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Os exames laboratoriais são responsáveis pelo fornecimento do estado de saúde do paciente, auxiliam a avaliação de diagnósticos clínicos, fornecem o monitoramento do tratamento que deve ser realizado e consequente prognóstico (SILVA, 2004). Sannazzaro (1993) descreve que os exames laboratoriais surgiram na metade do século XIX como resultado da modernização e progresso da medicina, principalmente nas ciências da microbiologia, citologia e bioquímica, sendo que estes exames aparecem como forma de auxiliar os diagnósticos médicos.
 Exame de elementos e sedimentos anormais (EAS)
O exame de elementos e sedimentos anormais (EAS) da urina, ou exame de urina tipo I, é um exame de rotina e corriqueiro, que procura fazer análise física (cor, aspecto, gravidade específica), análise química (pesquisa de pH, albumina, glicose, bilirrubina, cetona, etc.) e pesquisa de elementos anormais no sedimento da urina, como eritrócitos, leucócitos, cilindros, bactérias, células epiteliais, cristais, entre outros.
Segundo Moura (1998) a coleta dos materiais biológicos é considerada a parte mais importante do processo de análise clínica. Um material advindo de uma coleta inadequada, ou seja, com falhas, nem mesmos os aparelhos mais modernos conseguem validar a amostra, tornando-se assim de grande importância um procedimento de coleta eficiente.
De preferência, deve-se colher a primeira urina da manhã, em recipiente estéril, em geral fornecido pelo laboratório que procederá a análise. Comumente é usada a primeira urina da manhã, mas isso não é obrigatório e a urina pode ser coletada em qualquer período do dia. A urina deve ser levada ao laboratório dentro de uma hora após ser coletada e se isso não for possível deve ser mantida sob refrigeração, pelo prazo máximo de seis horas. O primeiro jato deve ser desprezado e serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra. Colhe-se o jato médio (40-50 ml de urina), desprezando-se também o jato final. .
Os valores de referência, considerados normais, são:
Densidade da urina: os valores normais variam de 1005 a 1035, considerando-se a densidade da água pura igual a 1000. Quanto mais próxima de 1005, mais clara é a aparência da urina e quanto mais próxima de 1035, mais amarelada e com odor mais forte. Uma densidade baixa ocorre quando há uso excessivo de líquidos por via intravenosa, insuficiência renal crônica, hipotermia, aumento da pressão intracraniana e hipertensão arterial. Uma densidade alta sugere desidratação, diarreia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, etc.
PH da urina: o pH normal da urina varia entre 5,5 e 7,0; sendo a urina mais ácida quanto menor o valor do seu pH e mais alcalina quanto maior for esse valor. A acidez da urina pode ser útil no tratamento das infecções do trato urinário, pois os micro-organismos geralmente não se multiplicam em meio ácido. O pH da urina revela a capacidade ou incapacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos ou bases. Valores altos podem indicar presença de cálculos renais e infecção das vias urinárias. Valores baixos indicam perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias, diarreias severas ou o uso de anestésicos.
Glicose na urina: normalmente a urina não mostra presença de glicose e a ocorrência dela pode significar que os níveis sanguíneos também estão altos, seja pela presença de diabetes, seja por uma doença dos túbulos renais. Glicose >3g/dL
Proteínas na urina: em situações normais, as proteínas só estão presentes em muito pequenas quantidades, que nem costumam ser detectadas. Ela ocorre em diversas doenças renais e no diabetes mellitus.
Hemácias na urina (sangue na urina): em condições normais a quantidade de hemácias na urina é desprezível. Os valores normais da presença de hemácias são menores que 3 a 5 hemácias por campo do microscópico, ou menos que 10.000 células por mililitro. Uma quantidade maior de hemácias está presente nas hemorragias urinárias (infecções, cálculo renal, tumores, etc.). A mulher menstruada pode apresentar hemácias na urina por contaminação durante a coleta.
Leucócitos na urina (pus na urina): a presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamaçãonas vias urinárias, mas eles podem estar presentes em várias outras situações.
Corpos cetônicos na urina: normalmente a produção de cetonas é muito baixa e estas não estão presentes na urina. Corpos cetônicos estão presentes em pacientes diabéticos ou em casos de jejum prolongado.
Urobilinogênio e bilirrubina na urina: também normalmente ausentes na urina. Valores altos de bilirrubinasugerem doenças hepáticas, biliares ou neoplasias. Os recém-nascidos podem apresentar uma alta fisiológica de bilirrubina. Um urobilinogênio alto indica doenças no fígado, distúrbios hemolíticos ou porfirinúria.
Nitritos na urina: a presença de certas bactérias na urina pode ser constatada pela transformação de nitratos em nitritos.
Cristais na urina: a presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio ou uratos amorfos, não tem nenhuma importância clínica. Outros, como cristais de cristina, magnésio, tirosina, bilirrubina, colesterol e ácido úrico costumam ter relevância clínica. 
Células epiteliais e cilindros na urina: qualquer presença de células epiteliais na urina é anormal, mas elas só têm significado clínico quando se agrupam em forma de cilindros.
Muco na urina: a constatação da presença de muco na urina tem pouquíssima utilidade clínica.
Ácido ascórbico (vitamina C) na urina: a presença de ácido ascórbico na urina pode alterar os resultados de detecção de hemoglobina, glicose, nitritos, bilirrubina e cetonas.
Exame de Urina de 24 Horas
Segundo JOHNSON E STAMM (1988, cap. 4), os exames laboratoriais para o diagnóstico concentram-se, fundamentalmente, na determinação da presença ou ausência de bactérias uropatogênicas (correspondendo à infecção) e de leucócitos (correspondendo à resposta inflamatória) na urina eliminada.
Este exame é muito importante, em especial para a detecção de problemas renais. Como o nome supõe, o exame é uma análise do material feita ao longo de 24 horas no intuito de descobrir o estado da função renal.
O exame de urina de 24 horas detecta alterações na funcionalidade dos rins mediante a detecção de algumas substâncias específicas na urina assim como a sua quantidade.
Em um exame de urina 24 horas é possível detectar:
Citrato, 0 – 1 (hialino)/campo 100X.
Albumina, 30 mg durante 24 horas.
Ácido úrico;
Oxalato de cálcio;
Sódio;
Potássio;
Proteínas, 150 mg em 24 horas.
Clearance de creatinina, 80 e 120 ml por minuto.
Cálcio,  60 e 180 mg.
O exame de 24 horas pode detectar ainda a presença de outras substâncias tais como ureia, amônia, fosfato, magnésio, entre outras.
Esta análise não é difícil de ser realizada. Para o correto desenvolvimento das provas, é preciso que o paciente siga algumas considerações tais como usar o recipiente oferecido pelo laboratório (questões de assepsia). Também é preciso descartar a primeira urina do dia urinando no vaso sanitário e anotar o horário dessa primeira micção. Após esta primeira urina do dia, é preciso colocar uma amostra de todas as micções durante 24 horas no recipiente. Inclusive, é necessário adicionar uma amostra de urina no mesmo horário da urina descartada no dia anterior. Pode haver tolerância de no máximo 10 minutos.
Quando a coleta for finalizada, é necessário levar o recipiente ao laboratório o mais rápido possível.
 
Valores de referência do exame de urina de 24 horas
Para ser considerado dentro da normalidade, o índice de albumina deve ser menor Já as proteínas totais não podem ter um índice superior a. O nível de cálcio varia com ou sem dieta. Quando a pessoa faz dieta ele pode assumir valores entre 60 e 180 mg. Quem não faz dieta manifesta valores normais quando esse mineral tem concentração de até 280 mg por 24 horas.
O clearence de creatinina pode alcançar valores entre 80 e 120 ml por minuto.
 Urocultura (culturade urina)
A urocultura é o tipo de exame de urina realizado a fim de encontrar bactérias, fungos ou outros microrganismos infecciosos neste material biológico. A principal referência é a ausência de tais agentes.
A urina, quando as condições de saúde estão normais, apresenta-se asséptica, ou seja, sem a presença de organismos infecciosos. No entanto, em certas ocasiões a urina pode apresentar alguns tipos de microrganismo, destacando-se as bactérias. A questão fica mais séria quando os valores desses organismos são muito altos. Quando estão presentes em números muito elevados, as bactérias podem ocasionar infecções no trato urinário.
O nome da patologia depende da sua localização. Quando as bactérias atacam a bexiga chama-se cistite, quando a uretra se encontra afetada denomina-se uretrite, entre outras denominações.
Para realizar este estudo, é necessário efetuar a coleta da amostra de urina do paciente. No que concerne à retirada da urina, ela pode ser espontânea, similar à coleta realizada no EAS. Também é possível realizar mediante coleta de urina direto da bexiga, método chamado de punção suprapúbica. Esta técnica é usada quando o paciente não consegue urinar. Em alguns pacientes internados em hospitais é indicada a sonda vesical.
O resultado deste exame pode ser positivo ou negativo. Quando é positivo quer dizer que há presença de bactérias e estas apresentam crescimento colonial efetivo. Portanto, resultados positivos indicam um processo infeccioso no trato urinário.
KOMAROFF (1986, p. 212) questiona adotar a urocultura como padrão-ouro para determinar a presença de uma real e tratável infecção do trato urinário em mulheres sintomáticas. Em verdade, acredita não existir um único teste padrão-ouro para infecções que provocam disúria. Ressalta, este autor, a importância de se determinar a presença de leucocitúria, em paciente sintomática, como um indicador muito útil de infecção do trato urinário potencialmente tratável.
DEFINIÇÃO DE BACTERIÚRIA SIGNIFICATIVA 
> 102 UFC (coliformes)/mL em mulher sintomática 
> 103 UFC/mL em homem sintomático 
> 105 UFC/mL em indivíduos assintomáticos em duas amostras consecutivas 
> 102 UFC/mL em pacientes cateterizados 
Qualquer crescimento bacteriano em material obtido por punção suprapúbica
PROCEDIMENTOS DE COLETA DE URINA DE JATO MÉDIO O Quadro abaixo apresenta instruções para o procedimento de coleta de urina de jato médio para pacientes do sexo masculino e feminino: 
SEXO FEMININO 
1- Lavar as mãos com água e sabão. 
2- Lavar a região vaginal com água e sabão e enxaguar com água em abundância. 
3- Enxugar, fazendo movimentos de frente para traz, com toalha de pano limpa ou de papel descartável. 
4- Assentar no vaso sanitário, afastar os grandes lábios e mantê-los afastados.
 5- Desprezar a primeira porção de urina no vaso sanitário. 
6- Sem interromper a micção, colocar o frasco de coleta na frente do jato urinário e colher entre 20 e 50 mL de urina. Evitar tocar na parte interna do frasco. 
7- Desprezar o restante de urina no vaso sanitário.
 8- Fechar o frasco adequadamente e encaminhá-lo imediatamente pata o laboratório.
SEXO MASCULINO
1 Lavar as mãos com água e sabão. 
2- Expor a glande e lavar com água e sabão. Enxaguar com água em abundância.
 3- Enxugar com toalha de pano limpa ou de papel descartável. 
4- Expor a glande e manter o prepúcio retraído. 
5- Desprezar a primeira porção de urina no vaso sanitário. 
6- Sem interromper a micção, colocar o frasco de coleta na frente do jato urinário e colher entre 20 e 50 mL de urina. Evitar tocar na parte interna do frasco.
 7- Desprezar o restante de urina no vaso sanitário. 
8- Fechar o frasco adequadamente e encaminhá-lo imediatamente pata o laboratório. Evitar a coleta em pacientes que estejam apresentando secreção vaginal ou fluxo menstrual. Caso isso não seja possível utilizar tampão vaginal durante a coleta. 
PROCEDIMENTOS DE COLETA DE URINA COM COLETOR URINÁRIO
 Orientações para utilização do coletor adesivo: 
 Realizar higiene na região perineal;
 Adaptar o coletor de acordo com o sexo; 
 Caso a criança não urine, realizar trocas (no máximo duas) a cada 30 minutos, procedendo a nova higiene; 
 Caso a criança evacue simultaneamente, desprezar o material, realizar nova higiene e colocar novo coletor. 
PROCEDIMENTOS DE COLETA DE URINA DE 24 HORAS Instruções para o procedimento de coleta de urina de 24 horas: 
 No primeiro dia, desprezar a primeira urina da manhã, anotando o horário com precisão de minutos;
 A partir de então, colher todas as micções até a manhã do segundo dia;
 Colher a primeira urina da manhã do segundo dia no mesmo horário do início da coleta;
 Toda urina colhida deverá ser armazenada em frascos limpos, livres de resíduo de qualquer natureza e sob refrigeração (entre 4 e 8 °C); 
 Após a última coleta, enviar a amostra para o laboratório;
 Identificar a amostra, incluindo data de início e término da coleta.
Referências bibliográficas:
ABCMED, 2014. Exame de urina: elementos e sedimentos anormais (EAS). Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/540067/exame-de-urina-elementos-e-sedimentos-anormais-eas.htm>. Acesso em: 1 abr. 2019.
JOHNSON, Caroline C. Definições, classificação e manifestações clínicas das infecções do trato urinário. In: KAYE, Donald (Red.). Clinicas Médicas da América do Norte, Rio de Janeiro : Interlivros, v. 2, 1991. p. 249-261.
 JOHNSON, James R. ; STAMM, Walter E. Diagnóstico e tratamento das infecções agudas do trato urinário. In: ANDRIOLE, Vincent T. Infecções do trato urinário. Rio de Janeiro : Interlivros, 1988. p. 63-81.

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