilar hepático, fenestração, substância chegou no fígado, sistema portepatico, substância chega no fígado ela sofre um processo chamado de metabolização ou biotransformação.
A característica de cada um de nós influência na farmacologia, por isso ela não é uma ciência exata.
A substância entra por VO – faringe – esôfago – estomago – intestino – reto – excreção. A substância é absorvida do estomago ou do intestino para o fígado. O fígado tem a relação com a excreção biliar e isso é importante na recirculação enterohepatica aonde o fármaco pode ficar sendo jogado fora na bile e voltar por que há uma recirculação da questão biliar. Depois do fígado vai para a corrente sanguínea, da corrente sanguínea vai ao rim, to rodando ele o tempo inteiro e faço a excreção urinaria e ainda distribuo ele para outros tecidos, armazeno ele, VD influência, vai ao pulmão, coração. Posso até tira -lós pelo ar expirado muito pouco provável.
Como eliminamos o fármaco
3 principais vias de eliminação-
biotransformação hepática – para eliminar tem que transformar.
Eliminação via biliar – joga na bile, bile joga no intestino, a bile indo embora, parte dele vai embora, parte dele recircular, volta com a gordura.
Eliminação urinária
A biotransformação acontece no hepatócito. Tomou o fármaco primeiro parâmetro farmacocinético é a absorção, absorve cai no plasma, sangue. Distribuição, parte está ligada, parte está livre, essa parte que está livre é então metabolizada e posso excretar via bile, ela pode ir para a bile e não voltar, mas tem uma substância que é liberada direto sem metabolização, de forma inalterada, até por que temos o sistema renal que faz isso. A metabolizada também pode jogar no sistema renal, lagrimas, suor, leite materno, tudo que é lugar de saída pode ser lugar de retirada. A quantidade de fármaco que sai no suor em comparação com a urina. O leite materno é uma via que não podemos deixar passar, é uma via muito importante.
. Agora está no volume extracelular, livre, ligados a proteínas, podendo fazer a metabolização em alguns tecidos, há enzimas para isso, continuo metabolizando.se jogar ela para dentro da célula a célula tem enzima para metabolizar ela dentro da célula. Ela pode sofrer metabolização em outros compartimentos também. O local que mais importa para a metabolização do fármaco é o fígado, hepático. Finalmente a substância alcançou o receptor. Metabolizar é inativar, a ideia da metabolização é promover o processo de inativação. As drogas, os fármacos na sua maioria os seus metabolitos são inativados ou transformados em produtos menos ativos.
Inativação
Você toma o fármaco, quando metaboliza o produto da metabolização é o metabolito e isso ocorre no hepatócito. Quem terá ação na célula, quem tem a capacidade de quebrar, transferir na célula é a macromolécula de enzimas que tem a capacidade de modificar a substância. Quando fala se quem trabalha na célula são as enzimas. Dentro dos hepatócitos tem enzimas. As CYPs são enzimas de metabolização, são principalmente elas, na regra o fármaco é ativo e metabolito inativo, na exceção podemos ter metabolitos ativos. Passa pelo fígado, tenta inativar, produz uma substância nova que ainda tem ação. 
Ativação de droga inativa
Pro fármaco é inativo, esse para o fármaco quando passar pelo hepatócito ele sofre modificação e vira fármaco aí ele fica ativo, quando ele passar de novo, aí ele vira metabolito, aí ele vai ficar inativo. Isso não é a regra é a exceção, existem poucos para os fármacos. Comparando o EPP. Faz VO no fármaco e no para o fármaco. No fármaco é ruim por que perde substância, não para o fármaco o EPP ajuda, por que é o EPP que ativa parte do tratamento. O ideal seria se fosse tudo para o fármaco, mas não dá pois, não é fácil mexer na molécula, ao mexer nela ela para de funcionar. O EPP tem uma metabolização alta quando faz VO, só tem na VO, ou na retal. Quando toma se comprimido tem se uma perda advinda dessa elevada metabolização causada por que foi jogada pelo sistema portepatico. Então tem uma perda de 30pcc, passou a primeira vez já inativou, o restante vai rodar.
Metabolização hepática 
A biotransformação ocorre no fígado – hepatócito – REL – no REL tem o complexo de enzimas CYP. (tem ferro na estrutura). Dupla de enzima que enquanto uma reduz a outra oxida, processo redox é a junção de redução e oxidação, redução é receber elétrons e oxidação é doar elétrons. A primeira enzima é uma redutase e a segunda é uma oxidase. CYP – enzima de metabolização hepática, microssoma hepática.
Isoforme – são enzimas que fazem a mesma atividade catalítica em diferentes substratos, nenhuma CYP deixa de metabolizar, pois ela foi feita para isso. No gráfico tem várias CYPs, ou seja, isoforma. No conceito – cada enzima isoformas pega um determinado substrato mais do que o outro, tem afinidades para um substrato mais do que o outro. O substrato é o fármaco. Cada enzima pega um substrato diferente. A enzima A pega o substrato 1 e 2 (metabolizando).
CYPS - 
CYP – são 2 enzimas- complexo- está posicionado no REL do hepatócito e fazem a função de modificar quimicamente. Essas CYPs fazem parte da fase 1 da metabolização. Metabolizar pode ter até 2 fases, normalmente tem 2 fases. Sendo a primeira uma ação enzimática do complexo CYPS. 
As CYPs não têm só uma única CYP temos isoformas, ou seja, enzimas que fazem a mesma coisa em substratos diferentes. 
Fase 2 -conjugação 
A fase 2 é a fase de conjugação, adiciona uma molécula no substrato, adiciona algo no que já está pronto, quem faz isso é uma transferase. Nem sempre teremos a fase 1, podemos ir direto para a fase 2 desde que tenha um local para colocar o conjugado. A metabolização nem sempre ocorre na fase 1 e 2, a regra é fase 1 e 2, mas pode ir direto a fase 2. 
O que se liga na fase 2 chama-se glicuronidio, e o processo chama-se glicuronidação. Glicuronidação é a ação de colocar uma molécula muito hidrofílica. A fase 2 é conjugar o glicuronidio. A glicuronidação e a posição do glicuronidio tem por finalidade aumentar a hidrofiliicidade, tornar este metabolito altamente hidrofílico. O propósito de o tornar hidrofílico é excretar, não permitir que tenha mais a capacidade de atravessar membrana, não permitir que isso seja reabsorvido. Uma vez no colocado no nefron ele não terá capacidade de voltar por que ele é altamente hidrofílico, ele está preso na água seguir o caminho até a urina.
Fase 1 mudança química, reação química
Fase 2 é uma transferência de molécula muito hidrofílica, num processo mais comum, mais falado que é a glicuronidação. Quanto mais carbono e nitrogênios mais apolar, hidrofóbico. Mais oxigênios e pouco hidrogênio, mais polar, hidrofílica. A glicuronidação é hidrofóbica, pois tem muito oxigênio, pouco carbono e pouco hidrogênio. Assim, vai chamar agua e vai se prender, inviabilizando a a travessia de membranas. 
Quando o metabolito atinge a fase 2, ele não tem mais ação farmacológica. 
Inibição x Indução enzimática 
Inibição: Aumenta a quantidade de fármaco no organismo, por não estar sendo consumido pela CYP, reduzindo a metabolização e com isso a eliminação. 
É um processo enzimático que diminui a atividade da enzima, fazendo com que a quantidade de substrato se mantenha. 
O processo de inibição, inibe a CYP. Se inibir a CYP, aumenta o seu produto, e aumenta o seu substrato também por não ter consumido ele. Consequentemente a quantidade de fármaco aumenta (se vier mais outro comprimido) ou se mantem naquela dosagem. 
Indução: O processo e indução, induz a CYP. Se induz a CYP, teremos mais metabolito, acelerando a metabolização. Isso é ruim, pois não queremos perder o medicamento na corrente sanguínea, não queremos metabolizar e diminuir a faixa terapêutica. Ele foi calculado para manter sem o processo de indução. 
O álcool é um indutor enzimático de várias CYPs. É muito mais indutor do que inibidor. O álcool inibe também o ADH. Ele promove a diurese, promove a liberação de substâncias, diminuindo a quantidade de fármaco circulante pois acelera a eliminação. Álcool é um imunossupressor, pois diminui a atividade. 
Interação medicamentosa: Envolvendo o Citocromo P450, CYPs. Quando um medicamento atrapalha o outro. 
Interação fármaco x fármaco. 
A pessoa está tomando rifampicina (antibiótico) e a ciclosporina (subs imunossupressora), pois fez um transplante, e não pode ter rejeição ao órgão. A rifampicina induz a CYP da ciclosporina. Ou seja, a ciclosporina vai reduzir, reduz a imunossupressão e assim aumenta a atividade imunológica e tendo assim rejeição ao transplante. 
Ciclosporina é nefrotóxica (toxica para o rim), não podemos aumentar muita quantidade, senão afeta o sistema renal. 
Eliminação 
A substância farmacológica tem uma parte de fármaco e outra é metabolito, ambos circulantes. 
A eliminação de fármacos no organismo requer que a substancia seja suficientemente polar (hidrofílica) para que a excreção seja eficiente. Fazendo a fase 1 e 2, e a metabolização. 
Depuração urinaria: Através da urina, faço uma limpeza no sangue,tirando as impurezas. A remoção do fármaco ocorre por meio de numerosas vias, sendo a mais importante por meio da urina (principal via de excreção). Um paciente com insuficiência renal pode sofrer dialise extracorpórea, a qual remove pequenas moléculas como fármacos. 
Nefron: o primeiro processo é a Filtração, onde o sangue vem dentro do capilar. Filtra moléculas (glicose, aminoácidos) mas não filtra proteína. Se passar proteína o filtro está corrompido. Filtra também fármacos inalterados e metabolitos. O fármaco inalterado pode sair direto para a urina, ele também pode voltar porque é hidrofóbico. Se o fármaco inalterado for eliminado, 10% na urina, os outros 90% foram via metabólica. 
Secreção: Pegar algo da corrente sanguínea e jogar para dentro do filtrado. 
Eliminação: Conta: F – R + S = E 
Drogas não lipossolúvel: É excretada na urina 
Drogas lipossolúveis: São reabsorvida. 
Algumas substâncias vão chegar em transporte ativo= secreção (do sangue para o filtrado). 
Fármaco livre entra no filtrado glomerular. Secreção ativa, joga o fármaco para dentro. Reabsorção passiva de fármacos não ionizados e lipossolúveis que foram concentrados. 
O PH mexe com a ionização das moléculas, o ph da urina altera a excreção. Membrana tem base fraca. Uma droga básica é mais rapidamente excretada em urina acida, pois, o baixo ph no túbulo favorece a ionização, o que inibe a reabsorção. 
Drogas acidas são mais rapidamente excretadas em úrica alcalina. 
A maioria dos fármacos tem base fraca e tem sua hidrofobicidade melhorada (lipofilicidade). Lipofílico=hidrofóbico. Aqui eu quero que ela permaneça na membrana. Se ela for hidrofóbica (tem capacidade de sair), eu ionizo ela, tirando sua capacidade hidrofóbica. 
Na absorção é o igual que favorece. É base na base, e ácido no ácido. Na excreção, tem que manter ionizado, então é o contrário. Ácido – ph básico, e vice-versa. 
Recirculação entero hepática: Pode ficar girando, vai para a bile, intestino e volta. Pode ser perdida no processo nutricional. 
Clearance ou depuração renal: Taxa de eliminação do fármaco. Quantidade por volume por tempo, é uma concentração por tempo. É um parâmetro farmacocinético de eliminação que envolve concentração por tempo. O tempo de meia vida é o tempo para você retirar a substância do corpo à metade. 
Farmacodinâmica: É o que o fármaco faz no organismo
Alvo farmacológico: Principal – receptores, outras enzimas, canais.
Curva dose-resposta 
DE 50= concentração para atingir 50% da população – dose-individuo. 
CE50= alvo, concentração eficaz – receptores. 
Algumas pessoas, tem o número de receptores mais expresso, ou seja, tem mais receptores do que outras pessoas, são mais sensíveis ao fármaco. Por isso a resposta é diferente, como no rato que teve efeito com dose menor tem mais receptores do que os demais. 
Tipos de receptores: O objetivo de hoje é identificar como a substancia farmacológica ou toxicológica atua em alvos farmacológicos. 
Receptor inotrópico: São receptores e canais ao mesmo tempo. Tem local para ligar no sinalizador e tem local para passar íons. 
Quanto melhor o encaixe do fármaco, maior afinidade pelo receptor. No entanto, precisaremos colocar menos fármaco pois quanto maior for a afinidade de um receptor, menor será para os outros, chamado de efeito adverso. 
Efeito adverso: Quanto maior for a afinidade de um receptor, menor será para os outros. Caindo os efeitos adversos e aumenta os efeitos terapêuticos. 
Agonista: Substância que se liga no canal- receptor e produz uma ação de ativação. 
Antagonista: Substância que se liga no receptor e promove um bloqueio, inibe o receptor, bloqueia. 
Agonista> receptor inotrópico de Na+> Excitação
Antagonista> Receptor inotrópico de Na+> Inibição
Agonista> receptor inotrópico de Cl-> inibição 
Antagonista> Receptor inotrópico de cl-> excitação 
O álcool é um potencializador de GABA, principal neurotransmissor inibitório do SNC, que atua em receptores-canais de Cl-. O gaba atua abrindo canais de Cl-, o álcool não abre o canal, ele aumenta a entrada de Cl – pelos receptores de GABA. 
Receptores metabotrópicos: Receptores que mexem com o metabolismo, Receptores de membrana, acoplados a proteína G. Vai atuar por um processo de sinalização intracelular, podendo promover abertura e fechamento de canais, e alteração da síntese de proteínas. 
Receptor enzimático: Chamado de tirosinoquinase, são enzimas que fosforizam. Tudo dentro da célula ativa ou inibe quinase, uma vez ativando quinase ela coloca fosfato para outros funcionarem. É o receptor da insulina. 
Receptores intracelulares: Dentro da célula, então a substância tem que ter capacidade de atravessar a membrana. Ex. Hormônio esteroidal> anabolizantes, testosterona. Vai ao núcleo, mexe no DNA, mexe com a expressão da síntese de ptn. 
Tipos de agonistas
Agonista: Substância se liga no receptor e modula o estado do receptor para estados ativados e são chamados de agonista total-pleno ou parcial, ativando todos os receptores ou parte deles. 
Agonista total-pleno> Ativa todos os receptores, modula 100% os receptores, ativa 100% da resposta. 
Agonista parcial> Modula uma parte dos receptores, mas a modulação foi ativação. 
Agonista inverso> agonista inverso total- pleno ou parcial que modulam para estados inativados dos receptores, produzindo resposta inibitória máxima ou parcial. 
Antagonista> Substância que bloqueia o receptor, e pode atuar de forma competitiva ou reversível, e não competitiva e irreversível. 
Antagonista competitivo> Desloca a curva dose para a direita, aumentando o EC50 do agonista, diminuindo a afinidade do agonista ao receptor. 
Antagonista não competitivo> Se ligou no receptor de modo irreversível, não adianta dar mais agonista. O receptor estará ocupado pelo antagonista. O gráfico desce, há uma diminuição na eficácia, na resposta. Quase todos os receptores ficarão ligados aos receptores. O Ph acido aumenta a absorção do antagonista. Ph básico ou neutro, diminui. 
Potência x eficácia 
Potência: É uma medida da afinidade do EC50. Quem tem menor EC50 é mais potente e maior afinidade. Examina no eixo x, é uma analise de concentração. 
Eficácia: Analisa o eixo y, analisa a resposta. Agonista total é mais eficaz, agonista parcial é menos eficaz. 
Resposta idiossincrática: Algo que nos testes não foi mostrado. É uma resposta que só ocorre com o individuo devido ao seu Dna e sua farmacologia. É sempre ruim. 
Dessensibilização: Regulação para baixo, provocada pela retirada de receptores, diminuindo o alvo, dose abaixo do esperado. A administração repetida de um agonista em curto período resulta na diminuição da resposta da célula. Após um período de repouso, a administração do fármaco resulta em uma resposta de intensidade original. Pode ser provocada pela retirada de receptores. 
Hipersensibilização: Elevação dos efeitos adversos, as células carregaram demais os receptores, dose acima do esperado. 
Índice terapêutico: Remete a segurança do medicamento. 
Dose> população – DE50
Concentração> individuo. 
DE50 – é a dose eficaz 50, estudo populacional. 
DL50 é a dose letal 50, dose para matar 50% da população. 
Janela terapêutica: Mensura segurança para efeitos adverso, segurança de morte. Tempo que o medicamento tem para ter os efeitos adversos. Quanto maior a janela terapêutica(distância) menor será os efeitos adversos. 
Ansiolíticos: Quebra da ansiedade. Substância para tratar a ansiedade ou transtorno de ansiedade generalizada. 
A maioria das substâncias dos benzodiazepínicos terminam com an ou am. 
Benzodiazepínicos (Bdz)
O mais famoso é clonazepan, ou rivotril. Tempo de meia vida longo, é dado para hipnose para dormir (dose: 2 mg), diminui a ansiedade, mas deixa sem deixar a pessoa dormir (dose: 0,5 mg). 
Frontal, é o alprazolan (fraco), tempo de meia vida curto. 
Lexotam é o bromazepam (forte)
Valium é o Diazepam, tempo de meia vida longo. 
Efeito paradoxal: Você toma benzodiazepínico para ser ansiolítico e pode disparar ansiedade. É um paradoxo, principalmenteem crianças. 
Ansiedade para o corpo humano: Esta colocada como um grau de estresse e não é baixo. Vai disparar a liberação da noradrenalina, simpático ligado (não vai dormir). 
Transtornos: 
- Ansiedade generalizada 
- Síndrome do pânico 
- Fobias 
Tratamento não farmacológico: Exercícios, meditação, psicoterapia, aconselhamento, evitar substâncias estimulantes. 
Mecanismo de ação dos benzodiazepínicos 
Potencializam os receptores gabaergicos, que são abertos na presença do GABA (acido amino-butílico) permitindo o influxo de Cl-. 
Modulação alosterica: Regulação que ocorre com determinadas ptns (enzimas e receptores). Potencializam através da ligação de um modulador em um sitio específico, que não é o sitio principal. 
Álcool + bdz = Provoca efeito inibitório (efeito sinérgico), passando do efeito ansiolítico para um efeito hipnótico. 
Efeito sinérgico: quando duas substâncias agem no mesmo alvo, provocando um aumento da ação. 
Psicotrópicos: Mexe com o psicológico. Essas substâncias são vendidas com receita, causam dependência, abstinência. 
Efeito de recompensa: Nossa mente guarda através de estímulos de receptores, neurotransmissores que foram liberados quando você comeu chocolate. 
Ações 
USO x TOXICIDADE
Se eu dou uma dose menor, eu sedo, ansiolítico. Se eu aumento a dose, passo para o estado hipnótico. Se continuar e intoxicar a pessoa, ele entra em estado de estupor (completamente entorpecido). 
Efeitos adversos
Buspirona: Não é hipnótica, só é ansiolítica para transtorno de ansiedade generalizada. Ela funciona como agonista parcial do receptor 5 HT 1ª = 5 hidroxitriptamina (Serotonina) 
Excesso de serotonina = ansiedade 
Falta de serotonina = depressão 
ANTIDEPRESSIVOS 
ISRS> Inibidores seletivos de recaptação da serotonina. A mais comum chama de êxodos, substância se chamam: escitalopran, fluvoxamina, fluoxetina. Principais inibidores de serotonina – menos efeitos adversos. Evitar a erva de são Pedro (fitoterápico) pois aumenta os níveis de serotonina junto com o medicamento. 
INSRS> Inibidores NÃO seletivos da recaptação de serotonina. Desvenlafaxina. 
ADT> antigos, não seletivos. Mais efeitos adversos. ADT X ISRS 
Antidepressivos aumentam a concentração de serotonina disponível nos neurônios para tirar da depressão. O ADT aumenta o 5 HT, aumenta o NA e aumenta o DA. O ADT é o menos específico de todos, mas não são seletivos. 
IMAO> Inibidores de monoamina oxidade: Todos os neurotransmissores têm uma enzima para quebrar- metabolizar serotonina, NA e DA. Se eu inibo o MAO, eu aumento a 5 HT, NA e DA. Não é seletivo.
Regulação para baixo: Diminuição de resposta a um medicamento pela retirada de numero de receptores. Os tratamentos de antidepressivos levam pelo menos de 2-3 semanas para começar a funcionar, pois a medida que aumenta a quantidade de serotonina, o pós neurônio o reduz o numero de receptores. 
Mecanismo de receptação: Proteína transportadora da membrana plasmática que retira o neurotransmissor da fenda devolvendo para o neurônio que o liberou (pre neurônio).

Continue navegando