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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE e AÇÕES CONSTITUCIONAIS

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FUNDAMENTOS DO CONTROLE
A supremacia da Constituição sobre outras normas (infraconstitucionais) é a base teórica que fundamenta o controle de constitucionalidade.
SUPREMACIA FORMAL: forma escrita e previsão de mecanismos mais solenes para elaboração e alteração da Constituição.
SUPREMACIA MATERIAL: o conteúdo das normas constitucionais é o critério material da aferição da validade das demais normas.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Grafè paranómon: ação pública de invalidade na Grécia clássica, mediante a verificação da adequação do pséfisma (lei inferior) ao nómos (lei superior). Sendo o pséfisma considerado incompatível com o nómos, o proponente era penalmente responsabilizado e considerava-se inválido. Na Idade Média as leis fundamentais do Reino eram tidas como superiores às demais. 
RELAÇÃO NORMATIVA
NORMA PARAMÉTRICA (da CF) que serve de referência na verificação da adequação entre as normas.
NORMA OBJETO (infraconstitucional) sobre a qual incide o exame da adequação à norma paramétrica.
FORMAS DE INCOSNTITUCIONALIDADE
1) FORMAL: inobservância do processo legislativo ou produção por legislador incompetente.
 1.a) ORGÂNICA: diz respeito ao órgão competente.
 1.b) PROCEDIMENTAL: procedimento 
 1.b.1) DELIBERAÇÃO INSUFICIENTE:
2) MATERIAL: conteúdo da norma infraconstitucional afronta ao conteúdo de norma da Constituição.
3) POR AÇÃO: norma infraconstitucional positivada que afronta à norma constitucional.
4) POR OMISSÃO: ausência de norma infraconstitucional em situação em que a Constituição exige sua produção.
	4.a) TOTAL: ausência total da norma.
	4.b) PARCIAL: norma infraconstitucional que deixa de atender integralmente imposição constitucional.
5) INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO: decorrência lógica da inconstitucionalidade de uma norma em função da qual outra (arrastada) existe.
6) ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL: violação massiva e reiterada de direitos fundamentais em razão de situação fática contrária à CF.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Político
Poder Legislativo - Comissão de Constituição e Justiça (CF, art. 58)
Poder Executivo – Veto (CF, art. 66, § 1º) 
Jurisdicional
EC
Tramitação Projeto de Lei
Controle
Repressivo
Político
Decreto legislativo sustando decreto executivo (art. 49, V, CF)
Decreto legislativo sustando lei delegada exorbitante
Judicial
Difuso (incidental, em concreto)
- Qualquer Juiz/tribunal
- STF em RE (art. 102, III, ‘a’ e ‘b’, CF)
Concentrado
(direto, em abstrato)
ADIN (CF, art. 102, I, ‘a’)
ADC (CF, art. 102, I, ‘a’)
ADPF (CF, art. 102, § 1º)
Controle
Prévio
CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE
Antecedente histórico: caso Marbury x Madison, USA 1803, Suprema Corte presidida pelo Juiz John Marshall, decidiu que todo e qualquer juiz tem o poder/dever de deixar de aplicar uma lei que se mostre incompatível com a Constituição. Adams era Presidente da República e Marshall seu Secretário de Estado (partido Federalista) e foram derrotados na eleição por Thomas Jefferson. Até a posse do novo governo Marshall acumulou as duas funções e não consegui efetivar todas as nomeações feitas por Adams.
Uma das nomeações não efetivadas nomeava William Marbury para o cargo de Juiz de Paz. Jefferson assumiu e nomeou James Madison seu Secretário de Estado, determinando que não efetivasse as nomeações do anterior PR. Marbury, nomeado mas não empossado, ingressou em juízo (writ of mandamus) contra Madison. 2 anos depois, Marshall, Presidente da Suprema Corte, julgou o caso primeiro decidindo o mérito, no sentido de que Marbury tinha direito ao cargo, no entanto deixava de conceder a determinação de posse em razão de questão preliminar: a lei que fundamentava o mandamus dava poderes à Corte além daqueles previstos na Constituição, por isso era considerada inconstitucional. Foi denegada a ordem de posse.
CONTROLE DIFUSO NO BRASIL
Na vigência da Constituição de 1824 não existia qualquer forma de controle de constitucionalidade.
Depois de proclamada a República (1889), o Decreto nº 510/22/06/1890 (denominado Constituição provisória), no art. 58, § 1º, ‘b’, previa o cabimento de recurso ao STF das sentenças da justiça dos Estados em última instância “quando se contestar a validade das leis ou atos dos governos em face da Constituição, ou das leis federais e a decisão do tribunal do Estado considerar válidos os atos ou leis impugnadas.”
Em 11 de outubro de 1890, o Decreto nº 848, que organizou Justiça Federal, no art. 3º, estabeleceu: “Na guarda e aplicação da Constituição e das leis nacionais a magistratura federal só intervirá em espécie e por provocação de parte.” e seu art. 9º, parágrafo único, letra ‘b’, dizia: “Haverá também recurso para o Supremo Tribunal Federal das sentenças definitivas proferidas pelos Tribunais e juízes dos Estados: (...) b) quando a validade de uma lei ou ato de qualquer Estado seja posta em questão como contrário à Constituição, (...) e a decisão tenha sido em favor da lei ou ato (...)”. 
É a criação do RE (CF, art. 102, III, ‘a’).
A CF de 1891, no art. 59, § 1º, ‘b’, previu o cabimento de recurso ao STF das sentenças das justiças dos Estados proferidas em última instância, quando contestarem a validade de leis ou de atos dos governos dos Estados em face da Constituição, (...) e a decisão considerar válidos esses atos, ou essas leis impugnadas. O art. 60, ‘a’, estabelecia a competência da Justiça Federal para julgar as causas em que alguma das partes fundar a ação ou a defesa, em disposição da CF.
Lei nº 221, de 20 de novembro de 1894, ao completar a organização da Justiça Federal, no art. 13, § 10, estabeleceu: “Art. 13 – Os juízes e tribunais federais processarão e julgarão as causas que se fundarem na lesão de direitos individuais por atos ou decisão das autoridades administrativas da União. (...) § 10 – Os juízes e tribunais apreciarão a validade das leis e regulamentos e deixarão de aplicar aos casos correntes as leis manifestamente inconstitucionais e os regulamentos manifestamente incompatíveis com as leis ou com a Constituição.”
É a criação definitiva do controle difuso no Brasil, por lei (nos USA foi pela jurisprudência).
CONSTITUIÇÃO DE 1934
Reproduz a normatização anterior relativamente à competência do STF para julgar o Recurso Extraordinário questões relativas tanto à constitucionalidade de leis federais e o tribunal estadual negar aplicação à lei, quanto relativas à constitucionalidade de leis ou atos dos governos estaduais e for julgado válido o ato ou lei impugnada. O art. 179 introduziu a reserva de plenário, prevendo que só por maioria absoluta dos seus membros poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público. 
O art. 91, atribuiu competência ao Senado para suspender a execução de norma julgada inconstitucional (atualmente art. 52, X, CF).
O art. 12, § 2º criou a primeira forma de controle concentrado, prevendo a ação direta de inconstitucionalidade interventiva; a CF/34 atribui competência privativa aos Estados para elaborarem sua Constituição Estadual e Leis, devendo observarem-se determinados princípios (sensíveis), uma vez inobservados, caberia a ADIN interventiva.
ESPECIFICIDADES DO CONTROLE DIFUSO NO BRASIL
O controle difuso, também denominado controle indireto ou por via de exceção, ou ainda por via de defesa, pode ser suscitado por qualquer das partes e pelo MP, em qualquer processo, perante qualquer Juízo ou Tribunal, ou pode ser feito de ofício, tendo por consequência a desaplicação da norma ao caso concreto, em razão a incompatibilidade lógica para com a CF que resultaria de sua aplicação. O julgador não declara a inconstitucionalidade, apenas desaplica a norma. Trata-se de questão prejudicial à solução da causa. A inconstitucionalidade não preclui.
EFEITOS DA INCONSTITUCIONALIDADE NO CONTROLE DIFUSO
Subjetivamente, os efeitos limitam-se às partes envolvidas no processo (inter partes).
Objetivamente, os efeitos são retroativos (ex tunc) ao início da relação jurídica posta em discussão, já que a norma infraconstitucionalsobre ela nunca poderia ter incidido por incompatível com norma da CF.
RESERVA DE PLENÁRIO
CF/88, art. 97, estabelece que somente por voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou do respectivo Órgão Especial (Pleno) é que pode ser reconhecida incidentalmente a inconstitucionalidade. 
O CPC, art. 480, prevê o incidente de inconstitucionalidade que, uma vez ocorrendo em uma das Câmaras, paralisa o processo que é remetido ao Órgão Especial do Tribunal Pleno para julgamento da questão relativa à constitucionalidade em atendimento ao art. 97 da CF.
SÚMULA VINCULANTE Nº 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte (Interpretação conforme a CF).
CASOS NOS QUAIS NÃO INCIDE A RESERVA DE PLENÁRIO
1) A questão constitucional não se mostra prejudicial à decisão do recurso pelo órgão fracionário. 
2) A questão constitucional é prejudicial mas já foi decidida pelo Órgão Especial do Tribunal Pleno daquele tribunal.
3) A questão constitucional é prejudicial mas já foi decidida pelo STF.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
CF, art. 102, III
Cabe Recurso Extraordinário (no prazo de 15 dias, CPC, art. 508) ao STF nas causas decididas em única ou última instância quando a decisão: (a) contrariar dispositivo da Constituição; (b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; (c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF; (d) julgar válida lei local em face de lei federal.
CABIMENTO DO RE:
a) Súmula 279 STF: ”Para simples reexame da prova não cabe recurso extraordinário.” Não se pode discutir questões de fato no RE, nem mesmo pretender que a prova produzida seja reavaliada.
b) Pode ser interposto contra decisões do Juizado Especial, já que para elas a lei não prevê recurso (Súmula 640 STF: “É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma de juizado especial cível e criminal”).
c) O RE é condicionado ao esgotamento da instância; somente é cabível quando não houver outro recurso para impugnar a decisão perante o tribunal que a proferiu (havendo divergência cabe a interposição de embargos infringentes). Quando a decisão for em parte unânime e em parte por maioria, caberá RE contra a parte unânime, mas somente depois de julgados os embargos infringentes (CPC, art. 498).
d) Prequestionamento: ”É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” (Súmula 282 STF). Abordagem expressa na decisão.
e) Decisão omissa e prequestionamento: sem necessidade de que a norma violada seja expressamente mencionada, deve haver na decisão expressa menção à violação, cabendo embargos de declaração para provocar manifestação expressa acerca da questão constitucional controvertida. “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento” (Súmula 356 STF). O art. 102, III exige que a causa tenha sido decidida para caber o RE.
f) Necessidade de recurso extraordinário e recurso especial concomitantes: o recurso especial (CF, art. 105, III) visa a discutir a interpretação dada a lei federal; quando decisão rejeitar pedido não aplicando lei federal em razão de interpretação que lhe der e ao mesmo tempo fundamentar-se em questão constitucional, devem ser interpostos tanto o recurso extraordinário (STF) quanto o especial (STJ). “É inadmissível recurso especial quando o acórdão recorrido assenta em fundamento constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário” (Súmula 126 STJ).
As razões da necessidade de concomitância das interposições do RE e do REsp são duas: 1) havendo só o REsp, o fundamento constitucional não atacado por si só pode sustentar a manutenção da decisão recorrida; 2) a decisão recorrida sendo de Tribunal Estadual ou TRF, terá transitado em julgado depois de decidido o REsp, não cabendo mais RE.
Da decisão do STJ no REsp sempre caberá, sendo o caso, RE desde que seja essa a primeira decisão sobre a questão constitucional, mas não será o mesmo RE que cabia da decisão anterior.
g) Repercussão geral (CF, art. 102, § 3º): “No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros”. O STF pode selecionar os casos que julgará em RE.
CPC, art. 543-A: “O STF, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral” (do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem o interesse das partes).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: “Cabem embargos de declaração quando: I – houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; II – for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal” (CPC, art. 535, I e II).
EMBARGOS INFRINGENTES: “Cabem embargos infringentes quando não for unânime o julgamento proferido em apelação e em ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência “ (CPC, art. 530).
SUSPENSÃO DOS EFEITOS DA NORMA PELO SENADO FEDERAL
Compete privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 52, X). Os efeitos da decisão inicialmente inter partes passam a ser erga omnes. Aquilo que foi o fundamento determinante na decisão em controle difuso (não tem eficácia vinculante) passa a produzir efeitos como o dispositivo da decisão.
Trata-se de poder do Senado que decide politicamente acerca da conveniência e oportunidade de suspender ou não os efeitos da norma havida pelo como incompatível com a CF em controle difuso. 
Tendência atual do STF considerar desnecessária a suspensão da execução de lei julgada inconstitucional, mesmo no controle difuso, em razão de entendimento no sentido de que é da natureza das decisões em controle de constitucionalidade a eficácia vinculante (Reclamação 4335 – AC, progressão de regime em condenação por crime hediondo).
CONTROLE CONTRADO (ABSTRATO) DE CONSTITUCIONALIDADE
Constituição Austríaca de 1920; Tchecoslováquia, em 1920; Chile, em 1925; Espanha, em 1931; Itália, em 1947 (com implementação da CC em 1956); República Federal da Alemanha, em 1949; Chipre, em 1960; Turquia, em 1961; Guatemala, em 1965. Caracteriza-se por concentrar em um órgão especialmente criado para tal função, a verificação da constitucionalidade de normas em tese.
CONTROLE CONCENTRADO NO BRASIL
Surgiu na Constituição Federal de 1934, cujo art. 12, § 2º previa que no caso em que a norma estadual afrontasse em tese algum dos princípios constitucionais tidos como sensíveis (art. 7º, I) caberia ao Procurador-Geral da República provocar a Corte Suprema para que lhe declarasse a inconstitucionalidade, ocorrendo posteriormente a intervenção federal na unidade federativa.
EC Nº 16 (26/11/65) À CF 1946
Ampliou a competência do STF (nova redação à alínea k do art. 110, I), também para julgar a “representação contra a inconstitucionalidade de lei ou ato de natureza normativa federal ou estadual, encaminhada pelo Procurador-Geral da República.” No art. 124 inseriu o inciso XIII, autorizando ao legislador estadual a “estabelecer processo, de competência originária do Tribunal de Justiça, para declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do Município, em conflito com a Constituição do Estado.”
CF 1967/ EC N° 1 DE 1969
CF 1967 manteve o controle difuso e a representação do PGR (único legitimado) por inconstitucionalidade (açãodireta) de normas estaduais e federais. O STF submetia todas as suas decisões, inclusive as proferidas em controle abstrato, ao Senado Federal para este determinara suspensão da execução da lei (não se atribuía efeitos erga omnes a tais decisões. O Senado agia discricionariamente. A EC nº 7/1977 permitiu a concessão de liminares em ação direta de inconstitucionalidade, resolvendo a questão entre o STF e o Senado.
Sendo o STF, a partir da EC nº 7/1977, autorizado pela CF a conceder medidas liminares no controle concentrado, feito da norma em abstrato, não há necessidade de submeter a decisão de mérito ao Senado porque a liminar já terá produzido efeitos de afastar a norma considerada inconstitucional do mundo jurídico. Isso decorre da natureza do controle feito em abstrato consistem em juízo de declaração de inconstitucionalidade, que implica impossibilidade de produção de efeitos desde a entrada em vigência (efeitos naturalmente erga omnes e ex tunc). Anteriormente à EC 7, no julgamento da RI 933, voto do Ministro Thompson Flores já firmara tal posição.
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CONTROLE CONCENTRADO NA CF 1988
Manteve o controle difuso e ampliou o controle concentrado: (a) pela ampliação dos legitimados à propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade (CF, art. 103) agora com essa denominação; (b) pela possibilidade de julgar-se uma inconstitucionalidade tanto por ação quanto por omissão; (c) pela previsão de mais duas ações de controle da norma em tese, a ADPF e a ADC (EC 3/1993); e, (d) pela manutenção da ADIN interventiva (CF, art. 36, III), e da ADIN estadual (CF, art. 125, § 2º).
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
CF, art. 102, I, ‘a’: Compete ao STF, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ADIN de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ADC de lei ou ato normativo federal. A inconstitucionalidade poderá ser tanto formal quanto material, por ação, ou por omissão e esta poderá ser tanto total quanto parcial.
INTERPRETAÇÃO DO ART. 102, I, ‘a’, DA CF
1. Só ao STF cabe julgar ADIN ou ADC que tenha por parâmetro da CF. 2. Não cabe aos Tribunais estaduais julgar em abstrato a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal tendo por parâmetro a CF, somente lei ou ato normativo estadual e municipal tendo por parâmetro a CE. 3. Não cabe ADIN de lei ou ato normativo municipal porque não expressamente previsto no enunciado. 4. Não cabe ADC de lei ou ato normativo estadual ou municipal porque não expressamente previsto. 5. Não cabe ADIN ou ADC lei ou ato normativo pré-constitucional (vigente antes da CF 88).
LEGITIMADOS PARA A ADIN E ADC
Podem propor ADIN e ADC (FC, art. 103):
I. O PR; II. A Mesa do Senado Federal. III. A Mesa da Câmara dos Deputados. IV. A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF. V. Governador de Estado ou do DF. VI. O PGR. VII. O Conselho Federal da OAB. VIII. Partido Político com representação no Congresso Nacional. IX. Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
PERTINÊNCIA TEMÁTICA
Especial condição da ação exigida dos legitimados especiais: Governador de Estado ou do DF, Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF, Confederações Sindicais e entidades de classe de âmbito nacional que somente podem questionar a constitucionalidade de normas que afetem diretamente suas esferas jurídicas de atuação ou de seus filiados. Os demais detém legitimação universal, podendo propor ADIN e ADC contra normas que versem sobre qualquer tema.
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
ADIN 127: quem detém capacidade postulatória é o advogado regularmente inscrito na OAB. Para a ADIN e a ADC, entretanto, somente necessitam advogado para postular os partidos políticos, as confederações sindicais e as entidades de classe. Os demais legitimados possuem capacidade processual plena e dispõe de capacidade postulatória, dispensando advogado.
ADIN POR AÇÃO – PROCESSO E PROCEDIMENTO
Lei nº 9.868, de 10/11/1999
Petição inicial (art. 3º) indicando dispositivos da lei ou ato normativo impugnados e os fundamentos jurídicos de cada impugnação (causa de pedir aberta), em 2 vias, contendo cópias do ato impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação, podendo ser rejeitada por inepta (art. 4º) em decisão recorrível por agravo (parágrafo único).
Não se admite desistência da ação (art. 5º).
Relator pedirá informações aos responsáveis pela norma impugnada, as quais devem ser prestadas em 30 dias (art. 6º). Não é admitida a intervenção de terceiros na ADIN (oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide ou chamamento ao processo), admitindo-se o amicus curiae (art. 7º, § 2º) com função de contribuir para a solução da causa com informações e esclarecimentos, tornando o debate mais aberto e plural e auxiliando na legitimação social das decisões da Corte. Pode inclusive interpor embargos (omissão) no caso de não modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade (art. 27), que é dever do STF.
Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos o Advogado-Geral da União (CF, art. 103, § 3º: Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, (...), citará, previamente o AGU, que defenderá o ato ou texto impugnado.) e o PGR para se manifestarem (15 dias cada). 
Após, deverá ocorrer o julgamento do mérito (art. 11, caput), podendo o Relator buscar mais esclarecimentos requisitando informações, nomeando peritos, realizando audiências públicas ou colhendo manifestações de autoridades na matéria (§ 1º); ou solicitando informações aos demais tribunais (§ 2º), tudo em 30 dias (§ 3º).
CAUSA DE PEDIR ABERTA
Apesar do art. 3º, I, da Lei nº 9.868/99, o STF tem fixado orientação jurisprudencial no sentido da causa de pedir aberta: A) decisão de improcedência da ADIN importa declaração de constitucionalidade; B) o STF não se limita aos argumentos da inicial, fazendo ampla verificação do dispositivo impugnado (matéria de ordem pública, imprescritível e indisponível); C) a presença do amicus curiae permite a introdução de novos argumentos; D) inconstitucionalidade por arrastamento (devido processo legal e inconstitucionalidade formal e material – ADIN 2.182). 
EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA NA ADIN
Em razão da abertura da causa de pedir, a eficácia preclusiva da coisa julgada material impede a propositura de outra ADIN com base em causa de pedir já invocada (fundamento incluso, implícita ou explicitamente em causa de pedir já invocada). Julgada improcedente uma ADIN, não será possível propor-se, contra a mesma norma, outra ADIN com base em fundamento não implicitamente invocado na inicial da anterior, porque o STF deve analisar todos os argumentos e supostamente já analisou na ADIN anterior (matéria preclusa).
MEDIDA LIMINAR EM ADIN
CF, art. 102, I, ‘p’, Lei nº 9.868/99, arts. 10/12. Presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos não impossibilita a concessão de liminar, presentes o periculum in mora e o fumus boni juris.
A rigor a medida cautela será deferida após ouvida dos órgãos dos quais emanou o ato impugnado (5 dias, art. 10, caput), podendo ser dispensado pelo relator a oitiva do AGU e do PGR (art. 10, § 1º) e dos responsáveis pelo ato (art. 10, § 3º).
EFEITOS DA CONCESSÃO DA LIMINAR
Concedida a liminar e publicada a decisão (10 dias), serão solicitadas informações à autoridade responsável pelo ato impugnado (30 dias, art. 6º, parágrafo único). A liminar tem eficácia erga omnes e efeitos ex nunc, salvo se o STF expressamente conceder efeitos retroativos e, não havendo manifestação expressa do STF, torna aplicável a legislação anterior (revogada pela norma agora liminarmente tida como incompatível com a CF) – art. 11, e §§ 1º e 2º.
PROCESSO E PROCEDIMENTO 
ADIM POR OMISSÃO
O legitimados são os mesmos da ADIN por ação (CF, art. 103), devendo a inicial (Lei 9.868, art. 12-B) indicar a omissão inconstitucional total ou parcial, além do pedido e suas especificações; em duas vias, com cópias dos documentos hábeis à comprovação das alegações(art. 12-B, parágrafo único), podendo ser rejeitada por inepta, não fundamentada ou manifestamente improcedente (art. 12-C), por decisão recorrível por agravo (parágrafo único).
Não pode haver desistência da ação (art. 12-D).
LIMINAR EM ADIN 
POR OMISSÃO
Lei nº 9.868/99, arts. 12-F e 12-G. em caso de excepcional urgência e relevância, o STF, por maioria absoluta, pode conceder medida liminar após ouvidos os responsáveis pela omissão (art. 12-F, caput), que poderá consistir na suspensão da aplicação da norma questionada no caso de omissão parcial, suspensão de todos os processos judiciais e administrativos ou outra providência (§ 1º); considerando indispensável, previamente será ouvido o PGR (§ 2º); será a sustentação oral no julgamento (§ 3º). Concedida a medida, ser á publicada a decisão e solicitadas informações ao responsável pela omissão (art. 12-G).
JULGAMENTO DO MÉRITO NA ADIN POR OMISSÃO
Declarada a inconstitucionalidade por omissão, será dada ciência ao Poder competente para as providências necessárias (art. 12-H). O responsável sendo órgão administrativo o prazo para atender às providências determinadas será de 30 dias (§ 1º e CF, art. 103, § 2º) ou outro prazo razoável.
EFEITOS: As decisões terminativas de mérito em ações diretas de inconstitucionalidade e nas declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante (CF, art. 102, § 2º).
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Ação com eficácia declaratória, introduzida pela EC 3/93, cuja constitucionalidade foi questionada e declarada pelo STF em questão de ordem no julgamento da ADC nº 1. Pode ser proposta quando houver controvérsia judicial relevante sobre a aplicação de disposição normativa (art. 14, III). Um volume expressivo de decisões conflitantes gera insegurança jurídica, caracterizando a controvérsia judicial relevante exigida para a propositura da ADC (ADC nº 8).
LEGITIMADOS PARA A ADC
Conforme CF, art. 103, são os mesmos legitimados para a ADIN. Conforme a Lei nº 9.868/99, art. 13, são o PR, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa do Senado Federal e PGR. A previsão constitucional foi ampliada pela EC 45/2004, sobrepondo-se à previsão legal. 
O STF aplica também a pertinência temática à ADC e observa, igualmente, a capacidade postulatória de alguns legitimados.
A petição inicial (causa petendi aberta) deve indicar o dispositivo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido, além do próprio pedido (art. 14). Deve vir acompanhada dos documentos indispensáveis para a comprovação da alegação (acórdãos). Pode haver rejeição liminar por inépcia, ausência de fundamentação e tese manifestamente improcedente (art. 15), cabendo agravo de tal decisão (p. único). Não pode haver desistência da ADC (art. 16), nem admite-se intervenção de terceiros (art. 18). Recebida a ADC será dada vista ao PGR (art. 19), e o Relator lançara relatório colocando em pauta para julgamento (art. 20). Poderá haver coleta de informações (§§ 1º e 2º).
MEDIDA CAUTELAR EM ADC
Consiste em uma total impropriedade, como a própria ADC, em face da presunção de constitucionalidade de leis e atos normativos.
Por voto da maioria absoluta dos membros do STF, pode conceder liminar consistente na determinação de suspensão dos processos que envolvam a aplicação do dispositivo objeto da ação até seu julgamento definitivo (art. 21).
DECISÃO EM ADIN E EM ADC
As decisões terminativas de mérito em ações diretas de inconstitucionalidade e nas declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante (CF, art. 102, § 2º). Deverão estar presentes pelo menos 8 Ministros (art. 22), o julgamento se define por pelo menos 6 votos (art. 23). Proclamada a constitucionalidade julga-se improcedente a ADIN ou procedente a ADC; proclamada a inconstitucionalidade, julga-se procedente a ADIN e improcedente a ADC (art. 24).
Apenas embargos declaratórios são oponíveis (art. 26)
MODULAÇÃO DE EFEITOS
Ao declarar a inconstitucionalidade, por razões de segurança jurídica ou em face de excepcional interesse social, por 2/3 de seus membros (8 de 11) poderá o STF restringir os efeitos da decisão ou decidir que ela só terá eficácia a partir do trânsito em julgado ou de outro momento que venha ser fixado (art. 27). 
A rigor, no controle concentrado os efeitos são ex tunc (retroagem à data da entrada em vigência da norma). Porque, no controle concentrado, em abstrato, o juízo de inconstitucionalidade a rigor importa nulidade da norma desde o início de sua vigência. Se o STF, na decisão, não tratar expressamente da modulação dos efeitos quanto ao momento de sua produção, naturalmente eles serão ex tunc (erga omnes e com eficácia vinculante da administração pública federal, distrital, estadual e municipal).
TÉCNICAS DECISÓRIAS NO JULGAMENTO DAS AÇÕES DIRETAS
O STF poderá, ao decidir ADIN (por ação) realizar interpretação conforme a Constituição ou a declaração parcial de inconstitucionalidade sem (nulidade) redução de texto – também com eficácia contra todos e efeitos vinculantes da administração pública em todos os níveis (art. 28, parágrafo único).
INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
Visa impedir declaração de inconstitucionalidade de texto normativo (presunção de constitucionalidade) em razão de ser possível dele extrair-se norma (comando) compatível com a CF. Nestes casos o STF não declara a inconstitucionalidade do dispositivo, mas sim desautoriza todas as interpretações que dele se façam e que resultem em normas inconstitucionais, preservando sua vigência com o sentido que o faz conforme a CF.
É necessário interpretar a norma.
DECLARAÇÃO PARCIAL DE NULIDADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO
Uma norma pode ser aplicada a situações diversas, uma em que se apresenta inconstitucional e outra em que se mostra compatível com a CF. Nestes casos, o STF declara a inconstitucionalidade da aplicação a uma das situações e declara a constitucionalidade da aplicação (da mesma norma) a outra ou outras situações. Não se anula parte do texto (enunciado) da norma. Não se faz interpretação.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
ADPF, CF, art. 102, § 1º: A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo STF, na forma da lei (EC nº 3/1993).
Lei nº 9.882, de 03/12/1999 regulamenta a ADPF.
NOÇÕES GERAIS E OBJETO
A ADPF tem por objeto a (1) prevenção e a reparação de lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público (art. 1º, caput) ou, (2) quando houver controvérsia constitucional acerca de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, desde que seja relevante o seu fundamento (inciso I do parágrafo único do art. 1º), incluídas leis ou atos normativos anteriores à Constituição de 1988; por ação ou omissão. Não será admitida quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade a preceito fundamental apontada - instrumento processual subsidiário (§ 1º do art. 4º). 
O STF deve decidir a medida liminar na ADIN 2.231/DF, proposta contra a Lei 9.882/99. Em 5/12/2001 o Min. Relator Néri da Silveira proferiu voto deferindo, em parte, a medida liminar, com o objetivo de excluir a possibilidade de uso da ADPF para a decisão de controvérsia constitucional concretamente já posta em juízo, e para impossibilitar que medida liminar em ADPF suspenda o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais. Após o voto do relator, pedido de vista do Min. Sepúlveda Pertence suspendeu o julgamento da medida liminar, que ainda não foi retomado.
PRECEITO FUNDAMENTAL
O parâmetro do controle de constitucionalidade na ADPF é norma constitucional qualificada como preceito fundamental. Certamente são preceitos fundamentais os princípios (fundamentais) constantes dentre os arts. 1º a 4º da CF; as normas instituidoras de direitos fundamentais; as normas que definem as cláusulas pétreas (art. 60, § 4°); e, as que arrolam os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII).
OBJETO DA ADPF
A ADPF poderá ser preventiva (evitar lesão) ou repressiva(reparar lesão), contra atos (ou omissões, totais ou parciais)do poder público:
a) de natureza normativa (federais, estaduais e municipais), inclusive o direito pré-constitucional.
b) de natureza administrativa, em todos os níveis, que violem preceito fundamental.
c) de natureza jurisdicional, desde que inexistente outro meio apto a proteção do preceito fundamental (recurso, ou ADIN ou ADC) e inexistente a coisa julgada.
MODALIDADES DE ADPF
A ADPF pode ser:
1) autônoma, quando tiver por objeto ato do Legislativo ou do Executivo; 
2) incidental quando tiver por alvo ato do Judiciário (art. 1º, caput, Lei 9.882/99). Neste caso cabe ao interessado representar ao PGR para que seja ajuizada a ADPF (art. 2º, § 1º).
PROCEDIMENTO
A petição inicial deve indicar o preceito fundamental violado (art. 3º, I), o ato questionado (II), a prova da violação (III), o pedido e suas especificações (IV) e, se for o caso, a comprovação da controvérsia judicial relevante (interpretação) do preceito fundamental (V); podendo ser indeferida liminarmente (art. 4º, caput) por decisão agravável (§ 2º),quando incabível a ADPF, quando faltar algum de seus requisitos ou for inepta (art. 4º, caput); ou quando incidir a regra da subsidiariedade (§ 1º).
CARÁTER SUBSIDIÁRIO
Lei nº 9.882/99, art. 4º, § 1º, não será admitida a ADPF quando houver outro meio eficaz de sanar a lesividade. STF: outro meio que produza efeitos erga omnes e eficácia vinculante (ADIN ou ADC). Quando a ADPF tenha por alvo (objeto) decisão judicial (ADPF incidental), a existência de recurso previsto para a hipótese e a coisa julgada material (ação rescisória), em razão da subsidiariedade, inviabilizam a ação. Exceto casos que transcendam o interessa das partes.
LEGITIMADOS
Lei 9.882/99: podem propor a ADPF os legitimados para a ADIN e ADC, conforme art. 103 da CF. Pertinência temática e capacidade postulatória.
No caso da ADPF contra decisão judicial (ADPF incidental), o interessado deve oferecer representação ao PGR para que esse, se assim entender, ajuíze a ação perante o STF.
LIMINAR EM ADPF
Por maioria absoluta o STF poderá conceder liminar em ADPF (art. 5º, caput); em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, poderá o relator conceder liminar ad referendum do Tribunal Pleno; sobre o pedido de liminar o relator pode ouvir os responsáveis pelo ato questionado, o AGU e o PGR (§ 2º). A liminar poderá consistir na determinação de suspensão do andamento de processo ou efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer medida que tenha relação com a ADPF, exceto se decorrentes de coisa julgada (§ 3º).
Decidido o pedido de liminar, serão solicitadas informações aos responsáveis pelo ato objeto da ADPD, em 10 dias (art. 6º); se necessário, poderão ser ouvidas as partes, requisitadas informações, nomeados peritos e/ou realizada audiência pública (§ 1º); podem ser autorizadas sustentação oral e juntada de memoriais (§ 2º); com o relatório será marcado o julgamento (art. 7º); o MP, nas ADPFs que não tenha ajuizado, terá vista após as informações (art. 7º, parágrafo único). A decisão será tomado se presentes no mínimo 8 Ministros (art. 8º). A decisão terá eficácia contra todos e efeitos vinculantes (art. 10, § 3º).
MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO DA ADPF
Ao declarar inconstitucional lei ou ato normativo em julgamento de mérito da ADPF, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros (8 de 11 Ministros) restringir os efeitos da declaração ou decidir que ela só tenha efeitos a partir do trânsito em julgado ou outro momento que venha a ser fixado (art. 11). A decisão é irrecorrível e não pode ser objeto de ação rescisória (art. 12) cabendo reclamação em caso de ser descumprida (art. 13).
ADIN ESTADUAL
Cabe aos Estados a instituição de ADIN de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da CE, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão (CF, art. 125, § 2º).
Ao TJ, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete: processar e julgar: a ação direta da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo perante esta Constituição, e de municipal perante esta e a Constituição Federal, inclusive por omissão (CE-RS, art. 95, XII, ‘d’). 
LEGITIMADOS PARA A ADIN ESTADUAL
Podem propor ADIN por ação ou omissão, contra lei ou ato normativo estadual em face da CE: o Governador do Estado; a Mesa da AL; o PGJ; Defensor Público-Geral do Estado; o Conselho Seccional da OAB; partido político com representação na AL; entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos humanos e dos consumidores, de âmbito nacional ou estadual legalmente constituídas; Prefeito Municipal; a Mesa da Câmara Municipal (CE, art. 95, § 1º).
LEGITIMADOS PARA A ADIN ESTADUAL
Podem propor ADIN por ação ou omissão, contra lei ou ato normativo municipal: o Governador do Estado; o PGJ; o Prefeito Municipal; a Mesa da Câmara Municipal; partido político com representação na Câmara de Vereadores; entidade sindical; o Conselho Seccional da OAB; o Defensor Público-Geral do Estado; entidades de defesa do meio ambiente; dos direitos humanos e dos consumidores legalmente constituídas; associações de bairro e entidades de defesa dos interesses comunitários legalmente constituídas há mais de um ano.
PECULIARIDADES
a) STF-ADIN 409: julgou inconstitucional a parte do dispositivo da CE-RS que atribuía competência ao TJ-RS para ADIN tendo por parâmetro a CF.
b) Quando lei ou ato normativo (1) estadual ou (2) municipal afrontar dispositivo de reprodução obrigatória (de mesmo texto) da CF e da CE, é competente o TJ para (em controle concentrado, em abstrato) apreciar a inconstitucionalidade em face da CE, podendo haver (1) ADIN ou (2) ADPF perante o STF.
c) Tramitando ADIN no STF e no TJ, esta deve ser suspensa até o julgamento daquela.
d) Quando a ADIN (só) perante o TJ questionar lei estadual em face da CE, da decisão do TJ poderá caber RE para o STF, no caso de ocorrer afronta à CF. A norma estadual questionada pode afrontar norma constitucional de reprodução obrigatória ou norma da CF sobre competência reservada à UF ou aos Municípios.
e) Quando a ADIN (só) perante o TJ questionar lei municipal em face da CE, em se tratando de norma paramétrica (CE) de repetição obrigatória de norma da CF, da decisão do TJ caberá RE. Caso contrário não haverá recurso, exceto embargos de declaração.
PROCEDIMENTO DA ADIN ESTADUAL
Antes do julgamento da ADIN será colhido o parecer dom PGJ (CE, art. 95, § 3º).
Antes da manifestação do PGJ e do julgamento do mérito da ADIN, será citado o Procurador-Geral do Estado, que defenderá o ato ou texto impugnado (CE, art.95, § 4º).
Aplica-se extensivamente à ADIN estadual tudo o que se aplica à ADIN perante o STF relativamente à pertinência temática e à legitimação universal e especial, e o que mais couber.
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Alguns direitos fundamentais são dotados de natureza peculiar, constituindo-se em garantias que se efetivam necessariamente por intermédio de processos judiciais. É o caso (no art. 5º) do habeas corpus (LXVIII); do mandado de segurança (LXIX); do mandado de segurança coletivo (LXX); do mandado de injunção (LXXI); do habeas data (LXXII); da ação popular (LXXIII) e da ação civil pública (CF, art. 129, III; Lei 7.347/85).
TERMINOLOGIA
Categorias: 
I) DIREITOS SUBJETIVOS INDIVIDUAIS (ligados diretamente a um sujeito individual).
II) DIREITOS SUBJETIVOS COLETIVOS (ligados a sujeitos):
1) direitos difusos; 
2) direitos coletivos stricto sensu (essencialmente coletivos);
3) direitos individuais homogêneos (acidentalmente coletivos).
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INTERESSES DIFUSOS: são os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (CDC, art. 81, § único, I).
DIREITOS COLETIVOS: são os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base (CDC, art.81, § único, II).
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS: são individuais, decorrentes de origem comum (daí a homogeneidade), divisíveis, vinculados a pessoas determinadas, ligadas entre si por circunstância fática ou relação jurídica básica decorrente de origem comum. 	
Proteção por ação coletiva, CDC, art. 81, § único, III.
	À exceção do caso da ação civil pública, que pode ter como réu tanto o Estado como um particular, todas os demais garantias jusfundamentais processuais têm por alvo um ato do poder público e por réu no processo o Estado em sentido amplo. O Estado Democrático de Direito é uma forma de estado comprometida com os direitos fundamentais, que tanto limitam seu poder quanto condicionam (direitos à organização e ao procedimento) seus atos. Tendo o Estado o monopólio do uso da força através do Direito, essas garantias asseguram os limites do uso dessa força.
 As garantias jusfundamentais processuais são parte da jurisdição constitucional (jurisdição que tem por objeto a aplicação da constituição), destinando-se ao mesmo tempo à efetivação dos direitos fundamentais, já que são garantias e ao controle de constitucionalidade (em concreto) dos atos do poder público e, em algumas circunstâncias (ação civil pública), dos atos de particulares.
 As garantias jusfundamentais têm por finalidade a tutela das liberdades constitucionais contempladas nelas e nos demais direitos fundamentais. Essa tutela constitucional das liberdades, perfeitamente adequada ao modelo do Estado Democrático de Direito, se dá através da utilização dos denominados writs constitucionais (classificadas como garantias processuais). São ordens escritas que se obtém da autoridade judicial a fim de proteger direitos e liberdades estabelecidas nos direitos fundamentais.
HABEAS CORPUS 
CF, art. 5º, LXVIII
Trata-se de garantia jusfundamental de natureza processual (exercitável através de um processo judicial), visando a proteger a liberdade (física da pessoa) de ir e vir (art.5 º, XV) da pessoa que esteja sofrendo (caráter repressivo) ou ameaçado de sofrer (caráter preventivo) violência ou coação em sua liberdade de locomoção em decorrência de ilegalidade ou abuso de poder (por autoridade pública). A expressão significa: tome o corpo.
O HC tem um paciente que é a pessoa que está sofrendo lesão ou ameaça de lesão à liberdade de ir e vir (prisão, detenção, etc.); tem sempre como réu uma autoridade pública denominada autoridade coatora (que está praticando a coação), e, tem a figura do impetrante (aquele que ajuíza o HC). O impetrante não é o paciente, porque este não está gozando de liberdade. O HC não exige qualquer formalidade (forma livre), não necessita ser impetrado por advogado e nele não se cobram custas processuais. Quando é concedida a ordem de habeas corpus, o paciente é colocado em liberdade.
Não se concede HC no caso da ofensa ou ameaça à liberdade de ir e vir estar sendo praticada por particular. Nesta hipótese o particular está praticando o delito de sequestro e/ou cárcere privado, sendo passível de prisão em flagrante.
Origem histórica: no Direito Romano havia o interdictum de libero homine exhibendo (interdito de exibição do homem livre). Posteriormente na Magna Charta Libertatum, de 1215, no capítulo XXIX. Em 1628 no UK a Petition of Rights dirigida a Carlos II, deu surgimento ao Habeas Corpus Act de 1679. 
MANDADO DE SEGURANÇA
CF, art. 5º, LXIX
Destina-se a proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, em caso de ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas. 
O MS é um direito fundamental a ter os direitos protegidos. Quando uma autoridade pública ofende a um direito de alguém, essa pessoa tem direito a impetrar MS para fazer cessar a ofensa ou ameaça.
O MS tem a figura do impetrante (quem propõe a ação) de um lado e de outro a figura do impetrado ou autoridade coatora (que praticou o ato que constitui a coação), que é sempre autoridade pública ou pessoa privada que faça as vezes de pública. O julgamento de procedência tem por consequência a concessão da ordem (mandado que assegura o direito ofendido (caráter repressivo) ou ameaçado (caráter preventivo) de ofensa.
É instituto genuinamente brasileiro, criado a partir da Constituição de 1934 (art. 113, nº 33). Cabe tanto em matéria cível quanto criminal. Não se admite o MS contra lei em tese.
Por direito líquido e certo entende-se aquele que pode ser comprovado por documentos juntados à petição inicial no momento do ajuizamento do MS. Não quer dizer que o MS só pode ser impetrado quando vai ser julgado procedente (o que significa que o impetrante tem o direito que alega). Isso porque a Lei 12.016/2009 prevê um rito processual no qual não há possibilidade de produção de outras provas (testemunhas, perícias etc.) além dos documentos juntados à inicial quando da impetração. A jurisprudência assentou que o MS não tem efeitos patrimoniais, não sendo substitutivo da ação de cobrança.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO CF, art. 5º, LXX
Destina-se à tutela dos interesses ou direitos coletivos e direitos individuais homogêneos, caracterizando-se como uma espécie do gênero MS sendo aplicável a ele (MSC) tudo o que se aplica ao MS. Podem impetrar MSC os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, as organizações sindicais, entidades de classe ou associações legalmente constituídas há pelo menos um ano, na defesa dos interesses de seus membros e associados.
Direitos coletivos são aqueles comuns a uma coletividade de pessoas determinadas (categorias funcionais, confederações sindicais, sociedades comerciais, condôminos, filados a partido político, etc.), ligados por uma relação jurídica básica comum. Direitos individuais homogêneos são feixes de direitos subjetivos que têm a mesma origem embora seja demarcado o direito de cada sujeito, todos ostentam a mesma posição jurídica (ex. aposentados da Previdência Social) que apenas acidentalmente são coletivos, permitindo um trato jurídico unificado (todas as pessoas que têm direito a uma indenização em razão de um desastre aéreo).
Súmula 630 STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interessa apenas uma parte da respectiva categoria”.
O STF entende que o objeto do MSC será um direito dos associados, independentemente de vinculação com os fins próprios da entidade impetrante, devendo, porém, ser tema compreendido nas atividades exercidas pelos associados. 
Deve haver pertinência temática para a impetração estar legitimada.
Interesses difusos não pode ser objeto do MSC, mas sim da ACP. Não se exige expressa autorização em AGE, mas previsão estatutária.
MANDADO DE INJUNÇÃO
Tem por finalidade solucionar a inconstitucionalidade de por omissão decorrente da ausência de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (direitos fundamentais), conforme art. 5º, LXXI da CF. É instrumento que tenta resolver o maior problema do Direito Constitucional que reside na dificuldade de tornar efetivos (máxima eficácia) os direitos constitucionalmente estabelecidos.
STF, MI nº107/DF: (a) constitui direito à expedição de ato normativo, de regra não podendo ser diretamente provido pelo STF; (b) a decisão judicial no MI declara a omissão inconstitucional e a mora do órgão responsável, instando-o a produzi-la; (c) a omissão tanto pode ser total quanto parcial: (d) a decisão proferida em ADO exceto pelos efeitos erga omnes não difere daquela proferida em MI; (e) o STF detém competência, no processo de MI, para suspender processos administrativos ou judiciais possibilitando ao interessado obter decisão mais favorável quando do julgamento do MI; (f) o STF atualmente tem adotado soluções normativas no julgamento de MI.
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
STF, julgando o MI nº 20-4/DF, admitiu o mandado de injunção coletivo(MIC), tendo por finalidade viabilizar que os membros de determinada associação exerçam direitos constitucionalmente assegurados na CF, inviabilizados em seu exercício pela inexistência de norma infraconstitucional regulamentadora. Somente os legitimados a propor mandado de segurança coletivo podem propor o MIC, conforme o STF.
HABEAS DATA
CF, art. 5º, LXXII
Tem por finalidade (a) assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; e, (b) obter a retificação dos dados (quando o registro não corresponder à realidade), não se preferindo fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. STJ, Súmula nº 2: Não cabe habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.
Lei nº 9.507/97, que regulamenta o habeas data, acresceu uma hipótese de cabimento, para anotação nos assentamentos do interessado de contestação ou explicação de dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável (art. 7º, III), adicionando aos direitos previstos na norma constitucional de acesso ao registro e de retificação do registro, também o direito de complementação do registro.
AÇÃO POPULAR
O vigente sistema constitucional institui e protege um verdadeiro direito à administração pública que observe e cumpra o princípio republicano, com observância do dever de probidade administrativa. Em vista disso, a publicidade é condição de existência dos atos administrativos e se dá justamente para que o cidadão tenha deles conhecimento e possa fazer valer aqueles seus direitos por intermédio da ação popular.
A ação popular é inerente à cidadania, qualificando-se como direito político, já que o título de eleitor e o pleno gozo dos direitos eleitorais são exigidos para o autor da ação. A CF assegura a qualquer cidadão a possibilidade de propor ação popular visando anular ato lesivo ao (a) patrimônio público; (b) ao patrimônio de entidade de que o Estado participe; (c) à moralidade administrativa; (d) ao meio ambiente; (e) ao patrimônio histórico e cultural.
Salvo comprovada má-fé, o autor é isento de custas e dos ônus da sucumbência.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
CF, art. 129,III > ação civil pública para a proteção do patrimônio público, do meio ambiente e de outros interesses difusos e direitos coletivos.
Lei nº 7.347/84, art., 1° > para tutelar o consumidor, a ordem urbanística, os bens de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, infração da ordem econômica e outros interesses difusos e coletivos. Também pode tutelar direitos individuais homogêneos.
OBJETO GENÉRICO DA ACP
a) INTERESSES DIFUSOS: são os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (CDC, art. 81, § único, I).
São exemplos: o meio ambiente, a ordem urbanística, a infância e juventude, o idoso, o patrimônio histórico, cultural, paisagístico, o patrimônio público, a probidade administrativa etc.
	b) DIREITOS COLETIVOS: são os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base (CDC, § único, II).
	São exemplos: proteção dos índios, seringueiros, estudantes do ensino superior, idosos, portadores de necessidades especiais, etc.
c) DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS: são os interesses individuais, decorrentes de origem comum (daí a homogeneidade). São interesses divisíveis, vinculados a pessoas determinadas, ligadas entre si por circunstância fática ou jurídica básica decorrente de origem comum. 
	A defesa se dá de forma coletiva através da ação civil pública (ex.: plano de saúde) embora possa se dar também de forma individual.
	LEGITIMADOS
 Podem propor a ação civil pública o Ministério Público, depois de investigar através do Inquérito civil, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, as autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista, e as associações civis constituídas há mais de um ano que incluam dentre suas finalidades a proteção dos bens objeto da ACP (Lei 7.347/85).
	LEGITIMAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA A ACP
 Lei 11.448/2007, art. 2º, alterou o art. 5º, II, da Lei 7.347/84, incluindo a Defensoria Pública dentre os legitimados para a ACP.
 Dado o perfil constitucional da DP (art. 134, caput, CF), a CONAMP propôs ADIN contra a lei, entendendo incabível ACP proposta pela DP tendo por objeto interesses difusos.

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